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terça-feira, 20 de junho de 2023

A fábrica de morte de Wuhan - Revista Oeste

Dagomir Marquezi 

Reportagem especial do Sunday Times revela detalhes sinistros sobre a origem da covid-19

 

Mapa da China com marcador na cidade de Wuhan | Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock

No número 1 da London Bridge Street está a sede do jornal The Times, um dos mais longevos e prestigiados da história da imprensa mundial. 
No arranha-céu envidraçado com vista para o Rio Tâmisa, Jonathan Calvert e George Arbuthnott trabalham para a seção Insight. 
Eles produzem reportagens especiais para um diário que tem 238 anos de reputação a defender. 
Numa extensa reportagem publicada no último dia 11 na edição dominical do Times, Calvert e Arbuthnott revelaram alguns segredos perturbadores sobre a pandemia que afetou a todos.

“Cientistas em Wuhan, trabalhando ao lado dos militares chineses, estavam combinando os coronavírus mais mortais do mundo para criar um novo vírus mutante assim que a pandemia começou”, começa a longa matéria do Sunday Times. “Investigadores que examinaram comunicações interceptadas ultrassecretas e pesquisas científicas acreditam que os cientistas chineses estavam executando um projeto secreto de experimentos perigosos, que causaram um vazamento do Instituto de Virologia de Wuhan e iniciaram o surto de covid-19. (…) Investigadores norte-americanos dizem que uma das razões pelas quais não há informações publicadas sobre o trabalho é que ele foi feito em colaboração com pesquisadores do exército chinês, que o financiava e que, segundo eles, buscava a criação de armas biológicas.”

Como essas informações foram obtidas? “O Sunday Times revisou centenas de documentos, incluindo relatórios anteriormente confidenciais, memorandos internos, artigos científicos e correspondências por e-mail obtidos por meio de fontes ou por ativistas pela liberdade de informação nos três primeiros anos desde o início da pandemia. Também entrevistamos os investigadores do Departamento de Estado dos Estados Unidos — incluindo especialistas na China em ameaças pandêmicas emergentes e em guerra biológica — que conduziram a primeira investigação significativa dos Estados Unidos sobre as origens do surto de covid-19.”<img decoding="async" width="1368" height="896" src="https://medias.revistaoeste.com/qa-staging/wp-content/uploads/2023/06/rasgadinho1-1.jpg" alt="" class="wp-image-952855" srcset="https://medias.revistaoeste.com/qa-staging/wp-content/uploads/2023/06/rasgadinho1-1.jpg 1368w, https://medias.revistaoeste.com/qa-staging/wp-content/uploads/2023/06/rasgadinho1-1-300x196.jpg 300w" sizes="(max-width: 1368px) 100vw, 1368px" data-eio="p" />Reportagem publicada no último dia 11 na edição dominical do Times | Foto: Reprodução

“Impacto devastador na civilização humana”
O Instituto de Virologia de Wuhan, fundado em 1956, se envolveu nessa história no final de 2002, quando pesquisava as origens do vírus conhecido como Sars. 
O vírus provocava febre, dor de cabeça, desconforto e tosse seca. 
 
Surgiu pela primeira vez na província de Guangdong, sudeste da China.
Para pesquisar a origem da doença foi enviado um grupo de pesquisadores liderado pela cientista mais famosa de Wuhan: a doutora Shi Zhengli, conhecida como “Batwoman”, por causa de suas pesquisas sobre morcegos. O objetivo aparente da pesquisa era encontrar uma vacina contra a doença. 
 
Guangdong, sudeste da China | Foto: Shutterstock

Em 2009, o governo norte-americano ajudou a financiar o instituto com US$ 18 milhões por intermédio de uma ONG chamada EcoHealth Alliance — algo como “Aliança da EcoSaúde”. Seu presidente, o inglês Peter Daszak, dividiu com os cientistas chineses suas técnicas mais avançadas de manipulação de vírus.

Em 2012, a mesma doutora Shi descobriu em algumas montanhas da província de Yunnan um vírus parecido com o Sars
O novo vírus foi chamado de WIV1, usando a sigla que identificava o Instituto de Virologia de Wuhan. 
Outro vírus, chamado SHC014, foi enviado para o virologista norte-americano Ralph Baric. Baric desenvolveu a técnica de “humanizar” ratos de laboratório para que seu corpo se tornasse mais parecido com o organismo humano. Atropelou aí uma fila de princípios éticos científicos mais básicos. Mas aparentemente ninguém reclamou. 
 
O doutor Baric passou a fundir genes de diferentes vírus para torná-los mais fortes e virtualmente incontroláveis. 
Seu objetivo declarado era criar uma vacina contra doenças como a Sars. A vacina nunca virou uma realidade. 
E Baric tomou consciência do caminho que estava trilhando, segundo um texto de sua autoria de 2006: “Existem ferramentas para modificar simultaneamente os genomas para aumentar a virulência [e] transmissibilidade. Essas armas biológicas podem ser direcionadas a humanos, animais domesticados ou plantações, causando um impacto devastador na civilização humana”. Um desastre era apenas questão de tempo. Tudo “em nome da ciência”.
 
“O mais perigoso experimento de coronavírus já realizado”
Seguindo o princípio de Ralph Baric, vírus diferentes eram combinados no laboratório de Wuhan para um processo chamado “ganho de função”.  
O objetivo, acredite se quiser, era criar vacinas para doenças que não existiam
Cientistas estavam recebendo dinheiro para criar doenças fora do nosso controle, misturando a embriaguez do poder de vida e morte com o apetite por verbas fáceis.

A doutora Shi Zhengli anunciou em 2017 que seu pessoal no Instituto de Wuhan havia conseguido criar nada menos que oito vírus mutantes, desenvolvidos a partir das fezes de morcegos encontrados na Caverna Shitou. Dois desses vírus eram capazes de infectar células humanas. 

