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sábado, 20 de maio de 2023

O equilíbrio possível. E a troca das máscaras no teatro grego da política - Alon Feuerwerker

Análise Política

Era previsível, e foi previsto, que o desfecho da corrida eleitoral de 2022 traria uma de duas arquiteturas políticas bem distintas

Vencesse Jair Bolsonaro, o cenário se desenharia numa aproximação entre Executivo e Legislativo para isolar o Judiciário crescentemente ativista. 
Como deu Luiz Inácio Lula da Silva, a aliança informal é entre esse Judiciário e o Planalto, para, se necessário, esquentar a chapa sob os pés de deputados e senadores.
Mas alienar completamente o Congresso Nacional seria de alto risco para o novo governo, que não dispõe, na real, de base parlamentar. 
 E, bem ou mal, algumas propostas oficialistas precisam ser votadas ali. Então, além da coerção, como diria Antonio Gramsci, é preciso algum consenso. Que é obtido pelo tradicional meio de usar o orçamento e espaços na máquina para ajudar as excelências do Legislativo a aumentar a probabilidade de reproduzir o próprio poder.

Daí que, mesmo aos trancos e barrancos, a vida siga nas relações entre Executivo e Congresso com alguma produtividade. 
Polvilhada por sobressaltos, mas nada que preocupe demais. E a contradição entre a maioria conservadora de deputados e senadores e um governo petista? No que der, como é o caso do “arcabouço”, vota-se. [em nossa opinião, cabe aos líderes da oposição, condicionarem a votação do 'arcabouço fiscal', a que primeiro seja apreciada pela Câmara a cassação do deputado Deltan  Dallagnol; e, dependendo do resultado,  se adia a votação tão desejada pelo DESgoverno.] No que não der, chama-se o STF para abrir caminho aos desejos do Palácio do Planalto.

Eis então que tenhamos chegado a algum equilíbrio, em que todo mundo está contemplado em certo grau. Menos, naturalmente, o núcleo bolsonarista, o “inimigo público” da hora, como um dia foi o PT. E menos também os ícones da Lava-Jato, objeto da ira particular da autoridade presidencial. A política é dinâmica, e, nesse teatro grego, entre um ato e outro, trocam-se as máscaras de garantistas e punitivistas, porque, acima de tudo, o espetáculo tem de continuar.

E sua excelência, o eleitor?
Este anda mais preocupado com a economia, em especial com a alta dos preços e com a possibilidade de perder o emprego. A desocupação acendeu algumas luzes amarelas no primeiro trimestre, mas é preciso esperar para saber se não foi sazonalidade. A inflação parece enjaulada pelos juros, ainda que o núcleo dela esteja rugindo dentro da jaula e a disseminação das pressões altistas preocupe.

O risco potencial para o governo, contemplado nesta largada com uma boa vontade de opinião pública acima do habitual em começos de mandato (deve agradecer a Bolsonaro), é uma eventual sensação de mesmice econômica impregnar negativamente o humor popular [o que acontecerá antes do final do terceiro trimestre  2023.]. O povão se cansar do circo Lula x Bolsonaro e começar a pedir mais pão. O Bolsa Família acima de 600 reais na média funciona como proteção poderosa, mas é bom ficar de olho.

De olho na economia e nas pesquisas. Lula mantém, na essência, a fatia de mercado eleitoral que deu a ele a vitória no segundo turno em outubro. Mas, por enquanto, não está ampliando, ainda que conte com alguma boa vontade de parte dos que não votaram nele. Apoio popular sempre é bom, ainda mais para quem não tem uma maioria programática nem na Câmara dos Deputados nem no Senado Federal.

Governo sem base está sempre vulnerável à imponderabilidade. 
 
Alon Feuerwerker, jornalista e analista político 
 
 

domingo, 5 de março de 2023

Teste da realidade:Covid 19: vírus saiu de laboratório e máscaras foram inúteis

Reconhecer fatos e mudar de ideia são características de quem quer pensar bem - até quando isso parece, equivocadamente, “premiar negacionistas”

 

É dura a vida de quem pelo menos tenta não ser engolfado por opiniões ideologizadas, um fenômeno que contaminou até cientistas que deveriam ser a última linha de defesa contra a politização de sua atividade. Alguns acontecimentos dos últimos dias dá um certo alívio para os que mantiveram a independência e são algo duros de engolir para quem acreditou firmemente que os “negacionistas” seriam punidos por seus múltiplos pecados durante a pandemia.

Obviamente, os fatos não têm nada a ver com opiniões formadas com base em posições políticas – progressistas, em geral, louvando a ciência, essa coitada tão abusada, e conservadores insurgindo-se contra a obrigatoriedade de medidas como máscaras, lockdowns e vacinas.

No olho do furação, a maioria de nós quis acreditar que uma camadinha de pano ou de papel na frente do rosto nos protegeria do vírus e que ficar em casa era o preço a pagar pela sobrevivência a uma praga incontrolável saída da natureza para, como sempre, punir os humanos por invadir habitats animais.

No fundo, era nossa culpa e precisamos expiá-la.

Fato: o Departamento de Energia dos Estados Unidos e o FBI fizeram declarações apontando uma razoável convicção de que o vírus da Covid-19 escapou por acidente do laboratório chinês onde era estudado.

Parecia um absurdo lógico imaginar que o vírus aflorado na cidade de Wuhan, onde funciona um laboratório de estudos desse tipo de agente patológico, tivesse saído por acaso de um morcego que infectou um animal intermediário que infectou humanos
Mas quem disse isso chegou a ser chamado de racista.

Outro tijolinho recente: a revelação de que a França havia encerrado a colaboração com o laboratório de Wuhan e avisado que ele estava sendo usado para fins militares.

Fato: uma instituição chamada Cochrane Library, considerada a mais respeitada na análise de intervenções médicas em escala mundial, concluiu que máscaras comuns ou as usadas por profissionais de saúde, as N95, “provavelmente fizeram pouca ou nenhuma diferença” na propagação da doença. 
Antes da pandemia, serviços médicos de diferentes países e a Organização Mundial de Saúde não consideravam as máscaras efetivas para conter o contágio de doenças respiratórias.

Fato, ou fatos: uma montanha de e-mails provenientes do ex-secretário da Saúde do Reino Unido Matt Hancock comprova o que muita gente já tinha concluído. Ou seja, que o governo na época chefiado por Boris Johnson tomava providências com base em pesquisas de opinião e não na mais pura e elevada ciência.

Não é exatamente uma surpresa — e todos os políticos precisam realmente levar em consideração o que o povo está pensando. 
Mas ver a manipulação nua e crua desse conceito é chocante.
Um exemplo, no mar de mensagens: as crianças das escolas inglesas para alunos a partir dos onze anos foram obrigadas a usar máscaras sem nenhum embasamento científico, mas sim um puro cálculo político. 
A primeira-ministra da Escócia na época, Nicola Sturgeon, havia determinado a restrição e Boris concluiu que não valia a pena “comprar essa briga”. Não queria parecer menos durão do que a rival escocesa.

O primeiro-ministro também se deixou convencer a não reabrir as escolas fechadas com grandes prejuízos para os alunos, como está acontecendo até hoje — porque “os pais já achavam mesmo que não haveria volta às aulas” até o início do ano letivo, em setembro.

