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quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

A última derrota de Satanás e o Juízo Final - VOZES

 Franklin Ferreira - Gazeta do Povo
 
Apocalipse
Cristo como juiz no Juízo Final, em vitral da Catedral de York, na Inglaterra.
Cristo como juiz no Juízo Final, em vitral da Catedral de York, na Inglaterra.| Foto: Wikimedia Commons/Domínio público
 
Apocalipse 20,1-15 está relacionado com os capítulos anteriores, que tratam do anúncio e da queda da Babilônia (Ap 17,1–19,5), e do juízo de Jesus contra as duas bestas e as forças ímpias do mundo no final da história (Ap 19,6-21). Agora, finalmente, o dragão também será derrubado para sempre. Como resume Simon Kistemaker: “O capítulo [20] apresenta quatro quadros que diferem entre si, porém estão intimamente relacionados. O primeiro [quadro] mostra a prisão de Satanás [20,1-3]. Então, depois de Satanás ser preso, vemos um quadro do que acontece aos santos [20,4-6]. O terceiro retrata a soltura e ruína de Satanás [20,7-10], e o último descreve o Dia do Juízo [20,11-15]. O primeiro e o segundo ocorrem contemporaneamente; o terceiro e o quarto seguem um ao outro sequencialmente”.

“Então vi descer do céu um anjo que tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos. Lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disso, é necessário que ele seja solto por um pouco de tempo.

Assim como a prisão do diabo é limitada a mil anos, o reinado intermediário dos santos é igualmente limitado.

Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade para julgar. Vi ainda as almas dos que foram decapitados por terem dado testemunho de Jesus e proclamado a palavra de Deus. Estes são os que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam a sua marca na testa e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição. Sobre esses a segunda morte não tem poder; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos.

Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá para enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a batalha. O número dessas é como a areia do mar. Marcharam, então, pela superfície da terra e cercaram o acampamento dos santos e a cidade amada. Porém, desceu fogo do céu e os consumiu. O diabo, que os tinha enganado, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde já se encontram a besta e o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, para todo o sempre.

O abismo é uma restrição figurada, pela qual Satanás ficou impossibilitado de pôr em prática sua perversidade que tinha antes de sua restrição.

Vi um grande trono branco e aquele que está sentado nele. A terra e o céu fugiram da presença dele, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, que estavam em pé diante do trono. Então foram abertos livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que estava escrito nos livros. O mar entregou os mortos que nele estavam. A morte e o inferno entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado no lago de fogo.

Estas imagens que João viu em seu exílio em Patmos, que precedem e sucedem a última batalha, parecem ser caleidoscópicas, sobrepostas, tremidas.

A prisão de Satanás
João viu descer do céu um anjo,
uma visão cheia de símbolos que ocorre antes da última batalha entre o Messias e seus inimigos na história (Ap 19,11-21). O anjo tem na mão a chave do abismo e uma grande corrente, o que indica capacidade para restringir as atividades do dragão, a antiga serpente (uma alusão ao Éden), Satanás (o “adversário”), o diabo (o “acusador”). O anjo segurou [...] e o prendeu por mil anos. Como escreveN. T. Wright: “A passagem que agora temos diante de nós [...] é a única passagem na Escritura em que um ‘milênio’ é sequer mencionado. Aqueles que buscam interpretações especulativas de profecias, é claro, pegam esses e outros trechos, tiram-nos (geralmente) de seus contextos reais e construíram uma cosmovisão bem diferente, na qual desempenham um papel muito mais importante do que eles têm na própria Escritura”. Se estes acontecimentos ocorrem antes do último combate contra a besta e o falso profeta, então o aprisionamento e os mil anos são a autoridade de Cristo que restringe o diabo de algum modo durante o período após sua morte, ressurreição e ascensão. Esse aprisionamento de Satanás não se refere a uma total cessação das suas atividades. Ele ainda está ativo, mas agora opera sob a restrição da autoridade de Cristo.

O abismo é uma restrição figurada, pela qual Satanás ficou impossibilitado de pôr em prática sua perversidade que tinha antes de sua restrição. Assim, até a hora designada por Deus, Satanás será incapaz de enganar as nações estrangeiras. Portanto, a prisão e a expulsão de Satanás estão relacionadas com a primeira vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em regiões onde foi permitido ao diabo exercer quase que poder ilimitado, durante os tempos do antigo Israel, ele é agora forçado a ver os servos de Jesus pouco a pouco ganhando território. Segundo William Hendriksen: “Num comparativamente breve período, o cristianismo se espalha por todo o sul da Europa. Logo ele conquista o continente. Pelos séculos que se seguem ele é proclamado em todos os lugares [do mundo] de modo que os confins da terra ouvem o evangelho daquele que foi crucificado e muitos dobram os joelhos diante dele. [...] A Bíblia já foi traduzida em [...] [cerca de] 1 mil línguas [e algumas partes foram traduzidas em 3,6 mil idiomas]. [...] Em alguns países, as verdades abençoadas do cristianismo afeta[ra]m a vida humana em todas as suas áreas: política, econômica, social e intelectual”.

Mas no fim da era de mil anos, imediatamente antes da volta de Cristo, Satanás interromperá a pregação do evangelho e lançará uma cortina de ilusão sobre as nações, com o objetivo de preparar o ataque devastador contra o povo de Deus. Portanto, o abismo representa uma esfera espiritual na qual Satanás ainda opera de modo restrito ao longo desta era, e o restringe para que ele não possa fazer o que fez no passado. Ele foi capaz de iludir muitos israelitas no passado, de modo que eles tiveram dificuldade em cumprir sua missão de ser uma luz salvadora para as nações. E a nação permaneceu sitiada pela opressão de nações estrangeiras que tentaram exterminá-la. Essa tentativa de destruir Israel culminou no ataque de Satanás a Jesus. Agora, preso, o diabo não será capaz de deter a pregação do evangelho nem o seu recebimento cada vez maior durante a maior parte da era que precede a volta de Jesus.

Ao fim desta era, o diabo será solto por um pouco de tempo. Portanto, os cristãos precisam ter em mente que a época durante a qual o povo de Deus será capaz de espalhar o evangelho em todos os lugares não durará indefinidamente; nem mesmo até o momento da segunda vinda de Cristo. E não há regiões desta terra, como Sudão, Paquistão, Etiópia, China, Coreia do Norte, Índia, Nicarágua e até mesmo na Europa ocidental e nas costas dos Estados Unidos, que parecem já estar entrando no pouco [...] tempo de Satanás?

O reinado dos santos
De onde vêm os exércitos do céu que seguiam aquele que é o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores
(Ap 19,14-16)? João viu tronos no céu enquanto ao mesmo tempo Satanás está preso no abismo. E o que acontece no abismo ocorre simultaneamente ao que João viu no céu. E os que estão assentados nos tronos fazem parte do tribunal celestial de Deus, um cumprimento das promessas de que os vencedores exercerão autoridade com Cristo sobre as nações e se assentarão com ele em tronos (Ap 3,21). Esses são os decapitados por terem dado testemunho de Jesus e proclamado a palavra de Deus, que foram martirizados enquanto mantinham sua fé, a despeito de todo o tipo de sofrimentos e perseguições infligidos pelo Estado iníquo. Eles permaneceram fiéis até a morte. E são referidos como almas, para deixar claro que eles ainda aguardam a ressurreição do seu corpo glorificado. O primeiro grupo se refere literalmente a mártires, que são em seguida acompanhados nos tronos pelos restantes dos santos falecidos, os que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam a sua marca na testa e na mão. Esse segundo grupo incluiria todos os cristãos fiéis, quer isso se refira a mártires por causa da fé ou aqueles que sofrem outros tipos de perseguição.

