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sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Brava gente brasileira! - Percival Puggina


         Perdi a conta do número de vezes. Ao longo de décadas, foram muitos os 7 de Setembro aproveitados para produção de manifestos, discursos, eventos e nos quais estava ausente o verde e amarelo das bandeiras. Para uma parte da nação, a data era marcada pelo conhecido “Nada a comemorar!”. Era assim se a esquerda não estava no poder.

Sempre me opus a isso e continuo a me opor.  É a pátria ou é o poder? A data é nacional e patriótica, não é militar! É de cada um e de todos. Ninguém é dono do 7 de Setembro. A data é também muito minha e não abro mão. Não tenho o hábito de assistir desfiles ou ir às ruas nessa data, mas sempre uma bandeira no coração e outra na sacada.

Por isso, periodicamente, escrevi artigos buscando trazer luz para a toxidez daqueles sentimentos e mobilizações. Como compreender que o amor à Pátria, à Pátria Mãe, o deslumbrante chão onde pisa, vive, ama e labora a brava gente brasileira, dependa da sintonia de cada um com o grupo político instalado no Planalto Central? Que tem a ver uma coisa com a outra?

O amor filial não é assim. Não é saudável o sentimento daquele cujo amor à mãe depende da satisfação de seus desejos. Maus filhos esses para os quais o aniversário da mãe só é comemorável quando estão “de boa”! A Pátria, mãe, fala comigo no belo idioma que aprendi dos meus pais, me educa na herança cultural, me revelou a Fé que a anima e, onde vou, me apresenta meus irmãos, os brasileiros.

Sei que há um esquerdismo, infelizmente dominante entre nós, que não apenas vive dos conflitos que gera, mas para o qual o patriotismo é tiro no pé da revolução proletária internacional. O grito do Manifesto Comunista – “Proletários de todos os países, uni-vos!” – cruzou o século passado e continua a suscitar o interesse na derrubada de fronteiras. O vermelho da revolução não combina com as cores de outras bandeiras.

Aproveitemos este Sete de Setembro para refletir sobre o que certos conterrâneos estão a fazer com nossa gente. Eles não podem continuar transformando o Brasil numa casa de tolerância, desavergonhada como nunca se viu igual. 
Nela, o banditismo das ruas é justificado em sala de aula e nos livros de Direito. 
Nela, as bandalheiras deslavadas e sorridentes de uma elite rastaquera e debochada, que conta dinheiro e votos como se fosse a mesma coisa, não mais escandalizam a tantos. 
Nela, impõe-se uma tirania, a Constituição é derrotada no aggiornamento de suas leituras, a liberdade de expressão é reprimida e a repressão festejada em ruidosas manifestações acadêmicas.

Dedicam-se, há bom tempo, à tarefa de corromper o próprio povo porque são milhões e milhões que já não se repugnam, que já não reclamam, que sequer silenciam, mas aplaudem, mas agradecem, mas reverenciam e se declaram devotos.

Não é apenas na vilania das práticas políticas que a nação vai sendo abusada e corrompida. Também no ataque frontal às mentes infantis (!), nos costumes e no desprezo à ética, à verdade e aos valores perenes, sem esquecer o trabalho dos catadores do lixo histórico dedicados a despejar seus monturos nas salas de aula, suscitando maus sentimentos aos pequenos brasileiros. 
Também nas novelas, na cultura, nas artes. 
Nas aspirações individuais e nas perspectivas de vida. 
Incitaram o conflito racial numa nação mestiça desde os primórdios. 
À medida que Deus vai sendo expulso, por interditos judiciais e galhofas sociais, instala-se, no Brasil, cheirando a enxofre, o tipo de soberano que se vê pela TV.

Na frente de minha casa, como nos versos de Castro Alves, a brisa do Brasil beija e balança o auriverde pendão da minha terra.

Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país.. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

 

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Brava gente brasileira! - Ana Paula Henkel

Revista Oeste

A única coisa que não pode ser maquiada é o povo na rua

Apoiadores de Jair Bolsonaro, em Porto Alegre (RS), durante o feriado 07 de setembro | Foto: Miguel Noronha/Futura Press
Apoiadores de Jair Bolsonaro, em Porto Alegre (RS), durante o feriado 07 de setembro | Foto: Miguel Noronha/Futura Press
 
Em 2020 a pandemia trouxe enormes perdas para o Brasil e para a humanidade. O vírus chinês destruiu famílias e dizimou negócios.  
A doença trouxe vários sintomas graves e, entre eles, a fome, a mentira, a manipulação, a politização de vidas e do futuro de todos nós. Governantes foram expostos e suas lideranças (ou a falta delas!) mostraram problemas graves ao mundo, bem mais graves do que a própria pandemia.
 