Hancock e outros funcionários ironizaram as pessoas que precisavam voltar ao país e fora, durante um certo período, obrigadas a aceitar — e pagar — para ficar dez dias em isolamento em hotéis perto de aeroportos, “trancadas em caixas de sapato”. “Hilário”, diz um deles.

Os exemplos de decisões sem motivos sólidos são inúmeros — e provavelmente seriam similares se outros governos pudessem ser vasculhados de forma tão definitiva.

Um dos raros países que já fizeram isso foi a Suécia, que se distinguiu de todos os outros países desenvolvidos por não mandar a população se trancar em casa e manter abertas as escolas para jovens e crianças. Foi uma decisão “fundamentalmente correta”, concluiu a Comissão do Coronavírus. 

Outra conclusão: vários outros países que implantaram o lockdown tiveram resultados significativamente piores” do que os da Suécia. As autoridades médicas, únicas responsáveis pelas medidas oficiais, pecaram por demorar muito para alertar a população e houve aglomerações que deveriam ter sido restringidas, criticou a Comissão.

Em resumo, muitas das orientações e das consequências do combate à Covid-19 só estão sendo estudadas agora, enquanto autoridades médicas e governamentais tiveram que reagir no calor dos acontecimentos, em meio a um estado mundial de pânico e prognósticos cataclísmicos. Quanto mais a ciência verdadeira — e jornalistas inquisitivos — perscrutarem de onde se originou a pandemia, como se propagou, o que funcionou e o que não funcionou no seu combate, mais teremos a ganhar.

Reconhecer fatos não é “premiar” os negacionistas — uma palavra odiosa, por evocar uma horrível comparação com os degenerados que rejeitam as conclusões sobre o genocídio dos judeus pelos nazistas. É jogar a favor de toda a humanidade.

Escrevendo na Spectator com sua inteligência brilhante e seu pendor para a polêmica, Rod Liddle anotou sobre a situação na Inglaterra: “Eu não tinha — e não tenho — grandes objeções ao primeiro lockdown ou mesmo às primeiras recomendações para usarmos máscaras ou esfregarmos as mãos com álcool a cada poucos segundos. Não sabíamos o que estávamos enfrentando”.

Liddle obviamente é um conservador e escreve que “muito do que fomos proibidos de dizer, sob pena de sermos banidos das redes sociais ou demitidos de nossos empregos, revelou ter considerável substância”.

Só mesmo um intelecto superior para usar a expressão “considerável substância” no lugar de “estão vendo só, nós tínhamos razão”.

 Leia  também: Teoria sobre origem da Covid em laboratório chinês é considerada “mais provável” por agência dos EUA - Gazeta do Povo

Quem preferir, pode ignorar essa parte e se ater aos fatos que estão contando uma história à qual não deveríamos fechar nossos ouvidos.

Coluna Mundialista - Vilma Gryzinski - VEJA


quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Bill Gates vê arroto das vacas como maléfico para o meio ambiente e propõe solução

Bilionário investiu R$ 60 milhões em startup sustentável 

O bilionário Bill Gates decidiu investir US$ 12 milhões (pouco mais de R$ 60 milhões, na cotação atual) na Rumin8, startup australiana que visa reduzir o metano presente no arroto das vacas — o animal é supostamente uma das maiores fontes de emissão desse gás, que contribui para o efeito estufa.[o 'pum' das vacas também será objeto da atenção do bilionário.]

 Agricultor coloca fralda em suas vacas, após nova lei que ...

A solução apresentada pela companhia é um suplemento alimentar à base de bromofórmio, substância presente em algas vermelhas capaz de reduzir o metano emitido pelo gado durante o processo de fermentação entérica.

Há uma parceria entre a startup e a Universidade Estadual de São Paulo para realizar testes no gado brasileiro.

Como funciona o suplemento patrocinado por Bill Gates
Trata-se de uma versão sintética de algas vermelhas que pode impedir a criação de metano no sistema digestivo de uma vaca. Ele funciona inibindo uma enzima específica envolvida na produção de metano à medida que uma vaca digere os alimentos. O suplemento em desenvolvimento pela Rumin8 promete reduzir as emissões de metano em 95%.

Em pesquisas anteriores usando algas reais, a empresa conseguiu resultados promissores. Os animais, contudo, rejeitaram o sabor salgado, levando alguns cientistas a direcionar sua atenção para suplementos mais palatáveis.

A Danone anunciou que planeja colocar máscaras e fraldas ...

A ideia é que o produto final não custe mais do que 10% do valor de um animal ao longo da vida.

Leia também: “O presente da agropecuária e o futuro governo”, artigo de Evaristo de Miranda publicado na Edição 146 da Revista Oeste

 Redação - Revista Oeste

terça-feira, 2 de agosto de 2022

Querem espalhar pânico novamente… - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo

Medo e ambição são talvez as duas paixões mais fortes que movem o ser humano. E os autoritários de plantão já perceberam isso faz tempo. Incutir medo no povo é um mecanismo eficiente para controlá-lo. Espalha-se pânico e depois vende falsa segurança, bastando o cidadão delegar todo o poder a essa casta de "especialistas".

Foi exatamente assim na pandemia da Covid. Ninguém nega a gravidade do troço, claro, mas a reação foi bastante histérica e desproporcional. E pior: muitos passaram a acreditar que bastava seguir cada "recomendação" ou imposição dos "especialistas" para ficar seguro.

Foi assim que vimos gente com duas máscaras em local aberto, ou brigando com familiares como se fossem potenciais assassinos ao não seguir cada passo sugerido pelas autoridades, ou então entregando o braço para quantas doses fossem disponibilizadas de uma vacina em experiência.

Os lockdowns, as máscaras e mesmo as vacinas não impediram inúmeras mortes, mas isso em nada abalou a fé cega dos crentes na "ciência" de tecnocratas picaretas como Dr. Fauci ou governadores charlatães e bastante ambiciosos.  Havia um claro grupo de risco: os idosos. Mas falar isso era "feio" ou "insensível"
Os obesos claramente corriam mais riscos, mas mencionar o óbvio era "gordofobia". 
A ciência verdadeira não liga para nossos sentimentos, mas a ideologia "progressista" moderna, que tenta monopolizar a fala em nome da ciência, é puro sentimentalismo.

E eis que agora a mídia e os mesmos suspeitos de sempre já tentam criar mais um clima de pânico, dessa vez com a varíola dos macacos. Não importa que a própria OMS, desacreditada perante os observadores céticos, mas alçada ao patamar de voz da ciência pelos crentes que acusam os demais de negacionistas, tenha recomendado a redução do sexo entre homens, já que 98% dos casos seriam fruto de relacionamento homossexual.

Não se pode "estigmatizar" a comunidade gay, alegam, então não se pode mais seguir a ciência. Afinal, os fatos estão aí e não vão desaparecer por conta de nossa sensibilidade social. Ao que tudo indica, o grosso dos casos está concentrado nesse perfil de comportamento. Esconder isso do público ajuda de que forma?

Reparem que não se trata de relacionamento gay em si
. O par homossexual monogâmico não parece correr mais perigo do que qualquer casal. O problema é a quantidade de relacionamento sexual entre homens, ou seja, a promiscuidade. Mas simplesmente mencionar isso já atrai a fúria dos inquisidores modernos.

