Manifestação contra aumento de tarifas em SP tem confronto e mascarados detidos
Manifestantes tentaram atear fogo em lixo e chegaram a quebrar vidro de agência bancária na Rua da Consolação. PM reagiu com tropa do braço e bombas de efeito moral
A primeira manifestação do ano contra o reajuste das tarifas de ônibus,
Metrô e trens em São Paulo teve confronto entre mascarados e PMs e
tumulto generalizado na região da Rua da Consolação, centro de São
Paulo, no início da noite desta sexta-feira. A confusão teve início
quando um grupo de manifestantes mascarados se adiantou, , na Rua da
Consolação, à caminhada organizada pelo Movimento Passe Livre (MPL),
ultrapassou o cordão de isolamento formado por policiais militares e
tentou atear fogo em sacos de lixo.
Na rua da Consolação, policiais e manifestantes se enfrentaram durante protesto contra aumento das passagens - Fernando Donasci / O Globo
Eles ainda depredaram os vidros de
uma agência bancária do Santander, de uma outra do Banco do Brasil e
picharam um ponto de ônibus. Na Avenida Angélica, os mascarados atearam
fogo em sacos de lixo. Ainda na Consolação, alguns manifestantes
atiraram pedras em carros da PM, que reagiu com a “tropa do braço” e
bombas de efeito moral. Houve tumulto, correria e 32 mascarados foram
detidos até as 20 horas. Os detidos foram encaminhados para o 78
Distrito Policial.
Em meio à confusão, alguns manifestantes entraram em bares
da região. Os comerciantes, com medo de depredação, baixaram as portas.
As estações de Metrô Consolação e Trianon-Masp foram fechadas. Por conta
do tumulto, a PM encerrou o protesto impedindo que a manifestação
chegasse à Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, onde terminaria.
Na Rua Augusta, durante o confronto, houve uma tentativa de retomar a caminhada, que teve início na Praça Ramos de Azevedo, em frente ao Teatro Municipal, mas a PM impediu que os manifestantes seguissem até a Paulista utilizando bombas de efeito moral. Cerca de 2 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, participam da manifestação, várias deles mascarados. O Movimento Passe Livre (MPL) chegou a dizer que reuniu 10 mil no ato.
Cerca de 800 PMs, 110 deles da chamada tropa do braço, acompanharam o protesto. Pelas ruas, antes do confronto, os manifestantes chamaram a população para o protesto aos gritos de “Vem,vem,vem pra rua, vem, contra o aumento”. A Polícia Militar informou que planejou operação policial com 800 agentes "para garantir a livre manifestação de pensamento" sem que houvesse "ruptura da ordem pública, dano ao patrimônio ou outros danos”. Parte do grupamento utilizado na manifestação é também conhecido como "tropa de braço", por ser especializado em treinamento de defesa pessoal e artes marciais.
Os PMs foram orientados a impedir a entrada de pessoas na manifestação com máscaras de proteção contra gases e bombas de efeito moral. Também está proibida a entrada de pessoas portando vasilhames com vinagre. Durante a manhã, o Movimento Passe Livre (MPL) criticou um convite que teria recebido do comando da Polícia Militar, convocando uma “liderança” do grupo para uma "reunião de planejamento" do ato. Criticou também o efetivo destacado pela PM, além da decisão de revistar pessoas que se aproximarem da manifestação. "Nos perguntamos porque a polícia militar precisa de um efetivo tão grande e de ameaças lançadas de antemão para garantir o direito à livre manifestação", escreveu o MPL, em texto publicado nas redes sociais.
Ato contra aumento de tarifas em São Paulo teve a concentração em frente ao Teatro Municipal, no centro
- Fernando Donasci / Agência O Globo
Na Rua Augusta, durante o confronto, houve uma tentativa de retomar a caminhada, que teve início na Praça Ramos de Azevedo, em frente ao Teatro Municipal, mas a PM impediu que os manifestantes seguissem até a Paulista utilizando bombas de efeito moral. Cerca de 2 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, participam da manifestação, várias deles mascarados. O Movimento Passe Livre (MPL) chegou a dizer que reuniu 10 mil no ato.
Cerca de 800 PMs, 110 deles da chamada tropa do braço, acompanharam o protesto. Pelas ruas, antes do confronto, os manifestantes chamaram a população para o protesto aos gritos de “Vem,vem,vem pra rua, vem, contra o aumento”. A Polícia Militar informou que planejou operação policial com 800 agentes "para garantir a livre manifestação de pensamento" sem que houvesse "ruptura da ordem pública, dano ao patrimônio ou outros danos”. Parte do grupamento utilizado na manifestação é também conhecido como "tropa de braço", por ser especializado em treinamento de defesa pessoal e artes marciais.
Os PMs foram orientados a impedir a entrada de pessoas na manifestação com máscaras de proteção contra gases e bombas de efeito moral. Também está proibida a entrada de pessoas portando vasilhames com vinagre. Durante a manhã, o Movimento Passe Livre (MPL) criticou um convite que teria recebido do comando da Polícia Militar, convocando uma “liderança” do grupo para uma "reunião de planejamento" do ato. Criticou também o efetivo destacado pela PM, além da decisão de revistar pessoas que se aproximarem da manifestação. "Nos perguntamos porque a polícia militar precisa de um efetivo tão grande e de ameaças lançadas de antemão para garantir o direito à livre manifestação", escreveu o MPL, em texto publicado nas redes sociais.
Entidades de defesa dos direitos humanos como Conectas e
Artigo 19 assinaram com integrantes do Núcleo Especializado em Direitos
Humanos da Defensoria Pública carta endereçada à PM, criticando a
decisão de revistar pessoas antes do ato. “Cercar e revistar pessoas indiscriminadamente é um atentado
às liberdades e garantias da Constituição e dos tratados internacionais
firmados pelo Brasil. Se permitir que o anúncio se concretize, o
governo do Estado abrirá mais um grave capítulo na longa lista de
violações cometidas contra manifestantes”, escreveu Marcos Fuchs,
diretor adjunto da Conectas, em texto divulgado nesta sexta-feira.[a Constituição garante o direito de livre manifestação de forma ordeira e garantindo o também constitucional DIREITO DE IR E VIR - JAMAIS a Constituição garantirá a baderna e por isso a PM tem que agir com energia, usando da força necessária para restabelecer a ORDEM PÚBLICA, a LIVRE CIRCULAÇÃO e o PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRIVADO.]
A tarifa no transporte coletivo subiu de R$ 3 para R$ 3,50. Na tentativa de amenizar protestos, tanto o prefeito Fernando Haddad (PT) quanto o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciaram gratuidade para estudantes das redes públicas municipal e estadual de ensino, respectivamente.
A tarifa no transporte coletivo subiu de R$ 3 para R$ 3,50. Na tentativa de amenizar protestos, tanto o prefeito Fernando Haddad (PT) quanto o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciaram gratuidade para estudantes das redes públicas municipal e estadual de ensino, respectivamente.