O número de funcionários públicos na ativa, em todos os níveis de
governo, aumentou muito mais do que a população; o salário médio desses
servidores cresceu mais do que a remuneração média dos trabalhadores do
setor privado; o pessoal empregado pela União, pelos Estados e pelos
municípios se apropria de uma fatia maior de tudo o que o País produz. Se essa evolução da burocracia pública em duas décadas – entre 1995 e
2016 –, aferida pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),
tivesse sido acompanhada da correspondente expansão dos serviços
públicos prestados à população, bem como de sua melhoria, certamente as
condições de vida no País seriam melhores.
No entanto, indicadores sociais bem conhecidos – como os referentes ao
desempenho do sistema público de ensino, à segurança da população, à
qualidade dos serviços de saúde prestados por instituições públicas e à
eficiência dos sistemas de transportes públicos – mostram que os ganhos
para a sociedade, quando existem, são muito limitados. O contribuinte
gasta cada vez mais para manter uma máquina administrativa que não lhe
devolve, na mesma proporção, o adicional que dele retira na forma de
tributo.
O Atlas do Estado Brasileiro, lançado há pouco pelo Ipea, com uma
análise da evolução do quadro de pessoal das três esferas de governo,
mostra que, entre 1995 e 2016, o número de funcionários públicos na
ativa passou de 6,264 milhões em 1995 para 11,492 milhões em 2016.
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