Uma reportagem da Folha hoje já tenta espalhar o medo e alegar que o governo federal, claro, não tem feito o suficiente para impedir o contágio. Num país com mais de 200 milhões de habitantes, estamos falando em pouco mais de mil casos. Ainda assim, o jornal consultou os "especialistas" certos para criticar o governo e também para deixar seus leitores em pânico.

Por que não se pode, porém, falar do óbvio, do comportamento de risco nesse caso? 
Os mesmos que nem pestanejaram na pandemia do Covid para impedir crianças de estudar, gente humilde de trabalhar ou famílias de estarem com seus parentes idosos doentes, agora na varíola do macaco morrem de medo de recomendar menos promiscuidade homossexual para não criar “estigma” ao grupo. 
E assim contribuem para a proliferação da doença...

Foi exatamente o mesmo caso com a AIDS, e pasmem!, era o mesmo Dr. Fauci no comando. O "cientista" se recusava a admitir que certo grupo corria bem mais risco, deixando todos com medo para não "criar estigma". Como isso ajudou a comunidade gay permanece um mistério. Mas o medo espalhado deu certamente mais controle aos tecnocratas do estado, ao próprio Dr. Fauci.

Pessoas apavoradas são presas fáceis dos oportunistas de plantão. A fobia muitas vezes é irracional. Mas se você pretende monopolizar a fala em nome da ciência, o mínimo que deve fazer é esmiuçar com cuidado as estatísticas, os dados. Afinal, não custa repetir: os fatos não ligam para seus sentimentos...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES    


quarta-feira, 16 de março de 2022

Por que não acabar com essa história de máscaras logo de uma vez? O Estado de S.Paulo

J.R Guzzo

Na tentativa de desobrigar o uso e máscaras em sala de aula, as escolas particulares de São Paulo vão levar uma canseira dos fiscais de covid do governo paulista

As escolas particulares de São Paulo pediram às autoridades competentes que autorizem os alunos a não usarem mais máscaras nas aulas. Coitadas das escolas particulares de São Paulo: vão levar uma canseira dos fiscais de Covid do governo paulista.

Não poderiam ter feito pedido mais razoável, num momento em que o mundo inteiro está abandonando as máscaras – adereço inútil para uma necessidade inexistente. Por isso mesmo vão penar até conseguirem ser atendidas.  

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É hora de tirar a máscara das crianças nas escolas? Discussão divide pais e especialistas

É hora de tirar a máscara das crianças nas escolas? Discussão divide pais e especialistas

 

A autoridade pública faz questão de ir andando o mais devagar possível no desmanche das medidas de repressão que ela própria montou; quanto mais lento o processo, pensam nossos homens de governo, maior a impressão de que a estupidez que armaram não foi tão estúpida assim, e só pode ser desfeita com grande cuidado. Ao mesmo tempo, ao dar ou negar licenças para isso ou aquilo, mostram que continuam mandando.  

É um despropósito. Um dia, queira ou não queira o comitê central montado pelo governo para “gerir” a covid, o uso obrigatório da máscara vai ser eliminado; no próprio Estado de São Paulo já não é preciso usar máscara ao ar livre, e no resto do Brasil e do mundo o desmonte está muito mais adiantado. Então: se a obrigação de usar máscara vai ser abolida daqui a “X” dias, por que não acabar com essa história logo de uma vez? O vírus que está “pegando” hoje não vai “pegar” amanhã? A “descontinuação por etapas” das medidas de “controle social” leva sobretudo ao ridículo. 

É cômico, por exemplo, o cidadão chegar sem máscara ao restaurante, bar ou café, colocar a máscara para andar cinco passos até a mesa e ali tirar de novo. Nem se fale, então, da operação de marketing que tem sido a marcha de retirada – com gestos dramáticos como a revelação progressiva do próprio rosto pelo governador, ou a patética placa de acrílico nas suas entrevistas ao ar livre no jardim do Palácio dos Bandeirantes, em imitação as entrevistas da Casa Branca.

O grupo nomeado para administrar a covid, após dois anos de pseudo- ciência, tabelas coloridas e abusos contra as liberdades, vai tendo um fim melancólico.

 J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S.Paulo


quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Bolsonaro ataca Doria: "Ele aumentou o ICMS de tudo, menos do Hipoglós"

Chefe do Executivo ainda citou as várias multas recebidas por ele no estado por não respeitar o uso de máscaras e chamou o tucano de "calcinha apertada"

O presidente Jair Bolsonaro (PL) atacou, nesta quarta-feira (19/1), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pré-candidato à Presidência nas eleições deste ano. Em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, o chefe do Executivo citou as várias multas recebidas no estado paulista por não respeitar o uso de máscaras e chamou o tucano de "calcinha apertada". "Recebi uma multa sem máscara num cemitério de Guaratinguetá. Nove multas do ‘calcinha apertada’", apontou.

Bolsonaro também acusou o tucano de aumentar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e disse, em tom irônico, que o único item deixado fora da lista por Doria teria sido o creme contra assaduras Hipoglós.

"Ele aumentou o ICMS de tudo, menos do Hipoglós", afirmou, arrancando risadas dos apoiadores e da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), que estava ao lado do presidente. "Ele está ganhando para síndico agora, né", disse a deputada, completando que o governador paulista "está advogando em causa própria". Bolsonaro rebateu: "Fica quieta". E seguiu rindo da situação.

No último dia 10, o presidente alfinetou Doria dizendo que o tucano está "no mundo da lua", "sonhando" e "perde até para o Cabo Daciolo" na corrida presidencial.

Correio Braziliense

 


 

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

A crueldade do lockdown - Revista Oeste

Números muitos mais altos de pessoas que morrem em casa também têm sido registrados — e esse número também não tem relação com a covid-19. De acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas Britânico, as mortes em casa têm ficado consistentemente acima da média pré-pandemia todos os meses entre janeiro de 2020 e junho de 2021. 
São pessoas que falecem de doenças cardíacas, demência ou câncer, talvez sozinhas e em sofrimento. Parece provável que uma parcela significativa dessas mortes poderia ter sido evitada.

E ainda há as mortes que estão por vir. A instituição Macmillan Cancer Support estima que os diagnósticos de câncer diminuíram em quase 50 mil desde o primeiro lockdown. Esses pacientes “perdidos” de câncer ainda precisam ser examinados. Se e quando eles se apresentarem para aos serviços de saúde, existe um medo cada vez maior de que o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) não consiga dar conta do aumento na demanda.

Há também muitas mortes por desespero em vias de acontecer. O lockdown tem sido culpado por aumento no alcoolismo, no consumo abusivo de drogas e no tabagismo.

53 minutos entre a vida e a morte
Mas, em vez de tentar identificar todos esses pacientes extras que precisam de tratamento, os médicos foram orientados a suspender exames de rotina para pessoas acima de 75 anos para concentrar esforços nas doses de reforço da vacina da covid-19. 
Muitas dessas doses irão para pessoas na casa dos 40 anos, saudáveis, que já tomaram duas doses.
 
O NHS pode realmente ter dificuldade com toda essa demanda não ligada à covid-19. Neste momento, quase 6 milhões de pessoas na Inglaterra estão na lista de espera para procedimentos de rotina, o número mais alto já registrado. 
O tempo de espera por ambulâncias também está batendo recorde. Pacientes de ataque cardíaco esperam em média 53 minutos até que o atendimento chegue — minutos vitais que podem significar a diferença entre a vida e a morte.