Isso tudo ocorre durante mil anos, que devem ser interpretados simbolicamente, uma referência a um longo tempo. Pois, como N. T. Wright afirma: “João usou todos os tipos de números simbólicos ao longo de seu livro. Seria muito estranho se ele, repetidamente, lançasse um número simbólico e redondo bastante óbvio, mas esperasse de nós que o compreendêssemos literalmente”. Assim, mil significa completude, a duração completa desta era aqui descrita. Aponta para a ideia de uma plenitude de tempo oferecida pela soberania de Deus, ao fim do qual certamente virá a vitória final dos cristãos que têm sofrido. Como Gordon Fee escreve: “João não está nesse momento interessado em um período de tempo como tal, conhecido como ‘o milênio’, embora o termo ‘mil anos’ apareça um total de quatro vezes nessas poucas frases. Em vez disso, os dois parágrafos [de 20,1-6], [e] ambos começam [...] com o verbo ‘eu vi’, são melhor entendidos juntos como um interlúdio entre a derrubada do triunvirato profano [...] delineado na seção anterior (19,11-21), e o julgamento final de todo mal, tanto demoníaco quanto humano, em 20,7-15. [...] Sua intenção geral parece ser uma palavra final de conforto para aqueles que ainda serão martirizados por sua devoção a Cristo, em vez de oferecer lealdade incondicional ao imperador”. E os santos falecidos viveram e reinaram com Cristo durante esse período, ao mesmo tempo em que Satanás está no abismo. A vindicação dos santos consiste na realeza que eles receberam nesse período. Mas apenas os que têm parte na primeira ressurreição vencerão a segunda morte, o juízo de Deus sobre os perdidos, e reinarão com Cristo. Isso significa que os restantes dos mortos, aqueles que não têm parte na primeira ressurreição, são os incrédulos em seu caminho para o juízo eterno.

O Cordeiro reconhece diante de Deus todos que estão inscritos no Livro, e todos identificados com sua justiça, morte e ressurreição, são sua possessão.

O exercício de juízo pelos santos e o fato de reinarem com Cristo ocorrem simultaneamente com a prisão de Satanás. Os santos nos tronos também recebem a felicidade de serem sacerdotes de Deus e de Cristo, de estarem protegidos contra a segunda morte, e de reinarem como reis com ele os mil anos. A primeira ressurreição é a trasladação da alma da terra para os tronos de Deus. É seguida, na segunda vinda de Cristo, pela ressurreição do corpo. Assim como a prisão do diabo é limitada a mil anos, o reinado intermediário dos santos é igualmente limitado, mas é seguido por uma etapa consumada de reinado na eternidade. A primeira ressurreição deve ser entendida como espiritual e a segunda como física. A primeira morte dos santos, que é física, os transfere para a primeira ressurreição no céu, que é espiritual. A segunda ressurreição dos ímpios, que é física, os transfere para a segunda morte, que é espiritual – e eterna. A primeira ressurreição é vivenciada apenas pelos cristãos, enquanto a segunda morte é vivenciada apenas pelos incrédulos. A primeira ressurreição, embora incompleta, inaugura uma ressurreição espiritual que será consumada mais tarde de uma forma física – e que João não chama de “segunda” ressurreição. Assim, é razoável interpretar a ascensão da alma na hora da morte à presença do Senhor como uma forma de ressurreição espiritual, em antecipação à ressurreição física e à consumação da vida eterna, que ocorrerão na volta do Senhor. Como afirma N. T. Wright: “A ressurreição, a eliminação da própria morte, dando ao povo de Deus novos corpos para viver no novo mundo de Deus, é a grande esperança do judaísmo antigo e do cristianismo clássico”.

Mas, segundo N. T. Wright, no que se refere ao período de mil anos, “nesse ponto, acima de tudo [...], não é necessário ser dogmático demais. Devemos guardar as coisas centrais que João deixou bem claras [em Apocalipse]: a vitória do Cordeiro e o chamado para compartilhar sua vitória por meio da fé e da paciência. Deus fará o que Deus quiser fazer. [...] Quem tem a vitória é o Deus criador, que o faz para derrotar e eliminar a própria morte e, assim, abrir caminho para o esplendor da criação renovada. Isso é o que importa”. Pois a confiança dos cristãos é que Deus não esqueceu dos seus! Os santos mártires são homenageados como reis e sacerdotes! Os santos redimidos de Deus experimentarão a primeira ressurreição! Portanto, todo o povo de Deus será feliz e santo e não experimentará a segunda morte!


A derrota final de Satanás
Mas, segundo João, Satanás foi restringido,
limitado na sua capacidade de enganar as nações para que juntem forças para atacar e aniquilar o povo de Deus, mas essa restrição é agora removida, e ele liderará um exército procedente de toda a terra, para a batalha. A reunião dessas forças hostis contra o povo de Deus é vista como cumprimento da profecia em Ezequiel 38–39 de que o rei Gogue e [o povo de] Magogue e muitos outros povos se reuniriam para combater Israel. Mas aqui Gogue e Magogue são equiparados a todas as nações em toda a terra. Esses nomes não têm nenhuma relação com qualquer cidade ou país contemporâneo. De acordo com William Hendriksen: “Todo o mundo iníquo perseguirá a Igreja. A perseguição será mundial. [...] O conflito aqui descrito não é entre nações ‘civilizadas’ e ‘incivilizadas’. É, simplesmente, o último ataque das forças do anticristo contra” o povo de Deus. O fato de o número das nações ser, como mencionado, como a areia do mar, ressalta a aparente esmagadora vantagem a seu favor contra os santos. Será que o tempo gasto com especulações de que nações serão Gogue e Magogue não termina por tirar a atenção da centralidade de Deus e de Cristo no Juízo Final e em seu triunfo total sobre todo o mal?

E essas nações marcharam [...] pela superfície [literalmente “largura”] da terra e cercaram o acampamento dos santos, uma alusão ao acampamento dos israelitas no deserto, e a cidade amada[por Deus], expressão usada em referência a Jerusalém. O acampamento dos santos é equiparado à cidade amada, o que enfatiza uma continuidade histórica, e que encontra sua consumação em Apocalipse 21–22. Porém, antes que as nações ataquem os santos, desceu fogo do céu e os consumiu, referência ao episódio do profeta Elias e dos soldados enviados para prendê-lo (2Rs 1,9-17) e, de modo figurado, ao Juízo Final, quando Deus sozinho salvará seu povo ao destruir os seus inimigos. Assim, de acordo com Richard Bauckham: “O objetivo teológico do milênio é unicamente demonstrar o triunfo dos mártires: aqueles que a besta matou são os que de fato viverão – [...] e aqueles que contestaram seu direito de governar e sofreram por isso são os mesmos que, no final de tudo, dominarão tão universalmente quanto ela – e por muito mais tempo: mil anos. Por fim, para provar que a vitória deles no reino de Cristo não pode ser novamente revertida pela impiedade, e que é a última palavra de Deus para o bem contra o mal, o diabo recebe uma última oportunidade de enganar as nações outra vez [...]. Todavia, essa não é uma repetição do governo da besta. A cidade dos santos prova ser inexpugnável”.

O diabo é destacado como aquele que enganou as nações, levando-as a atacar os santos. Portanto, Apocalipse 20,7-10 parece ser uma recapitulação de Apocalipse 19,17-21, o que torna improvável a suposição de que Satanás é lançado no fogo muito tempo depois de seus exércitos. Assim, a besta e o falso profeta foram lançados no lago de fogo e enxofre (Ap 19,20) ao mesmo tempo que o diabo. Os episódios são simultâneos e, assim, os mil anos devem referir-se aos acontecimentos que precedem a batalha final, ou seja, a atual era. Por fim, a trindade satânica sofrerá uma punição eterna, ou seja, serão atormentados de dia e de noite, para todo o sempre.

