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domingo, 3 de julho de 2022

Marcha para Jesus une religião e polícia e confirma respaldo à Bolsonaro

Expoentes do bolsonarismo também participaram do evento, entre eles o ex-ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni

(crédito: Victor Correia/CB/D.A Press)

 (crédito: Victor Correia/CB/D.A Press)

A Marcha para Jesus, realizada ontem, em Brasília, tornou-se um evento de apoio a Jair Bolsonaro (PL) — que, na mesma hora, faziam uma motociata em Salvador. O presidente não compareceu nem mandou um vídeo aos presentes, mas foi representado pela primeira-dama Michelle Bolsonaro, que manteve o tom antipetista.

“Nenhuma armadilha prosperará contra a nossa nação. Amém?”, indagou a primeira-dama. E prosseguiu: “Nós declaramos que esta nação é santa, edificada, liberta, curada pelo sangue precioso de Jesus. E as portas do inferno não prevalecerão contra a nossa família. Que o reino do Senhor se estabeleça sobre o Executivo, o Judiciário e o Legislativo”, exortou.

No discurso para os participantes da marcha, Michelle disse que estava ali em nome do marido. “Hoje, o nosso presidente não pôde estar presente, está com agenda. Mas nós estamos aqui para representá-lo. Vocês estão aqui para representá-lo. E esse é um dia profético para nossa nação”, disse.

Outros expoentes do bolsonarismo também participaram do evento, que percorreu o Eixo Monumental. Entre eles estavam o ex-ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni, pré-candidato do PL ao governo do Rio Grande do Sul; a ex-ministra da Mulher e dos Direitos Humanos Damares Alves (Republicanos), que pleiteia uma das vagas do Distrito Federal no Senado; e os deputados federais Júlio César Ribeiro (Republicanos-DF), João Campos (Republicanos-GO) e Celina Leão (PP-DF).

50 mil
A Marcha para Jesus em Brasília foi realizada pelo Conselho de Pastores Evangélicos do Distrito Federal (Copev). A organização esperava, inicialmente, um público de 50 mil pessoas e garantiu que desde o início do evento, às 9h, passaram pelo evento aproximadamente 25 mil pessoas. Procurada, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) afirmou que não fez a contagem de pessoas.

O trajeto original da marcha era da Praça do Buriti até a Praça dos Três Poderes. Mas a concentração final foi realizada na Esplanada dos Ministérios, pouco antes do Congresso. Por volta das 13h30, os participantes do evento tinham se dispersado. Discursando nos trios elétricos, pastores que organizaram a Marcha defenderam que “daqui para outubro é o vale da decisão” e que “estão em guerra”. Grande parte do público usava camisetas com o rosto de Bolsonaro, além de roupas verdes e amarelas, e carregavam bandeiras do Brasil.

Política - Correio Braziliense