E as coisas não estão melhorando. Os hospitais cancelaram mais de 13 mil cirurgias só nos últimos dois meses. As consequências devastadoras de dizer para as pessoas “ficarem em casa” para “proteger o NHS”, e então transformar o Serviço Nacional de Saúde em um Serviço Nacional de Covid, devem nos acompanhar por anos no futuro.

Os danos do lockdown vão além da saúde. Supostamente, existem entre 90 mil e 135 mil “crianças fantasmas” que podem não ter voltado para a escola neste ano. Algumas sem dúvida estão sendo bem cuidadas e escolarizadas em casa. Mas muitas outras simplesmente desistiram de estudar. O triste fato é que ninguém parece saber. Descobrir o porquê não tem sido uma prioridade.

Sem diversão ou ritos de passagem
Até mesmo crianças que estão na escola sofreram uma enorme adversidade, não apenas pelos repetidos lockdowns, mas também por causa de uma política de reagrupar os estudantes em bolhas e mandar turmas inteiras para casa quando apenas uma ou duas crianças têm resultado positivo no exame para a covid-19.

Nas partes do Reino Unido mais afetadas pela pandemia, períodos sucessivos de quarentena levaram a déficits ainda maiores no aprendizado. As crianças no norte da Inglaterra, por exemplo, passaram mais tempo fora da escola do que em qualquer outra parte do país, reforçando as desigualdades existentes e intensificando ainda mais a cisão entre norte e sul.

No entanto, a interrupção na educação permanece. Continua havendo incerteza em relação ao formato dos exames do próximo verão — e dúvidas envolvendo a avaliação, formal ou não. Bailes escolares, festas de turmas, reuniões, espetáculos de fim de ano, reuniões de pais e mestres e atividades de boas-vindas para novos alunos deixaram de ocorrer como antes era o normal. A maior parte das crianças está fisicamente presente na escola, mas a experiência foi privada da diversão e dos ritos de passagem. Para alunos do ensino médio britânico, as máscaras foram reintroduzidas em todas as áreas comuns. A continuidade da incerteza sem dúvida contribuiu para o aumento no número de crianças enfrentando questões de saúde mental.

Política imoral
Para as crianças mais vulneráveis, o lockdown tem sido desastroso. O número de menores enviados para a assistência social por questões relacionadas à sua segurança teve uma queda considerável durante o primeiro ano das restrições ligadas à covid-19. Foi doloroso descobrir que os familiares de Arthur Labinjo-Hughes, que foi assassinado, foram ameaçados de prisão caso não respeitassem o lockdown para averiguar suas preocupações com seu bem-estar. Também foi relatado que a violência doméstica aumentou nos últimos 12 meses.

Os impactos prejudiciais do lockdown não eram apenas evitáveis, como também totalmente previsíveis

Nada disso era inevitável: nem o alto número de mortalidade não relacionada à covid-19, nem as muitas vidas arruinadas por doenças não tratadas. A educação de nenhuma criança precisava ser prejudicada. Essas consequências lamentáveis não se devem a um vírus: elas são o resultado avassalador da decisão de confinar a sociedade. São a decorrência não da covid-19, mas das restrições impostas por causa da covid-19 por ministros do governo e defendidas por membros da oposição, jornalistas e cientistas.

Os impactos prejudiciais do lockdown não eram apenas evitáveis, como também totalmente previsíveis. E era igualmente óbvio, desde o primeiro dia em que as restrições da covid-19 foram anunciadas, que as pessoas com empregos seguros e bem remunerados e casas confortáveis teriam uma situação muito mais fácil do que todas as demais. Aqueles que sabiam disso, mas, mesmo assim, continuaram exigindo o lockdown, precisam baixar a cabeça e se envergonhar.

O lockdown foi uma política profundamente imoral. No entanto, em vez de aprender as lições, novas restrições estão sendo implementadas. 
É apenas uma máscara, dizem eles. É só trabalhar de casa. É só ver seu filho brincar on-line, e não pessoalmente. É só adiar o checkup.
 Mas não há nada minimamente banal nas restrições da covid-19 — elas arruinaram muitas vidas.
 

Joanna Williams é colunista da Spiked e diretora da Cieo

Revista Oeste


sábado, 16 de outubro de 2021

Eles não querem que a pandemia acabe - Carta ao Leitor

Paula Leal e Silvio Navarro

Medo, politicagem, interesses econômicos, admissão de equívocos. Por que uma parte da sociedade não quer que a crise acabe?

Nesta semana, o Brasil atingiu a marca de 100 milhões de pessoas com o ciclo de vacinação completo. No Estado de São Paulo, 80% da população já recebeu ao menos uma dose. Em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, 70%. Algumas cidades decretaram o fim da exigência do uso de máscaras.

Nas grandes capitais, já há preparativos para as festas de Réveillon e Carnaval. Aos poucos, o torcedor está voltando aos estádios de futebol. Com a taxa de transmissão do coronavírus no menor patamar desde abril de 2020, as tímidas manchetes escondidas na imprensa tradicional mostram que a pandemia pode estar perto do fim. Mas não para todos.

Provavelmente, o leitor deve ter deparado recentemente com dezenas de situações bizarras. 
O praticante de atividade física mascarado ao ar livre, em alguns casos até dentro de piscinas. 
Pais obrigando crianças a usar as proteções faciais na marra. 
O motorista solitário paramentado dentro do carro. 
O vizinho que se recusa a usar o elevador em companhia. 
E, claro, a clássica foto que inunda as redes sociais há dois anos: máscara no rosto (às vezes duas) e a camiseta com os dizeres “Vacina sim, ele não”, acompanhada de uma legenda sobre a importância de aceitar o “novo normal”, doa a quem doer. 
Mas o leitor normal pode se perguntar: quem definiu esse consenso?

De todos os itens da cartilha de bom comportamento dos pandelovers, o mais controverso atualmente é o uso infinito de máscaras. O governador João Doria (PSDB), amparado por seu ex-centro de contingência, rebatizado de “comitê científico”, disse algumas vezes que pretende manter o uso de máscaras obrigatório até 31 de dezembro. Mas já foi demonstrado diversas vezes durante a pandemia que a “ciência” que orienta as políticas de gabinete pode mudar de acordo com os interesses dos governantes.

A máscara como gesto político
Passados dois anos, a medida nem sequer é uma unanimidade entre médicos. “Em lugar fechado, transporte público, elevador eu ainda seguraria”, diz o clínico-geral e doutor em imunologia Roberto Zeballos. “Em locais abertos, não vejo a menor necessidade de máscara.” Para ele, o Brasil caminha para alcançar a imunidade coletiva ou de rebanho, porque o “país já enfrentou dois grandes surtos e todos que passaram por essa epidemia e a venceram já estão imunes.”

As máscaras devem se limitar a ambientes de alto risco de contágio”, afirma o neurocirurgião Paulo Porto de Melo. “Não tem cabimento manter o uso da forma como está, e, aliás, não foi o prometido. O anunciado era que, quando todos estivessem vacinados, seriam eliminadas as máscaras. Ou seja, foi estelionato.”

Cobrir o rosto tornou-se um gesto político em meio à crise sanitária. No Brasil, uma resposta possível é que, ao ostentá-la publicamente, se trata de uma resposta à conduta do presidente Jair Bolsonaro. Não à toa, ele é recordista em multas aplicadas por prefeitos e governadores de oposição nos passeios de moto. A última delas ocorreu em Peruíbe, no litoral paulista, onde foi cercado por apoiadores enquanto comia pastel.

