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sábado, 22 de julho de 2023

Preparai-vos, eleitores do Bolsonaro, ou sereis extirpados. - Valterlucio Bessa Campelo

 

       O quadro acima, que fiz questão de emoldurar, traduz bem o momento que estamos vivendo no Brasil, embora os lacaios da extrema imprensa insistam em olhar pro lado ou passar pano, como fizeram vergonhosamente nos últimos dias. É seguramente um período de exceção, o chamado “estado democrático de direito” foi pro brejo faz tempo.

Aos lulopetistas de cuecas vermelhas, isentões etc., pergunto: 
- Como vocês acham que começam os regimes totalitários? 
- Com o caminhão do ovo gritando na rua? 
- Com o pé na porta da igreja? 
É não, diria eu mesmo ao meu amigo bobinho. É assim, é solapando as instituições, dominando a imprensa por todos os meios, silenciando e cassando opositores, amaciando lentamente o cidadão como se fosse um bife sob o martelo, até que ele não se importe em ver as sombras se abaterem sobre seu futuro e o dos seus filhos ou, em muitos casos, decida fazer parte do esquema macabro.
 
Num dia, um ministro do STF, o mais progressista do grupo, aquele que quer mover a história e acha normal a Corte se transfigurar em órgão político, se dá ao desfrute de discursar em uma Assembleia Estudantil dominada há décadas por partidos de extrema esquerda e se declarar antibolsonarista, em flagrante atrito com a Constituição Federal, pelo menos, é o que pensam alguns PARLAMENTARES que assinaram contra ele um pedido de impeachment (entre eles, por enquanto, quatro corajosos acreanos – Alan Rick, Marcio Bittar, Coronel Ulysses e Eduardo Veloso). 
A CF veda a participação de ministros em eventos políticos e partidários. Convenhamos, no caso em tela, apenas a presença do Barroso, calado, sem soltar um sequer de seus barrosismos, ensejaria quebra do decoro. 
 
No outro dia, um importante jornalista, Ricardo Kotscho, ex-Ministro do Lula da Silva, esquerdista de carteirinha e bolsista da viúva na Comissão de Anistia, foi mais além. 
Segundo ele, a pacificação do país não é possível porque tem muito bolsonarista solto, ou seja, se quiser paz Lula da Silva deverá construir presídios para uns 58 milhões de adultos que votaram em Bolsonaro, o que, para quem aplaude Stálin, Mao Tse Tung, Pol Pot, Fidel Castro, Kim Il-Sung etc., não parece impossível. Aguardemos.
 
Concomitantemente, o próprio Lula da Silva, em momento inspirado, não se conteve.  
Não é possível saber se leu em algum lugar, o que seria duvidoso, ou se alguém (quem sabe a janja?) lhe falou ao ouvido ou, ainda, se ele mesmo pensou, [pensou??? ele consegue realizar tal ação? tem o órgão essencial para tanto?] o certo é que praticamente REPETIU as palavras NAZISTAS de um homem que ele mesmo já disse admirar. Sabe quem? Adolf Hitler. (VEJA AQUI). Segundo Lula da Silva, os bolsonaristas são ANIMAIS SELVAGENS que precisam ser EXTIRPADOS. 
Antes ele achava que deveriam ser “purificados”, seja lá o que isso signifique. Quem sabe, uma nova Inquisição política. 
 Se o leitor tem alguma dúvida do que se trata EXTIRPAR, nem se dê ao trabalho. 
No quadro abaixo tem uma listinha de sinônimos, que peguei do Google:

Extirpar

Assolar,abalar,abater,abolir,acabar,afligir,alhanar,aluir,aniquilar,anular,
apagar,arrasar,

Arruinar,aterrar,Avexar,bombardear,ceifar,cercear,consumir,demolir,
depopular,depredar,

Derribar,derrocar,derrotar,derrubar,desbaratar,desmoronar,desolar,
destroçar...
 
[um comentário:  na verdade, o cidadão  pretendia expor o propósito de eStripar (vivos) os bolsonaristas e, após, extirpá-los.]

Pronto. Se o leitor, por acaso, é um dos 62,5% dos eleitores acreanos que votaram no Bolsonaro, pode escolher aí no quadrinho o que pretende pedir ao carrasco vermelho. Tem pra todo gosto. Hitler, o admirado pelo Lula, não deu muita escolha aos inimigos que chamava de animais, com ele era tiro na nuca ou câmara de gás, Stálin tinha um leque de opções que variava entre um tiro na nuca e o frio da Sibéria (havia quem escolhesse o tiro), Mao Tse Tung preferia matar de fome mesmo, Pol Pot era extremamente cruel, gostava de ver o inimigo sofrer sob tortura, Fidel curtia um “paredón”, e por aí vão eles.

Enfim, a experiência de mais de 100 milhões de mortos por seu sistema poderá inspirar os comunistas, entre os quais um que disso se orgulha, ou seja, o próprio Lula. Sem nenhum remorso, eles executarão as ordens, afinal, os seus inimigos, os eleitores de Bolsonaro, foram desumanizados, não são gente, será um processo que visa o amor e a paz, né, Kotscho? Além disso, como cochichou o ministro do TSE ao ouvido do colega na diplomação do Lula, “missão dada é missão cumprida” (lembrei Adolf Eichmann em seu próprio julgamento em Nuremberg). Penso se não seria o caso de recorrer aos defensores dos animais, talvez os ambientalistas de coração bom resolvam salvar esses “animais selvagens” das garras dos extirpadores.

