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sábado, 8 de abril de 2017

EUA vão ‘resolver’ Coreia do Norte sozinhos, diz Trump

Em entrevista ao jornal Financial Times, o presidente afirmou que discutirá a ameaça norte-coreana com o presidente da China nesta semana

Os Estados Unidos estão preparados para responder sozinhos às ameaças nucleares da Coreia do Norte, caso a China fracasse em colocar pressão sobre Pyongyang, disse o presidente americano, Donald Trump. O comentário foi feito em entrevista ao jornal Financial Times, no domingo.

O republicano falou à publicação sobre seu futuro encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, marcado para o fim desta semana, na propriedade de Trump na Flórida. O líder americano confirmou que discutirá a tensão entre os Estados Unidos e o país do ditador Kim Jong-un.”Bem, se a China não solucionar a Coreia do Norte, nós iremos. Isso é tudo o que vou dizer”, disse ao jornal. Questionado se o país conseguiria combater a ameaça norte-coreana sem auxílio chinês, Trump foi confiante: “Totalmente”.

Sem revelar os planos para combater a ameaça norte-coreana, o presidente disse que a “China tem uma grande influência na Coreia do Norte”. “Ou a China vai decidir nos ajudar, ou não vai. Se disserem sim, será ótimo para a China. Se disserem não, não será bom para ninguém”, acrescentou Trump. Em outra entrevista à publicação, o vice-conselheiro de Segurança Nacional de Trump, K.T. McFarland, declarou que há uma “real possibilidade” de que a Coreia do Norte se torne capaz de atingir os Estados Unidos com um míssil nuclear até o fim do primeiro mandato do presidente.

Sobre a reunião com Xi, o americano disse que discussões sobre comércio devem incentivar a China a apoiar os Estados Unidos na questão norte-coreana. “Eu tenho um grande respeito por ele. Tenho um grande respeito pela China”, afirmou Trump. “Eu não ficaria surpreso de maneira alguma se fizéssemos algo que seja dramático e bom para ambos os países”.

Durante a campanha presidencial, Trump atacou a China em diversas oportunidades, principalmente em tópicos econômicos. Segundo o presidente, a potência asiática roubou empregos dos americanos e manipula sua moeda para favorecer exportações. No Twitter, o presidente americano comentou que será uma “reunião muito difícil” com o líder chinês. “Não podemos mais ter déficits comerciais gigantes”, escreveu.


Fonte: Reuters - VEJA 



 

quarta-feira, 20 de maio de 2015

A presimente Dilma quer seguir o mesmo modelo que o Ignorantácio Lula seguiu na Transnodestina – inaugurada quatro vezes, com vagões ferroviários transportados em carretas rodoviárias


Ferrovia transoceânica: a distância entre o discurso e a realidade nos acordos com a China

Anunciado com estardalhaço pela presidente Dilma Rousseff, o projeto de construção de uma ferrovia que ligaria o Brasil ao Peru é o maior exemplo do quanto alguns acordos firmados entre Brasil e China nesta terça-feira estão longe de virar realidade. Com exceção de alguns negócios que já vinham sendo tratados há meses, como a venda do BBM, a compra de 22 jatos da Embraer e a retomada da exportação de carne, a maioria dos acordos ainda necessita de estudos técnicos e licitações. Tirando o entusiasmo do governo diante da perspectiva de receber vultosos valores em um momento de crise financeira, o que se tem de concreto é que as autoridades chinesas manifestaram a intenção de investir mais de 53 bilhões de dólares no Brasil.

Em coletiva convocada para falar sobre o pacote de anúncios, os representantes do governo federal deixaram bem claro que são apenas "memorandos de entendimento". O embaixador José Alfredo Graça Lima explica: "São cifras que visam dar dimensão da grandeza do que pode efetivamente ser alcançado dentro de um prazo de tempo que a gente não sabe, hoje, até onde vai se estender". É por isso que o plano ambicioso de construir uma ferrovia, de 4.700 quilômetros, que atravesse a Floresta Amazônica e a Cordilheira dos Andes, deve demorar e esbarrar ainda em muitos empecilhos para sair do papel, a começar pela obtenção de licenças ambientais e de estudos de viabilidade da obra. Vale lembrar que a ferrovia transoceânica já havia sido anunciada em julho do ano passado por ocasião da visita oficial do presidente chinês, Xi Jinping, ao país.

Brasil e China: valor dos acordos está nos manuscritos de Confúcio

A presidente Dilma anunciou nesta terça-feira um acordo nababesco com o governo chinês. Serão 53 bilhões de dólares em trocas comerciais, um fundo de investimentos de 50 bilhões de dólares para infraestrutura e outro de 30 bilhões de dólares para não se sabe o quê. O discurso soa como música aos ouvidos de quem está cansado de ouvir notícias ruins sobre a economia. Como o diabo está nos detalhes, quando os representantes do governo brasileiro foram confrontados com perguntas básicas sobre os acordos, na coletiva de imprensa, as respostas não poderiam ser mais evasivas.

Resumo da história: os números são fictícios e nenhum acordo foi firmado. O que houve, durante a visita do premiê Li Keqiang, foi um memorando de intenções que pode resultar em acordos no futuro. Disse o vice-presidente da Caixa, Marcio Percival, que não sabia de nada e que o jornalista teria de procurar a informação com os chineses. "Não tem nada contratado. Houve uma lista de intenções apresentada pelos chineses e esses números precisam ser consolidados. Por enquanto, há apenas a intenção", disse. O fato de Percival não conhecer os números é elucidativo: um dos memorandos firmados nesta terça envolve a Caixa e o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) na criação de um fundo de 50 bilhões de dólares. O executivo também não soube explicar o quanto a Caixa deverá aportar desse valor. Talvez os jornalistas tenham de recorrer aos manuscritos de Confúcio para encontrar a resposta.

Fonte: Veja On Line