Bolsonaro se recusa a usar máscara há dois anos. Mas, ainda que a figura do presidente seja deixada de lado por um instante, a inquietação não para por aí. O Brasil tem hoje seus patrulheiros anônimos da covid. São dezenas de caras de reprovação e nojo. Um verdadeiro tribunal do “cancelamento”.  É como se o mundo tivesse se dividido em dois tipos de cidadãos: de um lado, os nobres, que se preocupam com a saúde pública e querem salvar a humanidade. Do outro, os “negacionistas” irremediáveis. O mesmo se aplica ao questionamento sobre a potência das vacinas e a autonomia médica para receitar tratamentos. Entramos na era da “ineficácia cientificamente comprovada” e da tirania do passaporte sanitário. Ao final, trata-se muito mais de um debate sobre liberdades individuais do que sobre ciência.

O jogo da imprensa
Uma das grandes responsáveis pela interdição do debate e pela imposição da “verdade absoluta” é a velha imprensa e seus especialistas. Chegaram ao ponto de apresentadores de televisão se mostrarem escandalizados porque homens em fuga do Talibã despencaram da fuselagem de um avião sem máscara. Ou durante entrevistas realizadas pelo computador ou com o devido distanciamento em que apresentador e entrevistado cobrem nariz e boca — é o uso “pedagógico” da máscara. Ou a nova modalidade dos comentaristas esportivos, que reclamavam dos rostos sem proteção na final do torneio de tênis de Wimbledon e da Eurocopa. Fora os campeonatos de futebol no Brasil, onde, além dessas queixas, é exibido um placar de mortos pela covid na tela. Independentemente se a partida é no Rio ou no interior de Goiás.

As manchetes da covid também descobriram alguns fenômenos. No mês passado, o instituto Datafolha, do jornal Folha de S.Paulo, encontrou 91% de brasileiros favoráveis à manutenção da obrigatoriedade das máscaras nas ruas. Seguramente, não eram as multidões que caminham aos domingos pela Avenida Paulista, nem as que frequentam a orla de Copacabana.

Outro levantamento, da Confederação Nacional de Municípios, consultou gestores de cerca de 2 mil municípios e revelou que quase 64% pretendem manter o uso obrigatório de máscara mesmo que a população esteja totalmente imunizada. Ou seja, a intenção da maioria das autoridades públicas é manter a vida no “modo pandêmico” por mais um bom tempo. Quem sabe, para sempre.

A turma do pijama
Além da crise sanitária que se espalhou pelo mundo, um surto de pânico paralisou parte da população que ficou isolada e agora pena para voltar à vida normal. Como ressaltou o colunista de Oeste Dagomir Marquezi, “quem não escapou da covid quase morreu de medo”.

Mesmo com o avanço da vacinação e os números da pandemia em queda livre, a volta à rotina gera medo, ansiedade e falta de ar em quem não se sente preparado para o retorno. No exterior, ganhou até um nome pomposo — Forto (“fear of returning to the office”, ou “medo de voltar ao escritório”). Se há uma parcela da população com problemas reais de saúde mental, há outro tanto que simplesmente se acomodou com a vida caseira e desenvolveu uma forma de preguiça social. São os fanáticos pelo lockdown.

A principal estratégia dos gestores da covid baseou-se em provar que o confinamento da população iria deter o coronavírus

“No contexto da pandemia, as pessoas que se isolaram desde o início ainda têm se mantido seguras num comportamento de retroalimentação” — explica o doutor em psicologia pela PUC-Campinas Luiz Ricardo Gonzaga. “Ou seja, quanto mais elas se isolam, mais o comportamento delas se mantém.” Para uma minoria que pode fazer o isolamento caviar, regado a comida por delivery, compras on-line e home office, a vida durante a pandemia não foi um fardo. Mas tudo cobra seu preço, mesmo entre os mais privilegiados.

A especialista em inteligência emocional Gisele Finardi orientou um grupo de empreendedoras para dar apoio durante a pandemia. “Muitas mulheres ficavam de pijama o dia todo e se queixavam de desânimo, apatia e baixa produtividade”, conta a psicóloga. “Ao ficar em casa, é como se as pessoas parassem de ter regras de horário, de compromisso. Os dias da semana passaram a ser domingo e a produtividade consequentemente baixou. Quando estou de pijama, o que meu cérebro recebe de informação? Descanso. Ele não quer trabalhar.”

Sair desse looping vicioso em que alguns se meteram vai ser desafiador, mas fundamental para voltar à ativa. A principal estratégia dos gestores da covid baseou-se em provar que o confinamento da população iria deter o coronavírus. Não funcionou. Um estudo recente conduzido por pesquisadores da Alemanha mostrou que é possível manter a epidemia sob controle com estratégia, e não pela imposição de lockdowns sem respaldo científico.

Medidas como a realização de testes diagnósticos regulares, o rastreamento de contatos e políticas para isolar os infectados já se mostraram eficazes para conter o vírus em países asiáticos, como a China e a Coreia do Sul. O Brasil poderia ter aprendido com a experiência de outras nações. Mas aceitar essa linha da ciência seria admitir o erro de centenas de políticos que trancafiaram as pessoas em casa e estrangularam a economia como se essa fosse a única salvação para a crise.

A covid-19 continua ativa, é perigosa, e as medidas para evitar a contaminação devem ser levadas a sério. Mas quase dois anos depois, as justificativas da turma do #fiqueemcasa estão rareando. Se a tendência de queda nos números da covid se mantiver nos próximos meses, vai ficar cada vez mais difícil arrumar uma desculpa para não voltar ao convívio social.

Ao digitar a frase “quando a pandemia vai acabar”, o Google oferece quase 57 milhões de ocorrências. É sinal de que há interessados no tema. A pandemia criou labirintos, é fato. Mas, enquanto muita gente está em busca de saída, há aqueles que não pretendem procurá-la tão cedo.

Carta ao Leitor - Revista Oeste


sábado, 7 de agosto de 2021

Ciência, ciência e silêncio - Oeste

Ana Paula Henkel

O que vai acontecer quando uma multidão começar a resistir a essas ordens draconianas e inconstitucionais?

Aqui nos Estados Unidos, país que já vacinou mais de 165 milhões de pessoas, deveríamos estar voltando à vida normal. Afinal, eles prometeram: achatar a curva, máscaras, um pouco mais de lockdown, só mais um pouco, use duas máscaras, estamos quase lá para a vida normal, tranca tudo de novo, agora vacinas, pronto. Vida que segue. Não. Agora eles estão exigindo que você — mesmo totalmente vacinado — use máscara novamente, mesmo quando estiver em ambientes externos. Mas eles nos prometeram que as vacinas trariam a vida normal… Mas eles não te contaram tudo. Eles nunca nos contam tudo.

O que está acontecendo? À medida que a pandemia caminha para seu segundo aniversário — já que investigações mostram que, em outubro de 2019, a China já sabia que algo estava errado com a população de Wuhan —, mais e mais perguntas surgem. Em uma sociedade totalmente imersa na politização de absolutamente tudo, responda sem pensar: em qual instituição você confia para liderar a pandemia? OK, permita-me refazer a pergunta. Em qual instituição você confia para liderar INFORMAÇÕES sobre pandemia? OMS, Anvisa, o CDC norte-americano? Quem está no leme desse barco para explicar o raciocínio por trás da “ciência” que manda você se trancar em casa, usar máscaras, se trancar de novo, tirar as crianças da escola por um ano, agora se vacinar porque “assim a vida pode voltar ao normal”?

