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sexta-feira, 19 de junho de 2015

'Matadora' de animais é condenada a 12 anos de prisão – resta saber se os tribunais superiores vão permitir que ela fique um mês presa



Dalva Lins da Silva foi presa em 2012 depois de a Polícia Militar encontrar 37 cães e gatos mortos em sacos de lixo
A falsa protetora de animais Dalva Lins da Silva, acusada em 2012 de matar 37 gatos e cachorros, foi condenada na quinta-feira a mais de doze anos de prisão pela Justiça de São Paulo. A decisão é inédita no Brasil: pela primeira vez, uma pessoa foi condenada à prisão por maus-tratos e morte de animais.


Idosa espanca cachorro até a morte -  Uma idosa de 80 anos espancou seu cachorro até a morte em Guarabira, a 98 Km de João Pessoa, na Paraíba, no último mês de março. Um vizinho registrou a agressão com uma câmera de celular e publicou o vídeo na internet. Depois do ocorrido, ela disse que cometeu o crime porque o cão estava comendo as galinhas que criava e mordia as pessoas.

Imagine o que esse traste fez durante seus 80 anos de vida

De acordo com a ONG Adote um Gatinho, autora da acusação, Dalva recebia cães e gatos abandonados, mas não informava o destino dado aos animais - na verdade, a morte. Por conta disso, ativistas dos direitos dos animais contrataram um detetive particular, que ficou vinte dias espionando a casa dela. Foi ele quem a flagrou colocando os sacos de lixo na porta e vizinhos, no horário da coleta. No dia 12 daquele de 2012, a falsa protetora foi presa em sua casa, na Vila Mariana, na Zona Sul da capital paulista. No local, policiais militares encontraram medicamentos que eram aplicados nos animais. 
 Matadora é condenada a 12 anos de prisão pela morte de 37 animais
Em 2012, a falsa protetora de animais Dalva Lins da Silva matou 37 gatos e cachorros com injeções letais. A Polícia Militar encontrou os animais mortos em sacos de lixo, que foram colocados por Dalva na porta da casa de vizinhos. Após três anos, ela foi condenada em uma ação inédita a mais de doze anos de prisão, que deverão ser cumpridos em regime semiaberto.

A decisão da Vara Criminal da Justiça paulista é um fato novo porque crimes de maus-tratos têm penas inferiores a dois anos - o condenado cumpre penas alternativas, mas não chega a ser preso.  A juíza Patrícia Álvares Cruz, da Vara Criminal da Justiça paulista, determinou também que Dalva pague uma multa e pediu a prisão preventiva imediata da ré, inicialmente no sistema semiaberto. Para a juíza, os crimes foram praticados após tortura, já que as substâncias fizeram os animais agonizarem por mais trinta minutos até a morte.

Fonte: Revista VEJA

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Manifestação contra aumento das passagens traz baderna às ruas de São Paulo - Dilma, vai piorar: 'pede pra sair'

Manifestação contra aumento de tarifas em SP tem confronto e mascarados detidos

Manifestantes tentaram atear fogo em lixo e chegaram a quebrar vidro de agência bancária na Rua da Consolação. PM reagiu com tropa do braço e bombas de efeito moral

A primeira manifestação do ano contra o reajuste das tarifas de ônibus, Metrô e trens em São Paulo teve confronto entre mascarados e PMs e tumulto generalizado na região da Rua da Consolação, centro de São Paulo, no início da noite desta sexta-feira. A confusão teve início quando um grupo de manifestantes mascarados se adiantou, , na Rua da Consolação, à caminhada organizada pelo Movimento Passe Livre (MPL), ultrapassou o cordão de isolamento formado por policiais militares e tentou atear fogo em sacos de lixo. 
 Na rua da Consolação, policiais e manifestantes se enfrentaram durante protesto contra aumento das passagens - Fernando Donasci / O Globo

Eles ainda depredaram os vidros de uma agência bancária do Santander, de uma outra do Banco do Brasil e picharam um ponto de ônibus. Na Avenida Angélica, os mascarados atearam fogo em sacos de lixo. Ainda na Consolação, alguns manifestantes atiraram pedras em carros da PM, que reagiu com a “tropa do braço” e bombas de efeito moral. Houve tumulto, correria e 32 mascarados foram detidos até as 20 horas. Os detidos foram encaminhados para o 78 Distrito Policial.
 