 Virologista chinesa Shi Zhengli dentro do laboratório P4 em Wuhan, capital da província chinesa de Hubei | Foto: Johannes Eisele/AFP

Segundo a matéria do Sunday Times, “a maior parte desse trabalho aconteceu em laboratórios (no Instituto de Wuhan) de nível 2 (BSL-2), que tomavam apenas precauções leves, comparáveis às usadas numa cirurgia dentária”. Fotos do interior do laboratório mostravam funcionários manipulando os receptáculos desses vírus de alta periculosidade.
Usavam apenas luvas cirúrgicas e uma dessas máscaras azuis que a gente compra na farmácia. 
 
Nessa mesma época, o Instituto de Wuhan desenvolveu o que foi descrito pelo biólogo molecular Richard Ebright como “o mais perigoso experimento de coronavírus já realizado”. 
Vírus criados artificialmente (fundindo os tipos WIV1 e SHC014) eram injetados nas narinas de ratos com pulmões “humanizados” — 75% das cobaias morreram no experimento. 
É um ambiente de insanidade científica, mas a essa altura havia ainda mais pressão para que o governo norte-americano continuasse enfiando dinheiro na fábrica de morte de Wuhan. Em nome da sua “Aliança da EcoSaúde”, Peter Daszak pediu mais US$ 14 milhões. O pedido foi negado.


O marco zero
E é a partir daí que a pesquisa científica se torna um enredo típico dos filmes de James Bond ou Missão: Impossível. Segundo um dos investigadores do governo norte-americano, “o rastro de documentos começa a escurecer”. Foi exatamente quando o programa secreto começou. “Minha opinião é que a razão pela qual [a pesquisa em] Mojiang foi encoberta foi o sigilo militar relacionado à busca [do exército] pela capacidade de uso duplo em armas biológicas, virológicas, e em vacinas”, disse o investigador, que não quis se identificar.

A partir daí, a busca por uma vacina dá lugar à pesquisa para tornar o vírus, desconhecido até então, ainda mais infeccioso para os seres humanos. Segundo os investigadores, “tornou-se cada vez mais claro que o Instituto de Virologia de Wuhan esteve envolvido na criação, disseminação e encobrimento da pandemia de covid-19”.Instituto de Virologia de Wuhan, na China | Foto: Wikimedia Commons

O marco zero da pandemia aparentemente ocorreu no mês de novembro de 2019, quando pesquisadores de Wuhan foram levados para o hospital com sintomas que hoje identificamos como covid-19. O silêncio do regime chinês foi absoluto. Um mês depois, o resto do mundo foi atingido pelo novo vírus.

A partir daí, a identificação da fonte da nova doença foi proibida pelo governo de Xi Jinping.  
A pesquisadora inglesa Alice Hughes, que estava envolvida na pesquisa por meio da Academia Chinesa de Ciências, foi proibida de se manifestar sobre as investigações e passou a ser vigiada pelo aparelho repressivo do Partido Comunista. Fugiu para Hong Kong.

O Departamento de Estado norte-americano passou então a agir ativamente para descobrir o que estava acontecendo nas entranhas do regime comunista chinês no período anterior ao surgimento da covid. Serviços de inteligência dos Estados Unidos tiveram acesso inédito a “metadados, informações telefônicas e de internet”. 

Xi Jinping, ditador da China | Foto: Reprodução/Flickr

Por ser altamente confidencial, o relatório publicado no início de 2021 foi ridiculamente pequeno — apenas 700 palavras. Segundo o relatório, “cientistas de Wuhan estavam conduzindo experimentos [no vírus] RaTG13 da mina de Mojang, e pesquisas militares clandestinas, incluindo experimentos em animais de laboratório, estavam sendo realizadas no instituto antes da pandemia”.
“O Instituto de Virologia de Wuhan tem realizado pesquisas secretas, incluindo experimentos em animais de laboratório, em nome do exército chinês desde pelo menos 2017”
 
O Sunday Times conversou com três dos membros dessa comissão e cientistas ligados às pesquisas em Wuhan. Eles concluíram que o objetivo era tornar os vírus cada vez mais perigosos, especialmente através do uso de ratos “humanizados”. Segundo uma dessas fontes, a técnica “acelera o processo natural de mutação. Em vez de levar anos para ocorrer a mutação, pode levar semanas ou meses. Isso garante que você acelere o processo natural”.

Ratos humanizados
Um dos cientistas que trabalhavam com o Departamento de Estado, o doutor Steven Quay, declarou que não fazia o menor sentido acreditar que vírus de morcego pudessem ser transmitidos para humanos. “Seria a primeira vez que isso aconteceria na história da ciência humana.” A covid-19 seria um claro caso de criação proposital de vírus por meio de “ratos humanizados”: “Você infecta os ratos, espera uma semana mais ou menos, e depois recupera o vírus dos ratos mais doentes. Então você repete o processo. Em questão de semanas, essa evolução direcionada produzirá um vírus que pode matar todos os ratos humanizados”. Isso explicaria, segundo ele, por que o vírus surgiu tão marcadamente adaptado para infectar humanos.

 

A covid-19 seria um claro caso de criação proposital de vírus por meio de “ratos humanizados” | Foto: Shutterstock

O relatório do Departamento de Estado deixa explícito o objetivo da criação desse vírus: “Apesar de se apresentar como uma instituição civil, os Estados Unidos determinaram que o Instituto de Virologia de Wuhan colaborou em publicações e projetos secretos com o exército chinês. O Instituto de Virologia de Wuhan tem realizado pesquisas secretas, incluindo experimentos em animais de laboratório, em nome do exército chinês desde pelo menos 2017″.

