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sábado, 31 de agosto de 2019

A volta do radicalismo - Isto É

Grupos neonazistas propagandeiam ódio pela internet, angariando adeptos sem parar Brasil afora. Simpatizantes cresceram 200% em menos de 15 anos

[qualquer crescimento ou redução sempre tem um motivo; o que motiva o crescimento mundial desses grupos?

Muitos são movidos pela curiosidade, talvez por uma aura de segredo e a própria legislação brasileira estimula o que, exageradamente, é chamado de 'racismo reverso', visto inexistir racismo. 

No Brasil a Cruz Suástica ou qualquer outro símbolo que seja considerado nazista é proibido - por ser considerado por muitos apologia ao nazismo, enquanto a foice o martelo, símbolos do comunismo, tem o seu uso livre e até mesmo estimulado; 

O nazismo matou 6.000.000 de pessoas e o comunismo matou mais de 100.000.000 e continua matando e seu símbolo não é proibido.] 

Eles estão por aí, pregando ódio, violência e preconceito nas redes sociais. No mundo real, agridem vítimas de ocasião com covardia e crueldade. No campo das ideias, interpretam fatos históricos de cabeça para baixo, se dizendo alvos de quem atacam. Aos poucos, mas de modo constante, grupos neonazistas brasileiros ganham cada vez mais adeptos e, principalmente, simpatizantes. Se em 2007 eram estimados em 150 mil, já chegam em 500 mil, de acordo com estimativas da pesquisadora Adriana Dias, antropóloga e programadora de computador que há 16 anos acompanha esses grupos pelos subterrâneos da internet. Mas já é possível vê-los em ambientes menos resguardados, como grupos de WhatsApp. Foi o que revelou o jornal Folha de S.Paulo, que durante duas semanas acompanhou o grupo Fascismo Vive.

500 mil é a estimativa de brasileiros simpatizantes do neofascismo. Há doze anos eles somavam 150 mil e se concentravam nos estados do Sul e São Paulo. Hoje a estimativa é de 30 mil só na região metropolitana de Goiânia

O que faz com que brasileiros, vivendo em um país miscigenado, entrem nessa? Para Dias, vale a definição do filósofo Umberto Eco (1932-2016), que viu na frustração e na falta de horizontes um campo fértil para pessoas que se sentem “desvalorizadas por alguma crise econômica ou humilhação política, assustadas pela pressão dos grupos sociais subalternos”. Mas não seria tudo. O neofascismo tupiniquim, assim como os de Portugal, Espanha e países eslavos, é diverso. “O conceito inicial é baseado nas ideias de raça e sangue surgidas no século XIX. Mas há quem pregue nazismo enquanto cultura”, afirma Dias. [causa surpresa que alguém se apresente como antropóloga e considere que nazismo e fascismo são a mesma ideia.]
“Achar o nazismo de esquerda é piada” Adriana Dias, antropóloga que pesquisa movimentos neonazistas

Se há 20 anos um neofascista brasileiro seria menosprezado por seu congênere alemão ou austríaco, hoje a internet permite um constante intercâmbio. Isso permite que supremacistas brancos americanos que não falam uma palavra de alemão — e possuam vocabulário limitado em inglês — se sintam herdeiros do legado do hitlerismo e de suas ideias de violência extrema contra semitas e toda e qualquer esquerda política. “Se a suástica fala à sua alma, você vai entender”, pregam em chats e chans — os grupos de conversa na deep web visitadas por ISTOÉ. “Mais de 250 mil pessoas baixam conteúdo neonazista em português e cerca até 20% deles frequentam células ou eventos, como shows de bandas white power”, afirma Adriana Dias. Os grupos neonazis brasileiros têm origem entre descendentes de europeus ocidentais e, estranhamente, entre eslavos ucranianos e russos, mas avançam, criando até neonazimoreninhos. Só em Goiânia estima-se que existam 30 mil. Em Tocantins, os alvos preferenciais não são judeus — que são poucos —, mas negros, nordestinos e, novidade, caboclos e indígenas. “A situação é bem grave”.

Racismo reverso
Ainda que não haja conexão direta, a eleição de um presidente de direita deixou essa turma mais afoita. Sem especificar, alguns afirmam que Bolsonaro não faz o suficiente, mesmo sem ele ter prometido nada para essa turma. Termos como “racismo reverso”, adotado pelos racistas da Klu Klux Khan, ganham espaço no vocabulário para quem critica políticas identitárias de qualquer espécie. A Polícia Federal criou um grupo de monitoramento em 2008, mas faltam recursos e pessoal. Mesmo assim volta em meia alguém é detido e processado ao cometer alguma violência. No início de agosto, em Curitiba, sete pessoas foram condenadas por racismo, associação criminosa e lesão corporal grave, com penas de 1 ano a 8 anos de prisão. Os crimes ocorreram lá em 2005. Um detalhe é perceptível. Nunca os líderes vão para a cadeia, pois fazem proselitismo virtual sem sujar as mãos.

