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domingo, 21 de maio de 2017

Temer, pede para sair

Para que adiar uma decisão e se agarrar a uma cadeira mendigando apoio? 

"Não renunciarei." Pois deveria, Michel Temer. Conversa com a Marcela. É melhor para o senhor e sua história. Não há mais o que fazer. Não há mais reforma que o senhor possa comandar, não há agenda para cumprir, não há como influir nas dez medidas contra a corrupção, no projeto de abuso de autoridade ou no debate sobre foro privilegiado. Não há como ser o fiador de mudanças na República. Não há como continuar a presidir o Brasil. Se resistir, será pior para o país, para a economia, para a paz.

Não existe mais a tal governabilidade, palavra horrível que significa “a capacidade de governar”. O senhor deve ter sentido o ímpeto de renunciar. Pelo insustentável peso do isolamento. Sua base aliada ficou como barata tonta. Seus ministros se dividiram. Não existe rua do Brasil apoiando o senhor, não existe esquina a seu favor, o senhor nunca foi popular e assumiu isso publicamente.  Presidente, para que adiar uma decisão e se agarrar a uma cadeira mendigando apoio? Para que esperar o desmoronamento de indicadores econômicos que ensaiavam uma tímida recuperação? Para que testemunhar, na Presidência, o constrangimento de quem não quer ser visto a seu lado? Por orgulho? O país hoje quer saber se o senhor está bem ou não está bem com o Eduardo.

Com a operação do apocalipse, “o Eduardo” preso em Curitiba e já condenado a 15 anos e quatro meses de reclusão por corrupção recebe agora mais um mandado de prisão preventiva. Em defesa própria, o Eduardo queria “fustigar” o presidente com 21 perguntas. Foi o verbo que o senhor usou, Temer. As perguntas foram barradas pelo juiz Sergio Moro. Agora, serão feitas?

Ninguém levantará uma bandeira “Fica, Temer”. Lembra quando Dilma Rousseff foi impedida? Por falta de apoio de ministros, do Congresso, dos sindicatos e das ruas? E porque a economia desabava e ela havia perdido o comando? Não foram apenas as pedaladas, por mais escandalosas que fossem. Ah, e ela não estava bem com o Eduardo, então presidente da Câmara. Ela estava mal com a população, que se sentia traída por suas mentiras de campanha e se via obrigada a pagar a dívida da incompetência do PT.
O caixa dois que poderia cassar a chapa Dilma-Temer estava – e ainda está – no colo do Tribunal Superior Eleitoral, o TSE. Uma hora será julgado. O senhor acha que, em sua atual fragilidade, conseguirá se descolar de Dilma na campanha de 2014? A mesma campanha em que a JBS foi a maior “doadora oficial” para 178 deputados? O que dirá seu cupincha, Joesley Batista, dos R$ 366 milhões que a JBS doou ao todo para 24 partidos em 2014? Sua amizade com Joesley permitiu uma conversa íntima sobre crimes contra a República no Palácio do Jaburu, onde o senhor mora com sua família.

O bandido-mor da JBS levou um gravadorzinho muito ordinário no bolso para gravar suas palavras e seus silêncios, às 22 horas, em sua casa, Temer. Para reforçar que mantinha Cunha calado, Joesley disse: “Eu tô bem com o Eduardo”. O ex-deputado continua a receber propina na prisão. Mas o presidente não achou impróprio. Joesley também lhe disse que estava “segurando as pontas” de juízes e procuradores para não ser prejudicado. O senhor disse: “Ótimo”. “Está segurando as duas pontas.” Que raio de pontas é preciso segurar na Justiça, Temer?

Agora, vai rifar seu amigo Rodrigo Rocha Loures, o mesmo deputado que o senhor indicou a Joesley para “resolver os problemas da JBS”? O mesmo Loures filmado pela Polícia Federal começando a receber R$ 500 mil por semana, num trato que iria durar 20 anos? Vinte anos? Quanta ganância de quem o senhor chamou de “belíssima figura”.  Joesley é um desclassificado, um cupim de dinheiro público, como tantos. Deu desculpas esfarrapadas à nação depois de faturar milhões de dólares até com sua própria delação. Do pequeno açougue que o pai abriu em Anápolis, Goiás, em 1953, os filhos Joesley e Wesley enriqueceram vertiginosamente e se tornaram um conglomerado internacional, com ajuda do BNDES, nos governos Lula e Dilma. O faturamento da JBS em 2006 era de R$ 4,3 bilhões, em 2016 passou a R$ 170 bilhões. Esse Joesley lhe disse, presidente: “Tamu junto”.


Temer, seu governo perdeu apoio de quatro partidos e o senhor tinha, na sexta-feira, oito pedidos de impeachment. O senhor se diz vítima de uma “conspiração” e de “gravações clandestinas”. Todos se dizem assim. Lula, Dilma, Eduardo Cunha, Renan Calheiros e o abominável tucano Aécio Neves, que ainda está solto para ver a irmã presa pelos malfeitos e pela arrogância dele. Obstrução da Justiça é fichinha para Aécio.  Estamos remexendo no lixo da História, que ainda vai cheirar mal por muito tempo. E assim deve ser. O Brasil precisa ser saneado. Presidente, o Supremo abriu um inquérito contra o senhor.  Com respeito, Temer, pede para sair.

