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terça-feira, 30 de abril de 2019

A guerra das fintechs

Experiência mostra que apostar contra a inovação não costuma dar certo

Enquanto um bom punhado de gente acompanha o mundo virtual de "Game of Thrones", há uma outra guerra real e dramática acontecendo em torno da ascensão das fintechs, as startups do setor financeiro.  Essa guerra pode ser resumida por uma única palavra: "unbundling" (desagregação).

Hoje, o modelo dos bancos é agregar o maior número de serviços em uma mesma estrutura monolítica: conta-corrente, investimentos, seguros, crédito, pagamentos, gestão patrimonial e até mesmo loterias, como nos chamados "títulos de capitalização". Esse modelo, obviamente, dá muito certo. Especialmente porque é um prato cheio para a possibilidade de colocar em prática subsídios cruzados. É fácil escolher um produto altamente popular e zerar o seu preço, desde que ele sirva de ponte para outros produtos altamente rentáveis. Não por acaso as margens de lucro do setor são muito elevadas.

No entanto, há bárbaros cercando o castelo. Lucros exorbitantes são um forte chamariz para a competição (ou ao menos deveriam ser). Como disse o presidente-executivo da Amazon, Jeff Bezos: "A sua margem é a minha oportunidade".   E, obviamente, Bezos já notou as ineficiências do sistema bancário. Para cada um dos serviços que os bancos agregam hoje, a Amazon está lançando um competidor equivalente: Amazon Pay (pagamentos), Amazon Lending (empréstimos), Amazon Cash (conta-corrente), Amazon Protect (seguros), Amazon Prime (cartão de crédito) e assim por diante.

No entanto, a competição está acontecendo mesmo no território das fintechs, as startups que estão desagregando cada um dos serviços que os bancos prestam de forma unificada, criando modelos mais eficientes e de maior qualidade para o consumidor.  No Brasil, já existe uma pletora dessas novas empresas, cada uma atacando uma modalidade de serviço específico. E, é claro, isso começou a incomodar e gerar reações. A experiência com outras indústrias nos últimos anos demonstra, no entanto, que apostar contra a inovação não costuma dar certo. Em 2006, entre as 5 maiores empresas globais em valor de mercado, havia um banco. Em 2019, todas as cinco maiores empresas do planeta são de tecnologia.

As mudanças ocorrem rapidamente. O que hoje é monolítico em cinco anos pode não ser mais,
como gosta de dizer o consultor Anand Sanwal, citando Hemingway: "Como você faliu? De dois jeitos. Gradualmente, depois subitamente".  Chegou o momento em que as fintechs começarão a ter curvas de adoção parecidas com a das empresas de tecnologia. No entanto, esse caminho não vai ser fácil. O papel da regulação do setor e da proteção à competição vai ser determinante.

Quando a indústria da música foi "desagregada" pela internet, tentou ao máximo valer-se da regulação para conter os novos entrantes. Queriam continuar vendendo CDs com 12 músicas para consumidores que queriam comprar só uma. O resultado é que hoje as gerações mais novas nem sabem o que é um CD.  Com os serviços bancários, a banda já começou a tocar dessa forma. Resta saber se a música será um tango argentino ou um abre-alas para a inovação, capaz de construir um futuro sintonizado com os desejos da ponta que mais importa, o consumidor.

READER
Já era Inteligência artificial vencendo humanos só em jogos de tabuleiro (xadrez, go etc.)

Já é IA vencendo humanos em games complexos, como "Starcraft 2"

Já vem
IA vencendo humanos em Magic: The Gathering

Ronaldo LemosAdvogado, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Bradesco tem lucro 23% maior no 1º trimestre, mas inadimplência cresce

Banco aumenta em 25% reserva para perdas com calotes
O Bradesco informou nesta quarta-feira que obteve lucro líquido de R$ 4,22 bilhões no primeiro trimestre do ano. O resultado representou um aumento de 23,3% sobre os ganhos do mesmo período de 2014, que somaram R$ 3,44 bilhões.
A rentabilidade, medida pelo retorno sobre o patrimônio líquido, do banco também subiu, passado de 20,5% no primeiro trimestre do ano passado para 22,3%. Mas a inadimplência (operações com atraso superior a 90 dias) também foi maior: 3,6%, altas de 0,1 e 0,2 pontos percentual sobre dezembro e sobre março de 2014.  Nessa linha, a despesa do banco com provisão para perdas com calotes deu um salto de 25,1% na comparação anual, para R$ 3,58 bilhões.  Reflexo da postura mais cautelosa na concessão de financiamentos, a carteira de crédito do Bradesco teve expansão de 7,2% nos 12 meses encerrados em março último, atingindo saldo de R$ 463,305 bilhões. "As operações com pessoas físicas totalizaram R$ 142,051 bilhões (crescimento de 7,1% em relação a março de 2014), enquanto as operações com pessoas jurídicas atingiram R$ 321,254 bilhões (crescimento de 7,2% em relação a março de 2014)", informou o banco em comunicado.
O destaque foram as grandes empresas, com alta de 10,4%. As operações para pessoas físicas e para empresas médias e pequenas, que rendem margens maiores, evoluíram apenas 7,1% e 1,9%, respectivamente.
SEGMENTO DE SEGUROS TEVE GANHO 23% MAIOR
De acordo com o balanço do banco, R$ 2,9 bilhões do lucro no trimestre foram provenientes das atividades financeiras, ou 70% do total. Os R$ 1,28 bilhões restantes foram gerados pelas atividades de seguros, previdência e capitalização.  No segmento de seguros, o lucro cresceu 23,4% ano ano a ano, a R$ 1,28 bilhão. Mas a sinistralidade, que mostra as despesas com pagamentos a segurados, aumentou 1,6 ponto percentual.
O Bradesco encerrou o primeiro quarto do ano com ativos totais de R$ 1,035 trilhão, crescimento de 12,2% em relação ao saldo de março de 2014. Em 31 de março de 2015, o valor de mercado do Bradesco era de R$ 150,532 bilhões (3), apresentando evolução de 10,7% em relação a 31 de março de 2014.  "Aos acionistas foram pagos e provisionados, a título de Juros sobre o Capital Próprio, R$ 1,494 bilhão relativo ao 1º trimestre de 2015, sendo R$ 248,666 milhões a título de mensais pagos e R$ 1,245 bilhão provisionado", informou ainda o banco.
As despesas administrativas subiram apenas 4,7% em um ano, a R$ 7,08 bilhões.
Fonte: O Globo