Vigilância falhou em caso de suspeito de variante da Índia, e paciente passou por três cidades antes do isolamento 

O viajante teve contato com dezenas de pessoas ao ser autorizado a embarcar em voo, com destino ao Rio, antes de o resultado do exame RT-PCR sair. [O correto seria que todos os passageiros procedentes da Índia  tendo como destino ao Brasil fossem, imediatamente após o pouso em Guarulhos, isolados, testados e permanecer em isolamento total até o resultado do teste ser conhecido. 
"Esqueceram"  que além dos contatos antes de embarcar para Campos,   o viajante teve contato com os passageiros do voo que o trouxe da Índia e desembarcaram em Guarulhos - alguns seguindo para o Rio e outros para destinos diversos e todos podem estar  contaminados e cada um seguir distribuindo coronavírus.
Mas se omitiram, deixando cada um seguir seu rumo, distribuindo vírus. 
Imagine que o cidadão saiu do Aeroporto Santos Dumont, se hospedou em um hotel próximo ao Santos Dumont - sempre em em contato com pessoas, que contatam outras e ... .
Abaixo, em vermelho, o périplo feito pelo viajante - Rio/Campos/Rio - até entrar em isolamento.
Depois de desembarcar no sábado de manhã em São Paulo de um voo com origem na Índia, onde circula uma variante mais perigosa da Covid-19, um morador de Campos dos Goytacazes pôde viajar até o Rio, onde chegou à noite e se hospedou num hotel, ao lado do Aeroporto Santos Dumont. No domingo, ele foi de carro para a cidade do Norte Fluminense e, depois, retornou para a capital na segunda-feira, onde voltou a se hospedar, em isolamento. Durante dois dias, o caso investigado circulou por três cidades e teve contato com dezenas de pessoas. [Sem contar que o vírus indiano está presente também na Argentina -fronteira livre com o Brasil.
Não adianta lockdown dentro do Brasil. Só agora, tardiamente, é que salta aos olhos que barreiras sanitárias - controlando entrada e saída em território brasileiro - deveriam ter sido instaladas em meados de 2020.
Ainda há tempo
- desde que não deixem para depois a adoção das medidas restritivas.]

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Tudo isso aconteceu porque, depois de fazer um exame RT-PCR em laboratório no Aeroporto Internacional de Guarulhos, o viajante foi autorizado a embarcar em outro voo até o Rio, antes de o resultado da análise sair. Somente quando ele já estava na cidade, foi constatado que o teste dele era positivo. Outras duas pessoas que tinham viajado com ele foram testadas, mas o resultado foi negativo para a presença do vírus 
da Covid.
O GLOBO apurou que o homem, que tinha feito teste 72h antes para embarcar na Índia, que dera negativo, procurou as autoridades sanitárias porque tinha um mal-estar.