Um dos investigadores declarou que os militares chineses estão envolvidos com o Instituto de Wuhan desde 2016, quando as conclusões dos experimentos se tornaram cada vez mais secretas. Segundo a matéria do Sunday Times, as pesquisas em Wuhan eram realizadas em parceria com a Academia de Ciências Médicas Militares — um ramo de pesquisas do Exército de Libertação Popular (ELP), o nome oficial das Forças Armadas da China.

Um livro publicado por essa mesma academia, em 2015, declarava que o Sars representava uma “nova era de armas genéticas” (…) que podiam ser “manipuladas artificialmente em um vírus emergente de doença humana, que então era transformado em arma e utilizado”. Os autores do livro, pesquisadores do ELP, falavam abertamente sobre armas biológicas e colaboraram diretamente com os cientistas de Wuhan.

Caindo do telhado
Qual é a lógica por trás da pesquisa?
Segundo os investigadores entrevistados pelo Sunday Times, a ideia seria transformar vírus em armas e, ao mesmo tempo, trabalhar numa vacina contra essas novas doenças. Na cabeça desses militares, os chineses sobreviveriam vacinados, enquanto o resto do mundo seria dizimado pelo novo vírus modificado. O raciocínio não prevê o estado de caos de uma pandemia, mas é típico de mentalidades autoritárias.

A rapidez com que os chineses produziram uma vacina quando a covid-19 saiu de controle só aumentou essa suspeita. O doutor Robert Kadlec concluiu que a vacina chinesa contra a covid (coordenada pelo cientista militar Yusen Zhou) já estava sendo trabalhada em novembro de 2019 — antes, portanto, da pandemia.

Um incidente aumentou o clima de suspeita em torno do caso. Em maio de 2020, o doutor Yusen Zhou foi anunciado morto aos 54 anos. Causa mortis: ele teria “caído” do telhado do Instituto de Wuhan.  
 
Se isso acontecesse num filme de James Bond, todo mundo ia considerar uma fantasia. Na reportagem, pareceu o que se chama na linguagem policial de “queima de arquivo”.Segundo os investigadores entrevistados pelo Sunday Times, a ideia seria transformar vírus em armas e, ao mesmo tempo, trabalhar numa vacina contra essas novas doenças | Foto: Shutterstock
 
As investigações revelaram que três cientistas do Instituto de Virologia de Wuhan com idade entre 30 e 50 anos teriam sido os primeiros infectados pela covid-19, ainda em novembro de 2019. 
Um deles faleceu. 
Sinais de alerta foram captados nas comunicações pedindo reforços urgentes na segurança interna do instituto. 
 
Em 19 de novembro, o diretor de segurança da Academia Chinesa de Ciências visitou o instituto
Recebeu pedidos de alguns de seus líderes para serem retransmitidos ao próprio presidente Xi Jinping, alertando para a situação “grave e complexa” vivida no conjunto de laboratórios. 
A primeira reação do regime foi apagar as evidências de que a origem da pandemia havia sido no Instituto de Virologia. 
Suspeitas foram fabricadas contra o “mercado molhado” de Wuhan e as cavernas de morcegos de Yunnan. 
Por muito tempo o mundo comprou essas versões. 
 
O artigo do Sunday Times deixa algumas pistas que apontam os verdadeiros responsáveis por uma doença criminosa que causou 7 milhões de mortes ao redor do mundo, provocou uma crise econômica sem precedentes e possibilitou a instalação de “ditaduras sanitárias” em todo o planeta.  
Até agora, nenhuma punição aconteceu aos que provocaram essa catástrofe global.

O que estará acontecendo neste exato momento no interior das paredes do Instituto de Virologia de Wuhan?

Leia também “Procuram-se profissionais de tecnologia”

Dagomir Marquezi,  colunista  - Revista Oeste

 

quarta-feira, 29 de março de 2023

A nova pesquisa que traz dor de cabeça a Lula e o PT

Partido vai ficando sem candidatos nas quatro principais capitais... [o que os aterroriza é que a cada dia a situação do perda total - pt e seu líder só piora; será que em2026 ainda existirá pt?]

O novo levantamento da Paraná Pesquisas nas capitais do país revelou mais um grande problema para Lula e o PT. Em Salvador, cidade fincada o Estado que lhe deu 70% dos votos em 2022, o partido pode ser obrigado a não lançar candidato em 2024.

Lutando para formar a base de apoio no Congresso Nacional, o presidente tenta angariar os votos do União Brasilque tem dois ministros em seu governo. Agora, vê o partido de direita liderar solidamente com dois nomes na pesquisa: Bruno Reis, atual prefeito, e ACMNeto, o antigo comandante da prefeitura.

Os dois, aliás, criatura e criador (ACM alçou Bruno ao cargo), têm estado numa situação constrangedora.  ACMNeto vai melhor nas pesquisas que o seu antigo vice. Quando seu nome foi apresentado aos eleitores pela Paraná Pesquisas, 60% dos soteropolitanos dizem votar no partido. Quando Bruno Reis é colocado como candidato natural à reeleição, 38% votariam na legenda.

Nesse contexto, o PT ficou órfão em Salvadornenhum candidato competitivo – e, Lula, que é aprovado por 67% dos baianos, está sendo pressionado a abrir mão de lançar um nome em Salvador para garantir o apoio do União Brasil e aprovar matérias na Câmara e no Congresso.

A situação em Salvador se assemelha a de outras três capitais: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Nessas importantes capitais, como mostrou a coluna, o PT não deve ter candidato e apoiará nomes de outros partidos. Isso, para pagar não só a conta da “frente ampla” que elegeu Lula em 2022, mas para garantir a tal da governabilidade. 