Como? Temos de usar máscaras de novo mesmo vacinados? Mas o que aconteceu com as vacinas superseguras e eficazes contra o vírus chinês? As picadas milagrosas e maravilhosas das Big Farmas que eram absolutamente perfeitas e que você não tinha permissão para questionar — mas que não funcionam da maneira que disseram que funcionavam? A ciência é mais complicada do que pensávamos. Ou do que eles pensavam.

Vários desses “crimes” agora estão se transformando em conclusões oficiais de governos

A verdade, que vai traçando o seu caminho como “fogo morro acima e água morro abaixo “, como dizemos lá em Minas, é que ainda há muita coisa que não sabemos. Todas essas vacinas são experimentais e estão se comportando como tais. O resultado é que um grande número de pessoas vacinadas está contraindo o vírus e algumas delas estão ficando muito doentes, até mesmo morrendo. Temos visto isso no Brasil, no Chile e nos Estados Unidos. Mas também é verdade em Gibraltar, Islândia e Israel, territórios pequenos com altas taxas de vacinação que estão vendo grandes picos nos casos de covid. De acordo com o CDC, três quartos dos infectados em um surto recente em Massachusetts já haviam sido vacinados. O próprio CDC anunciou recentemente que pessoas imunizadas podem carregar o vírus e  facilmente espalhá-lo para outras pessoas, mas por que não nos permitem perguntar o que está acontecendo?

Vamos descobrindo que praticamente tudo o que nos contaram sobre as vacinas contra a covid não estava tão correto. Parece que o crime inafiançável de questionar sempre foi o caminho certo, mesmo com os jacobinos virtuais querendo degolar reputações nas redes sociais e plataformas de informação, inclusive de médicos. Muito do que dissemos desde 2020 sobre o vírus, vacinas e medicações “proibidas” que não enriquecem os lordes das Big Farmas era censurado imediatamente por ser considerado “desinformação”? Agora, contudo, vários desses “crimes” estão se transformando em conclusões oficiais de governos.

Apesar da tirania da turba virtual, degoladores das opiniões alheias, a ciência é assim, ela muda rapidamente. Nada está realmente resolvido num piscar de olhos, apesar do que nos dizem ou querem que acreditemos. Se os governantes tivessem admitido questionamentos desde o início, estaríamos em um patamar bem mais alto. Cidadãos sem agendas político-ideológicas podem lidar com a verdade, por mais dura que ela seja. O que não suportamos mais é que nossos governantes — não líderes, porque líderes não agem dessa maneira — continuem mentindo implacavelmente.

E isso é exatamente o que está acontecendo. Há algumas semanas, o próprio Antony Fauci foi questionado por um repórter se a vacina funcionaria contra a nova variante Delta da covid. Qual seria a resposta honesta? “Não temos certeza” ou “Esperamos que sim” ou “Estamos investigando”. Mas não foi isso o que aconteceu. Fauci é um mentiroso, assim como tantos que perderam as máscaras na pandemia, e fingiu saber o que não sabia. “Sim, ela funciona”, respondeu.

Se olharmos com atenção, todos eles fizeram isso. Gritaram durante um ano inteiro e condenaram aqueles que ousaram fazer perguntas fora do script. Neste momento, mesmo depois de tanto tempo e tantas evidências de que erraram, ninguém pediu desculpas. 
Em vez disso, novamente eles nos culpam pelos seus desastres e tentam nos punir com mais restrições, mais escolas fechadas, mais lockdowns e passaportes sanitários draconianos. A culpa é sua e minha e de mais ninguém, entendeu? Shh. Zip. Boca fechada. 
Aqui na América, todos os dias ouvimos “O CDC é um órgão respeitado” ou “Segundo a respeitada OMS…”, como se a repetição de qualquer ladainha tornasse algo verdadeiro.

Por quanto tempo vamos tolerar tudo isso?

Depois de intermináveis lockdowns em 2020 na Grã-Bretanha, as autoridades observaram um grande aumento nos casos da chamada “variante Delta” no último mês. 
Mas o governo britânico não reinstituiu as restrições e não forçou uma nova ordem obrigatória para o uso de máscaras. O que aconteceu? 
Os casos e mortes por covid no Reino Unido despencaram.
 
Portanto, a questão é: 
- por que o Brasil ou os Estados Unidos ainda precisam de ineficientes lockdowns, como governadores e a Casa Branca democrata querem repetir fórmulas que se mostraram ineficientes? 
Por que forçar o uso de máscaras em crianças? 
No entanto, o governo de Joe Biden, além de exigir máscaras para crianças, agora exige até para aqueles que já foram vacinados.  
O doutor Vivek Murthy, conselheiro da Casa Branca, chegou a exigir que as pessoas vacinadas usassem máscaras em ambientes externos: “Digamos que você seja um pai como eu, que tem filhos pequenos em casa que não foram vacinados; se você interagir muito com pessoas que não foram vacinadas, é preciso um cuidado extra e usar a máscara até ao ar livre, mesmo se você estiver totalmente vacinado”.

O que acontece com esses profissionais que desconsideram os números oficiais e as várias pesquisas já realizadas em inúmeros países? Crianças e jovens não correm o risco de morrer de covid, a menos que tenham quadros de comorbidades graves ou uma doença preexistente profundamente perigosa. Caso contrário, eles ficarão bem. Isso é que dizem os números. E os governos do Rio de Janeiro e de São Paulo ainda querem cometer a atrocidade de aplicar uma vacina emergencial e experimental em um grupo que tem a mortalidade por covid na casa do 0,002%.

Por quanto tempo vamos tolerar tudo isso? O que vai acontecer quando uma multidão começar a resistir a essas ordens draconianas e inconstitucionais? E o mais perturbador é ver jornalistas e veículos de comunicação estimulando o governo a suspender os direitos civis para atender à demanda das mentiras que propagam.

É assustador pensar nos próximos anos, tentar acelerar a fita da história, e perceber o que de fato ocorreu nessa pandemia. Mortes que poderiam ter sido evitadas com um tratamento barato, rápido e eficiente; 
os bilhões de dólares conquistados por meio do medo e da coerção; 
um programa de vacinação irresponsável e perigoso para crianças e adolescentes; o poder acima de tudo. Como sempre nos lembra o psiquiatra Jordan Peterson, um dos melhores pensadores da atualidade, “se você acha que homens durões são perigosos, espere até ver do que são capazes os homens fracos”.

Leia também “O bizarro culto à covid”

Ana Paula Henkel, colunista - Revista Oeste  

 

quinta-feira, 29 de julho de 2021

Dinamite em cima da democracia - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

Valor ‘fundão eleitoral’ foi aumentado em quase três vezes pelo Congresso – ou perto de R$ 6 bilhões. É duro acreditar num roubo deste tamanho, mas esse roubo acaba de ser feito [que pode com alguns penduricalhos - que não precisam ser criados, já existem - chegar próximo aos R$ 10 bilhões. Enquanto isso, o ministro Barroso alega que a implantação do voto impresso fica muito cara = exagerando no cálculo  pode chegar aos R$ 2 bilhões.]