O dia do Juízo Final
Por fim, João viu um grande trono branco, maior que os demais tronos
. O trono branco indica a pureza e santidade do Juiz. O julgamento prestes a vir do trono é da parte de Deus, que julga não apenas para punir pelo pecado, mas também para vindicar o seu povo perseguido, a culminação do governo de Deus no julgamento final no fim da história. O plano de Deus se concretizou e foi completado e todo o mal será derrotado. A terra e o céu fugiram significa que, quando o dia do juízo chegar, a criação divina será afetada de tal maneira que a terra sofrerá uma completa mudança. Eventos catastróficos, de enormes proporções, acontecerão; o céu será enrolado como se faz com um rolo, para dar lugar aos novos céus e à nova terra. O que é descrito aqui não trata de destruição ou aniquilação, mas de renovação da criação. E não se achou lugar para eles se refere à destruição completa de todo o sistema mundial pecaminoso.

O fato de que João viu os mortos, os grandes e os pequenos [...] em pé diante do trono assume que a última e grande ressurreição dos injustos e dos justos ocorreu. A visão de João assegura que o Juízo Final e a redenção última acontecerão. Os registros escritos nos livros, que contêm os julgamentos divinos, referem-se simbolicamente à memória de Deus, que nunca falha. Por outro lado, uma pessoa será julgada e declarada absolvida sobre esta base: se seu nome estiver registrado no Livro da Vida. A pureza desse momento divino final joga luz em meio a tantas visões obscuras e afirma a destruição final do mal. E notem o efeito da presença do Juiz! Como as pessoas ainda fazem piada do dia do juízo? O mar simboliza o domínio do mal. Se é assim, Deus agora força esse domínio maligno, assim como a morte e o inferno [Hades = lugar dos mortos], a liberar os seus cativos para serem julgados. Não me perguntem como isso se dará. Não está em nosso poder saber os detalhes. Somente Deus pode fazer milagres. Nossa preocupação deve ser nos preparar para aquele dia, quando todos estarão de pé para ouvir a palavra do Juiz.

Viver para sempre com o Senhor é a recompensa que ele outorga a seu povo, cujos nomes estão no Livro da Vida.

O fato de que a morte e o inferno [Hades = lugar dos mortos] foram lançados no lago de fogo significa que as forças que imperaram após a primeira morte, a morte física, agora cessam e são substituídas pela punição eterna no lago de fogo (vale de Hinom = Geena). Isso expressa o fato de que os incrédulos, mantidos anteriormente nos grilhões temporários da morte e do lugar dos mortos, serão entregues aos grilhões permanentes do lago de fogo, que é chamado por João de a segunda morte. A realidade do sofrimento da segunda morte é o ser alvo da eterna ira de Deus, ser expulso do acampamento dos santos e da sua cidade amada, enquanto os justos desfrutam das bênçãos de viverem nela. O alerta de William Hendriksen é importante: “Em nenhum lugar em toda a Bíblia lemos que haverá uma ressurreição dos corpos dos crentes antes dos mil anos e outra dos corpos dos não crentes, após os mil anos. Todos ressuscitam ao mesmo tempo. A Morte, a separação de alma e corpo, e o Hades, o estado de separação, agora cessam. Nem no novo céu nem na nova terra nem mesmo no inferno jamais haverá separação entre corpo e alma depois da segunda vinda de Cristo para julgamento. Portanto, [...] a Morte e o Hades [...] são lançados no lago de fogo. E qualquer cujo nome não tenha sido encontrado inscrito no Livro da Vida será também lançado no lago de fogo”.

A nota do Juízo Final soa mais uma vez: se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado no lago de fogo. Apesar da ameaça final, os santos encontram refúgio no Livro da Vida, onde estão escritos os nomes dos eleitos para a fé desde antes da fundação do mundo (Ap 13,8). Os santos são poupados do juízo. Eles não são julgados pelas suas obras más, porque o Cordeiro já sofreu por eles: ele foi morto no lugar dos santos. O Cordeiro reconhece diante de Deus todos que estão inscritos no Livro, e todos identificados com sua justiça, morte e ressurreição, são sua possessão. Viver para sempre com o Senhor é a recompensa que ele outorga a seu povo, cujos nomes estão no Livro da Vida.

Meditemos com seriedade na afirmação de Jonathan Edwards: “Consideremos bem que, se nossa vida não está na jornada rumo ao céu, então está na jornada para o inferno”. 
Qual relação que você mantém com Deus?
Você está em Cristo? 
Crê em Cristo? 
Pertence a Cristo? 
Você tem segurança de que seu nome está escrito no Livro da Vida? 
Você confia unicamente em Cristo?
Sua segurança de ser cristão é confirmada pelas evidências de uma nova vida?
Você está pronto a ser martirizado por Cristo? 
Essas são perguntas importantíssimas! Sua eternidade depende delas – que pode ser uma gloriosa eternidade no céu ou uma eternidade de punição no lago de fogo. Pense com muita atenção. Pense com muita seriedade. Pense agora mesmo sobre essas perguntas. No fim – onde você estará?

“Ó Poderosíssimo Deus e Pai misericordioso, que tens compaixão de todos os homens, e que não desejas a morte do pecador, porém seu arrependimento e salvação. Misericordiosamente perdoa-nos as nossas transgressões; recebe-nos e conforta-nos a nós que estamos entristecidos e mortificados com o peso de nossas culpas. Tua propensão é ter sempre misericórdia; só a ti pertence o perdoar os pecados. Perdoa-nos, portanto, bom Senhor, perdoa ao teu povo, que remiste; não entre em juízo com os teus servos, porém de tal maneira aparta de nós a tua ira, de nós que reconhecemos, humildes, as nossas transgressões e verdadeiramente nos arrependemos de nossas faltas, e assim apressa-te a ajudar-nos neste mundo, a fim de que vivamos para sempre neste mundo contigo no nosso mundo vindouro; mediante Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.”


quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Tudo pronto para a Nova Ordem Mundial. E o culpado será o Irã - Gazeta do Povo

Vozes - Daniel Lopez

Geopolítica maquiavélica - A justificativa para trazer o Irã para o conflito em Israel parece já estar montada, e poderá trazer fim à ordem mundial vigente.

O presidente do Irã, Ebrahim Raisi.

 O presidente do Irã, Ebrahim Raisi.| Foto: Ernesto Mastrascusa/EFE

Quem estuda as entranhas do poder mundial sabe que o general quatro estrelas dos Estados Unidos, Wesley Clark, antigo comandante de forças da OTAN na Europa, revelou ao mundo o plano de Washington para o Oriente Médio após o 11 de setembro de 2001: derrubar o regime de sete países em cinco anos
Começando com o Iraque, o plano seguiria com Síria, Líbano, Líbia, Somália e, finalmente, o Irã.  
A informação foi revelada na página 130 do seu livro “Winning Modern Wars: Iraq, Terrorism, and the American Empire, lançado em 2003.  
O que está acontecendo em Israel hoje possui direta relação com esse plano. 
E não entender essa conexão significa deixar de possuir o algoritmo de interpretação sobre a realidade que nos cerca, não entender para onde o mundo está indo e não conseguir se preparar.
Você sabe muito bem o que aconteceu com o regime iraquiano, culminando na morte de Saddam Hussein. 
Provavelmente você se lembra que em 2013 quase teve início a terceira guerra mundial quando os EUA enviaram navios e homens para a Síria com o intuito de derrubar Bashar al-Assad, após um suposto ataque com armas químicas que teria vitimado crianças. Talvez mais uma bandeira falsa.