Política - Revista VEJA
 

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Lula e suas ‘mancadas do bem’ - Revista Oeste

Silvio Navarro

Discursos do ex-presidente candidato viram dor de cabeça para a esquerda e forçam o consórcio de imprensa a maquiar manchetes

No último sábado, 20, os organizadores da campanha de Lula à Presidência arriscaram mais uma vez um gesto que tem tirado o sono dos seus aliados: entregar um microfone nas mãos do petista. O evento reuniu 4 mil pessoas no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo. É possível notar a apreensão no semblante da plateia, como tem ocorrido quando ele pede para discursar. As falas, mais uma vez, caíram muito mal. “Quer bater em mulher? Vá bater em outro lugar, mas não dentro da sua casa”, disse. “Quando quero conversar com Deus, não preciso de padres ou de pastores. É assim que a gente tem que fazer para não escutar mentiras.”

O palavrório do fim de semana se soma a uma verdadeira sucessão de barbeiragens que Lula tem cometido nos últimos meses. A afirmação de que Jair Bolsonaro “não gosta de gente, só gosta de policial”, dita no fim de abril, ainda não foi contornada com a categoria. A frase ainda azedou o clima da comemoração do 1° de Maio, preparada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), para o dia seguinte. Lula teve de abrir a festa pedindo desculpas.

No mesmo dia, até o escritor Paulo Coelho, um dos cabos eleitorais do petista na lista de famosos, se manifestou: “Se Lula continuar com essa incontinência verbal. E se não investir em comunidades sociais de maneira inteligente e profissional, vai permitir que o atual inquilino do Planalto tenha sérias chances de reeleição”, escreveu no Twitter.

Na última semana, foram publicadas dezenas de notas em colunas do consórcio da imprensa sobre os “deslizes” do petista. A avaliação dos aliados é que Lula “não tem mais filtro”. Os comícios têm sido selecionados a dedo e são cada vez mais raros. Oficialmente, a campanha informa que Lula tem poupado a voz.

A fala desastrosa sobre agressão às mulheres que incendiou as redes sociais no fim de semana foi dita no mês em que há uma campanha do governo Bolsonaro em curso sobre os 16 anos da Lei Maria da Penha. A ministra da Mulher, Cristiane Britto, tem participado de rodadas de entrevistas no rádio e na TV para falar sobre novas ferramentas para o registro de denúncias on-line criadas na atual gestão.

A bancada feminina também tem se queixado da frequência com a qual ele se refere à virilidade, aos 76 anos. “Estou com tesão de 20”, costuma dizer publicamente. [quando alguém fala demais sobre possuir em abundância certas qualidades, especialmente quando é um mentiroso compulsivo, é motivado por NÃO TER o que apregoa, patologicamente, possuir em abundância.]   A avaliação delas é que a expressão soa como machista.

Outro ponto delicado é a defesa do aborto. A mensagem inicial, que agradava à militância, era assim: “Aqui no Brasil, a mulher não faz o aborto porque é proibido, quando na verdade deveria ser transformado numa questão de saúde pública e todo mundo ter direito e não ter vergonha”.

A retórica causou estrago no eleitorado evangélico. Precisou ser substituída às pressas por essa versão na carta de intenções de governo: “O Estado deve coordenar uma política pública de cuidados e assegurar às mulheres o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos, políticas essenciais para a construção de uma sociedade mais igual”.

As muitas formas de fechar uma Igreja
De todas as mancadas, o que mais preocupa o PT atualmente é o vaivém com o eleitorado evangélico. As igrejas apoiam majoritariamente a reeleição de Bolsonaro. Nesse segmento do eleitorado, a principal figura é a primeira-dama, Michelle, estrela da campanha deste ano. Pastores também estão bastante ativos nas redes sociais, o que irrita a esquerda. Mas, ao levar essa insatisfação para o palanque, Lula aumentou o incêndio.

“Eu não sou candidato de uma facção religiosa. Sou candidato do povo brasileiro” (Minas Gerais, 17 de agosto)

Os partidos que formam a coligação com o PT pediram à Justiça Eleitoral nesta semana a retirada de postagens em redes sociais que vinculem a esquerda ao fechamento de igrejas protestantes. Os alvos são deputados ligados a igrejas, especialmente Marco Feliciano (PL-SP), que é pastor da Assembleia de Deus Ministério Catedral do Avivamento.

“O deputado vem proferindo publicamente falas desinformadoras a respeito das consequências para os fiéis da religião evangélica caso o Partido dos Trabalhadores vença a eleição presidencial (…) ao propagar as falas, sem apresentar qualquer embasamento ou fundamento, trazendo ainda dados que não conferem com os oficiais, fere a imagem e a honra do partido.”

Feliciano respondeu em entrevistas. “Reitero firmemente que tenho muito receio que um governo encabeçado por Lula persiga os evangélicos. A base são inúmeras declarações públicas do ex-presidiário, disse. “Existem muitas formas de fechar uma Igreja. Uma delas é calando os pastores ou obrigando religiosos a terem condutas antibíblicas. A igreja fisicamente estará aberta, mas na prática estará fechada.”

[Lula é ateu, a esquerda também, assim como o comunismo e outras coisas semelhantes; o descondenado apoia Ortega que, - a exemplo de outros países comunistas, progressistas, esquerdistas = ateus =  - persegue os cristãos. CONFIRA.]  

Uma das cartadas usadas pelos adversários de Lula é mostrar que é aliado do ditador Daniel Ortega, que fechou templos na Nicarágua. “O amigo de Lula anda prendendo padres e fechando igrejas”, disse o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente.[A ESQUERDA GOVERNANDO.] Nicarágua, aliás, era um dos nomes que Bolsonaro escreveu na palma da mão durante a entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo.

Uns bons drinques
Na segunda-feira 22, Lula novamente provocou ruídos, dessa vez com as Forças Armadas e com diplomatas. Ele participava do lançamento do livro do seu fotógrafo particular, Ricardo Stuckert, que o acompanha há duas décadas.