No Brasil, no entanto, um outro vírus avassaladorque adoeceu o país com sintomas incrivelmente similares aos do vírus chinês havia tomado conta da nação desde 1º de janeiro de 2019. 
O cenário já antevia ao da pandemia e com os mesmos inimigos do povo torcendo para o “quanto pior, melhor”. 
Mentira, manipulação, politização de vidas e do futuro estavam em curso. E tudo por causa do resultado de uma eleição presidencial em 2018.
TSE Bolsonaro
As ruas do país foram tomadas por manifestantes em atos de apoio 
ao presidente | Foto: Tomzé Fonseca/Futura/Estadão Conteúdo

A eleição de Jair Bolsonaro não apenas mexeu nas entranhas do establishment e desordenou toda uma sequência de um teatro que enganou o brasileiro durante décadas, mas reviveu a memória de quem insistia em não querer lembrar o que o PT fez no poder entre 2003 e 2016, e o país que entregaram: a pilhagem bilionária dos cofres públicos, as verdadeiras fortunas “emprestadas” a ditaduras companheiras, o aparelhamento do Estado por militantes cleptomaníacos, a total incapacidade de viabilizar no país um ambiente favorável ao investimento e à geração de empregos com crescimento sustentável sem feitiçarias econômicas e muito mais. Enquanto a bolha de falsos liberais, jornalistas militantes e celebridade hedonistas se preocupa e com a proteção de seus próprios vícios e perversões em 2022, suas estúpidas falácias continuam sendo plantadas e espalhadas como ervas daninhas na rasa e falsa comparação de um ex-presidiário e o maior corrupto que o país já viu com o atual presidente.

Desde a eleição de 2018, o presidente Jair Bolsonaro não teve um dia sequer de sossego, ou de pelo menos o mínimo de uma oposição intelectualmente honesta ou propositiva. A gritaria política faz parte de qualquer cenário democrático, fato. 
Mas o repertório de xingamentos, mentiras e ataques ao presidente e todos aqueles de seu governo ultrapassa a infantilidade e beira a insanidade mental.  
Há quatro anos, não apenas o presidente, mas o país vem testemunhando um ritual satânico que alimenta a destruição de reputações, mentiras, e a própria implosão do nosso já capenga Estado de Direito. 
No entanto, o plano diabólico não contava com um “pequeno” detalhe que há muitos anos vem sendo deixado de fora do tabuleiro político nacional: o povo.

Independência ou morte em 7 de Setembro de 2022

Ainda tento encontrar palavras para descrever o que senti neste 7 de Setembro. Fiz questão de estar no Brasil e ver, de perto, o que meu coração me dizia que seria essa data. 
Não era e não foi um 7 de Setembro comum. Não apenas pela comemoração do bicentenário de nossa independência, mas porque há muito em jogo em nosso futuro como nação forte. Nossa Constituição não é mais respeitada por aqueles que deveriam protegê-la a todo custo. 
Há juízes ativistas tomando conta das leis em conluio com membros da velha imprensa e da velha política, e precisávamos entregar uma mensagem. Políticos estão omissos em suas atribuições institucionais e nossas ferramentas de freios e contrapesos para manter saneada nossa República estão sendo ignoradas. E lá foi o povo para as ruas. 
O mesmo povo que causa nojo e ódio nos mesmos hipócritas que bradam proteger as minorias e os pobres, mas que enriquecem deitados na cama com banqueiros, ditadores e corruptos.                       Mas o povo entendeu, e deu o seu recado em um mar de brasilidade verde e amarela: o autointitulado “pai dos pobres” e uma mãe para os ricos não vai mais segurar as rédeas da nação. Pelo menos se houver eleições limpas e justas.
Jair Bolsonaro interage com o público em discurso na 
Praia de Copacabana | Foto: Reprodução/Redes sociais
O Brasil estava como um grande desfile olímpico! Centenas de cidades e milhões de pessoas vestidas com as cores de nossa bandeira decidiram dar o recado. E eu vi tudo, ninguém me contou, não li em lugar algum. 
Ali, na Avenida Paulista, em São Paulo, não consegui evitar que passasse um longo filme de 24 anos como atleta profissional pela cabeça. 
Todas aquelas viagens pelo mundo usando um uniforme verde e amarelo. Assim como em muitos países percorridos, era possível ouvir nosso Hino Nacional, que tocava em carros espalhados por toda a Avenida Paulista. 
Diante de uma multidão, um filme olímpico com nosso hino sendo tocado nos pódios insistia em voltar na memória. 
Eu estava em uma grande — na verdade, em uma gigantesca — delegação olímpica pelo Brasil! A maior e a mais bonita delas! 
E não havia lixo nas ruas, não havia baderna, não havia vandalismo, não havia brigas e discussões…, mas havia um grande senso de civilidade e responsabilidade, tão forte que poderia ser quase tocado no ar. Havia uma paixão profunda incrustada nos rostos das pessoas, eu sei que ela estava lá, eu vi! As pessoas tinham o mesmo semblante de quando tirávamos da mala nossos uniformes novos com a bandeira do Brasil bordada na manga, como as que os soldados usam em seus uniformes nas guerras.

