Está
chegando, se é que já não chegou, o momento decisivo da Revolução Cidadã
iniciada em março de 2015. As grandes manifestações de rua, a pressão das
massas e a eleição de 2018 mostraram que a nação não suporta mais as
lideranças carcomidas dos Poderes Legislativo e Judiciário, tendo mudado
radicalmente a do Executivo, na esperança de concretizar o discurso de mudanças
de Jair Bolsonaro.
Esses cinco
meses comprovaram a forte reação às transformações sonhadas. Ela emana de
conhecidos ministros do STF e de um numeroso grupo político, todos aliados e
comprometidos com a velha política e com a desacreditada (in)justiça do alto
escalão, ambas extensamente patrimonialistas, fisiológicas e corrompidas. Essa
nefasta aliança de "vampiros e chacais" domina e consome a seiva da
nação, que deveria suprir as necessidades da sociedade.
Hoje, o
"Centrão", que nunca foi um centro democrático, o tal
"Democratas", outras infelizes legendas políticas, até mesmo, vários
traidores do PSL e da aliança, que navegou no capital político de Bolsonaro para
chegar ao Congresso Nacional, vêm impondo derrotas ao governo e jogando por
terra a esperança de mudanças que a nação exige. O STF não fica atrás, mas
instâncias inferiores em Porto Alegre, Curitiba e no Rio de Janeiro têm
demonstrado que, por aí, o caminho não será tão fácil.
Não adianta
renovar a representação política se os novos não tiverem coragem de enfrentar
as antigas lideranças do tipo Renan e Rodrigo Maia ou se elevarem a esse nível
seus pupilos como, por exemplo, Alcolumbre - mais do mesmo. Está faltando a
muitos políticos novos, com quem tanto contávamos, a pegada firme demonstrada
por outros recém-eleitos como Hatten, Joyce Hasselman e Kim Kataguiri. Não se
substituirá a velha liderança sem o combate firme, corajoso e permanente. Saiam
de suas trincheiras e deixem pra depois as medidas de grande necessidade, pois
um "valor mais alto se alevanta" e, se ele não for alcançado, de nada
adiantarão belas ideias e inciativas. A hora é de combater!
E ao
Presidente, concito manter seus sonhos, mas saber a quem ouvir. Olavo de
Carvalho foi importante para destruir intelectualmente a esquerda radical, mas
não contribuirá para pacificar e unir a nação. Radicalismo de cá não se
justifica, pois ele não conquista corações e mentes, sendo também, mais do mesmo
apenas com o "sinal trocado".
É PELO
CENTRO ONDE ESTÃO PRINCÍPIOS E VALORES, QUE SE UNIRÁ A NAÇÃO. OS RADICAIS
CONTINUARÃO EM SUA GUERRA IDIOTA E AUTODESTRUTIVA, MAS, EMBORA SEJAM MINORIAS,
PODERÃO PARALISAR O GOVERNO. NÃO SE JUNTE A NENHUM DESSES DOIS LADOS
CORROSIVOS, PRESIDENTE. O SENHOR ESTÁ SENDO ENGOLIDO POR RADICAIS DITOS DE
DIREITA. NÃO FORAM ELES QUE O ELEGERAM E SIM A MAIORIA DE CENTRO E DE BOM
SENSO. SER DE CENTRO NÃO SIGNIFICA FICAR EM CIMA DO MURO, POIS SE FOR
NECESSÁRIO DEFENDER NOSSOS PRINCÍPIOS E VALORES, IREMOS PARA AS RUAS E, NUMA
ESCALDA DE VIOLÊNCIAS, ESTAREMOS DISPOSTOS A PEGAR EM ARMAS PARA DEFENDER A
LIBERDADE E A JUSTIÇA.
É chegada a
hora do Presidente ir a público, inclusive na mídia tradicional, para
esclarecer sobre as manobras do submundo de nossa política. Diga o que eles
pedem em troca de seus votos pútridos, cobre o apoio dos políticos, ditos
aliados e inexplicavelmente calados. Que eles mostrem quem são os
deputados que estão "negociando" seus votos. Entrem em choque com as
lideranças corruptas e fisiológicas.
Chegou o
momento de o senhor mesmo liderar o povo nas ruas para, disciplinada e
pacificamente, mas com toda a firmeza exigir:
a reforma da previdência sem os
cortes que a desfigurem;
o pacote anticorrupção e antiviolência de Moro;
a
desideologização do ensino e o desmonte da carapaça marxista que empolga a
estrutura do Estado.
O Presidente está fazendo o possível para governar
com o Legislativo e o Judiciário, mas a resposta de suas lideranças tem
sido no sentido de enfraquecer, desmoralizar e mesmo desestabilizar o governo,
na esperança de manterem seus privilégios e posições.
Bolsonaro
não precisa ser um estadista. Basta valorizar sua assessoria de alto nível e,
de acordo com sua reconhecida intuição e visão política decidir por si próprio.
Porém, é preciso ter a humildade dos líderes iluminados, que identificam, entre
os que os cercam, quem defende os interesses da nação e abdicam de posições
pessoais ou grupais. É a
hora do povo mostrar o que quer e a quem quer ver na sua liderança. Só a nação
poderá salvar-se a si mesma, demolindo a "Bastilha" da política e da
(in)justiça, ambas pútridas, que ainda a dominam e farão o possível para se
manter.