A democracia brasileira, por conta do que estão fazendo com ela no mundo das coisas reais, em que os fatos vão na direção exatamente contrária ao mundo de fantasias pregado dia e noite pelos discursos, manifestos e orações das classes esclarecidas, não está valendo quase mais nada hoje em dia. O “quase” está aí unicamente porque, bem ou mal, o sujeito ainda não pode ser trancado na cadeia pelo guarda da esquina, o fiscal da prefeitura não tem o direito de expropriar o imóvel onde ele mora e outras graças deste tipo; no resto, e principalmente na política, foi tudo para o diabo.

Sempre que se diz algo parecido, sempre mesmo, a primeira reação é: “Exagero... Vivemos problemas normais dos regimes democráticos... A democracia tem o seu preço...” e etc. etc. etc. Sempre que se escuta essa conversa toda tenha certeza de estão batendo a sua carteira. Almas boas podem até acreditar que a democracia é mesmo sujeita a dificuldades aqui e ali, que só podem ser combatidas com “mais democracia” e outros feitos virtuosos. Mas os vigaristas, que sempre estão em maioria absoluta nessas coisas, sabem muito bem que não é exagero nenhum. Na verdade, dão graças a Deus pela delicadeza com que são tratadas hoje em dia as safadezas praticadas por eles para encher seus próprios bolsos com a utilização sistemática do sistema democrático.

Que exagero pode haver, quando se trata de destruição da democracia, ou da destruição de democracias rigorosamente um quarto-de-boca como a nossa, em chamar de calamidade um Fundão Eleitoral como esse que inventaram aí? Da última eleição geral de 2018 presidente, governadores senadores e deputados – para esta agora de 2022, o dinheiro extorquido dos pagadores de impostos para financiar as campanhas eleitorais foi aumentado em quase três vezes, ou perto de 6 bilhões de reais. É duro acreditar num roubo deste tamanho; mas aí é que está, esse roubo acaba de ser feito. Se isso não é jogar uma banana de dinamite em cima da democracia, o que é, então? [no Brasil, que dizem viver sob o 'estado democrático de direito' = democracia à 'brasileira' - se usa a pobre democracia  para justificar os maiores absurdos, seja um assalto nos moldes do 'fundão eleitoral' ou usar medidas antidemocráticas a pretexto de preservar a democracia.
Se tornou aceitável,  até louvável, na ótica de algumas autoridades, que se viole a Constituição Federal para preservá-la - especialmente se a medida violadora se aplique a apoiadores do presidente da República.

Além do crime, há as agravantes e os detalhes sórdidos; para ficar em apenas um deles, a Câmara dos Deputados, que figura como um dos Doze Apóstolos das sagradas “instituições” nacionais, impediu, com trapaças de regimento, que os deputados pudessem votar individualmente pelo “sim” ou pelo “não”. Não deu para saber, assim, que votou em quê; foi como fornecer máscaras para os bandidos esconderem os seus rostos durante o assalto.

O Supremo Tribunal Federal, os meios de comunicação e o consórcio OAB-MST-CNBB-LGBTQIA+ conduz neste momento uma guerra termonuclear contra “atos antidemocráticos” e outros crimes de lesa-pátria. Não lhe corre, nunca, que as agressões mais viciosas contra o Estado de direito e as liberdades estão sendo feitas, com a bênção de todos, em safadezas cheias de desculpas virtuosas como esta do Fundão Eleitoral de 6 bi. Uma das maneiras mais eficazes para se destruir uma democracia é tirar dela o apoio da população uma população que se tornou hostil ou, pior ainda, indiferente. É o que acontece hoje no Brasil, com a corrupção deslavada, o perdão aos ladrões de porte máximo, a impunidade permanente oferecida pelo STF e demais tribunais superiores, a vadiagem dos políticos e tudo o mais

O respeito do povão por Congresso, Supremo, “instituições”, etc. está em zero – com viés de baixa.

J.R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo


sábado, 17 de julho de 2021

PIRATARIA LEGISLATIVA - Percival Puggina

É inacreditável que um parlamento promova rapinagem de recursos públicos no montante de quase seis bilhões de reais sem que se possa identificar nominalmente a múltipla autoria.  
É como se o ato que garfou o orçamento da União tivesse sido praticado por um plenário em que todos usassem luvas e máscaras, para não serem reconhecidos e suas impressões digitais não ficassem registradas em painéis de votação. Na prática, manobras regimentais.

Há muito tempo, a moral entrou em recesso no Congresso Nacional. Na Câmara, a conduta de muitos deputados, de diferentes bancadas, leva aquela Casa do Povo a agir como um varejão dos negócios da política; no Senado, opera o atacado dos grandes affaires comerciais.

Varejo e atacado compõem o meu sentir sobre as duas Casas do parlamento brasileiro.

A decisão que quase triplicou, para 2022, o valor distribuído às campanhas de 2018 é consequência natural, sabe-se, da moral dominante naqueles plenários. E quanto pior o candidato, mais dinheiro ele precisa. Muito escrevi contra a artimanha do financiamento público nos anos que precederam a decisão de 2015 com que o STF declarou inconstitucional o financiamento privado. Era uma antiga tese petista, apresentada quatro anos antes pela OAB, com pressão de toda a poderosa máquina esquerdista nacional, incluídas a CNBB, CUT, UNE, MST, Contag e muitas outras organizações
Quando aprovada finalmente por sete votos contra três, com apoio unânime da bancada petista no Supremo, eu escrevi esta obviedade em artigo tratando do assunto: “Vão usar o dinheiro dos impostos que você paga para financiar as campanhas eleitorais de partidos e candidatos nos quais você jamais votaria!”.
A rapinagem praticada ontem teve agravantes de culpa, como se observou em 2018.  
Sente-se para ler isto, leitor: deputados federais e senadores são os caciques dos partidos e cabe a eles a distribuição desse butim que o STF franqueou à pirataria legislativa. 
Adivinhe, agora, quem são os principais beneficiados dela. Pois é, acertou. Mateus e os seus. Não é a regra da competência, nem a partilha fraterna que tanto encanta a postulante CNBB, apoiadora de primeira hora dessa insensatez. É a regra do compadrio, da obediência, da utilidade e da proteção ao partido, seus líderes e seus corruptos.

Dinheiro nosso para obter resultados eleitorais que não desejamos, para reeleger parlamentares que durante quatro anos votaram em favor do interesse próprio e contra o interesse público. Preserve os bons, como o deputado Marcel e mais uns poucos que se empenharam por votação nominal. Mas está aí um horrendo exemplo do que acontece quando a astúcia de uns se encontra com a ingenuidade de muitos e a sandice de tantos.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Ministro da Defesa e chefe do Exército conversam sobre ida de Pazuello à manifestação - Lauro Jardim

O ministro da Defesa, Braga Netto, e o comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, já tiveram ao menos um conversa telefônica hoje para tratar da crise aberta [sic] com a presença de Eduardo Pazuello na manifestação comandada por Jair Bolsonaro hoje no Rio de Janeiro.

Pazuello, general da ativa, e portanto proibido pelo regulamento disciplinar do Exército de se manifestar politicamente, chegou a falar aos bolsonaristas do alto de um carro de som, em frente ao Monumento aos Pracinhas e ao lado de Bolsonaro — ambos, naturalmente, sem máscaras.