    Tudo parece indicar que Washington está determinado a derrubar o regime iraniano e colocar no poder um amigo do ocidente.

Hoje, parece que os Estados Unidos estão determinados a encontrar uma maneira de convencer a opinião pública norte-americana e mundial de que o regime iraniano deve ser derrubado
O caminho mais óbvio para essa estratégia de operação psicológica é “provar” que os inomináveis atos do último dia 7 de outubro em Israel foram diretamente patrocinados e planejados pelo regime de Teerã. 
 Porém, um segundo caminho que parece estar sendo criado é culpar os iranianos por um ataque hacker global de grandes proporções. 
Mas, para você entender o tamanho deste problema, terei de contar algumas histórias aqui.
 
Primeiro, na última sexta-feira (3), os maiores bancos dos Estados Unidos tiveram seus sistemas travados, incluindo Bank of America, JPMorgan Chase e Wells Fargo. Alguns bancos ainda experimentam problemas nesta quarta-feira (7). Depois de muita especulação sobre a possibilidade de se tratar de um ataque hacker proveniente do Irã, os bancos informaram que a causa teria sido um erro humano de uma empresa chamada The Clearing House, uma firma de pagamentos que opera o único sistema de compensação automatizada do setor privado nos EUA. 
Vejam a fragilidade do sistema. Inacreditável.


    A total digitalização do mundo coloca a humanidade numa situação muito frágil, uma vez que um ataque hacker global poderia levar os humanos de volta à idade da pedra.

No outro lado do mundo, nesta quarta-feira (8), milhões de australianos acordaram sem internet e telefone, após a maior operadora do país, que detém 40% do mercado, sofrer um enorme apagão. 
Serviços como viagens, consultas médicas e realização de pagamentos ficaram completamente bloqueados. 
Pessoas não conseguiram nem mesmo entrar nos seus trabalhos, uma vez que boa parte das portarias de prédios australianos já são completamente automatizados.
 
Isso mostrou como a total digitalização do mundo coloca a humanidade numa situação muito frágil, uma vez que um ataque hacker em nível global poderia levar os humanos de volta à idade da pedra em poucos minutos. 
Na verdade, esse parece ser exatamente o plano, conforme o próprio fórum econômico mundial vem alertando desde 2020, quando começaram a realizar o evento Cyber Polygon, que já abordei em algumas colunas aqui na Gazeta do Povo.
 
Meses após o início da pandemia, Klaus Schwab, fundador do Fórum, começou a alertar o mundo sobre o risco de uma pandemia ainda pior e mais mortífera: uma pandemia cibernética
Segundo ele, esta seria muito mais letal do que a primeira, uma vez que se espalharia com uma velocidade infinitamente maior, e traria o caos completo para a sociedade. 
Sem internet e eletricidade, hospitais deixariam de funcionar, os postos de gasolina não conseguiriam bombear os combustíveis para os carros e um mundo estilo Mad Max seria implementado. 
Parece que este cenário está mais próximo do que nunca.
 
Não podemos esquecer que, recentemente, surgiu um boato nas redes de que a NASA estaria alertando o mundo sobre um possível “apocalipse da internet”, principalmente após o jornal britânico Mirror ter publicado uma matéria sobre este tema no início de junho deste ano, inspirado num estudo da Universidade da Califórnia em 2021. 
O início do problema seria nos cabos submarinos de internet, altamente vulneráveis a uma radiação emitida por tempestades solares. 
Eventos como este já aconteceram. Em 1859 (o “Evento Carrington), uma tempestade solar interrompeu linhas de telégrafos, tendo até mesmo eletrocutado funcionários desses serviços. 
Em 1989, foi a vez do Canadá, quando a região de Quebec ficou sem luz por horas.

    Uma queda da internet em nível global, colocando os hackers iranianos como culpados, justificaria o estabelecimento de uma obrigatoriedade de uma identidade única digital global.

Não podemos esquecer que o navio espião russo Yantar já foi identificado fazendo operações em cabos submarinos mundo afora, inclusive na costa brasileira. Caso esses cabos de internet submarina sejam cortados, o mundo pode rapidamente voltar ao velho Oeste.

Minha suspeita é que, se algo dessa natureza ocorrer, mesmo sendo por causas naturais (tempestade solar) ou sabotagens deliberadas, a culpa será colocada nos hackers iranianos, para justificar uma ofensiva direta contra o regime de Teerã, que desde 1979, após a Revolução Iraniana, tornou-se inimigo declarado dos Estados Unidos e do Ocidente.

Tudo parece indicar que Washington está determinado a derrubar o regime iraniano e colocar no poder um amigo do ocidente. Fazendo isso, conquistaria um novo aliado na região, enfraqueceria a aliança do Irã com Pequim e teria acesso à reserva de gás natural do país, que é a 2ª maior do mundo.

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Sabemos que, com a invasão da Ucrânia no dia 24 de fevereiro de 2022, os russos “perderam o alvará” de maiores fornecedores de gás natural para a Europa, uma mercado trilionário. 
Também sabemos que no dia 15 de junho de 2022 houve um acordo entre Tel Aviv, Cairo e União Europeia para que ninguém menos que Israel se transformasse no novo fornecedor de gás para a Europa. 
Parece que os russos não ficaram nada contestes com isso, principalmente após a destruição de seus gasodutos Nord Stream 1 e 2, gerando prejuízos bilionários.
Isso tudo, sem falar nas enormes reservas de ouro iranianas – lembrando que desde 2016 os principais bancos centrais do mundo, com incentivo do BIS (o banco central dos bancos centrais) estão estocando ouro, provavelmente já se preparando para o Grande Reset, quando o dólar deixará de ser oficialmente a reserva de valor global e a nova ordem mundial multipolar será oficialmente instaurada.
 
Finalmente, uma queda da internet em nível global, colocando os hackers iranianos como culpados, justificaria o estabelecimento de uma obrigatoriedade de uma identidade única digital global. 
Sem ela, ninguém poderia usar a internet. 
A regra seria não apenas para garantir que hackers sejam identificados, mas também para separar usuários humanos de inteligências artificiais, algo que a Open AI, criadora do ChatGPT, está fazendo com sua nova empresa, a Worldcoin, um sistema de renda básica universal. 
Mas somente poderá sacar o valor quem se submeter a uma biometria de retina e criar sua World ID, sua identidade única global. 
Parece coisa de ficção científica, mas já é totalmente real, inclusive no Brasil.
 
Parece que o cenário de caos que justificará a ordem internacional nova, o Grande Reset e o Novo Acordo Verde já está montado. 
E o culpado provavelmente será o Irã. 
Você acha este cenário possível?

Conteúdo editado por: Jocelaine Santos

Daniel Lopez, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


terça-feira, 19 de setembro de 2023

A peregrinação de Lula - Percival Puggina

        O que Havana simboliza para Lula é muito semelhante ao que a Terra Santa representa para os cristãos. Tais destinos são peregrinações, coisas de devoção. 
Nos séculos XI e XII, os cristãos promoveram sucessivas cruzadas para libertar Jerusalém do domínio sarraceno. 
O solitário apoio ao regime cubano significa algo semelhante: proteção do sagrado comunismo frente a permanente ameaça capitalista. 
A conta é paga pelos trabalhadores e pagadores de impostos brasileiros.

