Poder 360 - Emilly Behnke
O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (7.ago.2021) que não
serão “1 ou 2 ministros do Supremo Tribunal Federal que vão decidir o
destino de uma nação”. Deu a declaração ao discursar depois de participar
de “motociata” em Florianópolis (SC) com apoiadores.
Em seu discurso, o
presidente Jair Bolsonaro pediu para que “acreditem no governo” e afirmou que
“supera qualquer desafio” e não vai desistir. “Quem
decide eleições são vocês, não são meia dúzia dentro de uma sala secreta que
vai contar e decidir quem ganhou as eleições. Não vai ser 1 ou 2 ministros do
Supremo Tribunal Federal que vão decidir o destino de uma nação. Quem teve
voto, quem tem legitimidade, além do presidente, é o Congresso Nacional”,
declarou.
Nos
últimos dias, em defesa do voto impresso o presidente intensificou críticas a
dois ministros da Corte: Roberto Barroso, presidente do TSE (Tribunal Superior
Eleitoral), e Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news no
qual Bolsonaro foi incluído como investigado. Bolsonaro
pediu respeito à Constituição e disse “não continuem nos provocando, não
queiram nos ameaçar”. Apesar da fala, negou ter feito “uma advertência
ou um ultimato”. “Respeitem
a nossa Constituição, respeitem a vontade popular. Nós queremos e exigimos nada
mais além disso. Não continuem nos provocando, não queiram nos ameaçar, não
queiram impor a sua vontade porque quem está com Deus e com o povo tem realmente
o poder”, disse.
Bolsonaro
afirmou que “joga dentro das 4 linhas da Constituição” e que o “outro
lado” sai fora dos limites constitucionais. “Eu tenho limites. Alguns
outros, poucos, acham que são donos do mundo. Vão quebrar a cara porque nós
continuamos jogando dentro das presidente Jair Bolsonaro. O outro lado não
raramente sai de fora dessas 4 linhas para nos atingir”, disse.
O chefe
do Executivo também atacou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem se
referiu como “ladrão de 9 dedos“. “Não pensem que o ladrão de 9 dedos
e seus amigos é que vão contar os votos dentro de uma sala secreta”, disse,
em referência às eleições de 2022. Os
participantes do ato gritaram ao longo do discurso de Bolsonaro “fora
Barroso”, “eu autorizo” e “Lula ladrão”. Em endosso ao
presidente também gritaram “mito” e “o povo unido jamais será vencido”.
O
presidente chegou de carro ao local da concentração do ato. Foi recebido por
apoiadores que reuniram nas margens da pista. O presidente fez paradas ao longo
do percurso e depois, sem máscara, cumprimentou apoiadores. “Por
vocês a gente ganha a guerra”, disse o presidente, fazendo um sinal de
arma, em uma transmissão ao vivo de uma das paradas ao longo do passeio de
moto. Em outra parada, o presidente ouviu pedido de um apoiador para fechar o
STF. Mais
cedo, ao defender o “voto responsável e contabilizado“, Bolsonaro afirmou que “querem no
tapetão decidir as coisas no Brasil“. Ele agradeceu ainda ao “povo”
por reconhecer “o que está em risco na política“.
A
motociata foi o a 7ª do tipo que contou com a participação do presidente. Políticos e personalidades
aliados do governo participaram do ato.
Governo - Poder 360