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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Um presidente nada pode

São mal-informados e, de certa forma, inocentes, os eleitores que acreditam nas promessas mirabolantes de seus candidatos. 


É incrível como estão seguros e cheios de si os brasileiros que votarão em Bolsonaro pensando que ele vai mesmo resolver tudo na bala. E também os que aceitam sem questionar que Haddad vai conseguir dar uma virada na economia apenas porque tem o apoio do mártir Luiz Inácio.

O fato é que um presidente sozinho nada pode. Ele precisa de apoio do Congresso, do Judiciário e dos diversos mecanismos de controle do Estado para poder encaminhar, debater e aprovar medidas que de fato resultem em mudanças estruturais na vida da nação. Precisa também do apoio dos brasileiros, da sociedade organizada para tocar suas pautas. Você pode dizer que todo presidente recém-eleito chega fortalecido pelas urnas. Pode ser, mas se o quadro até aqui pintado for este mesmo, o presidente eleito chegará ao Planalto com mais oposição do que apoio.

Mas, o pior é que, na verdade, esta é uma eleição sem propostas. A questão política é tão preponderante que propostas, projetos, ideias de inovação na gestão pública não fazem parte do cardápio da mais crucial sucessão presidencial desde a redemocratização. Além das menções ligeiras, sem profundidade, com nenhuma contestação, pouco ou quase nada se sabe sobre o que querem fazer do país os candidatos a presidente. Estamos num deserto sem qualquer vista para o futuro. O Brasil corre perigo.

Mesmo nos debates, entrevistas e sabatinas promovidos por TVs, jornais, revistas, rádios e sites o tema é predominantemente político. Queria ouvir dos eleitores de Bolsonaro o que eles podem dizer sobre as propostas do seu candidato para a geração de empregos, a dívida pública, o saneamento básico. Duvido que saibam. Tampouco saberiam dizer qual a fórmula dele para a segurança pública. Sim, apesar de ser o candidato mais identificado com a segurança, nada se sabe sobre o que fará para conter a criminalidade no país. [no aspecto SEGURANÇA PÚBLICA os projetos do deputado Jair Bolsonaro - futuro presidente do Brasil - são claros e perfeitamente exequíveis.]
 
Os eleitores sabem quase tão somente que Bolsonaro é duro, agressivo, misógino, homofóbico, racista e quer liberar o porte de armas de maneira indiscriminada. [não existe fatos provando que Bolsonaro seja misógino  e racista - a suposta misoginia não pode ser provada por aversão a uma determinada mulher, ou grupo de mulheres, aversão motivada não por se tratar de mulher ou mulheres e sim pelo comportamento da mulher ou do grupo.

Quanto ao suposto racismo uma frase pode ter diversas interpretações, pode ser retirado do contexto, transmitindo uma ideia errada, dando a impressão que o 'intérprete' desejar.

Quanto as demais características citadas, possuí-las, não é crime nem depõe contra seu possuidor.] 
 
E daí? Daí, nada. Bolsonaro é uma incógnita. Nem mesmo o seu lado mais civilizado, exercido pelo economista Paulo Guedes, pode ser levado muito a sério. Já foi chamado de exótico e mentiroso e não é respeitado pelos seus pares. Suas ideias ultraliberalizantes são tão simplistas quanto inadequadas.

O mesmo pode se dizer dos eleitores de Haddad. Desconhecem o que propõe o candidato. Como o capitão do PSL, o poste [laranja] de Lula tem que se ocupar muito mais com a sua defesa e a do seu partido, responsável pelo maior escândalo de corrupção do planeta. Claro que os temas estão todos elencados no programa de governo que ele mesmo ajudou a construir. Mas papel aceita tudo e não é contestado. Um dos principais desenhistas do programa, o economista Marcio Pochmann, ultra-estatista, já foi até desautorizado publicamente por Haddad.

Enquanto isso, o eleitor fica no ar. Os mais esclarecidos podem até saber mais ou menos como pensa cada corrente antagônica que os dois representam, mas se quiser detalhes terá que pesquisar, ir no site dos partidos e ler o que propõem. Mas aí, como já disse, o mundo é cor de rosa por absoluta falta de contra-argumentação. Bolsonaro não tem TV e não pode, portanto, trazer conteúdo para os 12 segundos de que dispõe. A TV de Haddad prefere dourar a própria pílula, atacar Temer, ignorar Dilma e louvar, louvar e louvar Lula.