Como temos um presidente itinerante, que não esquenta lugar, verdadeiro papa-léguas em lua de mel, lá foi Lula a Havana encontrar-se com seu passado quando, em 2009, pelas barbas do profeta Fidel, decidiu regalar-lhe um porto zero quilômetro, da grife Odebrecht.

A fé política é um desastre quando substitui a fé em Deus. Nessa condição missionária, Lula (e os governos de esquerda) sempre ofereceram e continuarão oferecendo incondicional proteção diplomática a seus irmãos de fé política. 
O Brasil esquerdista, por exemplo, desaprova quaisquer manifestações de colegiados internacionais em relação às violações de direitos humanos sempre em curso naquele legendário país. 
O Brasil esquerdista faz negócios que desagradam os brasileiros, mas são festejados entre os beneficiados como uma alvorada sobre as ruinas do apocalipse.
 
Só os fiéis dessa igrejinha política não sabiam que o empréstimo para construção do Porto de Mariel seria pendurado num prego. O país não tem dólares para pagar. Sua balança comercial é permanentemente deficitária. Para cada três ou quatro dólares que importa, exporta um dólar. 
Na excelente instalação paga pelo Brasil, a maior obra de infraestrutura em Cuba, quase não há o que exportar. Metade da área está vazia.
 
Enquanto Cuba for um país comunista, inimigo dos Estados Unidos, será visto pelos norte-americanos exatamente conforme seus dirigentes políticos afirmam de si mesmos ao longo de 63 anos, em todas as suas manifestações. 
É conversa fiada afirmar que Cuba voltaria a ser a Pérola do Caribe, como efetivamente era no começo do século passado, se acabasse o bloqueio. Que bloqueio é esse que não impediu o Brasil de levar um porto inteiro para lá? 
Bloqueio que não impede Cuba de importar da China, Espanha, Rússia, Brasil, México, Itália e Estados Unidos (sim, os próprios EUA são o 7º país que mais exporta para lá).  
O problema é que, com medo de calote, alguns só vendem mediante pagamento à vista e nenhum investidor sensato vai colocar dinheiro naquele formato de Estado.
 
O governo Lula assinou um contrato que previa, na falta de meios, ser ressarcido em charutos. 
Ou seja, Lula II sabia o que estava fazendo em 2009, mas delirou com a ideia de criar, na Cuba comunista, um porto fervilhante de oportunidades e negócios que, impenitentes, só aparecem em regimes econômicos capitalistas.
 
O estado cubano e seu regime são uma lição ao mundo.  
As elites comunistas preferem seu povo enfrentando desnecessárias privações a reconhecer os próprios erros. 
Passadas seis décadas, esse discurso que inculpa os EUA não tem um fiapo que o mantenha no ar. 
Em 2019, o parlamento da Ilha aprovou uma nova Constituição (produto da experiência de 60 anos!) cujo artigo 5º acaba com o futuro da Castro&Castro Cia Ltda, cujo CEO, hoje é o senhor Díaz-Canel.

O Partido Comunista de Cuba, único, martiano, fidelista e marxista-leninista, a vanguarda organizada da nação cubana, sustentada em seu caráter democrático e em sua permanente ligação com o povo, é a força motriz dirigente superior da sociedade e do Estado.

Sabe quando um país assim pagará ao Brasil os US$ 261 milhões que deve? Vai um charuto aí, leitor?

Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país.. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.


sexta-feira, 11 de agosto de 2023

O apocalipse com a inteligência artificial demora? - O Globo

Enquanto o medo de que o desenvolvimento da inteligência artificial (IA) leve à extinção da humanidade segue nos debates, não custa parar e ouvir os especialistas. Alguns acreditam, sim, que a tecnologia pode ser uma ameaça. Mas não todos. Na verdade, quem é do ramo se distribui, hoje, por três escolas distintas que separam a maneira como compreendem o desenvolvimento da IA. Duas dessas linhas apostam que estamos nos aproximando de uma inteligência superior à humana. 
Dentre os três grupos, apenas um teme que estejamos em risco.
Essa questão, chegarmos a uma inteligência artificial porém equivalente ou superior à humana, é o ponto fundamental do raciocínio. Large Language Models (LLM), modelos de linguagem amplos como o que faz funcionar o ChatGPT, são grandes calculadoras probabilísticas. Esses sistemas são alimentados e treinados com bilhões de textos diferentes. Em alguns casos, trilhões
Artigos, poemas, livros, textos de toda sorte escritos por seres humanos. Dissecam matematicamente cada um desses arquivos, fazem análise de contexto, compreendem como se constroem e, a partir daí, se tornam capazes de produzir novos textos.
 
Seguem sendo modelos probabilísticos. Perante a pergunta que qualquer um de nós faz, começam a redigir uma resposta. 
Nesse contexto, nesse assunto, qual a primeira palavra mais provável de aparecer? 
E, depois da primeira palavra, qual a segunda mais provável? 
Assim por diante. Se o modelo foi alimentado com muitos textos sobre aquele tema, a resposta será mais precisa. 
Se há poucos textos, possivelmente a resposta será inventada. 
Um LLM não sabe a diferença entre verdade e mentira. Tem sua 
memória, tem informação arquivada e faz contas para apresentar palavras. Nunca produzimos uma tecnologia assim. Os textos são incrivelmente plausíveis. 
Parecem escritos por seres humanos. E, de certa forma, são. 
Afinal, baseiam-se nas maiores bibliotecas jamais reunidas.

A questão é: essa lógica probabilística, se lhe dermos tempo suficiente para se desenvolver, será capaz de raciocinar com originalidade? 

Com criatividade?

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Pedro Doria,  jornalista - O Globo  


 

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Os novos ludistas e o intervencionismo estatal - Alex Pipkin, PhD

         Por natureza, associo-me mais aos céticos do que aos otimistas. Nestes “novos tempos modernos”, otimismo exacerbado é característica marcante de sinalizadores de virtude e, imagino, porta aberta para triviais retóricas, platitudes e decepções.

No entanto, sou adepto daqueles que comungam de uma visão positiva quanto ao progresso, por meio da destruição criativa e da respectiva engenhosidade e liberdade das pessoas para conceberem novas ideias e soluções inovadoras.

Acredito na capacidade inventiva dos indivíduos, ao contrário dos profetas do pessimismo e adoradores de capatazes.

Ao longo da história, mensageiros do apocalipse - que lucram com suas profecias -, opuseram-se aos avanços tecnológicos, em nome da preservação de empregos, do desastre ambiental, do combate à fome, entre outras tragédias anunciadas.

Nesse mundo de puros desejos, dos direitos ilimitados descolados de deveres, os ludistas contemporâneos são pródigos.

No século XIX, com a Revolução Industrial, trabalhadores destruíam máquinas que iriam, supostamente, substituir a mão de obra humana, gerando desemprego e miséria. Ficaram conhecidos como “ludistas”. Numa análise retrospectiva racional, porém, é singelo constatar o avanço das inovações e do correspondente progresso das condições de vida das pessoas.

Não existe nada que seja perfeito. Sempre haverá questões complexas e dilemas a superar.

Não obstante, o avanço das tecnologias da informação, da IA, enfim, gerenciadas por humanos do bem - evidente que a maldade está entre nós -, agregará muito mais valor a vida dos cidadãos, em nível quanti e qualitativo, de soluções melhores e mais baratas, de liberdades e, similarmente, do tão propalado tema do emprego - para alguns, desemprego.

Muitos que se autoproclamam especialistas, afirmam que o avanço tecnológico impulsionou as desigualdades sociais. Sim, dependendo do tipo de emprego/atividade, contudo, diminuiu, enormemente, o mais importante, a pobreza.