Em Isto É MATÉRIA COMPLETA

 

domingo, 18 de agosto de 2019

“Meu cargo, minha vida” e outras notas de Carlos Brickmann

O presidente Jair Bolsonaro age como se não houvesse ninguém no Ministério da Justiça. E talvez tenha razão


Publicado na Coluna de Carlos Brickmann

Ao formar seu Governo, parecia que Jair Bolsonaro se escorava na fama de dois de seus ministros, ou superministros: Sergio Moro e Paulo Guedes. Bolsonaro se revelou um profundo conhecedor da natureza humana: os dois são importantes, mas a caneta presidencial é mais importantes do que eles. Guedes, que no mercado financeiro sempre operou com eficácia e em silêncio, passou a falar, sempre repetindo o discurso do Capitão do Time: agora, além de dar palpite na política interna de um país vizinho, chegou a perguntar desde quando o Brasil precisou da Argentina. Ele sabe a resposta, claro: desde que a Argentina é a maior importadora de carros brasileiros, desde que a Argentina dá ao Brasil US$ 4 bilhões de superávit comercial. O economista Paulo Guedes sabe o valor de US$ 4 bilhões.

Pior é Moro, que no Ministério se tornou um colecionador de derrotas. E é ótimo para aceitar desfeitas. Bolsonaro prometeu-lhe que, como o Coaf não ficaria sob seu comando, manteria o presidente indicado por ele. Em seguida, mandou afastar o citado presidente. Embora a Polícia Rodoviária Federal seja subordinada ao Ministério da Justiça, Bolsonaro disse num discurso que a mandaria suspender o uso de radares móveis (pode ser que depois tenha avisado o ministro). Em seguida, sempre sem ouvir Moro, mandou trocar o diretor da Polícia Federal no Rio. Bolsonaro age como se não houvesse ninguém no Ministério da Justiça. E talvez tenha razão.

O absurdo
Bolsonaro prometeu continuar lutando para acabar com os radares que monitoram as rodovias federais, reduzindo acidentes, mortos, feridos. Como não diria Bóris Casoy, isto é um absurdo. Que pensa Sergio Moro da posição do presidente, que proibiu a Polícia Rodoviária Federal de usar radares móveis? Apoia, o que seria incrível? Ou aceita, pensando em futura escolha para o STF? Neste link, o que se faz na Suécia para salvar vidas.

Lava quem?
É provável que o Moro juiz reagisse contra o pedido (vitorioso) de Flávio Bolsonaro ao STF que suspendeu as investigações sobre ele. Já o Moro ministro se manifesta por um estrondoso, retumbante silêncio. Comenta-se que a estreita relação de Bolsonaro com o presidente do STF, Dias Toffoli, tem o objetivo de tirar as pedras do caminho dos enrolados e usá-las para cobrir casos passados: Geddel, por exemplo, Lula e outros. Há fortes chances de que Lula seja solto em pouco mais de um mês, talvez com os processos anulados pelo STF e Toffoli próximo de Bolsonaro. [anular os processos contra Lula significa rasgar a Constituição, desrespeitar todos os tribunais - incluindo ministros do STF - que validaram a condenação de Lula no caso do triplex - e acabar com o 'estado democrático de direito'.
Será uma ofensa tão grave que vale apena ser evita e talvez, a exemplo dos tempos do general Villas Boas, uma tuítada evite o desastre.]

Barbaridades…
Em discurso no Piauí, Bolsonaro disse coisas inaceitáveis: por exemplo, que os vermelhos devem ir para a Venezuela ou Cuba. Um general que Bolsonaro admira, João Figueiredo, último presidente militar, dizia que lugar de brasileiro é no Brasil. Quem discorda do Governo exerce um direito. Pode, como os fundamentalistas, ser chato, mas é chato brasileiro.

…e acertos
Por mais que os adversários de Bolsonaro o critiquem, há ocasiões em que está inegavelmente certo. No mesmo discurso do Piauí, falou da vocação agrícola do Estado, que tem clima, terras e água, está mais perto do mercado europeu do que outros Estados e pode se transformar em polo produtor e exportador de frutas. Tem condições o que é verdade de se tornar um Estado de alta renda per capita, como um tigre asiático.

Barbaridades e acertos
Bolsonaro diz que o Brasil não precisa do dinheiro norueguês e alemão para cuidar da floresta amazônica, e desafia Alemanha e Noruega a fazer o reflorestamento do seu próprio território. Bobagem: os dois países fizeram isso há tempos (e cuidam também do meio-ambiente tratando todo o esgoto antes de lançá-lo nos rios e mares). Mas tem razão em outros pontos:
só a Floresta Amazônica é maior que toda a União Europeia. 
O Amazonas preserva 94% de seu território; o Amapá, mais de 99%.
O desmatamento ilegal (para o comércio de madeiras de lei, por exemplo) é nocivo e tem de ser combatido. Mas é banditismo, é questão de polícia, e de polícia bem armada que o pessoal é perigoso. Mas desmatar não é política de governo.
[Clique aqui e confira o cuidado que a Noruega tem com o meios ambiente dos outros países.]

