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segunda-feira, 25 de julho de 2022

Socialismo, fábrica de miséria - Helio Beltrão [UTILIDADE PÚBLICA]

"Não existem experimentos controlados em ciências sociais, mas este exemplo é o que mais se aproxima disso. 
Um povo com uniformidade de história, língua, costumes e etnia foi separado em dois ao longo do paralelo 38 em 1945 e adotou dois sistemas de governo distintos: socialismo ao norte (com 8 milhões de habitantes), capitalismo de economia mista ao sul (com 5 milhões de habitantes)."
 
"Depois de 70 anos, os norte-coreanos são 5cm mais baixos que os sul-coreanos e vivem 12 anos a menos. 
A população da Coreia do Norte é, agora, metade da Coreia do Sul (52 milhões versus 26 milhões). Finalmente, o PIB da Coreia do Sul é 50 vezes superior ao da Coreia do Norte, com renda per capita 25 vezes mais alta."


Comento

A imagem aérea é um flagrante indesmentível da violência cometida contra os norte-coreanos pelo regime totalitário e assassino que os sufocam. O povo da península demonstra, ao sul, sua capacidade. O regime comunista exibe, ao norte, a tragédia que é capaz de produzir.

Quem defende e louva esse regime tem candidatos na eleição de outubro.


Nota do editor do site:[Percival Puggina]  Um leitor compartilhou comigo pelo WhatsApp postagem de Helio Beltrão com a prova fotográfica da tragédia causada pelo comunismo na Coreia do Norte. Fui atrás desse conteúdo nas redes sociais do autor, mas não encontrei, o que me fez supor que não fosse postagem recente. Uma busca no Google me levou a uma reprodução desse texto em matéria publicada em 2019 pelo jornal Folha do Mate. Segue o texto original de Helio Beltrão, que é engenheiro, administrador, economista, fundador e membro do conselho consultivo do Instituto Millenium e atual presidente do Instituto Mises Brasil.

Transcrito por: Blog Prontidão Total 

 

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

A falsidade como meio de vida



Em 2009, já escolhida pelo então chefe, Luiz Inácio Lula da Silva, para lhe suceder na Presidência da República, Dilma Rousseff teve registrada no currículo oficial, divulgado no site da Casa Civil, que chefiava, sua condição de mestre (master of science) e doutora (Ph. D.) em Ciências Econômicas pela Universidade de Campinas (Unicamp).  

Pilhada em flagrante delito pela revista Piauí, ela reconheceu que não era nada disso. E mandou corrigir seu Curriculum Lattes (padrão nacional no registro do percurso acadêmico de estudantes e pesquisadores, adotado pela maioria das instituições de fomento, universidades e institutos de pesquisa do país), que informava ter ela cursado Ciências Sociais.

Falsificar Curriculum Lattes equivale, na Academia, a usar um falso diploma de médico. Cobrada, Dilma justificou-se: “Aquela ficha do Lattes era de 2000. Eu era secretária de Minas, Energia e Telecomunicações no Rio Grande do Sul. Eu não tinha mais nenhuma vida acadêmica. Eu era doutoranda porque eu não tinha sido jubilada, era doutoranda. Ao que parece eu fui jubilada em 2004, mas não fui comunicada”.

Do episódio se conclui que, pelo menos desde então, Dilma tem mantido hábitos que se mostraram recorrentes nas duas eleições presidenciais que disputou (em 2010 e 2014) e nos mandatos que nelas obteve. Um deles é conjugar verbos repetitivamente na primeira pessoa do singular. Outro, recusar-se a assumir a responsabilidade pelos próprios erros. Para ela, a culpa era do Lattes, não dela.  

Já no dilmês tatibitate, ao qual o país se acostumaria nestes tempos, ela se eximiu da falsificação do documento. Quem falsificou seu currículo? Ela mesma nunca se interessou em saber e denunciar. Nem explicou como pagou créditos de doutorado sem ter apresentado dissertação de mestrado, como é praxe. Esta, contudo, é uma mentira desprezível se comparada com outro acréscimo que fez a sua biografia: o da condição de heroína da democracia, falsificando o conceito básico que definiria o objetivo de sua luta.