“O Itamaraty será aquilo que o governo decidir o que ele seja”, afirmou. “Como as Forças Armadas serão, como todas as instituições do Estado serão, aquilo que o governo quiser que sejam”

Na sequência, esticou mais a corda em relação ao Itamaraty. “Quem define é o Estado e é através de políticas do governo que o Itamaraty pode agir mais ou agir menos”, disse, ao afirmar que há excesso de conservadorismo na chancelaria. “Se você tem um governo que não define que política você quer, que não te dá orientação, é muito mais fácil ficar na embaixada servindo de drinque ou ir à embaixada dos outros tomar drinque”.

Não bastasse a sucessão de frases problemáticas, o petista ainda tem de conviver com a patrulha da cartilha politicamente correta da esquerda. Uma reportagem da Folha de S.Paulo publicada nesta semana lista o que é tratado como “escorregões”. O jornal cita menções à criação do “Ministério do Índio e da Índia” — diz que o correto seria “dos povos indígenas” — e do termo “escravo” quando se tratar de causa racial — deveria ser substituído por “escravizado”.

Bater em mulher
Há ainda pressões que beiram o ridículo, como a que tenta convencer o petista a ceder à linguagem neutra “todes” e parar de contar piadas sobre nordestinos. Pernambucano, Lula usa essas piadas em referência própria. Até o consumo de carne, como a tradicional frase que ele repete — “Os pobres vão poder comer picanha” —, virou problema com os vegetarianos.

Paralelamente, cabe ao consórcio de imprensa tentar minimizar o estrago. Se de um lado as frases de Jair Bolsonaro são consideradas “más intenções”, as de Lula são tratadas como “deslizes”, “gafes” e “escorregões”. É possível prever, por exemplo, como a fala sobre “bater em mulher” seria publicada se partisse de Bolsonaro. O site do PT mantém um arquivo com uma cronologia do que diz configurarem atitudes misóginas e homofóbicas do presidente. Sobre a recente fala de Lula, contudo, não publicou uma linha.

Fato é que restam pouco mais de 30 dias para o primeiro turno das eleições. É uma corrida curta. Se Lula continuar falando de improviso, até os institutos de pesquisa vão acabar desistindo dele até outubro.

Foto: Reprodução/Folha de S.Paulo

Leia também “Pesquisa estimulada”

Silvio Navarro, colunista - Revista Oeste


sábado, 5 de março de 2022

TSE deve frustrar Bolsonaro sobre redução do preço do combustível

VEJA

AGU acionou o tribunal para esclarecer se diminuição de alíquota fere legislação eleitoral, mas tendência é que mérito não seja analisado

O preço dos combustíveis se tornou uma dor de cabeça daquelas para o governo do presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta uma alta taxa de desaprovação, o derretimento dos indicadores econômicos e uma persistente inflação em meio a uma difícil campanha para se manter o cargo por mais quatro anos. Os desdobramentos da invasão da Rússia ao território da Ucrânia, e os reflexos da guerra na cotação do dólar, tornam o cenário ainda mais imprevisível para os consumidores de uma forma geral – e para o governo, em particular.

Antes da escalada na tensão global, Bolsonaro acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para esclarecer se uma eventual redução dos impostos sobre combustíveis em pleno ano eleitoral fere a legislação – afastando  a hipótese de uma decisão nesse sentido acabar enquadrada como abuso de poder político.  Ao que tudo indica, o aval não virá.

Integrantes do TSE ouvidos reservadamente por VEJA avaliam que a tendência é a Corte rejeitar a consulta apresentada pela Advocacia-Geral da União (AGU). Ao acionar o tribunal, o ministro-chefe da AGU, Bruno Bianco, observou que alguns insumos, como petróleo, “estão sujeitos à variação cambial” e podem experimentar alterações significativas em seus valores, “com consequente impacto econômico interno relevante e repercussão sobre cadeias produtivas, relações de consumo e de emprego”. Bianco defendeu o papel do governo no “regular funcionamento da economia”, na “adequada oferta de produtos” e na garantia do “bem-estar de social”. “Agentes públicos devem ter cautela para não praticar atos que possam ser enquadrados com condutas vedadas, nem como abuso do poder político”, escreveu.

No jargão jurídico, a inclinação do TSE é “não conhecer” da consulta, o que significa que o tribunal não avançaria na análise do mérito da questão, ou seja não diria nem “sim” ou “não” à pergunta de Bolsonaro. Apenas descartaria por razões técnicas o processo, sob o fundamento de que não cabe avançar na discussão de casos concretos, como o dos combustíveis.[pergunta que não quer calar: será que o TSE e o Ministério Público Eleitoral vão se omitir sobre o acerto, ou desacerto, de uma medida que pode reduzir o preço dos combustíveis? medida que beneficiará, incluindo milhões de cidadãos que não são eleitores do presidente Bolsonaro? 

Eventual declaração de que em ano eleitoral, não são permitidas o medidas reduzindo preços,não comprometerá em nada a lisura do processo eleitoral.  Comprometedor é a comodidade do muro.]

A área técnica do TSE já se manifestou nesse sentido, e um parecer do Ministério Público Eleitoral deve ficar pronto nos próximos dias na mesma linha. 

Política - VEJA


domingo, 27 de junho de 2021

UTILIDADE PÚBLICA - Oxímetro: quando é preciso ter em casa?

Aparelho que mede o nível de oxigênio no sangue ajuda a monitorar pacientes com COVID-19 em tratamento em casa, mas é preciso de orientação médica

Em janeiro de 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu a recomendação de que pacientes com COVID-19 que estejam sendo tratados em casa usem o oxímetro de pulso para monitorar o nível de oxigênio no sangue.

Desde então, as buscas na internet sobre o aparelho aumentaram muito. O que é um oxímetro? Para que serve? Como usar? Preciso ter em casa? Onde comprar?

