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quarta-feira, 28 de março de 2018

Lula quis transformar o Brasil em galinheiro e agora colhe os ovos, diz Bolsonaro




Presidenciável foi carregado nos ombros pelos simpatizantes em São José dos Pinhais e recebeu faixa presidencial

Bolsonaro sugere que tiros em caravana foram dados por petistas

Pré-candidato diz que Lula 'colhe ovos' por tentar transformar país em 'galinheiro'

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) sugeriu, nesta quarta-feira, que os três tiros que atingiram dois ônibus da caravana do ex-presidente Lula no Paraná foram disparados pelos próprios petistas. O presidenciável foi recebido por apoiadores no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. — Foram eles que deram (os tiros) — disse o deputado, ao ser questionado pelo GLOBO sobre o que achava do ataque sofrido pela caravana petista, sem apresentar provas que sustentassem sua aquisição. 
 
O GLOBO procurou a polícia de Laranjeiras do Sul, mas foi informado que o delegado responsável pela investigação do ataque à caravana petista não poderia dar entrevistas.  A mobilização começou por volta das 9h, quando cerca de 25 pessoas estavam no saguão do aeroporto. O deputado chegou pouco antes das 12h, quando já havia mais gente à sua espera, e seguiu para o carro de som sem falar com a imprensa. Nem a polícia nem os apoiadores do político divulgaram estimativa de público.
A passagem do deputado pelo aeroporto teve empurra-empurra. Uma mulher chegou a cair em meio à multidão, mas levantou prontamente. Vestindo uma faixa verde e amarela, similar à utilizada pelo presidente da República e entregue por um simpatizante, Bolsonaro discursou de cima de um carro de som.

O Lula quis transformar o Brasil num galinheiro, agora esse crápula colhe ovos pelo Brasil todo —, disse Bolsonaro, em referência indireta a ovada que atingiu a caravana de Lula no sul do país.
A recepção foi convocada pela internet pelo deputado federal Fernando Francischini (SDD). Ele rejeitou acusações de petistas de que os tiros teriam sido disparados por alguém ligado a Bolsonaro.
— (Atiraram) contra uma caravana de bandidos.

Folha de S. Paulo e O Globo
 

Finalmente Supremo - ministro Dias Toffoli - faz Justiça: prisão domiciliar para Paulo Maluf - acabou o capricho do ministro Fachin

Toffoli concede prisão domiciliar para Maluf

Defesa vinha insistindo no pedido, alegando motivos de saúde

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu prisão domiciliar ao deputado afastado Paulo Maluf (PP-SP). Preso desde dezembro na Papuda, em Brasília, Maluf foi internado nesta quarta-feira num hospital particular da capital. A defesa pedia ao Supremo a libertação ou que o deputado, de 86 anos, ficasse preso em casa devido às condições de saúde.
 A ação penal que levou à condenação e prisão de Maluf é relatada pelo ministro Edson Fachin. Toffoli, que é relator do habeas corpus, destacou que não é praxe revogar decisões de outros ministros, mas ressaltou que, nesse caso, seria perigoso demorar em tomar uma decisão. Toffoli determinou que sua decisão seja submetida posteriormente ao plenário do STF. "À luz desses fundamentos, destaco haver documentos juntados pela defesa que demonstram que o paciente (de 86 anos de idade), passa por graves problemas relacionados à sua saúde no cárcere, em face de inúmeras e graves patologias que o afligem", escreveu Toffoli.

Na madrugada desta quarta-feira, Maluf foi internado em Brasília com fortes dores nas costas em função da pressão na coluna vertebral. Ele não estaria conseguindo andar nem ficar em pé. O hospital informou que a ressonância mostrou que o parlamentar tem estenose de canal (pressão sobre a medula espinhal e os nervos da coluna), com compressão das estruturas nervosas na região das vértebras L3/L4 e L4/L5. Segundo a unidade de saúde, não há previsão de alta. "Aliás, a notícia divulgada na manhã desta quarta-feira, em respeitados veículos de comunicação da imprensa brasileira, de que ele foi internado as pressas em hospital no fim da noite passada, por complicações no seu estado de saúde, corroboram os argumentos trazidos à colação pela defesa, bem como reforçam, pelo menos neste juízo de cognição sumária, a demonstração satisfatória, considerando os documentos que instruem este feito, da situação extraordinária autorizadora da sua prisão domiciliar humanitária", acrescentou o ministro em sua decisão.

Toffoli citou ainda o caso do presidente afastado da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro Jorge Picciani (PMDB), que obteve prisão domiciliar na última terça-feira por questões de saúde. Na sessão da Segunda Turma do STF, Toffoli e o minsitro Celso de Mello foram favoráveis ao pedido da defesa, e apenas Fachin foi contra.

Defesa disse que deputado poderia ficar cego
No pedido de habeas corpus, os advogados alegaram riscos de Maluf ficar cego. Segundo a defesa, um relatório oftalmológico "aponta a possibilidade de perda total da visão do único olho funcional, caso não seja feito o devido tratamento que, encarcerado, o paciente não tem à sua disposição". Também apontaram problemas cardíacos, câncer de próstata, diabetes e hérnia de disco.

