Os donos do poder, que dividem em favor deles o
bolo do orçamento público, praticam três tipos de parasitismo que
desidrata diuturnamente o Estado brasileiro (a literatura interpretativa
do Brasil – Sérgio Buarque de Holanda, Faoro etc. - chama isso de
patrimonialismo):
1º) o político: agentes públicos que cuidam do
dinheiro de todos como se fosse patrimônio privado, ingressando aqui
todo tipo de fisiologismo, nepotismo, clientelismo, favoritismo, troca
de favores, distribuição de cargos, nomeações de amigos incompetentes,
manipulação de emendas parlamentares etc.
2º) o corporativo:
agentes públicos ou privados (sindicatos, por exemplo) que contam com
acesso ao poder para conquistar benesses indevidas; e
3º) o
empresarial: agentes econômicos e financeiros que conseguem satisfazer
seus interesses privados mediante o acesso ou a influência no poder
político, alcançando isenções fiscais indevidas, empréstimos
subsidiados, concessões fisiológicas, financiamentos privilegiados,
sistema tributário favorecido etc.
O auxílio-moradia indevido,
que é desfrutado por ministros de Estado, juízes e tantas outras
corporações, insere-se na categoria do parasitismo sanguessuga do
dinheiro público. Um exemplo dessa escatologia ocorre quando um
casal de juízes habita a mesma casa e recebe o penduricalho chamado
auxílio-moradia, que se converteu numa espécie de “premiação” para
aqueles agentes estatais que já conseguiram comprar um imóvel na vida. É
um tipo de reconhecimento do “mérito”.
Normalmente os programas
de ajuda estatal são voltados para quem não tem imóvel (Minha Casa Minha
Vida, por exemplo). Em várias ocasiões o auxílio-moradia, no entanto, é
dado para os que têm imóvel próprio.
Esse auxílio-moradia
concedido indiscriminadamente transforma-se num tipo de “aluguel” (um
rendimento extra) pago com dinheiro público a quem já conseguiu seu
imóvel. Mais uma vez é nossa República na contramão do que deveria ser o
justo e equitativo.
A filha de um ministro, que é
desembargadora, tem dois imóveis no Leblon. Como premiação extra, por já
ter conseguido dois imóveis na vida, também recebe o auxílio-moradia. A
ação que questiona os excessos do benefício está parada no STF há três
anos. Seu relator é precisamente seu pai.
É triste ver os poderes
estatais indo para o fundo poço por causa dos seus próprios agentes.
São as pessoas que fazem as instituições. Os agentes públicos que
denigrem suas funções praticam uma espécie de alterofagia (devastação do
outro) das suas próprias instituições, que vão morrendo por falta de
credibilidade. Quando várias instituições de um país não são
confiáveis, o próprio país é visto como de segunda categoria. Temos que
reconstruir a República brasileira, mas antes é preciso implodir o
sistema vigente, que é corrupto, vetusto e degenerado.
O eleitor é
o grande responsável pela implantação de uma nova República. Resta
saber se em 2018 ele será um eleitor cidadão ou, mais uma vez, um
cúmplice de ladrão. [o eleitor brasileiro, em sua grande maioria, tem a vocação inata, encravada em seu DNA, para ser cúmplice de ladrão.
E, no momento em que reelegeu coisas como Lula e Dilma, corroborou tal vocação e abriu mão, ainda que informalmente, do DIREITO/DEVER de escolher seus governantes, especialmente, o presidente da República.
Para que a situação volte ao normal e, talvez, em um futuro não muito distante, esses eleitores recebam os poderes dos quais, por deficiência genética, abdicaram, se torna necessário a INTERVENÇÃO MILITAR CONSTITUCIONAL, que no estrito respeito à Constituição, procederá as reformas necessárias para que se possa cogitar de uma NOVA REPÚBLICA, em maiúscula, e não o arremedo de 'república', inventado por Sarney e seus seguidores.]
Publicado originalmente no O Estado de S. Paulo - Luiz Flavio Gomes
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018
Auxílio-moradia: quando indevido, é parasitismo patrimonialista
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