Recomendação
Para quem estiver em São Paulo nesta terça-feira, dia 20, recomendo a noite de autógrafos de Marli Gonçalves, ótima jornalista com quem tenho o prazer de trabalhar há quase 30 anos (temos até gatos gêmeos, a dela a Love, o meu o Vampeta). Feminismo no Cotidiano — Bom para mulheres e para homens também, livro que mostra, com precisão e bom texto, que o feminismo é uma causa justa, será autografado na Livraria da Vila, alameda Lorena, 1.731, a partir das oito da noite. A editora é a conceituadíssima (e exigentíssima) Contexto. Estarei lá, claro. Como poderia faltar? 


 Coluna de Carlos Brickmann

Blog do Augusto Nunes - Veja - Transcrito em 17 agosto 2019




 

sábado, 6 de julho de 2019

Tributo ao Major Eduard Ernest Thilo Otto Maximilian von Westernhagen, oficial alemão assassinado no Brasil por um ato terrorista em 1968


O Exército Brasileiro presta homenagem ao oficial de nação amiga, Major do Exército Alemão Eduard Ernest Thilo Otto Maximilian von Westernhagen, aluno da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) que, em 1º de julho de 1968, foi brutalmente assassinado no Brasil. Em 1966, como reconhecimento por seu desempenho profissional, foi designado para participar de um intercâmbio de estudos militares no Brasil, sendo matriculado no curso da ECEME. O militar foi o primeiro oficial da Alemanha a realizar esse curso. O Major Otto também tinha a missão de apresentar ao mundo o valor do Exército da Alemanha, tentando desfazer a imagem negativa deixada na 2ª Guerra Mundial. 


Naquela época, o curso de Estado-Maior era realizado em três anos. O Major Otto seguia frequentando as aulas e dedicando-se aos estudos com desenvoltura. Ao final das instruções do dia 1º de julho de 1968, o Major Otto von Westernhagen trocou de uniforme e seguiu sua rotina diária. No caminho de casa, dois assassinos anônimos tiraram a vida do militar com dez tiros à queima-roupa. O crime teve grande repercussão em todos os jornais do Brasil da época. 










A verdade foi totalmente esclarecida apenas 19 anos após a morte do Major Otto, no livro “Combate nas Trevas”, de Jacob Gorender, Editora Ática, 1987. Pela primeira vez, constava em um registro que terroristas do Comando de Libertação Nacional (Colina) realizaram o atentado. Ainda com pouca visibilidade, integrantes do grupo decidiram vingar a morte do líder guerrilheiro Che Guevara, morto um ano antes na Bolívia, por tropas comandadas pelo Capitão boliviano Gary Prado, que também veio ao Brasil em 1968 para realizar o mesmo curso da ECEME que o Major Otto. 


Segundo relatos do General Prado, no dia 1º de julho de 1968, o Capitão teria saído da ECEME com o Major Otto, companheiro de curso, e pegaram o mesmo ônibus para o Jardim Botânico. Devido à semelhança entre os dois oficiais estrangeiros, os terroristas cometeram um engano. O major alemão foi morto no lugar do boliviano. Atualmente, a ECEME possui uma sala de aula que recebe o nome do Major Otto, com uma placa de bronze em sua homenagem. Mesmo não tendo concluído o curso, em virtude de sua morte prematura, o nome do Major Otto está presente nos registros oficiais da tradicional e centenária escola. 


Assim sendo, ao perpetuar a memória do Major Otto von Westernhagen,  o Exército Brasileiro presta uma justa homenagem ao primeiro oficial da Alemanha a cursar a escola. Um sobrevivente da 2ª Guerra Mundial e das prisões totalitárias soviéticas, cuja vida foi encurtada por um ato terrorista insano e covarde.  Ao mesmo tempo, o Exército Brasileiro também homenageia todos os oficiais de nações amigas que abdicam do conforto de suas terras natais para vir ao Brasil e fortalecer os laços de amizade e de cooperação entre nossas nações e buscar o autoaperfeiçoamento. 


O nome do Major Otto não permanece apenas gravado em placas de bronze, mas sempre será lembrado pelo Exército Brasileiro a fim de fortalecer o princípio constitucional de repúdio ao terrorismo. 


Texto adaptado – autores: Maj Inf João Paulo Diniz Guerra e Maj Art Renato Rocha Drubsky de Campos (alunos do Curso de Comando e Estado-Maior - 1º Ano da ECEME)

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Fonte: Agência Verde-Oliva 

Republicado para esclarecer eventuais interpretações maliciosas apresentadas no POST 'mimo póstumo' - que publicamos, apesar de não concordarmos com o seu teor, em respeito ao direito de informação dos nossos dois leitores:'ninguém' e 'todo mundo'.]