O que se ouve aqui e ali dos candidatos são pitacos, para usar um termo apropriado. Mesmo a proposta de Ciro Gomes de limpar o seu nome no SPC merece detalhamento, que ele mesmo disse que uma hora vai apresentar. Geraldo Alckmin, dono do maior tempo de TV, pode se dar ao luxo de apresentar no horário algumas das suas ideias, mas a pressão com a derrota que se avizinha fez do programa dele um campo de guerra. Pode ser a solução, difícil, para ele, mas certamente não será a solução para os problemas do país.

Você pode estar certo se disser: “dane-se, conheço a ideia central do meu candidato e sei que ele vai corresponder”. Claro, o direito de votar é seu, mas convenhamos que ter informação ajuda muito mais do que atrapalha. Salvo o pouco que se extrai de algumas entrevistas colhidas pelas ruas da cidade, por insistência dos repórteres, pouco mais se sabe do caminho por onde os candidatos a presidente querem levar o Brasil.

QUEM FAZ A CABEÇA DE QUEM
Paulo Guedes, na mesma reunião em que propôs a volta da CPMF, disse que no Brasil morreram 400 pessoas durante a ditadura, e destas, segundo ele, 150 eram militares. Então, calculou, foram 250 civis nos dez anos da linha dura. “Morreram 25 por ano, não é muito”, concluiu. E você pensando que era ele que fazia a cabeça do Bolsonaro.


A DELAÇÃO É NOSSA
Fernando Haddad exagerou. Na entrevista para a CBN disse, literalmente, que “a lei da delação é nossa, fomos nós que a sancionamos”. Francamente, candidato. O PT execrou a lei. Dilma se arrependeu de tê-la sancionado e disse se tratar de lei de exceção, o deputado Wadih Damous (PT-RJ) apresentou projeto desfigurando a lei quando o senador Delcídio do Amaral (PT-MT) resolveu delatar.


O CRIVELLA MINEIRO
O governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), mandou servidores venderem ingressos, de R$ 250 cada, para uma festa em favor da sua candidatura à reeleição. Os gabinetes receberam pacotes de ingressos com a recomendação de que funcionário em cargo de confiança vendesse R$ 5 mil, ou 20 ingressos. Aos secretários foi recomendado que vendessem pelo menos R$ 20 mil cada um. No convite vinha impresso “sua doação é importante para continuar ao lado dos mineiros”. A festa foi quinta.


BRIGA BOBA
Bobagem essa briga entre direita e esquerda na polêmica sobre o Nacional Socialismo de Hitler. Todo mundo sabe Hitler e seu partido eram de ultradireita mesmo. Mas a esquerda pode ficar tranquila, ela tem Stalin, um sanguinário para chamar de seu. [Stalin e o comunismo mataram 'apenas' 100.000.000 de inocentes - mais de 20 vezes o número atribuído a Hitler.]

 

NOVATO EXPERIENTE
O candidato mais novo a uma vaga na Câmara, com 19 anos, faz sua campanha no Rio dizendo ter se preparado a vida toda para exercer um mandato federal.


Ascânio Seleme - O Globo

 

quarta-feira, 25 de abril de 2018

O PSDB está desunido e desorientado



Nas mãos de Geraldo Alckmin, o partido fundado por Mário Covas virou um PT Chique, e FHC fez que não notou

O PT teve dois presidentes denunciados por corrupção (José Dirceu e José Genoino), o PSDB também (Aécio Neves e Eduardo Azeredo). Quando estourou o escândalo do mensalão, o PT decidiu peitar a investigação e o processo, o PSDB também. Veio a Lava-Jato, e o PT resolveu continuar na tática da negativa da autoria e no enfrentamento político. O PSDB também.  Em 2007, quando estourou o escândalo do mensalão mineiro, Ruth Cardoso, mulher de FHC e sua consciência social, sustentou que o ex-governador Eduardo Azeredo deveria ser afastado da presidência do PSDB. Não foi ouvida. Esse precedente deu a Aécio Neves razões para permanecer na presidência do partido. Só quando sua situação tornou-se insustentável, deu uma carteirada em Tasso Jereissati e apoiou a escolha de Geraldo Alckmin para o lugar.

Se essa onipotência fosse pouca, o partido de Mário Covas e Franco Montoro foi dominado pela mentalidade provinciana de Alckmin. Primeiro, ele fritou a liderança do PSDB de São Paulo inventando o “gestor” João Doria. Se tudo desse certo, ele fritaria os tucanos pela segunda vez, elegendo para seu lugar o vice Márcio França, do PSB. Deu errado porque o “gestor” escapuliu da prefeitura paulistana e arrebatou a candidatura ao governo. Ganha uma viagem a Pindamonhangaba quem for capaz de citar cinco realizações de França em sua carreira política e outras cinco de Doria na prefeitura.  As denúncias contra Azeredo e Aécio ameaçam explodir o PSDB, mas as articulações de Alckmin estão implodindo-o. Sua candidatura à Presidência poderá significar o coroamento do extermínio.

