Em pouco mais de dois anos no Planalto, assessor conquistou o presidente e os filhos
[finalmente, os inimigos do Brasil se convenceram de que nada podem e tentam usar o pouco que lhes resta para demitir um simples assessor. Salvo engano, o gesto pode apresentar, muitas conotações, incluindo o sentido chulo.]
A crise com o Congresso iniciada anteontem por Filipe
Martins não é a primeira protagonizada pelo assessor especial da
Presidência para Assuntos Internacionais. Martins, que integra a chamada
“ala ideológica” do governo, tornou-se alvo da indignação do presidente
do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), após aparecer, durante uma sessão
da Casa, fazendo um gesto interpretado nas redes sociais como um sinal
utilizado por supremacistas brancos.
Em pouco mais de dois anos
de trabalho no Palácio do Planalto, Martins conquistou o apreço do
presidente e dos filhos, sobretudo o deputado federal Eduardo Bolsonaro
(PSL-SP), enquanto se tornou um dos maiores interlocutores do escritor
Olavo de Carvalho, de quem foi aluno. Ao mesmo tempo, colecionou
desafetos em Brasília.
Leia: Bolsonaro deve demitir Filipe Martins, assessor da Presidência que fez gesto associado a supremacistas no Senado
O comportamento ácido e as críticas agressivas na internet, que
replicam a personalidade de Carvalho, criaram indisposições entre
Martins e figuras proeminentes da ala militar do governo, como o
vice-presidente Hamilton Mourão, de quem já levou uma bronca por
publicações on-line, segundo a revista “Época”, e o chefe do Gabinete de
Segurança Institucional (GSI), General Heleno.
“Gabinete do ódio”Além dos militares, Martins esteve em celeumas públicas com os deputados Alexandre Frota (PSDB-SP) e Joice Hasselman (PSL-SP). O tucano chegou a citar o assessor em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) como um dos operadores do chamado “
gabinete do ódio”, a suposta milícia digital bolsonarista que teria sido instalada no Planalto, de acordo com a
oposição.
[Martins, selecione melhor seus desafetos. Alguns nos elevam, outros nos apequenam.Quanto aos boatos que dizem estar o Congresso Nacional, querendo a cabeça do ministro Ernesto, registramos: não desfruta de nossa simpatia = patamar do Weintraub, do Velez, Moro, merecendo ser punido com a mesma pena do Abraham Weintraub.
O Congresso tem influência política e pode influir na nomeação, demissão de ministros.
Mas não pode demitir nem nomear. Se presente ter tal poder, emendem à Constituição Federal.] , derrubado parabaixo, o que aconteceu A pontaria de Martins se volta com frequência a
desafetos de Bolsonaro, como o governador João Doria (PSDB-SP), e não
poupa a China, parceira comercial do Brasil: em janeiro, Martins chamou a
vacina chinesa contra a Covid-19, a CoronaVac, de “xing-ling”.