Manifestantes também atacam o sistema eleitoral e pedem que a população evite a ascensão do comunismo
A chuva que caiu desde o início da manhã em São Paulo nesta quarta-feira chegou a dispersar o público que começou a se reunir por volta das 10h30 na Avenida Paulista, palco de manifestações bolsonaristas neste feriado de 7 de Setembro em São Paulo. Foi só o tempo abrir, no entanto, para o público se aproximar dos trios elétricos que estão estacionados na via.
Vestindo verde e amarelo, os manifestantes exibem cartazes pedindo que o presidente Jair Bolsonaro (PL) acione as Forças Armadas e “expurgue” o Supremo Tribunal Federal (STF). Há também mensagens contra o sistema eleitoral e pedindo ao povo brasileiro que evite a ascensão do comunismo (como em Brasília, há cartazes escritos em inglês), uma referência ao favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais.
Um dos primeiros discursos até agora foi o da ex-deputada Cristiane Brasil (PTB), que, a exemplo de seu pai, o ex-deputado Roberto Jefferson, insultou o ministro Alexandre de Moraes, do STF. De cima de um caminhão, ela chamou o magistrado de “ditador”.
Do outro lado da rua, uma viatura dos Boinas Negras, veteranos da Polícia Militar, foi a atração entre os manifestantes, com pedidos de selfies pelos manifestantes — pedidos que se estenderam até a policiais da ativa, que fazem a segurança na avenida, como já ocorreu em protestos anteriores.
Em frente ao trio elétrico do Nas Ruas, próximo ao Parque Trianon, o clima festivo só foi quebrado quando os moradores de dois apartamentos em frente expuseram e chacoalharam bandeiras vermelhas. Com gritos e insultos, o público na rua logo esqueceu os adereços. No caminhão é esperado o candidato ao governo pelo Republicanos, Tarcísio de Freitas.
Maquiavel - Revista Veja