[antes que as hienas contrárias ao presidente Bolsonaro  e, por consequência, ao Brasil, tenham orgasmos com a possibilidade de punição do general Eduardo Pazuello - que pode ocorrer  - lembramos da existência de justificativas e atenuantes que, se aplicáveis, poderão descaracterizar a transgressão.
Certamente algumas estão querendo que o general seja punido pelo não uso de máscaras - acalmem-se não usar a máscara (uso que consideramos conveniente à contenção da pandemia) não constitui transgressão punível pelo RDE.]

Está previsto para amanhã uma manifestação do Ministério da Defesa sobre a presença de Pazuello na manifestação de hoje. [O Regulamento Disciplinar do Exército, Decreto nº 4.346, de 26 de agosto de 2002 disciplina a matéria, com definição do dispositivo contrariando com o ato praticado pelo militar, existe um processo de estudo da aplicação, ou não de punição, com  levantamento das causas que justifiquem a falta ou circunstâncias agravantes ou atenuantes.]

Lauro Jardim, colunista  - O Globo 

 

segunda-feira, 17 de maio de 2021

Pandemia e lição de casa - Fernando Gabeira

In Blog

Incompetência

Já estamos um pouco cansados de falar da pandemia. Quem caiu, quem não caiu, amigo entubado, amigo extubado, CoronaVac, AstraZeneca, vozes abafadas pelas máscaras, CPIs, mentiras e gravações. Mas a Humanidade tem de enfrentar seus erros e fazer a lição de casa, pois, nas condições de crise ambiental, [crise ambiental??? no Brasil que "ocupa 6,3% das terras continentais do planeta e suas áreas protegidas representam 12,3% das existentes???
A extensão dessas áreas protegidas equivale a 54% do território europeu ou à soma das áreas de 15 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslovênia, Eslováquia, Espanha, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda, Portugal e Reino Unido.???
No Brasil em que a maioria das áreas protegidas reúne terras com potencial madeireiro, agropecuário e mineral??? 
Enquanto em outros países, falsos paladinos na defesa do meio ambiente de outros países (o deles, eles já destruíram, Ex.: A Noruega destruiu o seu e agora vem causar desastres no MEIO AMBIENTE do Brasil - também mata baleias, explora petróleo no Ártico .)  as áreas protegidas estão localizadas em terras marginais: desertos desabitados (China, Austrália, Argélia, EUA), regiões polares e subárticas (Alasca, Sibéria) e montanhas inaptas à ocupação humana (Andes, Rochosas). Confira aqui ou aqui.] 

Um passo importante foi a comissão especial criada pela OMS, que divulgou seu relatório. [até hoje a OMS não conseguiu mostrar aos que analisam seu desempenho com imparcialidade:  qual sua real utilidade?  o que fez de útil no combate à pandemia? não valem as declarações do ex-guerrilheiro que a preside - quase sempre recorrentes e a reboque dos fatos (a propósito: cuidados com a  saúde e guerrilha, combinam?) de que a pandemia vai piorar e que só as vacinas resolvem). Nele, o grupo liderado pela ex-primeira-ministra da Nova Zelândia Helen Clark aponta os erros da própria OMS, que perdeu um mês antes de decretar a emergência.

Governos locaiscom seu negacionismo, isso conhecemos bem também foram responsáveis por políticas destruidoras.[conhecemos e bem, mas mesmo assim fazemos questão de destacar que a definição governos locais, por óbvio, não inclui  Governo Federal.]

Em outras palavras, a tragédia que o mundo vive hoje poderia ter sido evitada. Comissões internacionais como essa são importantes para despertar uma nova consciência. No final da década dos 60, o Clube de Roma publicou um relatório de personalidades políticas alertando para a produção e o consumo insustentáveis. Isso foi um marco.

No meu entender, existe uma lição implícita na pandemia, já absorvida no século XIX por Humboldt. Ao escalar a montanha do vulcão Chimborazo, ele compreendeu algo que já estava amadurecendo em seu pensamento: os elementos da natureza são interligados, ela é uma rede viva e, portanto, vulnerável.  Lição semelhante pode ser transplantada para a política internacional num caso de pandemia. Estamos todos no mesmo barco. Ninguém estará a salvo enquanto todos não estiverem a salvo.

Daí meu apoio à quebra das patentes, mesmo sabendo que o efeito imediato da medida não é tão promissor quanto a distribuição de vacinas por países que têm mais do que necessitam para vacinar sua população.[detalhe: as vacinas são importantes, quase essenciais - com certeza o ilustre Gabeira é um dos que foi beneficiados por vacinas para diversas doenças (com orgulho e gratidão integro o grupo dos felizardos beneficiários;)
só que cabe um alerta: não se sabe qual o prazo de cobertura da proteção vacinal - meio no 'chute,' é possível apenas estimar que a  proteção vai do dia das primeiras imunizações (dezembro 2020)  até...; 
vacinas desenvolvidas em meses, são realmente seguras?
como a CPI Covidão - pensei em chamá-la do 'fim do mundo',mas já temos o supremo inquérito do fim do mundo... - insiste em tentar responsabilizar Bolsonaro por supostos atrasos, se até a OMS atrasou? ou pretendiam que Bolsonaro começasse a comprar vacinas - ainda inexistentes naquela ocasião - antes mesmo da OMS decretar emergência? - conforme bem demonstra o relatório da Helen Clark; 
se as primeiras notícias da descoberta de vacinas surgiram em meados de 2020, como alguns membros daquela operosa Comissão responsabilizar o presidente do Brasil por atrasos na compra. O Reino Unido, primeira nação a vacinar, começou em dezembro 2020.
Em tempo: antes que o relator da Covidão decrete minha prisão - talvez, por negacionismo - declaro, sob juramento, que tomei as duas doses da coronavac no prazo estabelecido pela ciência e não senti, graças a DEUS, nenhum desconforto de qualquer natureza.
A 'opção' pela chinesa foi compulsória - na ocasião era a única disponível.] 

Essa noção de interdependência deve ser levada também para o plano interno, em que, sem solidariedade, dificilmente atravessaremos a crise. O governo brasileiro fez tudo errado. Negou a pandemia, resistiu à vacina e contribuiu para que tivéssemos um número absurdo de mortes. Como se não bastasse isso, o desmatamento na Amazônia atinge números recordes, o Congresso acaba com as leis que definem o licenciamento ambiental. O processo de destruição da natureza será mais acentuado no Brasil, sem falar no aumento da pobreza, por remarmos contra a corrente mundial que defende a sustentabilidade. O governo e o Congresso não respeitam o alerta sobre uma exploração sustentável da natureza. E muito menos os conselhos para preservar vidas durante uma pandemia. [com o devido respeito ao articulista, sugiro: ele e demais leitores,nos honrem com a leitura dos primeiros quatro parágrafos e, obviamente, confiram tudo neles afirmado.]

Simultaneamente, portanto, criam as bases de uma nova pandemia e estabelecem a política negacionista de um sacrifício humano ainda maior.A única esperança, se isso merece o nome de esperança, é que não conseguirão destruir tudo nem matar todos os brasileiros até 2022.

É simples: ou deixam o poder, ou acabam com o Brasil.[fiquem tranquilos: com a reeleição do capitão, o fim da pandemia e a recuperação da economia, os inimigos do Brasil vão nos privilegiar se ausentando do Brasil por alguns anos ou em privilégio.]

Blog do Gabeira - Fernando Gabeira, jornalista 

Artigo publicado no jornal O Globo em 17/05/2021