Em meio à confusão, alguns manifestantes entraram em bares da região. Os comerciantes, com medo de depredação, baixaram as portas. As estações de Metrô Consolação e Trianon-Masp foram fechadas. Por conta do tumulto, a PM encerrou o protesto impedindo que a manifestação chegasse à Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, onde terminaria.
Ato contra aumento de tarifas em São Paulo teve a concentração em frente ao Teatro Municipal, no centro - Fernando Donasci / Agência O Globo

Na Rua Augusta, durante o confronto, houve uma tentativa de retomar a caminhada, que teve início na Praça Ramos de Azevedo, em frente ao Teatro Municipal, mas a PM impediu que os manifestantes seguissem até a Paulista utilizando bombas de efeito moral. Cerca de 2 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, participam da manifestação, várias deles mascarados. O Movimento Passe Livre (MPL) chegou a dizer que reuniu 10 mil no ato.

Cerca de 800 PMs, 110 deles da chamada tropa do braço, acompanharam o protesto. Pelas ruas, antes do confronto, os manifestantes chamaram a população para o protesto aos gritos de “Vem,vem,vem pra rua, vem, contra o aumento”. A Polícia Militar informou que planejou operação policial com 800 agentes "para garantir a livre manifestação de pensamento" sem que houvesse "ruptura da ordem pública, dano ao patrimônio ou outros danos”. Parte do grupamento utilizado na manifestação é também conhecido como "tropa de braço", por ser especializado em treinamento de defesa pessoal e artes marciais.

Os PMs foram orientados a impedir a entrada de pessoas na manifestação com máscaras de proteção contra gases e bombas de efeito moral. Também está proibida a entrada de pessoas portando vasilhames com vinagre. Durante a manhã, o Movimento Passe Livre (MPL) criticou um convite que teria recebido do comando da Polícia Militar, convocando uma “liderança” do grupo para uma "reunião de planejamento" do ato. Criticou também o efetivo destacado pela PM, além da decisão de revistar pessoas que se aproximarem da manifestação. "Nos perguntamos porque a polícia militar precisa de um efetivo tão grande e de ameaças lançadas de antemão para garantir o direito à livre manifestação", escreveu o MPL, em texto publicado nas redes sociais.

Entidades de defesa dos direitos humanos como Conectas e Artigo 19 assinaram com integrantes do Núcleo Especializado em Direitos Humanos da Defensoria Pública carta endereçada à PM, criticando a decisão de revistar pessoas antes do ato. “Cercar e revistar pessoas indiscriminadamente é um atentado às liberdades e garantias da Constituição e dos tratados internacionais firmados pelo Brasil. Se permitir que o anúncio se concretize, o governo do Estado abrirá mais um grave capítulo na longa lista de violações cometidas contra manifestantes”, escreveu Marcos Fuchs, diretor adjunto da Conectas, em texto divulgado nesta sexta-feira.[a Constituição garante o direito de livre manifestação de forma ordeira e garantindo o também constitucional DIREITO DE IR E VIR - JAMAIS a Constituição garantirá a baderna e por isso a PM tem que agir com energia, usando da força necessária para restabelecer a ORDEM PÚBLICA, a LIVRE CIRCULAÇÃO e o PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO.]

A tarifa no transporte coletivo subiu de R$ 3 para R$ 3,50. Na tentativa de amenizar protestos, tanto o prefeito Fernando Haddad (PT) quanto o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciaram gratuidade para estudantes das redes públicas municipal e estadual de ensino, respectivamente.