Esses especialistas alertam para o quase sempre inimigo mortal, o vilão mercado, referenciando a importância - meu juízo, maléfica - do intervencionismo do grande pai soberano Estado.

Os supremos agentes estatais, ao estilo pavloviano, salivam entre os dentes afiados, a cada oportunidade de ingerirem e comandarem a vida das pessoas.  A história se repete, assim e mais uma vez, emerge uma visão míope, desconsiderando os fatos, de que são os indivíduos, livres para pensar, para criar novas soluções, para inovar e para estabelecer relacionamentos colaborativos espontâneos e voluntários, tentando e aperfeiçoamento tais inovações e suas arestas, os genuínos responsáveis pela construção do futuro e da prosperidade para todos.

Novamente, a história factual comprova que o intervencionismo do “pai salvador”, é quase sempre o problema, não a solução.  A narrativa estatal para interferir e controlar, vincula-se ao grande poder do oligopólio das grandes corporações tecnológicas.

No meu sentir, as gigantes tecnológicas atuaram na direção da descentralização da informação e do poder, e não o contrário, como muitos pressupõem.

Sou ainda um sujeito, digamos, analógico. Semanas atrás participei de um treinamento sobre novas ferramentas de IA, completamente “democráticas”, de código aberto, que geram oportunidades reais para todos, pessoas e empresas. 
Não, mais uma vez, não estamos falando de um jogo de soma zero!

Um trivial questionamento: a “verdade” não se encontrava monopolizada?
Eles, de verdade, acobertam e/ou desconhecem que o surgimento de um oligopólio ocorre por meio de um processo natural, ou seja, essas empresas inovaram e lograram satisfazer - melhor - os desejos e as necessidades de clientes/consumidores. Simples assim.

Ludistas “progressistas” não enxergam o óbvio: tecnologias inovadoras impactaram no desaparecimento de negócios ultrapassados, entretanto, criaram novos setores e empregos, inclusive, melhor remunerados.

Criadores de riqueza investiram, inovaram, empregaram, treinaram seus funcionários e criaram soluções para as pessoas e, portanto, para a sociedade. Eu chamo isso de progresso compartilhado. É assim que se faz.

Evidente que a destruição criativa, como o próprio nome do processo diz, destrói o antigo, já não tão produtivo, e gera novos setores e soluções mais produtivas. A soberania do consumidor sabe julgar o efetivo “incremento de produtividade”. Considerando-se todos os eventuais ônus do processo, a vida da pessoas ficou mais produtiva, fácil, legal, mais barata, mais conveniente…

Rejeitando-se à corrupção da verdade, as tecnologias inovadoras, comprovadamente, agiram pragmaticamente na geração de novos e diferentes tipos de empregos e empregabilidade, no desenvolvimento de novas fontes de energia, sobretudo, verdes, renováveis, e num aumento brutal da produção de alimentos para saciar a fome global.

Desacredite dos pessimistas profetas do apocalipse. E eles são muitos.
Nos mercados livres, indivíduos dotados de liberdades individuais, para pensar, inovar e criar novas e melhores soluções para as pessoas, são aqueles que, de fato, materializam o verdadeiro progresso para todos.

São pessoas e empresas que investem, criam coisas novas, empregam e geram renda, riqueza e mais prosperidade.

Os ludistas “progressistas” estão propositalmente tapados. Mais regulação é a receita infalível para o fracasso - de todos. [não podemos olvidar que o Brasil atualmente está sob a presidência de um individuo adepto do atraso e que tem um séquito de lacaios que pensa da mesma forma.
Por tal infelicidade é que o Brasil já iniciou seu processo de queda livre em todos os sentidos.]

As novas tecnologias não redundarão no “fim do mundo”, em mais desemprego e na catástrofe ambiental.

Nada disso. Produzirão mais liberdades, descentralização do poder, novos e distintos empregos e, de maneira derradeira, elas irão auxiliar na melhoria do mundo. Sinteticamente, maior prosperidade.

Alex Pipkin, PHD


terça-feira, 28 de dezembro de 2021

O p... dos f..., a perseguição contra a fé cristã e as eleições

O grupo P... dos F... , voltou a debochar da fé cristã neste fim de ano de 2021. Às vésperas do Natal, o grupo escarneceu da fé cristã mais uma vez, agora retratando Jesus como um adolescente, tendo de se adaptar à vida na escola, consumindo pornografia, sofrendo bullying dos colegas e encontrando Deus, seu pai, em um prostíbulo.

Detalhe de "Cristo Carregando a Cruz", de Hieronymus Bosch.

Detalhe de “Cristo Carregando a Cruz”, de Hieronymus Bosch.| Foto: Wikimedia Commons/Domínio público

O vilipêndio como método
Não é a primeira vez que o p... f...  resolve afrontar a fé cristã de forma direta. Em 2013, um programa de Natal do grupo causou controvérsia e protesto, pois na interpretação do grupo teria havido relações sexuais entre Deus e Maria, o que teria levado à sua gestação e ao nascimento de Jesus, que tentou fazer “negociações” com os soldados que o pregaram na cruz. Em 2014, decidiram que o alvo da zombaria seria o patriarca Abraão, com piadas também sobre Deus. Como um dos integrantes do grupo afirmou, as Escrituras Sagradas seriam uma “fábula [...] um bom mote para o humor. [...] Ótimas para subverter e brincar”. Em 2016, voltaram a ridicularizar os relatos bíblicos sobre Jesus Cristo, retratando-o como “um humano seletivo no seu amor”, e alguém que acha a missa chata, falsa e entediante. E, em 2019, retrataram Jesus Cristo como homossexual, e Maria como adúltera e usuária de drogas.

Governo edita MP que obriga cartórios a adotarem serviços eletrônicos

Como entender o ódio e o desprezo aberto pela fé cristã por parte desse grupo, sobretudo na data em que se celebra tradicionalmente o nascimento do único Salvador, o Messias Jesus, adorado por 81% dos brasileiros como o Deus que assumiu a natureza humana?

[como é recorrente, reiteramos nossa posição de repúdio, desprezo, nojo à esquerda e a outros grupos que representam a imundície que a falange sinistra pretende  impor ao mundo.
Uma das formas de expressar nossa rejeição a tais coisas,  é que sempre ao mencionar em nossas postagens qualquer dessas coisas ou nominar seus líderes, usamos abreviaturas e caracteres em tipo mínimo = uma forma visual de impedir que se tornem alvos de holofotes e também de mostrar o quando são insignificantes.(confiram aqui.).
Ao ensejo, renovamos sugestão a tais coisas que deixem a covardia e em vez de ataques à Religião fundada por NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, ataquem outras religiões que serão implacáveis no revide. Até ilustrações serão suficientes para que vocês recebam o que merecem - a fé cristã não permite o revide, a vingança. 
Mas, outras... agem de forma diferente. 
Antes que nos acusem de neste modesto comentário estarmos estimulando atos criminosos, nada disso = apenas sugerimos a vocês que mudem os alvos dos seus ataques imundos.] 
 
O ódio dos esquerdistas à fé cristã
A explicação mais simples é que esquerdistas tem aversão à fé cristã, por mais que afirmem o contrário. Dennis Prager resumiu algumas das razões do ódio que os adeptos desta ideologia têm do cristianismo, sobretudo da celebração do Natal. De acordo com Prager, em primeiro lugar, “a esquerda vê no cristianismo seu principal inimigo ideológico e político. E está certa nisso. A única oposição organizada e de larga escala contra a esquerda vem da comunidade cristã tradicional – protestantes evangélicos, católicos tradicionais [...] – e de judeus ortodoxos.  O esquerdismo é uma religião secular e considera todas as outras religiões imorais e falsas”. Prager destaca corretamente: A esquerda entende que quanto mais as pessoas acreditam no cristianismo (e no judaísmo), menor a chance de a esquerda ganhar o poder. A esquerda não se preocupa com o Islã, porque o percebe como um aliado em sua guerra contra a civilização ocidental e porque os esquerdistas não têm coragem de enfrentá-lo. Eles sabem que o confronto com os religiosos muçulmanos pode ser fatal, enquanto o confronto com cristão não implica riscos”.

