Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
O desembargador Wilson Alves de Souza, do Tribunal Regional Federal da
1ª Região, concedeu uma liminar suspendendo a compra de 98 blindados do
consórcio italiano para o Exército a um custo que pode chegar a R$ 5
bilhões. Liminar é apenas liminar, mas a argumentação do magistrado foi
ao mesmo tempo ingênua e onipotente. Ele escreveu:— Vê-se claramente que o ato atacado não atende aos pressupostos de
conveniência e oportunidade, pois é evidente a falta de razoabilidade,
desvio de finalidade, ilegalidade e até mesmo de elementar bom senso,
pois outra classificação não há quando, ao mesmo tempo em que se fazem
cortes de verbas da educação e da saúde por falta de dinheiro, se
pretende comprar armas em tempos de paz.
Tanques na Praça dos Três Poderes, em BrasíliaCristiano Mariz
O Exército precisa de equipamento. O desfile de blindados queimando
óleo na Praça dos Três Poderes no ano passado pode ter dado satisfação
àqueles que viam na exibição um ato de arrogância, mas um país não
melhora com militares desequipados. A despesa pode parecer excessiva. A
assinatura do contrato a poucas semanas da posse de um novo presidente
é, sem dúvida, uma iniciativa meio girafa, até porque o edital de
consulta pública da compra saiu há mais de um ano. Se há argumentos para
suspender a assinatura do contrato, alguns dos queo desembargador usou
não ficam de pé.
Usado da forma preferida pelo magistrado, o argumento de que faltam
recursos para a educação e para a saúde é demagógico. A aceitá-lo assim,
as Forças Armadasnão poderiam comprar nem uma pistola. Se o desembargador viu
“ilegalidade”, fará muito bem em expô-la. Quanto à “conveniência”,
“falta de razoabilidade” e de “elementar bom senso”,o doutor foi além
de sua toga.
Há séculos foi observado que o bom senso é a coisa mais bem
partilhada do mundo, pois cada um acha que tem o suficiente.
O Centauro 2, veículo militar blindado vendido pela Iveco-Otomelara e seria comprado pelo Exército brasileiro - Divulgação - 5.dez.22/Iveco-Otomelara
Assim como as Forças Armadas viram-se numa encrenca despropositada
quando foram apresentadas como instância superior para auditar urnas
eletrônicas, não compete ao Judiciário envolver-se no varejo das
atribuições do Executivo.
Liminar é
liminar, mas decisões de magistrados não precisam ser contaminadas por
aulas de ciência política ou de gestão orçamentária.
A onipotência apequena as instituições. [COMENTÁRIO: nos parece que o POVO não viu inconveniente com a alegada militarização da Saúde durante a pandemia = a excelente votação, segundo mais votado para deputado federal pelo Rio, conferida ao general Pazuello sepulta qualquer ideia de arranhão.
Também nos parece que o ministro Moraes tem concorrente para uma eventual disputa pelo cargo de 'ditador'.] Assim como a corporação militar
viu-se arranhada com a militarização do Ministério da Saúde durante a
pandemia, a Justiça sofre quando magistrados tomam decisões com maus
fundamentos.
Nos últimos quatro anos, o país conviveu com o assombro de um
presidente que se referia ao “meu Exército”. Passará. Há mais de meio
século a Viúva arca com projetos para a fabricação de viaturas. Um, do
Exército, acabou fazendo fogões. Outro, da iniciativa privada, fez
blindados, mas a empresa se meteu em delírios internacionais e acabou
quebrada. O protótipo do festejado tanque Osório foi arregimentado numa
massa falida. Na licitação de 2022, o vencedor foi um consórcio
italiano, seguido pelos canadenses e chineses.
Cada um pode ficar no seu quadrado, e todos sabem suas dimensões. Faz
tempo, o senador Auro Moura Andrade, aquele que declarou vaga a
Presidência da República em 1964, com João Goulart no exercício
constitucional do cargo, ensinou que “japona não é toga”.Pois toga
também não é japona.