Antes de responder a essas perguntas, uma observação importante: a utilização domiciliar do oxímetro precisa ser orientada pelo médico que acompanha o caso, para garantir o uso e a leitura de resultados corretos.

O que é a oximetria de pulso?
A oximetria de pulso é uma forma de medir a saturação de oxigênio no sangue, ou seja, o quanto de oxigênio o seu sangue está transportando, comparada com o máximo da sua capacidade de transporte pelas células vermelhas sanguíneas, para o todo o corpo. O oxigênio é o gás que permite o funcionamento das células. Quando o nível está baixo, pode causar danos a diferentes células do corpo e sobrecarregar órgãos, como coração e cérebro.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a maioria das pessoas precisa de um nível de saturação, de no mínimo 89%, para manter suas células saudáveis, mas isso pode variar de acordo com a condição específica de saúde de cada pessoa. Atualmente, a recomendação de saturação mínima tolerada é de 94% como referência para o monitoramento da oximetria.

O oxímetro é um aparelho com um mecanismo que lembra um pregador de roupa para ser fixado no dedo (ou no lóbulo da orelha), de forma totalmente indolor.  A partir da emissão de feixes de luz, ele consegue mensurar o nível de oxigenação no sangue e os batimentos cardíacos.

Existem dois tipos
O oxímetro de pulso portátil, também chamado de oxímetro de dedo, é o mais comum em uso doméstico. É um aparelho portátil, pequeno, movido a pilha, que mede a pulsação e o percentual de oxigênio no sangue de forma rápida. Ele mostra o resultado no visor na hora da medição, mas não grava os valores medidos.

                                           Oxímetro de dedo

 Preciso ter um oxímetro em casa?

A maioria das pessoas não precisa ter um oxímetro em casa. Em nota, a SBPT não orienta o uso irrestrito do oxímetro para monitorar a saturação em pessoas saudáveis e sugere que a decisão sobre usar o aparelho fique a cargo do médico. Entretanto, para pacientes portadores de COVID-19, sabe-se que a hipóxia silenciosa, ou seja, a diminuição da saturação de oxigênio sanguíneo antes do paciente se queixar de falta de ar, é frequente. Dessa forma, tem sido recomendado o monitoramento da oximetria, principalmente, para pacientes pertencentes a populações mais vulneráveis e com maior risco de complicação pela doença.

Porém, também existe o receio de profissionais de saúde que leituras equivocadas levem ao pânico desnecessário ou, pior, que a pessoa deixe de buscar atendimento, iludida por um falso bom resultado. Por isso, a aferição doméstica não é recomendada para autodiagnóstico, mas sim para acompanhamento de tratamento. Também é muito importante saber que alguns fatores podem prejudicar a acurácia da oximetria, como por exemplo: uso de esmalte, unhas postiças, tiver as mãos frias ou circulação deficiente.

Assim, a melhor orientação para o uso adequado do oxímetro deverá partir do médico que atende o paciente e que também recomendará a leitura que indicará a necessidade de atendimento médico. Outros sinais podem aparecer antes da insuficiência respiratória e também são indicativos de alerta para buscar atendimento médico, tais como: febre alta, dor no corpo, dor de cabeça, dor de garganta, fraqueza e tosse.

Como usar o oxímetro e ler resultados?

 Os oxímetros de pulso certificados são considerados razoavelmente acurados, podendo dar uma leitura 2% acima ou abaixo do valor obtido pela gasometria arterial (exame de sangue mais preciso que mede o percentual de oxigênio e dióxido de carbono no corpo).

Devido à forma que a leitura é feita, a precisão do oxímetro de pulso pode ser menor em casos de fumantes, pessoas com pele escura ou mãos muito frias. Por isso, converse sempre com seu médico sobre a melhor forma de interpretar os resultados.  Se você for orientado a ter o oxímetro para uso em casa, verifique se o dispositivo possui o selo do Inmetro e registro da Anvisa antes de comprar. Na hora de medir em casa, atenção às dicas:

  • Medir na frequência e horários prescritos pelo médico
  • Medir com a mão relaxada, abaixo do nível do coração
  • Ficar parado durante a medição (3 a 5 minutos)
  • Evitar uso de esmalte ou unhas postiças, pois podem prejudicar a leitura
  • Em caso de tratamento domiciliar, perguntar ao médico quando deve aumentar ou diminuir o oxigênio suplementar e quando deve procurar atendimento hospitalar
  • Caso o oxímetro caia no chão ou molhe, ele pode ter a calibração afetada. Nesses casos, deve-se consultar o fabricante

Fique atento aos demais sintomas de COVID-19 e, sempre que houver qualquer dúvida, consulte um médico.

Fontes: OPAN, SBPT

UNIMED - MATÉRIA COMPLETA 


terça-feira, 15 de junho de 2021

Coronavírus: dor de cabeça e corrimento nasal são sintomas associados à variante Delta

Relator Calheiros se junte ao 'drácula', ao Omar e àquele senador do AC - o Rodrigues - e responsabilize o presidente Bolsonaro pela variante Delta

Embora os infectados possam não se sentir muito doentes, podem ser contagiosos e colocar outras pessoas em risco

Dor de cabeça, dor de garganta e coriza são agora os sintomas mais comumente relatados por quem tem covid-19 no Reino Unido, onde a variante Delta do novo coronavírus é predominante.  O professor Tim Spector, que dirige o estudo Zoe Covid Symptom, no Reino Unido, diz que essa cepa pode se parecer "mais como um resfriado forte" para os jovens.

Embora os infectados possam não se sentir muito doentes, podem ser contagiosos e colocar outras pessoas em risco. Qualquer pessoa com sintomas de covid-19 é orientada a fazer um teste.

Segundo o NHS, serviço de saúde pública no Reino Unido, os sintomas 
clássicos são:
- tosse;
- febre;
- perda de olfato e paladar .

