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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Dilma, CAMPEÃ RECORDES NEGATIVOS. Emprego na indústria cai 6,4% em julho; Ela espera completar em dezembro 51ª queda consecutiva – RECORDE DOS RECORDES



Emprego na indústria caiu em julho 6,4% em relação a 2014, a 46ª queda anual seguida
No ano, a folha salarial do setor tem recuo de 6,3%
Emprego na indústria recua 6,4%, pior resultado desde julho de 2009
Resultado é referente à comparação com o mesmo período de 2014. No índice mensal, vagas caíram 0,7%, sétima queda seguida

O número de horas pagas diminuiu 1,2% na passagem de junho para julho, quinta taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de 4,6%. Na comparação interanual, o recuo foi de 7,2%, a 26ª taxa negativa seguida nessa relação e mais forte desde julho de 2009, quando caiu 7,3%. Este ano, a queda acumulada é de 6,0% e, em 12 meses, a baixa é de 5,5%.

Já a folha de pagamento real registrou índice negativo de 1,8% no mês de referência da pesquisa, ante alta de 1,3% em junho. Frente a julho de 2014, a taxa variou negativamente em 7,0%, a 14ª taxa negativa consecutiva neste período. Nos últimos 12 meses, a contração é de 5,0%. É o resultado negativo mais intenso desde outubro de 200, quando a retração foi de 5,2%. A trajetória de queda nesta comparação começou em janeiro de 2014. No ano, a folha salarial apresenta recuo de 6,3%.

Nenhum dos 18 ramos pesquisados do setor apresentou taxa positiva na comparação com julho de 2014 quanto ao contingente de trabalhadores. Houve redução em 17 deles e apenas produtos químicos (0,0%) se manteve estável. Os destaques que intensificaram a queda de 6,4% foram meios de transporte (-11,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-15,1%), máquinas e equipamentos (-9,1%), produtos de metal (-10,7%), alimentos e bebidas (-2,8%), outros produtos da indústria de transformação (-10,1%), borracha e plástico (-6,0%), calçados e couro (-7,5%), vestuário (-5,1%), metalurgia básica (-7,2%), minerais não-metálicos (-4,6%), produtos têxteis (-5,4%), papel e gráfica (-4,4%), indústrias extrativas (-4,7%) e madeira (-6,0%).

No acumulado deste ano, todos os ramos registraram queda no emprego. As principais contribuições negativas nesta comparação vieram novamente de meios de transporte (-10,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,9%), produtos de metal (-10,5%), máquinas e equipamentos (-6,8%) e alimentos e bebidas (-2,3%). Outros produtos da indústria de transformação caiu 8,9%; o setor de vestuário, 5,3%; calçados e couro, 7,5%; metalurgia básica, 6,6% e papel e gráfica, 3,5%. Já produtos têxteis e indústrias extrativas recuaram 3,2% e 4,6%, respectivamente, enquanto minerais não-metálicos caiu 2,3%, refino de petróleo e produção de álcool recuou 5,8% e borracha e plástico contraiu 2,1%.

APÓS ALTA EM JUNHO, FOLHA DE PAGAMENTO RECUA
O recuo de 1,8% em julho elimina o avanço de 1,3% no mês anterior, segundo o IBGE. No índice mensal, destacam-se o setor extrativo (-22,3% — que perdeu parte da expansão de 31,2% de junho em função do pagamento de participação nos lucros —, como da indústria de transformação (-0,4%), que apontou taxa negativa pelo sétimo mês seguido.

Na passagem de junho para julho, a queda na folha de pagamento foi registrada em todos ramos. Os piores resultados foram para máquinas e equipamentos (-11,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,2%), metalurgia básica (-11,1%), produtos de metal (-10,2%), borracha e plástico (-10,1%) e outros produtos da indústria de transformação (-12,5%). Os setores da indústria extrativa (-6,6%), meios de transporte (-6,4%), calçados e couro (-9,9%), produtos têxteis (-8,1%), papel e gráfica (-4,4%), alimentos e bebidas (-3,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (-7,6%) acompanharam a queda.

No acumulado do ano, os 18 segmentos também retraíram a respeito da folha salarial, pressionados principalmente, pelas quedas de meios de transporte (-11,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-11,6%), produtos de metal (-10,7%), metalurgia básica (-9,5%), indústrias extrativas (-6,6%) e máquinas e equipamentos (-6,1%). Além desses, alimentos e bebidas caiu 3,3%, borracha e plástico, 5,3% e outros produtos da indústria de transformação, 8,1%. Calçados e couro retraiu 9,5%, enquanto refino de petróleo e produção de álcool e papel e gráfica recuaram 6,4% e 2,2%, nessa ordem.

Quanto às horas pagas, a redução se disseminou entre os 18 segmentos frente ao mesmo mês do ano passado, com influências negativas mais relevantes ainda por conta dos meios de transporte (-13,4%), alimentos e bebidas (-3,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-14,1%) e máquinas e equipamentos (-8,8%). Os produtos de metal recuaram 10,4%, outros produtos da indústria de transformação, 11,0% e borracha e plástico, 8,4%. Calçados e couro recuou 8,7%, enquanto o segmento de vestuário caiu 5,0%. Já metalurgia básica, produtos têxteis e papel e gráfica perderam 9,4%, 5,5% e 4,7%, respectivamente, e refino de petróleo e produção de álcool caiu 9,7%.

Nos sete primeiros meses do ano, as horas pagas reduziram 6,0%, com queda nos 18 setores. Meios de transporte (-10,9%), produtos de metal (-10,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,0%), alimentos e bebidas (-2,7%), máquinas e equipamentos (-7,7%) foram os principais destaques, seguidos de outros produtos da indústria de transformação (-9, 6%), calçados e couro (-9,6%), vestuário (-5,0%), metalurgia básica (-8,5%), papel e gráfica (-4,4%), minerais não-metálicos (-3,8%), borracha e plástico (-3,7%) e refino de petróleo e produção de álcool (-8,7%).

PRIMEIRO SEMESTRE DE RETRAÇÃO
A trajetória do número de vagas no setor industrial registrou queda no primeiro semestre, com retração de 5,2% no período, o pior resultado já registrado para o período desde 2002. Já o número de horas pagas caiu 5,8% entre janeiro e junho, enquanto o recuo na folha de pagamento foi de 6,1% na primeira metade do ano.

Em julho, a produção industrial encolheu 1,5%, segundo o IBGE. No resultado do PIB referente ao segundo trimestre, a indústria retraiu 4,3% em relação ao primeiro trimestre, a taxa pior desde o primeiro trimestre de 2009, quando encolheu 5,9%.

Fonte: O Globo


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