A explicação para adiar a escolha do nome seria a importância do cargo em questão. ''Todo mundo tá no páreo. Temos 80 no páreo'', disse o presidente
O presidente Jair Bolsonaro continua se aconselhando sobre a escolha do sucessor de Raquel Dodge à Procuradoria-Geral da República (PGR). Nesta sexta-feira (9/8), recebeu no Palácio da Alvorada, em um café da manhã, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Embora não tenha sido enfático, admitiu se aconselhar com o ministro. Mas negou que, diferentemente do que disse anteriormente, defina a indicação até segunda-feira (12/8). Disse que pode concluir até a próxima sexta (16/8). A explicação para adiar a escolha do nome seria a importância do cargo em questão. “Talvez passemos para sexta-feira que vem. É uma escolha muito importante. É igual casar na vida. Já escolheu alguém para casar?”, questionou Bolsonaro. Na quinta-feira (8/8), ele afirmou que tinha uma lista com cinco nomes. A informação foi confirmada pelo Correio junto à deputada federal Bia Kicis (PSL-DF).
No
entanto, nesta sexta, Bolsonaro se esquivou a respeito quando
perguntado se o número de candidatos aumentou. Sugeriu que teriam
dezenas de possibilidades. “Todo mundo tá no páreo. Temos 80 no páreo”,
disse. A informação foi endossada por Moro, que estava ao lado do
presidente. “Ah, tem bastante gente”, declarou. O presidente não admite,
mas aliados acreditam que o esticamento para a apresentação do indicado
tem correlação com os ataques sofridos pelo subprocurador Augusto Aras,
até então o mais cotado.
Ataques contra Aras
O subprocurador tem
sido alvo de apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais e de alguns
aliados do presidente no Congresso. Esse grupo julga que Aras, por
declarações em um passado recente, tem alinhamento com pautas da
esquerda. No entanto, Bolsonaro tem afirmado a pessoas próximas, como a
própria Kicis, que “olha pra frente, não pra trás”, sugerindo estar
propenso a avaliar o posicionamento atual. [Aras será, devido a amplitude do cargo, mais prejudicial do que seria aquela ativista que Moro teve que desconvidar - os eleitores do presidente Bolsonaro certamente não votaram, para empoderar a esquerda.
Quanto a atual procuradora-geral ao escolher por manter Lula em prisão especial, perdeu a confiabilidade.
O povo precisa saber que Lula está dividindo cela com outros bandidos.
O futuro procurador-geral deve ser isento, imparcial, mas, 'terrivelmente' da direita.]
Quanto a atual procuradora-geral ao escolher por manter Lula em prisão especial, perdeu a confiabilidade.
O povo precisa saber que Lula está dividindo cela com outros bandidos.
O futuro procurador-geral deve ser isento, imparcial, mas, 'terrivelmente' da direita.]
Questionado
se estaria se aconselhando com Moro, Bolsonaro foi evasivo, mas assumiu
que conversa sobre o assunto com Moro. “Ele, em grande parte, me
aconselha em muita coisa. Eu sou o técnico do time de futebol, ele é o
jogador. Jogador conserva, dá sugestões. Assim como os demais ministros.
Sou uma pessoa que, para contrariar o que muitos falaram de mim, sou
extremamente democrático”, afirmou.
Correio Braziliense
Correio Braziliense