Além da saúde, os advogados mencionam uma razão processual para defender a liberdade de Maluf. Dizem que não houve trânsito em julgado, ou seja, ainda há um recurso para ser analisado. [essa particularidade processual justifica a utilização do principio Lula.] Até lá Maluf não poderia continuar atrás das grades. A defesa destacou ainda que ele passou incólume pelos escândalos do mensalão e da Lava-Jato.
Maluf foi condenado pelo Supremo a 7 anos e 9 meses de prisão, em maio de 2017, pelo crime de lavagem de dinheiro referente a atos praticados durante sua gestão à frente da prefeitura de São Paulo, entre 1993 e 1996. A condenação do deputado diz respeito à tentativa de ocultar dinheiro proveniente de um desvio de US$ 15 milhões na construção da avenida Água Espraiada na capital paulista.

O Globo
 

O BBB de toga.

 Coluna Carlos Brickmann

O caro leitor chegou à sua casa, depois de um dia de trabalho, e ligou a TV para saber o placar do julgamento do habeas corpus preventivo pedido por Lula. Então soube que, depois de um dia de trabalho, os Supremos Togados estavam ainda decidindo se era ou não o caso de aceitar julgar o habeas corpus. Enfim, como mostra o definitivo texto do publicitário goiano Marco Chuahy, “o STF se reuniu para decidir, mas decidiu que antes precisava decidir se podia decidir. Decidiu que podia. Mas decidiu não decidir mesmo podendo decidir, e decidiu que vai decidir outro dia. E decidiu também que Lula não pode ser preso antes de outra decisão do STF. 

Mas por que, podendo decidir, não decidiu de uma vez?

É que um ministro precisava pegar um avião e, embora o STF seja quem lhe pague, pode esperar. Outros Supremos se cansariam se trabalhassem à noite. E por que não resolver na sexta, ou no fim de semana, como uma empresa faria? Porque não é costume trabalhar nesses dias. Na semana que vem não dá: dia 30 é Sexta-feira Santa e o STF observa a semana toda.

Não é apenas o hábito de poupar-se de esforços extras. Trata-se de jogar para o futuro distante a decisão de enfrentar o problema do início do cumprimento das penas. Este colunista não torce pela prisão em algum ponto do julgamento nem só após trânsito em julgado, mas pela aplicação da lei. E essa definição é do Supremo Tribunal Federal. BBB é outra coisa.

 Como está

A decisão do STF, por 6 votos contra 5, foi receber e julgar o pedido de habeas corpus preventivo de Lula, que pleiteia o direito de ser preso só depois de julgados todos os recursos. Até que ocorra o julgamento, Lula não poderá ser preso após perder os apelos ao TRF 4, que o condenou em segunda instância no caso do apartamento triplex em Guarujá.

 Dúvida cruel

O caso foi marcado para daqui a um bom tempo, mas o ministro Gilmar Mendes ainda não sabe se poderá voltar de Portugal para o julgamento do habeas corpus de Lula. Disse a O Globo que não tem ainda resposta a dar. Em Portugal, participa de evento do IDP, Instituto de Direito Público, do qual é sócio. Perder este evento só para um julgamento importante?

Lembrando

Saudades de Chico Anysio! Era dele o deputado Justo Veríssimo, igual a muitos, mas mais sincero do que todos. Foi quem disse a grande frase: “Povo não pensa, povo vota. Eu quero que o povo se exploda”. Era dele também outro clássico: “Esta terra que eu amo, este povo que eu piso... quer dizer, esta terra que eu piso, este povo que eu amo”.

 Temer quer bis

Informação exclusiva da última revista IstoÉ: Michel Temer confirma que é candidato à reeleição. Esta coluna já tinha cravado a informação: ele tem de ser candidato, ou ficará sem foro privilegiado. Se for para ser réu, que seja no Supremo, onde as causas demoram mais e condenar é mais raro, do que nas mãos de Sérgio Moro e outros juízes de primeira instância.

Mas há um problema sério: mesmo com a economia mostrando bons índices, o presidente continua com baixos índices; a intervenção federal no Rio até agora não provocou qualquer alta na popularidade do presidente. Seus índices são quase inacreditáveis: 4%, segundo a mais recente pesquisa do Instituto Ipsos para o Barômetro, de O Estado de S. Paulo. Só alguns índices são bons para ele: os do mau desempenho dos demais candidatos.

 Ninguém em alta

Bolsonaro, que querem alçar à condição de mito? Tem 24% de avaliação positiva e 60% de negativa. Lula? 41% positivos, 57% negativos. Marina? 30% de aprovação, 59% de desaprovação. Manuela d’Ávila, do PCdoB? Tem 3% de aprovação e 54% de reprovação. Alckmin, o líder dos tucanos? Tem 22% de aprovação e 66% de desaprovação. Ciro Gomes e Fernando Haddad batem no mesmo nível de desaprovação, e outros nomes ficam ainda mais abaixo: Henrique Meirelles, Fernando Collor, Rodrigo Maia.

Está certo, ainda é cedo para ver quem é quem, mas todos vão bem mal.

  Ruivinha na mira

Lembra da Ruivinha, aquela caríssima refinaria toda enferrujada que a Petrobras pagou caríssimo em 2005? Segundo a Polícia Federal, houve no negócio ao menos US$ 15 milhões em propinas. Os peritos pedem a quebra do sigilo bancário de vários dos envolvidos na compra. É caso quente.


carlos@brickmann.com.br
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