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segunda-feira, 6 de novembro de 2023

“Filme queimado” e vídeo proibido - Percival Puggina

A história de vida do candidato Lula foi apagada. 
Seus ditos e feitos não eram mais mencionáveis. 
Perguntas inconvenientes foram proibidas
De um lado, instalou-se a censura; de outro, privacidades foram devassadas. 
As instituições introduzidas ao panteão das sacralidades. 
Comunicadores souberam-se silenciados. 
Vidas entraram em stand-by na perenidade dos processos do fim do mundo.
 
Tem mais. As imagens do general G. Dias convivendo com os invasores e depredadores do dia 8 de janeiro só vieram a público porque “vazaram”. 
As imagens do Ministério da Justiça foram apagadas. 
O governo vandalizou a CMPI.

***

Agora, é o vídeo do aeroporto de Roma que está com divulgação proibida. As poucas imagens levadas ao conhecimento da sociedade são estáticos “frames” de uma “cena de crime” cuja compreensão exige os movimentos colhidos pelas câmeras. 
Convenhamos, em quadrinhos cortados de um filme, carinho afetuoso na bochecha e “bolacha” no rosto ficam muito parecidos.
 
O relatório da Polícia Federal sobre a ocorrência não é conclusivo
Diz que Roberto Mantovani parece ter batido as costas da mão direita no rosto de Alexandre Barci
A Associação dos Peritos Criminais Federais põe em dúvida o documento encaminhado à Procuradoria Geral de Justiça, feito por um policial federal sem competência para procedimentos periciais. Hein?

 O relatório da polícia italiana é ainda menos incisivo quanto ao cometimento de algum crime: diz que a mão do empresário encostou levemente nos óculos do rapaz.

***

É exigir demais da sociedade pretender que não aponte um problema de imagem em meio a tantos problemas com imagens. Ele é consequência das excepcionalidades que se acumulam ao arrepio da publicidade desejável em questões de elevado interesse público. Embora o que realmente importa não seja como a gente se vê, nem como os outros veem a gente, mas como a gente realmente é, as imagens das autoridades se refletem na imagem do Estado. Transcendem, portanto, às pessoas dos detentores de poder.

Outro dia escrevi que nenhuma agência de publicidade convidaria o ministro Alexandre de Moraes para participar de uma campanha contra o discurso de ódio. 
Embora ele tanto fale sobre o assunto, o modo como fala contrasta com a mensagem. É uma questão de imagem. 
O ministro pode ser sereno como água de poço, mas a imagem pública não é essa.

Por outro lado, se a agressão ocorreu na forma da denúncia, que fique clara minha convicção: isso não se faz. Não foi o que aprendi e não é o que ensino. Quem quer mudança tem tarefas mais úteis: faça política para valer, organize núcleos conservadores e/ou liberais, ocupe espaços na vida social, interaja com os congressistas, com os partidos de sua cidade, com as lideranças locais e estaduais. 

Vá aos órgãos de comunicação de sua comunidade. Escreva, fale, participe de modo qualificado e útil. Não consinta nem silencie. Não seja omisso como um Pacheco da vida. Use as redes sociais, seja um bom cidadão, identifique e estude os males de nosso modelo institucional. Principalmente, saia do sofá! O Brasil seria outro se houvesse maior e mais útil participação de seus cidadãos; já seria outro há mais tempo, também, se nas grandes manifestações dos anos anteriores, para cada eleitor que a elas compareceu outros 96 não tivessem ficado em casa.

CLIQUE AQUI, para saber mais

 

Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

 

 

 

terça-feira, 24 de março de 2020

O preconceito contra os idosos “VITAMINADO” PELO COVID-19 - Sérgio Alves de Oliveira


Por terem sido considerados “grupo de risco” pelas autoridades da área da saúde pública, que estão administrando a crise sem precedentes  ocasionada pelo novo coronavirus (Covid-19), originário da China, todos aqueles que não esconderam   os seus fios de cabelo branco, dados pela natureza, em virtude da idade mais avançada,  estão sendo alvo de rechaço ,menosprezo, e chingamentos, toda vez que “ousam” colocar os pés fora das suas moradias.


