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quinta-feira, 14 de julho de 2022

Um supremo ministro - Turnê mundial - Luís Ernesto Lacombe

 Com sua voz aveludada, ele está em turnê mundial: Harvard, Oxford, Lisboa... Fala de forma silabada, bem explicadinho. Tem o “s” chiado dos cariocas, mas, de vez em quando, tende ao sibilo
Estica as vogais, e fala, fala, fala... Sempre entre os seus, claro. E se irrita quando é pego na mentira por alguém “infiltrado”. Ele roda o mundo, roda a baiana. São tantos convites... Desde que não haja quem o interpele, ele topa.

 

Detalhe da estátua da deusa Têmis, diante do prédio do STF, em Brasília.| Foto: Gervásio Baptista/SCO/STF

É uma espécie de presidente do clubinho: todos contra Bolsonaro. 
É um juiz que tem lado, que tem inimigo declarado. E são fascistas todos aqueles que não pensam como ele. Falta de civilidade, sei... É professor, é contador de histórias, diz que a ditadura na Venezuela é de direita, que a Justiça Eleitoral no Brasil é o máximo, infalível, que Cesare Battisti é um santo; João de Deus, [o ex-médium estuprador] transcendental.

Ele não aceita críticas ao STF, mas sente-se à vontade para falar mal da Suprema Corte dos Estados Unidos. Qualquer decisão contrária à sua agenda será sempre ilegítima. A Constituição pouco importa [curte falar mal do Brasil em suas 'palestras' no exterior.]

Finge mal, e finge aos seus, que fingem também. Todo mundo finge. Ele é tão espirituoso, tão do bem, é uma farsa total. É engraçadinho, canastrão. 
Salvou a democracia, com seu poder sedutor trabalhado no leite de rosas
 Gosta de ambientes “patrióticos e fraternos”, nos quais ninguém fala da censura a veículos de comunicação, da prisão de jornalistas, de parlamentar, do banimento de contas em redes sociais, de inquéritos ilegais... Essas coisas que o Supremo apronta.

Ele não aceita críticas ao STF, mas sente-se à vontade para falar mal da Suprema Corte dos Estados Unidos. Tem uma agenda de fantasia, para imposição de um comando global. Quer menos gente no mundo, é tão bonzinho. E qualquer decisão contrária à sua agenda será sempre ilegítima. A Constituição pouco importa.

Já atropelou processo legislativo, não se cansa de questionar decisões do Executivo e, mesmo assim, continua enxergando apenas “raríssimos casos de ativismo judicial no país”.  
Ele é uma graça, não perde um evento contra o presidente da República. 
Tem a sua turma, os seus garotos-propaganda, todos apoiadores do “descondenado” Lula. Trocam condecorações, suspiram juntos, afagam-se...
 
Não há equilíbrio, não há isenção. Contra o inimigo valem todas as armas, toda artimanha. 
Não há mais julgamento, a condenação foi estabelecida. 
Não é juiz, é justiceiro, é parcial, debocha da integridade, da neutralidade.  
Está por aí, em turnê mundial, querendo cortar cabeças, com toda delicadeza. 
Já tirou a venda dos olhos, se desfez da balança que carregava em uma das mãos... 
E o que pode fazer com a espada que lhe resta é mesmo assustador.
Luís Ernesto Lacombe, colunista - Gazeta do Povo - VOZES