Os mesmos que colocam medo no povo estão — na verdade morrendo de medo do povo

Às vezes, a cabeça ficava vazia, sem pensamentos. As pessoas gritavam meu nome e eu apenas entrava num estado de transe diante de tantas imagens que jamais esquecerei, tantas fotos, tantas nuances verde-amarelas, tantos sorrisos. Sim, muitos sorrisos apesar de tudo que estamos vivendo no Brasil. E, tentando decifrar aquela avalanche de informações em forma de imagens sobre a nova realidade do brasileiro e sua paixão pelo país e pelas ferramentas que podem transformar um país em nação, mais tarde lembrei-me de uma cena espetacular do excelente filme Dunkirk, de 2017, dirigido e produzido pelo britânico Christopher Nolan.

Em 1940, ainda no começo da Segunda Guerra e sem a presença das tropas norte-americanas, depois que belgas, britânicos e franceses foram cercados por tropas alemãs durante a longa batalha de seis semanas no norte da França, 198 mil soldados britânicos e 140 mil soldados franceses e belgas foram salvos na operação conhecida como “Milagre de Dunquerque”. A evacuação maciça das tropas aliadas das praias e do porto de Dunquerque, que envolveu centenas de embarcações navais e civis e serviu como um ponto de virada para o esforço de guerra dos Aliados.

Dunkirk, um sucesso do cinema que já nasceu com etiqueta de clássico, coroa o brilhante trabalho de Christopher Nolan que retrata com maestria as mazelas humanas e a beleza do espírito divino que se manifesta em todos nós, se assim permitirmos. É nas cenas em Dunkirk que meus pensamentos fazem a conexão com este momento tão crítico no Brasil. O trecho que resume a ideia central do filme é quando um piloto de avião abatido, resgatado boiando no mar e traumatizado, grita com o homem comum que segue com seu pequeno barco para tentar resgatar soldados a pedido de Churchill na França ocupada: “Você tem que voltar! Seu lugar é em casa! Seu lugar é em casa!”, grita o piloto abatido.

Para o piloto, vivido pelo brilhante ator irlandês Cillian Murphy (Peaky Blinders), o cidadão comum deve deixar a guerra para os profissionais, já que o mais prudente é ausentar-se, omitir-se, proteger-se em sua própria casa, enquanto o destino da nação está sendo decidido entre os exércitos das forças do bem e do mal na Segunda Guerra. A resposta de Mr. Dawson, interpretado com uma dignidade comovente por Mark Rylance, não poderia ser mais pertinente e definitiva: “Se não ajudarmos, não haverá mais casa, filho”.

A grande geração que salvou o mundo do eixo nazifascista há mais de sete décadas era composta de heróis na essência do termo, em pensamento e ação, em força e capacidade de sacrificar tudo por todos. Lembrando G. K. Chesterton, eram jovens que não foram movidos pelo ódio do que estava na frente, mas por amor ao que deixavam para trás. E foi exatamente isso que eu vicom os meus próprios olhos neste 7 de Setembro: zelo, orgulho e amor, muito amor.

O assalto petista
O Brasil ainda sofre com as consequências de uma dura batalha travada contra o assalto sem precedentes do PT às instituições brasileiras, autorizado a voltar à cena do crime (alô, Alckmin!) por manobras ativistas e inconstitucionais por parte do STF. A imprensa de necrotério, completamente impregnada com seus agentes políticos torpes, é mais um tentáculo no projeto de poder da nova era petista que envolve não apenas um fantástico e inacreditável volume de dinheiro, mas também a clara e evidente intenção de usar da força desses braços infiltrados no Estado para subjugar o país ao projeto de poder do partido mais uma vez.
Praia de Copacabana no Bicentenário da Independência -
Foto: Reprodução/Redes sociais

Os mesmos agentes nefastos do STF que ajudaram a instaurar o pânico durante a pandemia para total controle da sociedade, que vêm cerceando liberdades constitucionais e protegendo corruptos, tentaram — mais uma vez — amedrontar a população antes do 7 de Setembro para que o povo não saísse às ruas e mostrasse seu apoio e seu amor ao país. Os mesmos que colocam medo no povo estão — na verdade — morrendo de medo do povo

Falam apenas para suas bolhas hedonistas, trancam comentários em redes sociais e se lambem em ambientes controlados sem os germes dessa gente chata esse troço chamado “povo” que resolveu gostar e falar de política.

Se falta honestidade e liderança no STF ou no Congresso, anda sobrando liderança com o povo na rua para irritar os ungidos.  
Sabemos que, se não encararmos essa guerra e apenas voltarmos para casa, pode não haver mais casa esperando por nós. 
Mas, como brilhantemente disse o jornalista Silvio Navarro, editor da Revista Oeste, eles — os ungidos — também sabem que a única coisa que não pode ser maquiada é o povo na rua. Ali não há margem de erro.

Leia também “Sr. Gorbachev, derrube este muro” 

Ana Paula Henkel, colunista - Revista Oeste (AnaPaulaVolei)