A interminável sucessão de fiascos em São Paulo foi interrompida pela vitória de Fernando Haddad na eleição do prefeito da capital. Mas o segundo poste esculpido por Lula também precisou do segundo turno. A rotina de fracassos seria retomada com o naufrágio da candidatura de Alexandre Padilha ao governo estadual. O terceiro poste afundou já no primeiro turno.
Os fatos reduzem a farrapos a fantasia do Lula imbatível nas urnas, ficção concebida pelo marqueteiro do reino. Alguém precisa contar ao ex-presidente que essa figura nunca existiu, informa o vídeo. Mesmo castigado por sucessivas quedas na popularidade, assustado com o derretimento do Brasil Maravilha que registrou em cartório, atônito com a indignação da plateia tanto tempo tapeada, o farsante sem cura segue enfurnado num universo paralelo. Ali, o condutor de multidões elege quem quiser, aqui ou em paragens estrangeiras.
Em setembro, o palanque ambulante estacionou nos arredores de Buenos Aires para decidir a sucessão presidencial argentina. Daniel Scioli, candidato de Cristina Kirchner, avançava para o triunfo no primeiro turno. Numa discurseira destrambelhada, o cabo eleitoral brasileiro ordenou à plateia que garantisse “a continuação do projeto que mudou a história do continente” ─ e prometeu voltar para festejar a vitória do companheiro Scioli. Terá de ver pela TV a posse de Mauricio Macri.
Com um adversário como Lula, o presidente eleito pôde dispensar-se de procurar mais aliados. [uma das prioridades do Macri na assunção da liderança argentina no continente - o Brasil já não lidera nem Honduras do Zé da Laia - é expulsar a Venezuela do Mercosul.
Segundo o presidente eleito da Argentina a entrada da Venezuela no Mercosul foi um golpe de Lula e Dilma contra a democracia.]
Fonte: Coluna do Augusto Nunes
Nenhum comentário:
Postar um comentário