Ela combateu, sim, a ditadura, ao se engajar num grupo armado de extrema esquerda de inspiração marxista-leninista, o VAR-Palmares. Sua atuação está confirmada em autos de processos na Justiça Militar, em que foi acusada de subversão e prática de atentados terroristas. E foi narrado em detalhes por Carlos Alberto Soares de Freitas, o Beto, que a delatou em depoimento mantido no arquivo digital de O Globo: oglobo.globo.com/politica/confira-integra-do-depoimento-de-beto-dado-em-1971-2789754

Dilma mente porque, como atestam ex-guerrilheiros mais honestos, eles não lutavam por uma democracia burguesa, mas, sim, pela “ditadura do proletariado” de Marx, Lenin, Stalin, Pol Pot, Mao e dos Castros.

Na campanha pela reeleição, que ela empreendeu em 2014, Dilma parecia padecer de uma compulsão doentia à mentira. No palanque, ela prometeu o Paraíso de Milton e já nos primeiros dias do segundo governo, este ano, começou a entregar a prestações o Inferno de Dante. No debate na TV Globo com Aécio Neves, do PSDB, que derrotaria nas urnas, ela sugeriu à cearense Elizabeth Maria, de 55 anos, que disse estar desempregada, apesar de seu diploma (não falsificado) de economista, que procurasse o Pronatec. Em 2015, esse carro-chefe da propaganda engendrada pelo bruxo marqueteiro João Santana, o Patinhas, terá 1 milhão de vagas, um terço das do ano passado. E, em sua Pátria Enganadora (que “Educadora”?), foram cortados R$ 2,9 bilhões das escolas públicas.

Este é apenas um dos exemplos da terrível crise econômica, política e moral, com riscos de virar institucional, causada pela desastrada gestão das contas públicas em seu primeiro mandato, em especial no último ano, o da eleição, Em 2014 viu-se forçada a violar a Lei da Responsabilidade Fiscal, cobrindo rombos nos bancos públicos para pagar programas sociais, como seria reconhecido até por seu padim Lula.

Tudo isso põe no chinelo os lucros do falsário Clifford Irving, causador de imensos prejuízos no mercado das artes plásticas e que terminou virando protagonista de Orson Welles no filme Verdades e Mentiras. Não dá para comparar milhares de dólares perdidos na compra de obras de arte falsas com a perda de emprego por mais de 1 milhão de brasileiros em 12 meses nem a empresários fechando suas empresas.

Os dois só se comparam porque neles falsificar é meio de vida – jeito de obter um emprego e se manter nele. Na Suécia, onde começou a semana, Dilma fez seu habitual sermão da permanência doa a quem doer (e como dói!). 

Questionada se havia risco de os contratos que assinou serem anulados por um sucessor que capitalize a crise criada por seu desgoverno, afirmou: “O Brasil está em busca de estabilidade política e não acreditamos que haja qualquer processo de ruptura institucional”. A imprecisão semântica serve à falsificação da realidade – não como método, mas como ofício. Se se busca estabilidade, estabilidade não há. Não é necessária ruptura institucional para ela cair.

E ontem ela atingiu o auge do desprezo à inteligência alheia ao repetir a madrasta da Branca de Neve em frente ao espelho, num delírio de falsidade e má-fé: “O meu governo não está envolvido em nenhum escândalo de corrupção”.

Os jardineiros de Alice no país das Maravilhas, de Lewis Carrol, pintavam de vermelho rosas brancas que plantaram, em vez de vermelhas, que a Rainha de Copas os mandara plantar. Quem apoia a alucinação obsessiva de nossa Rainha de Copas falsária 150 anos após a publicação da obra“depô-la é golpe” – não tem memória. Pois ignora que o que ela tenta é alterar a cor da História: o primeiro presidente eleito pelo voto direto depois da ditadura, Fernando Collor, hoje investigado por corrupção, foi deposto por impeachment e substituído pelo vice, Itamar Franco, por quem ninguém dava nada, mas que nos libertou da servidão da inflação. O resto é a falsidade de ofício dela. [por questão de fidelidade histórica cabe lembrar que Fernando Collor renunciou.]

Fonte: JOSÉ NÊUMANNE - Estadão