 Fonte: Ruth de Aquino - Época


quinta-feira, 18 de maio de 2017

UM ÚNICO FATO

'Não renunciarei', diz Temer em pronunciamento após denúncias da JBS

Presidente vem a público falar sobre a crise instalada em seu governo

VEJAM o quanto as coisas mudaram de ontem à noite até agora: 

O que mudou de ontem para hoje:

1) A mídia era golpista,  Não é mais!

2) Gravar o presidente era ilegal, Não é mais!

3) Delação premiada não era prova, Agora é!

4) Lava-Jato foi criada para dar o tal "golpe"
Agora é a operação que salvará o país!

5) Impeachment era golpe, Não é mais!

O presidente Michel Temer afirmou na tarde desta quinta-feira, em pronunciamento no Palácio do Planalto, que não vai renunciar. Ele voltou a negar as denúncias feitas pelo dono da JBS Joesley Batista, em delação premiada, e lamentou que o "fantasma da crise política" voltou a rondar o Planalto, quando o "andamento das reformas ia bem".
- Não renunciarei. Repito: Não renunciarei. Sei o que fiz e sei da correção dos meus atos. Exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Meu único compromisso é com o Brasil, e só este compromisso me guiará.

Temer iniciou sua fala argumentando que demorou a se pronunciar, porque procurou conhecer os detalhes da denúncia. E contou que solicitou ao Supremo Tribunal Federal o acesso à gravação na qual autoriza a compra do silêncio de Eduardo Cunha. Até a tarde desta quinta-feira, porém, seu pedido ao tribunal não tinha sido atendido.


[o único fato que temos é a declaração de um suposto delator acusando o presidente da República de algo indevido, algumas fotos mostrando pessoas que são identificadas como estando a serviço do presidente da República e do senador Aécio Neves e NADA MAIS.
Áudios e vídeos que comprometam o presidente da República  e o senador Aécio Neves são citados mas não são exibidos.
As fotos nada provam.
Não estamos dando uma certidão de inocência ao Temer e ao Aécio, mas, apenas expressando a necessidade de que provas sejam mostradas.
Com isenção, alguém ouvindo o discurso do Temer há de concordar que nada foi provado contra ele, valendo o mesmo para Aécio.
O que não pode ser olvidado é que Temer - que vez ou outra criticamos por sua indecisão, sua tendência a se acomodar sobre um muro - está conseguindo algumas vitórias no combate a crise e muitos que o odeiam sabem que cada pequena vitória somada as anteriores resultará na vitória total sobre a crise.
Tenham em mente que o 'jararaca' sem dentes, o criminoso maior, o pai de todos os mentirosos, a ameba Luiz Inácio Lula da Silva, a cada dia se aproxima, inexoravelmente, da prisão e para desviar o foco nada melhor do que atacar Michel Temer que está passo a passo, naquele estilo que criticamos pela lentidão e indecisão, construindo uma VITÓRIA sobre a crise.]


O presidente negou novamente ter autorizado qualquer interlocutor a falar em seu nome e afirmou que não comprou o silêncio de ninguém, porque não tem o que temer e não precisa, segundo ele, de foro privilegiado. - Repito e ressalto: em nenhum momento autorizei que pagasse a quem quer que seja para ficar calado. Não comprei o silêncio de ninguém por uma razão singelíssima, exata e precisamente, porque não temo nenhuma delação. Não preciso de cargo público nem de foro especial. Não tenho nada a esconder - disse o presidente.

Quanto ao dinheiro recebido pelo deputado Rocha Loures, ex-assessor especial do presidente, Temer declarou que o empresário Joesley Batista, dono da JBS, "auxiliava a família" do parlamentar. Temer voltou a negar que soubesse desse repasse. O presidente ainda afirmou que pode se tornar inútil "todo o esforço" de tirar o Brasil da "sua maior recessão". - Todo o imenso esforço de retirar o país de sua maior recessão pode se tornar inútil e nós não podemos jogar no lixo da História tanto trabalho feito em prol do país. Ouvi realmente o relato de um empresário que, por ter relação com ex-deputado, auxiliava a família do ex-parlamentar (Rocha Loures). Não solicitei que isso acontecesse e somente tive conhecimento desse fato nessa conversa pedida pelo empresário. [o relato, que pode até ser real, não narrava nenhum crime; 
o que esperavam que o presidente da República fizesse? desse um soco na mesa e agindo como o chefe de uma organização criminosa - estilo Lula x PT - mandasse parar?]

Em gravação feita pelo dono da JBS Joesley Batista, Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Posteriormente, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. Temer também ouviu do empresário que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: "Tem que manter isso, viu?".

Fonte: O Globo