Nesta quarta-feira, 20/04, segundo muitos juristas, contra o bom senso, a lógica e a Lei, os que descondenaram um ladrão condenado em TRÊS instâncias para que concorra à eleição, prenderam e retiraram os direitos políticos de um deputado por “crime de opinião” numa sessão inominável. A liberdade parece uma ficção neste país submetido à sanha togada, instrumentalizada pela esquerda sedenta de poder. O alvo principal do ajuntamento é o presidente Bolsonaro que, aliás, precisa chegar hígido às eleições e ganhar com tal diferença de votos que outro resultado seja inverossímil. Entendeu, não é?
Quando reflito sobre a liberdade, recorro quase sempre a um economista do século 19, inspirador de ícones como Ludwig Von Mises, Friedrich Hayek, Murray N. Rothbard e muitos outros. Refiro-me a Fréderic Bastiat que em “A Lei”, de 1850, afirma os direitos naturais como princípios de matiz filosófica. Diz ele: “Não é porque os homens aprovaram leis que a personalidade, a liberdade e a propriedade existem, pelo contrário, é porque a personalidade, a liberdade e a propriedade existem que os homens fazem leis… Cada um de nós certamente recebe da Natureza, de Deus, o direito de defender sua pessoa, sua liberdade, e sua propriedade.”. Não poderia ser mais claro.
Hipócritas da espécie lulopetista vão seguidamente aos meios de comunicação se dizer democratas enquanto ameaçam cada um desses direitos. A defesa do aborto confronta a vida, a pretensão de controle da mídia solapa a liberdade, o estímulo às invasões ameaça a propriedade privada. Infelizmente, incautos atraídos “pelo politicamente correto” cedem em fatias (como dizia Hayek) cada um desses direitos, fazendo com que avance a perspectiva de transformação do Brasil em um Estado Socialista que o mesmo Bastiat, já denunciava autoritário e opressor.
Sim, apesar de toda a roubalheira que patrocinaram, da desmoralização pública de seus líderes e do atraso a que nos relegaram, eles têm aliados poderosos. Aqui mesmo, neste recanto do Brasil, vi outro dia um desses representantes de “movimentos populares” de invasão de propriedade alheia ser tratado a pão de ló em uma entrevista. Enquanto o sujeito de mãos sedosas derramava seu falatório tão clichê quanto falso em ataque ao direito de propriedade, o entrevistador demonstrava um encantamento digno de uma criança em frente ao picadeiro.
Não restam dúvidas de que depois de quatro anos fora das tetas governamentais, esses grupos farão qualquer coisa para readquirir visibilidade e enganar a população com seu velho canto da sereia igualitário, por mais fracassado que tenha sido em todas as experiências realizadas, incluindo as atuais.
Para concluir, volto a Bastiat, que xandão certamente leu, mas esqueceu: “...quando um homem é atingido pelo efeito do que se vê e ainda não aprendeu a discernir os efeitos que não se vêem, ele se entrega a hábitos maus, não somente por inclinação, mas por uma atitude deliberada”. Prestem atenção, o jogo não acabou.
Conservadores e Liberais - Valterlucio Bessa Campelo