Nesse sentido os idosos estão sendo tratados igual aos leprosos, tuberculosos, e doentes de malária, dentre outras doenças contagiosas, da Idade Média, que   eram confinados longe da “civilização”, e tratados pior que bicho. Esse tipo de preconceito jamais foi alvo do interesse das autoridades públicas, da grande mídia, e da própria Justiça, ”apesar” do “Estatuto do Idoso”(Lei Nº 10.741/2003), que sempre dedicaram todas as suas atenções e providências legais contra os preconceitos de cor, de raça, de religião, ou contra qualquer categoria da comunidade LGTB, todos “abençoados pela grande mídia, e alvos de profundas discussões políticas e jurídicas “protetoras”, nas Casas Legislativas, e nos tribunais. [o mais curioso é que grande parte dos que combatem os preconceitos de  cor, de raça, de religião, ou contra qualquer categoria da comunidade LGTB, - seja no STF, tribunais superiores, tribunais regionais, Congresso Nacional (no STF chegam a legislar, via interpretação criativa, para suprir supostas omissões do Legislativo) integram o grupo dos IDOSOS, alguns deles às portas de trocar a classificação preferencial por prioritário.
Certamente, não são tratados com preconceitos quando saem as ruas para vacinas, consultas médicas, etc - são escoltados,  além de que os serviços que buscam são cobertas por planos de saúde milionários e se necessário parte do local no qual vão estar ou passar será interditado.]

Incentivados pelas autoridades públicas e pela mídia, os cachorros “sarnentos” de rua estão sendo mais respeitados que os idosos, que “ousam” disputar algum espaço público com os que ainda não tiveram a “desventura” de ter algum fio de cabelo branco. Mas na verdade esse preconceito contra os idosos tem fundas raízes, especialmente nas Américas, mas sempre foi (hipocritamente) mantido oculto, em estado “stand-by”. Dito preconceito, contra os idosos, apesar de “disfarçado”, indiscutivelmente se tornou “cultural”.

Mas o Covid-19 conseguiu soltar as correntes que amarravam o preconceito dos mais jovens contra os idosos. As pessoas de mais idade devem ter muito cuidado ao atravessar alguma rua, pois correrão o risco de serem atropelados com muito mais “facilidade”, que os “outros”.
O lamentável papel das autoridades públicas e da mídia, nesse episódio, foi o de despertar  ainda mais a “idiotia” acampada na cabeça de muita gente. Será que os “chingadores” dos mais velhos que andam pelas  ruas  estariam tomando essa atitude de chingá-los, por imaginarem que eles, dos tais “grupos-de-risco”, como são enquadrados, estariam sofrendo maior  risco de serem contaminados pelo mais jovens, por ambos andarem nas ruas, ou só ameaçando as outras pessoas “mais jovens”, dentre elas os “chingadores”, de serem contaminadas pelas pessoas mais velhas? 

Ora,com certeza, mal concebem esses  chingadores idiotas, que as pessoas enquadradas como “de risco”, os idosos, apresentam  maior risco  NÃO DE CONTAMINAR OS OUTROS, porém de SEREM CONTAMINADOS. Por que então esses “chingamentos”,se o risco de contaminar os outros é idêntico entre novos e velhos, e que a única diferença reside na probabilidade  de “ser contaminado”, e não de “contaminar”, onde os mais velhos “vencem”? Que direito “exclusivo” teriam então os mais jovens de preencher os espaços públicos, em detrimento dos mais velhos? 
Como pode a mídia alimentar essa  idiotia a tal ponto ?

Mas como a “libertação” desse preconceito contra os idosos deu-se bem recentemente, atendendo “convocação” das autoridades públicas, e da sua  mídia “parceira”, também “cega” e igualmente “idiota”, ambos fortalecendo  a idiotia “social”, a única maneira de prová-la será a  convocação das pessoas idosas  que sentiram  essa repulsiva  discriminação  nas ruas e na própria carne, para darem o seu testemunho.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo