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sábado, 2 de fevereiro de 2019

Vai tu mesmo

Hoje, dependendo da sua imagem nas classes intelectuais e progressistas, ser herói é bem fácil: basta obter uma certidão de "pessoa de esquerda"

Publicado na edição impressa de VEJA

Houve um tempo em que pouquíssimas coisas eram tão difíceis no Brasil quanto ser um herói. Faça as contas: quantos heróis, mas heróis de verdade, você conseguiria colocar na sua lista? É duro de admitir, mas o fato é que nunca deu para encher nem o espaço de um guardanapo de papel, tamanho pequeno, com os nomes de brasileiros que poderiam reivindicar para si, por força das ações concretas que praticaram em vida, a condição de “glória nacional”. O fato é que o sujeito precisava ser um Tiradentes, no mínimo, para ser considerado um herói com padrão de qualidade garantido. [com o devido respeito a Tiradentes, corroboro o entendimento de que um HERÓI é dificil no Brasil - Tiradentes, se analisar bem sua história, se conclui que ele era um grande sonegador de impostos;

O Brasil não valoriza seus heróis - raridades em nossa Pátria -  basta ver alguns exemplos dos que estão com os nomes lançados no tal livro de aço do Panteão na Praça dos Três Poderes (o nome do monumento me foge no momento), tem entre eles o Brizola, o Tancredo (o que ele fez realmente pelo Brasil? - ainda que involuntariamente facilitou a vida do Sarney e fundou a tal Nova República = a MÃE de todas as corrupções), porcos traidores tipo Lamarca viraram nome de cidades pelo heroísmo (?) (de trair a Pátria? trair o Exército de Caxias?) um assassino como o porco do Marighella,( por recomendar o assassinato de inocentes, seu lema - em livro escrito por ele e de fácil consulta - era: não importa o morto, não importa quem foi assassinado, o que interessa é o cadáver;)

Tem mais, é a generosidade em conceder condecorações: o Genoíno recebeu a 'Medalha do Pacificador' , o Zé Dirceu, idem - quando se tornou público sed tratar de criminosos, ladrões, corruptos, depois de muita relutância as comendas foram 'cassadas'.

Agora querem lapidar o filho do Bolsonaro por ter recomendado para receber uma medalha um cidadão que na época da recomendação atendia os requisitos para ser condecorado
hoje não atende, então é simples, cassa a comenda e mantém o individuo respondendo o processo e se condenado vá para a cadeia.

Alguém já parou para imaginar quantas dezenas de medalhas o presidiário Lula possui - grande parte das recomendações foram feitas por pessoas que entendiam que aquele criminoso merecia a distinção. (aliás, quando se fala em medalhas concedidas a pessoas tipo Lula, Dilma e outros da mesma laia tenha um tentação enorme de escrever medalhar acrescentando a letra R entre o 'e' e o 'd')
Já foram cassadas tais honrarias ou ornam uma das paredes da sala cela que o presidiário ocupa?]

Sempre se pode discutir as medidas exatas do heroísmo de Tiradentes ─ Getúlio Vargas, por exemplo, chegou a cassar o feriado de 21 de abril mas nos 227 anos que se passaram desde a sua morte na forca de dona Maria I, a Louca, quem apareceu com o mesmo tamanho? Ninguém.  É verdade que existe uma lista com 43 heróis e heroínas oficiais do Brasil, cujos nomes estão escritos em páginas de aço no Panteão da Pátria em Brasília; Tiradentes, aliás, é o primeiro. Mas muita gente não assinaria embaixo.

Os títulos de heróis oficiais são dados por decisão do Senado Federal e da Câmara dos Deputados e só isso já chega para avacalhar qualquer conversa a respeito de heroísmo. [e as condecorações concedidas pela operosa e desnecessária Câmara Legislativa do DF (campeã na arte de forjar leis inconstitucionais - aliás, neste quesito ela é hors-concours); 
pesquisa realizada mostra que elevado número de laureados , pela CLDF, tem envolvimento com a Justiça, alguns até cumprindo pena - ironicamente entre os muitos homenageados que cumprem pena, ou passaram algum tempo preso, estão ex-deputados daquela casa.] Além do mais, fazem parte da lista figuras como Zumbi, Chico Mendes ou o Marechal Deodoro, [o comportamento de Zumbi ou Chico Mendes, pode até ser louvável, mas, não justifica  a elevação à cate gorai de heróis da Pátria.] que traiu o seu Imperador com um golpe de Estado ─ o que mostra bem o tipo de qualidades requeridas para um cidadão receber o certificado de herói brasileiro. (Considerava-se, até há pouco, a inclusão de Ayrton Senna no Panteão da Pátria.)  [Ayrton Senna, o gênio da Fórmula 1, o melhor entre os melhores, mas, NADA justifica ser considerado herói.] Fazer o quê? Também não é razoável esperar que o nosso panteão de heróis e heroínas tenha um nome só; como ficaria a imagem do Brasil no exterior, especialmente agora que os eleitores colocaram a direita no governo? Não dá. Ficamos, assim, naquela situação de “se não tem tu, vai tu mesmo”, como se diz.

A verdade é que, depois de Tiradentes, conseguimos fazer uma guerra inteira contra o Paraguai, durante mais de cinco anos, sem que ao fim houvesse a produção de um único herói claro. Na Guerra da Independência contra Portugal, o comandante de maior destaque foi o almirante Grenfell mas ele era inglês, e embora tenha perdido um braço em combate lutando pelo Brasil, foi um tipo que hoje se chamaria de “polêmico”. (Entre outros feitos, chegou a trancar 256 simpatizantes da causa portuguesa no porão de um navio em Belém do Pará; morreram todos. Mais tarde, foi absolvido numa corte marcial do Rio de Janeiro, por falta de provas.)

Antes, no passado remoto, houve O Anhanguera, Fernão Dias ou Raposo Tavares, o Marco Polo brasileiro. Mas se você lembrar esses nomes a CNBB, o Papa Francisco e a Comissão de Direitos Humanos da ONU podem vir com acusações de genocídio contra os índios; melhor não mexer com isso. Santos Dumont, mais recentemente? Oswaldo Cruz? Gente fina, mas sem apoio entre os “influencers“. Agora, enfim, tudo isso mudou. Hoje, dependendo da sua imagem nas classes intelectuais, liberais, progressistas etc., ser herói é uma das coisas mais fáceis desta vida: basta obter uma certidão de “pessoa de esquerda”. Assassinos patológicos como um Carlos Marighella, por exemplo, têm direito a estrelar, no papel de salvador do Brasil, filmes pagos com o dinheiro dos seus impostos. Um psicopata homicida como Carlos Lamarca chegou a ganhar uma estátua num parque florestal de São Paulo.

A vereadora Marielle Franco jamais recebeu uma única citação por algo de útil que tenha feito em toda a sua vida política, mas depois de ser assassinada “pelo fascismo”, é tratada como um dos maiores colossos da história nacional.  O herói dos comunicadores, neste momento, é o ex-deputado j w. A soma total das realizações de sua existência se resume a ter ganhado, anos atrás, o prêmio de um programa de televisão que compete com o que existe de pior na luta pela audiência das classes Y e Z. Outra foi cuspir, no conforto de quem está cercado por um bolo de gente, num colega na Câmara dos Deputados ─ justamente o que acabaria se tornando o atual presidente da República, vejam só. Agora, alegando subitamente ameaças à própria vida na internet, abandonou o mandato, os eleitores e suas promessas de “resistência” ─ e fugiu para a Espanha. Pronto: virou herói instantâneo.  
 





Agredido mesmo nessa disputa, até agora, foi Bolsonaro, vítima de uma tentativa de homicídio que quase lhe tirou a vida e acaba de exigir uma terceira cirurgia, com sete horas de duração. Mas o mártir é a figura que cuspiu. É o Brasil 2018.


quarta-feira, 21 de junho de 2017

Cade deve ser duro na avaliação da fusão de Kroton e Estácio

O julgamento da aquisição da Estácio pela Kroton está marcado para semana que vem, com “chances reais” de reprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), segundo fontes que acompanham as negociações. A avaliação é de que, após o órgão ter sido citado na delação de executivos da JBS, o conselho quer passar à sociedade uma mensagem de que age de maneira firme. A união das duas empresas de educação cria uma companhia avaliada em quase R$ 30 bilhões.

Os rumores sobre uma eventual rejeição pelo Cade chegaram ao mercado e as ações das empresas tiveram um baque ontem: os papéis da Estácio recuaram 7,11% e os da Kroton, 3,89%. O prazo para que a operação seja analisada iria até 27 de julho, mas como o Cade não terá sessões de julgamento no mês que vem, o caso vai a exame na próxima quarta-feira. Nas últimas semanas, a Kroton ofereceu vender um pacote com cerca de 250 mil matrículas para ter aprovado o negócio. De acordo com fontes, o remédio foi considerado suficiente pela conselheira relatora do caso, Cristiane Alkmin. Mas o restante dos conselheiros acha que é preciso mais. 

Entre as propostas exigidas pelo Cade – órgão que fiscaliza questões concorrenciais – está a venda da marca Anhanguera e grande parte dos ativos ligados à universidade, o que a Kroton considera desproporcional.  Com isso, a negociação está, no momento, “muito difícil” e pode não chegar a uma solução. Uma das alternativas em discussão é que a conselheira leve a plenário um acordo, mas ele poderá não ser homologado pelos quatro demais conselheiros, o que reprovaria a operação.

Os maiores opositores à operação seriam o presidente interino do Cade, Gilvandro Araújo, e o conselheiro Paulo Burnier. Araújo foi citado na delação de Joesley Batista. O dono da JBS afirmou que, a mando do presidente Michel Temer, o ex-deputado Rodrigo Rochas Loures ligou para o presidente interino do conselho pedindo decisão favorável do Cade em caso envolvendo uma termoelétrica do grupo. O Cade nega qualquer interferência e ressalta que não houve decisão ainda no caso.

Araújo e Burnier defendem que o plenário do Cade siga a recomendação da superintendência-geral do órgão, que, em parecer publicado no começo de fevereiro deste ano, recomendou reprovação. A superintendência concluiu que a operação tem potencial para provocar distorções no mercado não apenas em termos locais, mas em todo o território nacional, dada a forte presença de ambos os grupos no ensino a distância (EAD).

Kroton e Estácio são os dois maiores grupos de educação superior do Brasil. Caso o Cade autorize a operação sem restrições, a nova empresa dominaria mais de 20% do setor e teria cerca de 1,6 milhão de alunos em suas fileiras. Dos 118 municípios nos quais os dois grupos operam, há superposição entre eles em 17 cidades. De acordo com a superintendência geral, em oito cidades – sendo cinco capitais -, haveria problemas de concentração como, por exemplo, a obtenção de mais de 30% do mercado.

Negociação
Por isso, para convencer o Cade a aprovar o negócio, a Kroton propôs inicialmente a venda de 100% do EAD da Estácio para um terceiro competidor e, com o desenrolar das negociações, aceitou até mesmo se desfazer de 250 mil alunos presenciais.  Mas o Cade avaliou ser necessário um “remédio” maior para aprovar o negócio, exigindo a venda da marca Anhanguera e de parte dos ativos da faculdade do grupo, que tem 440 mil alunos no ensino presencial e 80 mil na modalidade a distância.

A possibilidade de venda de uma considerável parte dos ativos da empresa movimentou o mercado do setor. Pelo menos seis grandes grupos educacionais procuraram a Kroton para obter detalhes sobre esse pacote de faculdades que pode ter de “ir a leilão”. 

As informações são da Isto É