Mas Spector diz que esses sintomas se tornaram menos comuns, com base nos dados que a equipe do Zoe tem recebido de milhares de pessoas que registraram seus sintomas em um aplicativo. "Desde o início de maio, observamos os principais sintomas, e eles não são os mesmos", diz ele.  A mudança parece estar ligada ao aumento da variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia e agora responsável por 90% dos casos de covid no Reino Unido. Os primeiros casos no Brasil foram registrados no final de maio.

A febre permanece bastante comum, mas a perda do olfato não aparece mais entre os dez principais sintomas, diz Spector. "Essa variante parece estar funcionando de maneira um pouco diferente", diz ele.  "As pessoas podem pensar que acabaram de pegar algum tipo de resfriado sazonal e ainda irem a festas. Elas podem espalhar o vírus para outras seis pessoas. Achamos que isso está alimentando grande parte do problema", afirma Spector. "A mensagem aqui é que, se você for jovem, terá sintomas mais leves de qualquer maneira. Pode parecer apenas um forte resfriado ou alguma sensação estranha, mas fique em casa e faça um teste."

No que ficar de olho
Da mesma forma, o estudo React, do Imperial College, de Londres, que contou com mais de 1 milhão de participantes na Inglaterra, apontou que, quando a variante Alpha era dominante, havia uma ampla gama de sintomas adicionais ligados à covid-19. Calafrios, perda de apetite, dor de cabeça e dores musculares foram os problemas mais associados à infecção, ao lado dos sintomas clássicos.

"Esses outros sintomas podem ter outra causa e não são, por si só, um motivo para fazer um teste. Mas se você estiver preocupado com seus sintomas, procure orientação médica", diz a entidade.

Correio Braziliense


quarta-feira, 26 de maio de 2021

Falha da Vigilância foi uma irresponsabilidade inaceitável, que pode custar milhares de vida

Vigilância falhou em caso de suspeito de variante da Índia, e paciente passou por três cidades antes do isolamento 

O viajante teve contato com dezenas de pessoas ao ser autorizado a embarcar em voo, com destino ao Rio, antes de o resultado do exame RT-PCR sair. [O correto seria que todos os passageiros procedentes da Índia  tendo como destino ao Brasil fossem, imediatamente após o pouso em Guarulhos, isolados, testados e permanecer em isolamento total até o resultado do teste ser conhecido. 
"Esqueceram"  que além dos contatos antes de embarcar para Campos,   o viajante teve contato com os passageiros do voo que o trouxe da Índia e desembarcaram em Guarulhos - alguns seguindo para o Rio e outros para destinos diversos e todos podem estar  contaminados e cada um seguir distribuindo coronavírus.
Mas se omitiram, deixando cada um seguir seu rumo, distribuindo vírus. 
Imagine que o cidadão saiu do Aeroporto Santos Dumont, se hospedou em um hotel próximo ao Santos Dumont - sempre em em contato com pessoas, que contatam outras e ... .
Abaixo, em vermelho, o périplo feito pelo viajante - Rio/Campos/Rio - até entrar em isolamento.
Depois de desembarcar no sábado de manhã em São Paulo de um voo com origem na Índia, onde circula uma variante mais perigosa da Covid-19, um morador de Campos dos Goytacazes pôde viajar até o Rio, onde chegou à noite e se hospedou num hotel, ao lado do Aeroporto Santos Dumont. No domingo, ele foi de carro para a cidade do Norte Fluminense e, depois, retornou para a capital na segunda-feira, onde voltou a se hospedar, em isolamento. Durante dois dias, o caso investigado circulou por três cidades e teve contato com dezenas de pessoas. [Sem contar que o vírus indiano está presente também na Argentina -fronteira livre com o Brasil.
Não adianta lockdown dentro do Brasil. Só agora, tardiamente, é que salta aos olhos que barreiras sanitárias - controlando entrada e saída em território brasileiro - deveriam ter sido instaladas em meados de 2020.
Ainda há tempo
- desde que não deixem para depois a adoção das medidas restritivas.]

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Tudo isso aconteceu porque, depois de fazer um exame RT-PCR em laboratório no Aeroporto Internacional de Guarulhos, o viajante foi autorizado a embarcar em outro voo até o Rio, antes de o resultado da análise sair. Somente quando ele já estava na cidade, foi constatado que o teste dele era positivo. Outras duas pessoas que tinham viajado com ele foram testadas, mas o resultado foi negativo para a presença do vírus 
da Covid.
O GLOBO apurou que o homem, que tinha feito teste 72h antes para embarcar na Índia, que dera negativo, procurou as autoridades sanitárias porque tinha um mal-estar.

De acordo com a Secretaria estadual de Saúde, a informação sobre o caso suspeito só chegou no domingo, através do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde, de São Paulo, que teria dito que o homem não informou à Anvisa sobre a suspeita de Covid. Desde então, de acordo com a pasta, todos os passageiros do voo, que residem no Rio, já teriam sido identificados e orientados a fazer isolamento por 14 dias. Eles são acompanhados por equipes das vigilâncias sanitárias de seus respectivos municípios. Mas nem o estado nem a Latam, responsável pelo voo, informaram quantas pessoas estavam na aeronave e qual o destino delas. A empresa aérea afirmou ter repassado detalhes do voo e da lista de tripulantes e de passageiros.

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No momento em que o estado foi avisado, o passageiro, já estava a 278 quilômetros da capital. A Secretaria municipal de Saúde não informou quando foi notificada oficialmente sobre a possível infecção de um morador do Rio pela cepa indiana. Ao chegar em Campos, o passageiro relatou os sintomas que tinha dor de cabeça e rouquidão a equipes médicas locais. Ele voltou ao Rio para ficar num hotel providenciado pela empresa para a qual trabalha.