Como entender o ódio e o desprezo aberto pela fé cristã por parte do p... f... , sobretudo na data em que se celebra tradicionalmente o nascimento do único Salvador?

Em segundo lugar, adaptando os argumentos à nossa realidade, “a esquerda considera o cristianismo como parte intrínseca da identidade nacional” brasileira, “uma identidade que desejam erodir em favor de uma identidade de ‘cidadão mundial’”.

E uma terceira razão é que, de acordo com Prager, “a esquerda é triste. Qualquer coisa e quem quer que a esquerda influencie tem menos alegria na vida. Conheci liberais felizes e infelizes e conservadores felizes e infelizes, mas nunca encontrei um esquerdista feliz. E quanto mais à esquerda você for, mais irritadas e infelizes serão as pessoas que encontrará. [...] O Natal é feliz demais para a esquerda. Noite Feliz não é uma canção para ela”.

Voltando ao p ... f ..., o desprezo que o grupo demonstra pela fé cristã é parte da campanha aberta implementada pelas esquerdas contra a fé cristã. Como Jones Rossi comentou, tratando do líder do grupo: “Talvez g. g.,  não planeje os ataques [à fé cristã] de forma tão premeditada – até para isso seria necessário ter uma sólida formação intelectual. Mas, ao fazê-lo, segue à risca o roteiro pré-determinado de parte da esquerda que deseja impor sua agenda [anticristã] sem resistência”.

O que os ideólogos esquerdistas almejam é o Estado laicista, marcado por intolerância religiosa, que almeja eliminar Deus e a fé cristã, atacando fortemente a liberdade religiosa e banindo do meio público qualquer expressão ou símbolo de religioso. E, como afirmou o papa Bento XVI, o Estado laicista intenta implantar a “ditatura do relativismo”, eliminando a verdade e o direito natural. Assim, uma das formas de criar embaraços à prática da fé cristã no Brasil é que numa das frentes são realizados ataques contra o direito à liberdade religiosa por meio da tentativa de aprovação de projetos de lei, ações civis públicas, recomendações administrativas, decretos, decisões judiciais e ataques midiáticos, intentando suprimir a fé do espaço público. Em outra frente, esquerdistas insuflam o deboche vulgar contra a fé cristã, por meio de programas como o p... f... , ou em paródias sobre o Senhor Jesus em blocos carnavalescos.

O testemunho das Escrituras sobre Jesus
O apóstolo João registrou uma fala de Jesus aos judeus, diante do Templo em Jerusalém: “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isso ele disse a respeito do Espírito que os que nele cressem haviam de receber” (João 7,38-39). O que o único Messias e Senhor ensinou, em outras palavras, é que somente podemos falar do Salvador a partir do que as Escrituras Sagradas revelam sobre ele. 
Pois as Escrituras Sagradas são a única fonte confiável que temos sobre a vida, feitos e obra do Salvador. 
Décadas depois, o apóstolo João, exilado por causa da fé na ilha de Patmos, afirmou após receber revelação divina que o Messias Jesus é “a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. [...] Que nos ama e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai”, digno de receber toda “a glória e o domínio para todo o sempre”. E que também “ele vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão por causa dele” (Apocalipse 1,5-7). Portanto, como Martinho Lutero escreveu, “da mesma forma como vamos até o berço tão somente para encontrar um bebê, também recorremos às Escrituras apenas para encontrar Cristo”. Somente as Escrituras Sagradas nos revelam quem, de fato, é nosso Salvador.

Assim sendo, recebendo como verdadeiro o testemunho de Jesus revelado na Escritura Sagrada, lembremos do que C. S. Lewis escreveu tempos atrás: “Estou tentando impedir que alguém repita a rematada tolice dita por muitos a respeito de Jesus Cristo: ‘Estou disposto a aceitar Jesus como um grande mestre da moral, mas não aceito a sua afirmação de ser Deus’. Essa é a única coisa que não devemos dizer. Um homem que fosse somente um homem e dissesse as coisas que Jesus disse não seria um grande mestre da moral. Seria um lunático – no mesmo grau de alguém que pretendesse ser um ovo cozido – ou então o diabo em pessoa. Faça a sua escolha. Ou esse homem era, e é, o Filho de Deus, ou não passa de um louco ou coisa pior. Você pode querer calá-lo por ser um louco, pode cuspir nele e matá-lo como a um demônio; ou pode prostrar-se a seus pés e chamá-lo de Senhor e Deus. Mas que ninguém venha, com paternal condescendência, dizer que ele não passava de um grande mestre humano. Ele não nos deixou essa opção, e não quis deixá-la”. Portanto, aqueles que recebem como verdadeiro o testemunho das Escrituras Sagradas só têm como opção reconhecer que Jesus é o Senhor, o único Messias, o eterno Filho de Deus, o Deus-homem, o único mediador entre Deus e a humanidade pecadora.

Quanto aos que debocham de Deus, aqueles que são da fé não devem se abalar. As Escrituras Sagradas ensinam que diante dos ataques contra Deus e seu Messias, é o próprio Senhor que ri diante dessa situação

Como celebrado no famoso hino Oh, vinde, fiéis (Adeste Fideles), de 1751, atribuído ao músico católico John Francis Wade, e cantado por todos os cristãos no Natal:

Deus de Deus, Luz de Luz
Carregado no ventre de uma virgem
Deus verdadeiro, gerado, não criado

Oh, vinde, adoremos!
Oh, vinde, adoremos!
Oh, vinde, adoremos a nosso Senhor!

Diante do “Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade”, e que revelou “a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (João 1,14), lembramos da máxima de Inácio de Loyola: “Para aqueles que creem, nenhuma explicação é necessária; para aqueles que não creem, nenhuma explicação é possível”.

Quanto aos que debocham de Deus, do Messias e do que é sagrado aos cristãos, aqueles que são da fé não devem se abalar. As Escrituras Sagradas ensinam que diante dos ataques contra Deus e seu Messias, é o próprio Senhor que ri diante dessa situação. Como aprendemos no antigo livro de orações do povo de Israel: o Deus todo poderosoque habita nos céus dá risada; o Senhor zomba deles. Na sua ira, a seu tempo, lhes falará e no seu furor os deixará apavorados”. E Deus diz ao seu eterno Filho, destinado a dominar todo o universo, da oposição que reinos tentam fazer contra ele: “Com uma vara de ferro você as quebrará e as despedaçará como um vaso de oleiro” (Salmos 2,4-5.9). Haverá um tempo de prestação de contas diante do Deus que não se deixa escarnecer!

A serviço de partidos esquerdistas
As limitações à liberdade religiosa vêm crescendo em todo o mundo nos últimos anos. E os cristãos também são os mais perseguidos, sobretudo em países dominados pelo islamismo ou pelo comunismo. Na China, crescem progressivamente as restrições e perseguições à manifestação da fé cristã. Agora, o governo autoriza apenas pregações nas redes sociais de doutrinas religiosas “que conduzam à harmonia social” e que guiem os fiéis chineses “ao patriotismo e ao respeito à lei”. Agora, os esquerdistas no Ocidente não escondem mais seu ódio e desprezo contra o cristianismo.

