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sexta-feira, 31 de março de 2017

Taxa de desemprego fica em 13,2% em fevereiro e país tem 13,5 milhões sem emprego

Economia brasileira abre o ano em retração, com queda de 0,26%, segundo Banco Central

A taxa de desemprego ficou em 13,2% no trimestre encerrado em fevereiro, renovando o recorde da série histórica. O resultado representa uma alta de 1,3 ponto percentual sobre os três meses imediatamente anteriores, encerrados em janeiro, quando foi de 12,6%. Há um ano, o resultado era de 10,2%. Pela primeira vez o número de pessoas sem emprego passou da marca de 13 milhões. Em todo o país, havia 13,5 milhões de trabalhadores desempregadas no trimestre encerrado em fevereiro.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) Mensal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mais cedo, o Banco Central divulgou que a economia brasileira começou 2017 em retração e encolheu 0,26% em janeiro. Esta é a sétima queda mensal seguida do Índice de Atividade Econômica da autoridade monetária (IBC-Br), que é considerada a prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Em janeiro de 2016, a perda foi de 0,68%. Em dezembro, a queda tinha sido de 0,32%.

O resultado da taxa de desemprego ficou acima da estimativa média de analistas consultados pela Bloomberg. Os especialistas projetavam uma taxa de desemprego de 13,1%. — Com o trimestre encerrado em fevereiro, já temos dois terços do primeiro trimestre deste ano. Vemos um avanço expressivo da desocupação, atingimos o nível mais alto, chegando a 13,5 milhões de desempregados — afirma Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e Rendimento do IBGE.

Cimar destacou a influência do crescimento da desocupação nesta época do ano para a piora da taxa de desemprego. Isso porque o início do ano costuma registrar aumento dos desempregados, já que há dispensa de trabalhadores temporários:  — Essa característica de a taxa subir nesse período do ano é comum acontecer. É esperado que haja uma alta na passagem do quarto para o primeiro trimestre.

13,5 MILHÕES SEM EMPREGO
O número de pessoas sem emprego ficou em 13,5 milhões em dezembro, janeiro e fevereiro, também recorde desde o início da série histórica iniciada em 2012. Foi um crescimento de 3,2 milhões (30,6%) de desempregados frente ao mesmo trimestre de 2016 e de 1,4 milhão (11,7%) de desempregados frente ao trimestre encerrado em novembro de 2016.

Apesar dos números elevados, Azeredo afirma que há uma desaceleração do aumento do número de desempregados na passagem de um trimestre para outro: O trimestre encerrado em fevereiro cresceu 11,7% frente ao trimestre anterior. No mesmo trimestre do ano passado, cresceu 13,8% nessa comparação. Embora o cenário esteja desfavorável, com ocupação baixa e desocupação alta, no ano passado houve um avanço maior do que vimos entre um trimestre e outro. O cenário continua desfavorável, mas está crescendo menos do que no ano anterior — explica o coordenador do IBGE, destacando que o mesmo ocorre na comparação anual: o trimestre encerrado em fevereiro cresceu 30,6% e, no ano passado, 40%.

A população ocupada ficou em 89,3 milhões, atingindo o menor menor nível desde o trimestre março/abril/maio de 2012. Foi uma uma redução de 1% (menos 864 mil trabalhadores) frente aos três meses imediatamente anteriores e de 2% (menos 1,78 milhão de trabalhadores) comparado ao mesmo trimestre do ano passado. O nível de ocupação atingiu o menor nível da série, a 53,4%.  — Em seis anos, atingimos o menor nível de ocupação. Isso não é positivo. Temos uma fila de desocupação de 13,5 milhões adultos perdendo emprego, então esse nível é uma configuração extremamente desfavorável para o mercado brasileiro — aponta o coordenador do IBGE.

Devido ao aumento da população desocupada, a força de trabalho no país atingiu 102,9 milhões no período, representando um aumento de 0,5% frente ao trimestre encerrado em novembro. Já frente ao mesmo trimestre de 2016, foi um acréscimo de 1,4 milhão de pessoas nesse volume, uma alta de 1,4%.

MENOS EMPREGO COM CARTEIRA
O número de trabalhadores com carteira assinada recuou, chegando a 33,7 milhões de pessoas. São 337 mil pessoas a menos (-1%) frente ao trimestre imediatamente anterior. Já em um ano, foi uma queda de 3,3% no número, o que representa 1,1 milhão de trabalhadores celetistas a menos.

Em 2016, a taxa média anual de desemprego voltou a bater recorde histórico, desde o início da pesquisa, em 2012, atingindo 11,5% da força de trabalho em todo o Brasil. Cresceu 3 pontos percentuais em relação a 2015, quando ficou em 8,5%. Na média, 11,8 milhões de pessoas ficaram desempregadas ano passado.  — A carteira de trabalho continua em queda expressiva. A queda na carteira não se deu só na comparação anual como vemos observando, mas também na trimestral. Nessa passagem de ano, a gente teve uma perda de 337 mil postos de trabalhos com carteira assinada — diz Cimar Azeredo.