As amostras coletadas do homem foram enviadas para o laboratório da Fiocruz, que vai fazer o sequenciamento genético para descobrir se o morador de Campos foi infectado pela variante. Procurada, a Anvisa disse que o passageiro embarcou com um resultado negativo de RT-PCR, que deu positivo na segunda testagem no Brasil. O órgão não explicou o motivo que levou à realização de um novo teste ou por que ele foi autorizado a embarcar em um outro avião mesmo antes de sair o resultado.

Para Lígia Bahia, especialista em Saúde Pública da UFRJ, houve falha na vigilância epidemiológica: — O pior de tudo foi ele seguir viajando já com teste. A conduta é o pelo auto isolamento em locais adequados. Se a pessoa tiver condições, em um hotel com regras rígidas, com comida entregue no quarto e sem circulação. Se for um viajante sem dinheiro, as instituições públicas devem providenciar — diz.

Em O Globo , MATÉRIA COMPLETA

Colaborou Guilherme Caetano


terça-feira, 13 de março de 2018

Temer não tem que provar inocência em coisas de que nem mesmo é acusado. É um absurdo!

Indignado com a quebra inconstitucional de seu sigilo bancário referente ao período que vai de 2013 e 2017, o presidente Michel Temer anunciou que tornaria o dito-cujo público. Nota: se fosse o caso de adotar o procedimento, não se poderia recuar aquém de maio de 2016, quando ele assumiu a Presidência. Mas Roberto Barroso, ministro do Supremo, não é do tipo que dá bola para a Constituição.

Compreende-se a indignação de Temer. Até porque Barroso não tem um miserável indício que justifique a decisão. O doutor determinou a dita-cuja para ver se acha alguma coisa. O procedimento é típico de ditaduras.  Tornar público o sigilo corresponde a procurar — e achar — dor de cabeça para o resto da vida. Até eventuais transferências do presidente para sua mulher ou para algum parente precisando de ajuda serão alvos de especulações e maledicências.

Sem contar que é como se o presidente estivesse sendo obrigado a provar inocência em coisas de que nem mesmo é acusado.  Convenham, nas democracias, quem acusa é que tem de provar. Quando nem mesmo a acusação existe, aí já estamos no território da loucura. De resto, o presidente pode ficar descansado. Daqui a alguns dias, sem que ele precise mexer uma palha para isso, o sigilo será vazado por algum patriota.

Blog do Reinaldo Azevedo 



quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Reajuste de servidores no meio de fogo cruzado: STF vai decidir se aumento sai ou não




Equipe econômica quer adiar para 2019 em prol da meta fiscal


O reajuste dos servidores públicos está no meio de um fogo cruzado. A decisão final se o aumento de salário para o funcionalismo sai ou não será tomada pelo plenário da Corte do Supremo Tribunal Federal (STF). A área jurídica do governo não está tão otimista quanto os ministros da equipe econômica para reverter a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do STF, que suspendeu a medida provisória (MP) que previa o adiamento do reajuste dos servidores públicos e elevava, de 11% para 14%, a contribuição previdenciária paga pelos funcionários federais. O ministro liberou o processo, no início deste mês, para votação do plenário da Corte. A avaliação reservada de integrantes do governo, no entanto, é que já existem entendimentos no STF de que o aumento a servidores previsto em uma lei já publicada se torna um direito adquirido e, portanto, não há possibilidade de revisão.


Diante da necessidade de economizar para cumprir a meta fiscal deste ano (um déficit de R$ 159 bilhões), por outro lado, o governo vai tentar que o plenário do STF restabeleça os efeitos da MP e deixe que esse assunto seja discutido pelo Congresso. Os advogados do Executivo defenderão que o reajuste se trata de uma “expectativa de direito”, ou seja, que se encontra na iminência de ocorrer, mas que pode ser revertida.  Agora, cabe à presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, incluir a ação na pauta de julgamento pelo 11 ministros. A esperança do governo é que a situação econômica do país e o impacto dessa decisão nas contas públicas sensibilize os demais ministros do Supremo a reverter a liminar de Lewandowski. Mas, para um técnico do governo envolvido na discussão, a questão é “delicada” do ponto de vista técnico-jurídico.

Ao adiar o pagamento dos reajustes, a medida provisória suspendeu aumentos que já estavam sendo aplicados — ponto também considerado complexo de ser resolvido, por exemplo, ao não corrigir o valor que deixou de ser recebido no prazo anteriormente estabelecido. Na decisão em que suspendeu a eficácia da MP, o ministro Lewandowski ressaltou que o texto representa “quebra do princípio da legítima confiança e da segurança jurídica” e vai contra direitos já incorporados ao patrimônio dos servidores. 

Com os fortes precedentes do STF sobre esse assunto, a tese em defesa da MP vai “dar trabalho” e trará “dor de cabeça” para o governo, nas palavras de um interlocutor da equipe econômica. Mesmo que o Supremo torne válida a medida provisória, o governo terá que enfrentar ainda uma outra discussão: se o servidor terá de devolver ou não o dinheiro recebido durante a vigência da liminar

Nesse caso, o STF tem dois entendimentos.
O primeiro, mais forte, é que o servidor recebeu de “boa fé” o dinheiro durante a validade da liminar e, por isso, não precisa ressarcir o recurso recebido a mais
Uma outra corrente defende, por outro lado, que a própria natureza de uma decisão liminar (provisória) é precária, o que significa dizer que quem recebeu com base nela pode, a qualquer momento, perder esse direito — e, portanto, ser obrigado a devolver o dinheiro para os cofres públicos. [tem que ser lembrado que a liminar - provisória - suspendeu os efeitos de uma Medida Provisória - que honra o nome e também é provisória, até que seja convertida em lei, o que nem sempre ocorre.
E que a Medida Provisória suspendia um aumento decidido por Lei.]

O Globo