O grupo p... f ... , é apenas uma pequena parte desse movimento esquerdista que tenta vilipendiar e ridicularizar a fé dos cristãos. O que a esquerda almeja é, como escrevem Thiago Vieira e Jean Regina, a imposição do “Estado Secular, o resultado final do laicismo. Nele o fenômeno religioso praticamente inexiste (pelo menos não de forma pública), e os elementos religiosos permanecem apenas como símbolo cultural. De certa forma, na secularização [...] existe um aculturamento total do fenômeno religioso a ponto de seu elemento transcendental deixar de existir”. E, para fins de boa compreensão, os dois fazem o contraste: “Por outro lado, laicidade implica na preservação dos poderes religioso e político, cada um com total autonomia e independência dentro de sua ordem. E essa autonomia do poder religioso existe exatamente por ter em seu objeto a transcendência, em outras palavras, por ter em si mesmo exatamente o oposto do que a secularização significa e propõe”.

Veja Também:
  • Guilherme de Carvalho: O universo moral pobre do Porta dos Fundos

  •  
    Aliás, o já citado d...  é fervoroso apoiador do deputado federal Marcelo Freixo, agora no PSB – inclusive pedindo dinheiro nas redes sociais em 2014 para financiar suas campanhas. Freixo, que era do PSol, começou recentemente a visitar igrejas evangélicas, para tentar angariar apoio à sua campanha ao governo do estado do Rio de Janeiro. d..., que já declarou voto no ex-presidente Lula nas eleições do ano que vem, também é firme apoiador do PT. Ele tem destaque no site oficial do partido que legou, na percepção popular, o governo mais corrupto da história do Brasil – não custa lembrar que as duas condenações de Lula e outras ações no âmbito da Operação Lava Jato foram anuladas devido a decisões do STF relativas a questões processuais. [lembramos que o STF não conseguiu encontrar elementos que justificassem declarar o ex-presidente petista, o maior ladrão do Brasil, inocente. Apenas o descondenaram por manobras jurídicas.] E Lula foi solto depois de 580 dias preso porque o STF mudou de entendimento quanto à prisão em segunda instância. Mas em 2012 o STF condenou dirigentes do PT sob o argumento de que eles lideraram esquema que desviou dinheiro público para compra de apoio político no Congresso.
Que, nas eleições que ocorrerão em 2022, os cristãos católicos e protestantes se lembrem dessas associações, diante do esforço intencional e deliberado por parte do p... f ..., Porta dos Fundos de ridicularizar a fé cristã. E fica a pergunta: será que ainda há cristãos que conseguem votar no PT, PCdoB e PSol?  
Acólitos destes partidos abertamente atacam a fé cristã e vilipendiam seus símbolos. 
Haverá mesmo cristãos que ainda votarão nesses partidos?
* * *

O colunista deseja boas festas e ótimo ano novo a todos os seus leitores! Os textos dessa coluna retornarão em 1.º de fevereiro de 2022.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos

quinta-feira, 1 de julho de 2021

24 na cabeça! - Por que a CBF não usa o número 24 no uniforme do Neymar - Gazeta do Povo

Paulo Polzonoff Jr.

O tirânico movimento LGBT está tão preocupado com a discriminação ao simpático número 24 que resolveu judicializá-lo.

Apesar de ser uma besta matemática daquelas que só a muito custo conseguem fazer uma divisão com dois algarismos na chave, sou fascinado pelo assunto. Tanto que há uns dez anos, assim do nada, tive a brilhante ideia (todos os editores discordaram do brilhantismo dela) de escrever todo um livro-reportagem sobre o número 21.

E lá fui eu até a USP entrevistar um matemático entediado que consumiu meia hora da minha vida para atestar: não há nada de especial com o número 21 que justifique um livro sobre ele. 

O tirânico movimento LGBT está tão preocupado com a discriminação ao simpático número 24 que resolveu judicializá-lo.


Pudesse eu voltar no tempo e conversar com o jovem Paulo, sussurraria no ouvido dele (para não assustá-lo muito) o número 24. É provável que ele respondesse todo machão algo como “Tá me estranhando?!”. Mas a verdade é que o número 24 é muito mais interessante do que o 21, 22, 23 ou 25 (só não é mais interessante do que o 0). Tanto é assim que agora até a Justiça, essa que se escreve com jota maiúsculo, mas age como jota minúsculo, quer saber da CBF por que a seleção não estampa o 24 nos uniformes dos jogadores.

Se eu fosse o encarregado de responder ao grupo LGBT estranhamente preocupado com a honra do sensível e frágil número 24, começaria citando, obviamente, a matemática. Na qual o número 24, veja só, é o menor número com oito divisores positivos, um número nonagonal (o que quer que seja isso), semiperfeito (idem) e harshad (ou niven). Aqui vale mencionar que “harshad”, em sânscrito, significa “alegria”.

Que mais? Ah, o número 24 é a soma de dois números primos, 11 e 13, mas sugerir uma promiscuidade incestuosa nisso seria e é um absurdo digno de um cronista menor e preconceituoso. Longe de mim! Vinte e quatro também é o número de osculação (não estou inventando nada aqui) do espaço tetradimensional. Por fim, quando um 4 se junta a um histérico ponto de exclamação (4!), ele vira 24.

Vinte e quatro também é, acredite se quiser, o número atômico do elemento cromo, cujo nome deriva da palavra grega para “cor” e que, em nosso corpo, ajuda a aliviar sintomas de depressão e reduz as variações de humor – sobretudo na TPM. São ainda 24 as horas do dia. E, para não dizerem que o ignorei só porque ele foi um pesadelo nos meus anos de escola, convém citar aqui que o 24, quando dá um gritinho (24!), é uma aproximação do número de Avogrado.

O número 24 também é importante para os que têm fé. A Bíblia Hebraica, por exemplo, tem 24 livros. Vinte e quatro é ainda a soma que representa a Igreja completa mencionada no Apocalipse: 12 tribos de Israel mais 12 apóstolos do Cordeiro de Deus. No jainismo, religião praticada sobretudo na Índia, 24 são os tirtancaras – seres iluminados que conseguiram escapar ao ciclo de renascimentos. Aliás, já mencionei que a representação do darma é uma roda com 24 raios chamada Açoca Chacra? Pois.

Não vai citar o reino animal?, me pergunta alguém. Vou. Porque Vinte e Quatro era o nome de um famoso cavalo de corrida norte-americano. Entre 1961 e 1962, ele foi um verdadeiro Ayrton Senna dos hipódromos. Uma vez aposentado, o garanhão virou reprodutor cobiçado. O nome dele, vale mencionar, foi tirado da canção de ninar “Sing a Song of Sixpence”, muito conhecida no século XVIII e que menciona 24 pássaros pretos servidos numa torta (eca!).

E mais: um computador precisa de 24 bits para representar uma true color. Ouro puro é o de 24 quilates. O ano solar chinês tem 24 ciclos. Um filme é exibido à velocidade de 24 frames por segundo – o que basta para enganar o tolinho do olho humano. O alfabeto grego tem 24 letras – e até por isso a “Ilíada”, de Homero, tem 24 cantos.

Se isso tudo há de convencer a Justiça, ou melhor, “justiça” de alguma coisa, não tenho a menor ideia. Mas os fatos estão aí expostos. Com tanto simbolismo dando sopa para ofender os disléxicos, os ateus, os cromodeficientes, os traumatizados por canções de ninar, os que perderam tudo nas corridas de cavalo e até os fãs da Cindy Lauper, nada mais prudente do que deixar o 24 lá no cantinho dele, sem incomodar ninguém.

Paulo Polzonoff Jr., colunista - Gazeta do Povo - VOZES