O número de trabalhadores por conta própria no trimestre encerrado em fevereiro ficou estável frente aos três meses anteriores. Esse contingente permaneceu em 22,2 milhões de pessoas. Quando comparado ao mesmo trimestre de 2016, houve queda de 4,8%, o que equivale a 1,1 milhão trabalhadores por conta própria a menos.

RENDIMENTO
O rendimento médio no trimestre encerrado em fevereiro ficou em R$ 2.068, o que segundo o IBGE indica estabilidade nas duas comparações, frente ao trimestre anterior (R$ 2.049) e ao mesmo trimestre de 2016 (R$ 2.037). A massa de rendimento real dos trabalhadores no período ficou em R$ 180,2 bilhões, também estável.

EMPREGO POR SETORES
O volume de empregados no setores da construção (6,9 milhões) e agricultura (8,8 milhões) atingiram os menores níveis desde o início da série histórica. Na construção, foi uma redução de 1,7% frente ao trimestre anterior (menos 118 mil empregados) e uma forte queda de 9,7% em comparação há um ano (menos 749 mil trabalhadores). Por outro lado, o setor de alojamento e alimentação registrou o maior número de trabalhadores desde 2012, chegando a 5 milhões.

O setor da indústria em geral registrou queda nas duas comparações: de 2% (menos 225 mil pessoas) frente aos três meses encerrados em novembro e 4,3% na relação anual (511 mil trabalhadores a menos).

Azeredo destaca a piora do cenário do mercado de trabalho na indústria. Segundo ele, antes da crise, em 2014, havia 13 milhões de pessoas ocupadas no setor. O número chegou a 11, 8 milhões no ano passado, e hoje, há 11,3 milhões. Foram praticamente 1,7 milhão de pessoas em dois anos, de acordo com o coordenador do IBGE. -  Tem a ver com a crise. A indústria foi sem dúvida o grupamento que mais sentiu a crise por ser o grupamento mais formalizado, ter uma participação em estados como São Paulo, do Sul, Minas Gerais, que são pontos importantes com peso na economia brasileira — afirma Azeredo, que ressalta o impacto que o setor tem na demissão indireta, de setores periféricos à indústria: — Quando se fecha um canteiro de obra, você põe para fora segurança, faxina; mexe com bastante coisa. São grupamentos muito populosos, que causam impacto quando afetados.

O setor do comércio se manteve estatisticamente estável, segundo o IBGE. Apesar disso, em comparação ao mesmo trimestre do ano passado, o recuo foi de 193 mil vagas, ou 1,1%. Frente ao trimestre encerrado em novembro, a queda foi de 0,1%, menos 25 mil vagas. Transportes, armazenagem e correio também registrou estabilidade nas duas comparações: alta de 1,3% (mais 58 mil vagas) e 1,6% (mais 72 mil postos de trabalho).
O setor de alojamento e alimentação registrou altas: 409 mil pessoas a mais, crescimento de 9%, frente ao mesmo trimestre de 2016, e alta de 3,5%, ou 169 mil trabalhadores na comparação com os três meses imediatamente anteriores.


Fonte: O Globo

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Dilma, CAMPEÃ RECORDES NEGATIVOS. Emprego na indústria cai 6,4% em julho; Ela espera completar em dezembro 51ª queda consecutiva – RECORDE DOS RECORDES



Emprego na indústria caiu em julho 6,4% em relação a 2014, a 46ª queda anual seguida
No ano, a folha salarial do setor tem recuo de 6,3%
Emprego na indústria recua 6,4%, pior resultado desde julho de 2009
Resultado é referente à comparação com o mesmo período de 2014. No índice mensal, vagas caíram 0,7%, sétima queda seguida

O número de horas pagas diminuiu 1,2% na passagem de junho para julho, quinta taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de 4,6%. Na comparação interanual, o recuo foi de 7,2%, a 26ª taxa negativa seguida nessa relação e mais forte desde julho de 2009, quando caiu 7,3%. Este ano, a queda acumulada é de 6,0% e, em 12 meses, a baixa é de 5,5%.

Já a folha de pagamento real registrou índice negativo de 1,8% no mês de referência da pesquisa, ante alta de 1,3% em junho. Frente a julho de 2014, a taxa variou negativamente em 7,0%, a 14ª taxa negativa consecutiva neste período. Nos últimos 12 meses, a contração é de 5,0%. É o resultado negativo mais intenso desde outubro de 200, quando a retração foi de 5,2%. A trajetória de queda nesta comparação começou em janeiro de 2014. No ano, a folha salarial apresenta recuo de 6,3%.

