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quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Senado aprova reajuste de salários do STF; Judiciário e Legislativo dizem a Bolsonaro que Poderes seguirão autônomos. E ponto.

Contrariando a vontade do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), o plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira, 7, o reajuste de 16,38% no salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e dos membros da Procuradoria-Geral da República (PGR), incluído na pauta sem acordo com os líderes. Considerado o teto do funcionalismo, a remuneração passará de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil mensais. Os dois projetos de lei que previam os aumentos já haviam sido aprovados na Câmara dos Deputados e agora seguem para a sanção presidencial. 
 
Pela manhã, Bolsonaro havia manifestado preocupação com a votação em momento de ajuste de contas, em que tenta mobilizar o parlamento e aproveitar a popularidade das urnas para emplacar a reforma da Previdência. Antes da votação, o presidente eleito havia dito que “obviamente não é momento” para provocar o reajuste. “Vejo com preocupação essa iniciativa”, disse. “Estamos em uma fase que, ou todo mundo tem ou ninguém tem. E o Judiciário é o mais bem aquinhoado”. [parece que a decisão do Senado, contrariando opinião do presidente eleito,  não teve como objetivo primeiro contrariar o capitão e sim demonstrar força ao 'prenseiro' Paulo Guedes.]

  (…)
  Comento Os ministros do Supremo — e, portanto, o Judiciário — estava sem reajuste há quatro anos. O tema está em debate desde agosto, quando o STF previu o reajuste. A proposta já havia sido aprovada na Câmara. A questão, no entanto, passou longe da campanha eleitoral de Jair Bolsonaro. Convenham: ele também se manteve longe da Previdência.

O Senado toma a decisão no dia seguinte a Paulo Guedes ter sugerido que se desse uma prensa no Congresso para aprovar a reforma da Previdência, de que o então candidato não tratou quando teve a oportunidade. Interessa menos saber se foi retaliação do que constatar que dois Poderes da República deixaram claro ao eleito que não existe imposição na democracia. Ou as coisas se resolvem na conversa ou não se resolvem.

Bolsonaro teve uma conversa civilizada com Dias Toffoli, presidente do Supremo, que merece aplauso. Mas que se note: o ministro não subordinou o que considera uma decisão importante para o Judiciário aos interesses políticos do eleito. O presidente do STF agora está empenhado em cortar penduricalhos, como o auxilio-moradia, por exemplo. [resta saber se o  ministro Fux libera o processo.]

Blog do Reinaldo Azevedo

 

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Correios admite prejuízo superior a R$ 500 milhões - e o ROMBO do Postalius .... quem vai pagar? os funcionários, os Correios ou otários, nós, que também chamam de contribuintes,


Correios admitem prejuízo superior a R$ 500 milhões em carta a funcionários


Comando da empresa utiliza a informação para dizer que não pode atender a pleitos de reajuste de salários 

Correios: prejuízo superior a R$ 500 milhões em sete meses (Foto: Wilson Dias/ABr)

Funcionários dos Correios receberam na segunda-feira (14) uma carta da direção da empresa informando que seus pleitos por reajustes de salários e benefícios não poderiam ser atendidos. A direção da empresa justifica a recusa ao informar que a empresa acumula, nos sete primeiros meses do ano, um prejuízo superior a R$ 500 milhões. 

Como as propostas da direção dos Correios de reajuste aos servidores foram rechaçadas pelos representantes sindicais, os Correios solicitaram a mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST). "Entre outras razões, pelo respeito que temos para com aquele tribunal", diz um dos trechos da carta.

Fonte: Revista Época