Em 2004, quando o juiz Sergio Moro escreveu um artigo comparando a Lava-Jato à Operação Mãos Limpas italiana, lembrou que dela resultou a destruição do sistema partidário italiano. Petistas e tucanos não lhe deram atenção, e hoje os dois principais partidos brasileiros estão feridos. E o MDB? Numa repetição do que aconteceu na França do Setecentos, arrisca-se assistir a um triunfo do pântano.O colapso das propostas dos tucanos e dos petistas não fazem bem ao país. Se os dois partidos decidiram enfrentar o problema da corrupção protegendo corruptos, isso não invalida as ideias que defendem, até porque do pântano saem sapos, não ideias.

Montoro e Mário Covas já se foram. Do time de fundadores do PSDB resta Fernando Henrique Cardoso. Tem passado e, aos 86 anos, seu futuro está numa encruzilhada. Nela, se olhar para trás, poderá desempenhar um papel político relevante. Infelizmente, seu último livro, “Crise e reinvenção da política no Brasil”, é um bufê de autoelogios, onde se alternam boas causas e platitudes. Em alguns momentos, FHC parece-se com um Jean de Léry do século XXI. Olha para o Brasil com o distanciamento do seminarista francês observando os tupinambás que o mantiveram cativo na Baía da Guanabara no século XVI. 

Lendo-o, percebe-se o que está faltando ao PSDB: um segundo volume do “Crise e reinvenção”, dizendo tudo o que FHC não quis dizer no primeiro.  O ex-presidente é um homem cordial e não gosta de confrontos, mas deve-se registrar que na sua “Reinvenção” faltou alguma coisa: Em 238 páginas ele não precisou mencionar Geraldo Alckmin, candidato de seu partido à sucessão presidencial.




quinta-feira, 26 de novembro de 2015

O palanque ambulante prometeu voltar à Argentina para festejar a vitória de Scioli e Cristina. Vai ver pela TV a posse de Macri

Duas vezes nocauteado por Fernando Henrique Cardoso, ambas no assalto inicial, Lula nunca soube o que é vencer uma eleição no primeiro turno. Nem ele nem os postes que fabricou. Só na segunda rodada o dono do PT conseguiu votos suficientes para derrotar José Serra em 2002 e Geraldo Alckmin em 2006. Nos duelos com Serra em 2010 e Aécio Neves em 2014, Dilma Rousseff tampouco liquidou a parada já de saída. Mesmo fazendo o diabo.

A interminável sucessão de fiascos em São Paulo foi interrompida pela vitória de Fernando Haddad na eleição do prefeito da capital. Mas o segundo poste esculpido por Lula também precisou do segundo turno. A rotina de fracassos seria retomada com o naufrágio da candidatura de Alexandre Padilha ao governo estadual. O terceiro poste afundou já no primeiro turno.

Os fatos reduzem a farrapos a fantasia do Lula imbatível nas urnas, ficção concebida pelo marqueteiro do reino. Alguém precisa contar ao ex-presidente que essa figura nunca existiu, informa o vídeo. Mesmo castigado por sucessivas quedas na popularidade, assustado com o derretimento do Brasil Maravilha que registrou em cartório, atônito com a indignação da plateia tanto tempo tapeada, o farsante sem cura segue enfurnado num universo paralelo. Ali, o condutor de multidões elege quem quiser, aqui ou em paragens estrangeiras.

Em setembro, o palanque ambulante estacionou nos arredores de Buenos Aires para decidir a sucessão presidencial argentina. Daniel Scioli, candidato de Cristina Kirchner, avançava para o triunfo no primeiro turno. Numa discurseira destrambelhada, o cabo eleitoral brasileiro ordenou à plateia que garantisse “a continuação do projeto que mudou a história do continente”e prometeu voltar para festejar a vitória do companheiro Scioli. Terá de ver pela TV a posse de Mauricio Macri.

Com um adversário como Lula, o presidente eleito pôde dispensar-se de procurar mais aliados. [uma das prioridades do Macri na assunção da liderança argentina no continente - o Brasil já não lidera nem Honduras do Zé da Laia - é expulsar a Venezuela do Mercosul.
Segundo o presidente eleito da Argentina a entrada da Venezuela no Mercosul foi um golpe de Lula e Dilma contra a democracia.]

Fonte: Coluna do Augusto Nunes