Nenhum dos 18 ramos pesquisados do setor apresentou taxa positiva na comparação com julho de 2014 quanto ao contingente de trabalhadores. Houve redução em 17 deles e apenas produtos químicos (0,0%) se manteve estável. Os destaques que intensificaram a queda de 6,4% foram meios de transporte (-11,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-15,1%), máquinas e equipamentos (-9,1%), produtos de metal (-10,7%), alimentos e bebidas (-2,8%), outros produtos da indústria de transformação (-10,1%), borracha e plástico (-6,0%), calçados e couro (-7,5%), vestuário (-5,1%), metalurgia básica (-7,2%), minerais não-metálicos (-4,6%), produtos têxteis (-5,4%), papel e gráfica (-4,4%), indústrias extrativas (-4,7%) e madeira (-6,0%).

No acumulado deste ano, todos os ramos registraram queda no emprego. As principais contribuições negativas nesta comparação vieram novamente de meios de transporte (-10,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,9%), produtos de metal (-10,5%), máquinas e equipamentos (-6,8%) e alimentos e bebidas (-2,3%). Outros produtos da indústria de transformação caiu 8,9%; o setor de vestuário, 5,3%; calçados e couro, 7,5%; metalurgia básica, 6,6% e papel e gráfica, 3,5%. Já produtos têxteis e indústrias extrativas recuaram 3,2% e 4,6%, respectivamente, enquanto minerais não-metálicos caiu 2,3%, refino de petróleo e produção de álcool recuou 5,8% e borracha e plástico contraiu 2,1%.

APÓS ALTA EM JUNHO, FOLHA DE PAGAMENTO RECUA
O recuo de 1,8% em julho elimina o avanço de 1,3% no mês anterior, segundo o IBGE. No índice mensal, destacam-se o setor extrativo (-22,3% — que perdeu parte da expansão de 31,2% de junho em função do pagamento de participação nos lucros —, como da indústria de transformação (-0,4%), que apontou taxa negativa pelo sétimo mês seguido.

Na passagem de junho para julho, a queda na folha de pagamento foi registrada em todos ramos. Os piores resultados foram para máquinas e equipamentos (-11,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,2%), metalurgia básica (-11,1%), produtos de metal (-10,2%), borracha e plástico (-10,1%) e outros produtos da indústria de transformação (-12,5%). Os setores da indústria extrativa (-6,6%), meios de transporte (-6,4%), calçados e couro (-9,9%), produtos têxteis (-8,1%), papel e gráfica (-4,4%), alimentos e bebidas (-3,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (-7,6%) acompanharam a queda.

No acumulado do ano, os 18 segmentos também retraíram a respeito da folha salarial, pressionados principalmente, pelas quedas de meios de transporte (-11,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-11,6%), produtos de metal (-10,7%), metalurgia básica (-9,5%), indústrias extrativas (-6,6%) e máquinas e equipamentos (-6,1%). Além desses, alimentos e bebidas caiu 3,3%, borracha e plástico, 5,3% e outros produtos da indústria de transformação, 8,1%. Calçados e couro retraiu 9,5%, enquanto refino de petróleo e produção de álcool e papel e gráfica recuaram 6,4% e 2,2%, nessa ordem.

Quanto às horas pagas, a redução se disseminou entre os 18 segmentos frente ao mesmo mês do ano passado, com influências negativas mais relevantes ainda por conta dos meios de transporte (-13,4%), alimentos e bebidas (-3,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-14,1%) e máquinas e equipamentos (-8,8%). Os produtos de metal recuaram 10,4%, outros produtos da indústria de transformação, 11,0% e borracha e plástico, 8,4%. Calçados e couro recuou 8,7%, enquanto o segmento de vestuário caiu 5,0%. Já metalurgia básica, produtos têxteis e papel e gráfica perderam 9,4%, 5,5% e 4,7%, respectivamente, e refino de petróleo e produção de álcool caiu 9,7%.

Nos sete primeiros meses do ano, as horas pagas reduziram 6,0%, com queda nos 18 setores. Meios de transporte (-10,9%), produtos de metal (-10,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,0%), alimentos e bebidas (-2,7%), máquinas e equipamentos (-7,7%) foram os principais destaques, seguidos de outros produtos da indústria de transformação (-9, 6%), calçados e couro (-9,6%), vestuário (-5,0%), metalurgia básica (-8,5%), papel e gráfica (-4,4%), minerais não-metálicos (-3,8%), borracha e plástico (-3,7%) e refino de petróleo e produção de álcool (-8,7%).

PRIMEIRO SEMESTRE DE RETRAÇÃO
A trajetória do número de vagas no setor industrial registrou queda no primeiro semestre, com retração de 5,2% no período, o pior resultado já registrado para o período desde 2002. Já o número de horas pagas caiu 5,8% entre janeiro e junho, enquanto o recuo na folha de pagamento foi de 6,1% na primeira metade do ano.

Em julho, a produção industrial encolheu 1,5%, segundo o IBGE. No resultado do PIB referente ao segundo trimestre, a indústria retraiu 4,3% em relação ao primeiro trimestre, a taxa pior desde o primeiro trimestre de 2009, quando encolheu 5,9%.

Fonte: O Globo