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segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Flávio Bolsonaro cairá na mesa de Raquel Dodge



O senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) tem um encontro marcado com Raquel Dodge. Caberá a ela, na condição de procuradora-geral da República, decidir se o relatório do Coaf sobre movimentações bancárias atípicas no âmbito da Assembleia Legislativa do Rio justifica ou não o envio ao Supremo de um pedido de abertura de inquérito contra o filho mais velho de Jair Bolsonaro. Responsável pelo controle das operações financeiras no país, o Coaf fisgou 75 assessores de duas dezenas de deputados estaduais do Rio. 

[se espera que a ilustre procuradora-geral antes de decidir se envolve o Supremo em mais uma pendenga  jurídica - tipo a que resultou da acusação de 'racismo' apresentada contra o chefe do clã Bolsonaro e que teve como destino o 'arquivo' - aguardar a oitiva do Queiroz.

Enquanto ele não for ouvido ou não se manifestar em caráter oficial,  nada garante que sua atípica movimentação não seja apenas e tão somente uma movimentação atípica e que não configura nenhuma ilegalidade - os 'cúmplices' de atos legais não poder ser denunciados por prática de ilegalidade.]

Juntos, movimentaram de forma suspeita R$ 207 milhões em um ano. O vaivém detectado na conta de Fabrício Queiroz, o ex-motorista de Flávio Bolsonaro, somou R$ 1,2 milhão. A cifra continua pendente de explicação. A partir de fevereiro, com a posse de Flávio Bolsonaro no Senado, o pedaço da encrenca que passa pelo gabinete dele subirá do Rio para Brasília. E Raquel Dodge terá de se debruçar sobre o caso. Logo ela, uma personagem que não desperta em Jair Bolsonaro a mais remota simpatia.

O mandato de Dodge no comando da Procuradoria termina em setembro 2019. Bolsonaro já sinalizou que não tem a intenção de reconduzi-la ao posto.  Não se conforma com o fato de ter sido denunciado por ela sob acusação de racismo. [acusação que não prosperou por absoluta falta de fundamentação legal - o  comentário,  supostamente  racista, foi proferido por um parlamentar em pleno gozo da imunidade parlamentar.

Não parece haver fundamento para qualquer aversão do presidente eleito para com a nobre procuradora-geral, que cometeu um engano na avaliação do incidente que gerou a infundada acusação.] O arquivamento do processo no Supremo não arquivou a aversão de Bolsonaro por Dodge.



LEIA TAMBÉM: Desempenhodo STF na Lava Jato é vergonhoso 

 



 
 

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Delação da JBS sob suspeita de 'crime perfeito'


Câmara aprova pente-fino em atos da JBS e ameaça até rever acordo

Membros de 17 partidos, inclusive da oposição a Temer, assinam documento aprovado por unanimidade em comissão para evitar que ‘crime perfeito’ se concretize

 O Brasil espera que o STF deixe a Câmara investigar e não aceite denúncias que as investigações podem atrapalhar a Lava Jato

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade nesta quarta-feira um requerimento assinado por 30 parlamentares de 17 partidos que determina a fiscalização de atos praticados recentemente pelo grupo JBS e que, caso sejam constatadas irregularidades, seja feita a anulação da delação firmada pelos executivos da companhia.

O foco é passar um “pente-fino” nos  termos da colaboração assinada pelo Ministério Público Federal com executivos do grupo, entre eles o empresário Joesley Batista, que gravou uma reunião com o presidente Michel Temer (PMDB), que detonou a atual crise política. Também está na mira operações financeiras feitas pelo grupo antes da delação, que trouxe instabilidade ao mercado.

O documento é assinado tanto por parlamentares que apoiam Temer quanto por oposicionistas, como PT , PSOL, PCdo B e Rede e determina que a fiscalização seja feita com o apoio do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Advocacia-Geral da União (AGU), Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Banco Central, entre outros órgãos. O  texto do documento diz que o objetivo será “averiguar eventuais irregularidades praticadas pelo Grupo J&F [que controla a JBS], ou por empresas deste grupo, nos mercados financeiro e de capital nacionais”, citando a aquisição de dólar e a venda de ações feitas pela companhia antes da delação.

Além disso, questionam os termos que consideram generosos do acordo firmado pelo MPF, que permitiu aos irmãos Joesley e Wesley Batista escaparem de punições como a prisão.  “Mesmo após confessarem o pagamento de propinas pagas durante anos a fio, para diversos políticos, funcionários públicos e partidos, de diferentes matizes ideológicas, com o único intento de impulsionar o Grupo J&F e, consequentemente, enriquecerem mediante recebimento de vultosos bônus, dividendos ou mesmo crescimento vertiginoso do valor de participações societárias, os delatores foram beneficiados com o perdão judicial, sem qualquer condenação ou pena privativa de liberdade, e com a possibilidade de seguirem tocando seus negócios criminosos.”

“Para piorar (…),eles teriam acrescido uma “cereja ao bolo”:   "Mediante uso de informações privilegiadas, sabedoras do escândalo prestes a estourar e das consequências que ele traria aos mercados, empresas do grupo, seus respectivos sócios e executivos, resolveram lucrar com a própria torpeza. Compraram moeda estrangeira e venderam ações da JBS momentos ou dias antes do caso vazar. Se já eram criminosos confessos, a se confirmar referidas operações no mercado financeiro, passam a ser bandidos reincidentes”, afirma.

Segundo o documento aprovado, “a se confirmarem essas operações no mercado financeiro, estamos falando da prática de uma série de graves crimes”. “Enfim, não podemos permitir que tal “crime perfeito” se concretize.”

Por fim, o requerimento aprovado acena com a revisão da delação. “A serem confirmadas as práticas delituosas acima descritas, há que se rever a colaboração premiada negociada junto à Procuradoria Geral da República e homologada pelo Supremo Tribunal Federal, além das bases do acordo de leniência ainda em andamento. Vejam que há dinheiro público e do público sob risco”, afirma se referindo à participação do BNDES e de fundos de pensão na composição societária do grupo.

O outro lado
Em nota, a JBS informou que “gerencia de forma minuciosa e diária a sua exposição cambial e de commodities”. “A JBS tem como politica e prática a utilização de instrumentos de proteção financeira visando, exclusivamente, minimizar os seus riscos cambiais e de commodities provenientes de sua dívida, recebíveis em dólar e de suas operações.”
Segundo a empresa,as movimentações realizadas nos últimos dias seguem alinhadas à sua política de gestão de riscos e proteção financeira”.
A JBS ainda dá um exemplo do impacto de oscilações na cotação do dólar em seus negócios. “Ao considerar a variação cambial na cotação do dólar de 3,16 reais para 3,40 reais, como a ocorrida entre 31 de março (fechamento do primeiro trimestre) e 18 de maio, a companhia sofreria um prejuízo superior a R$ 1 bilhão.”

Em relação às operações com ações, a companhia informou que não se manifestaria sobre o assunto no momento.

 Fonte: Revista VEJA