Feita a explicação do quadro pavoroso que encima este texto, talvez seja hora de chamar atenção para a necessidade que temos, todos os democratas, de enfrentar a barbárie anunciada. Aqui? Sim, aqui no Acre e em todos os lugares, em todos os municípios brasileiros. 
Como disse o jovem Étienne de La Bóetie no século XVI, em seu “Discurso da Servidão Voluntária”, a melhor coisa que se pode fazer contra o tirano é não entregar o que ele deseja. 
O que Lula mais deseja é ganhar as eleições para, sob a capa da incolumidade do processo eleitoral, levar adiante seu desiderato perverso, então, que perca. 
Já no próximo ano teremos uma oportunidade de derrotar os extirpadores nas eleições para prefeito
Milhares de pequenas vitórias em milhares de pequenos e grandes municípios farão uma grande vitória da verdadeira democracia, liberal, de respeito à vida, ao indivíduo e suas opções, à família, às religiões, à propriedade, às tradições e à nação. 
Se não somos extirpadores de ninguém, nem queremos ser extirpados, lutemos.

*        O autor, Valterlucio Bessa Campelo, escreve às sextas-feiras no site as24horas e, eventualmente, no seu BLOG, no site Liberais e Conservadores do Percival Puggina e outros sites.  

 

 

domingo, 25 de junho de 2023

Mortos do Titan - Esquerda, especialmente comunistas, faz festa com vítimas de tragédia do submersível - Gazeta do Povo l

Eli Vieira - Ideias 

Ódio do bem

 

“Dando risadinhas involuntárias toda vez que lembro que quatro multimilionários, que não sabiam mais como torrar o dinheiro, estão perdidos no meio do Oceano”, Laura Sabino, influencer comunista, cujo objetivo, segundo sua conta no Instagram, é “tirar o jovem do seio do liberalismo e colocar na teta de Marx”. 

A declaração acima, motivada por ódio, ressentimento e inveja, foi a tônica da esquerda nas redes sociais: comemoração em êxtase da morte de cinco pessoas, que cometeram o “crime” de serem ricas. 

E a comunista Laura Sabino não foi a única. O editor Eli Vieira mostra como a tragédia que tirou cinco vidas foi exaltada pelos esquerdistas. 

Titan, Ocean Gate
Submersível Titan, da empresa Ocean Gate, vitimou cinco pessoas em expedição malfadada aos destroços do Titanic.| Foto: EFE/Ocean Gate

Resumo da reportagem

  • Tragédia submersível Titan: 5 pessoas, incluindo executivos ricos, morreram quando seu suprimento de oxigênio acabou a 3800 metros de profundidade do Atlântico.
  • Reação na internet: vários usuários, principalmente comunistas, ridicularizaram a tragédia, comemorando a morte de indivíduos ricos, evidenciando um discurso de desumanização.
    • Contexto histórico: a desumanização dos ricos é uma tradição em discursos de extrema esquerda, usada para justificar violência e repressão, com base em uma visão marxista da sociedade. [a maldita esquerda que inclui, sem limitar, o petismo, não tem competência para enriquecer - tem apenas para viver do empreguismo (grande parte deles) ou do desvio de recursos públicos {a quase totalidade - havendo uma ínfima minoria que consegue enriquecer por esforço honesto} - e sempre se regozijam com os desastres (desastres em sua maioria ensejam compras sem licitações, despesas urgentes = que são as maiores fontes dos que assaltam os cofres públicos), especialmente quando estes atingem pessoas que tiveram  êxito com o trabalho.]

Em algum lugar a 3800 metros de profundidade do Oceano Atlântico, nos arredores do que resta do navio Titanic, cinco pessoas presas por dias em um pequeno veículo submersível, o Titan, pensavam no que fazer nas últimas horas que tinham de vida, enquanto seu suprimento de oxigênio lentamente se esgotava. Estima-se que se esgotou na quarta (21). Nesta quinta, pedaços do submersível foram encontrados, confirmando as mortes.

Para muitos, a julgar pelas redes sociais, a situação é engraçada, pois as vítimas do desastre eram ricas. 
O grupo que está fazendo piadas e deboche a respeito se confunde, ao menos em parte, com o que aplaudiu a censura judicial ao humorista Léo Lins, no mês passado, por piadas supostamente insensíveis.

As vítimas são o engenheiro Stockton Rush, 61 anos, piloto do veículo e diretor executivo da empresa OceanGate, que oferecia as visitas aos destroços do famoso navio que naufragou em 1912; Hamish Harding, 58 anos, aventureiro britânico detentor de diversos recordes em voo e mergulho, que já foi ao polo sul acompanhado de um dos astronautas que pisaram na Lua; Shahzada Dawood, 48 anos, empresário britânico-paquistanês das indústrias têxtil, de construção e fertilizantes, e seu filho de 19 anos Suleman Dawood; e Paul-Henri Nargeolet, 77 anos, um ex-mergulhador da Marinha da França conhecido comosr. Titanic” pelo conhecimento que acumulou a respeito da embarcação — ele fez parte da primeira expedição aos destroços em 1987.

A OceanGate estava cobrando US$ 250 mil (R$ 1,2 milhão) de cada passageiro. O serviço comercial fora aberto em 2021. Mas o interesse de Stockton Rush não era apenas financeiro: sua esposa, Wendy, é tataraneta de Isidor e Ida Straus, casal vítima do naufrágio do Titanic.

O Titan partiu para a expedição no domingo (18) por volta das 9h da manhã, no horário de Brasília.  
Uma hora e 45 minutos depois, interromperam-se as comunicações com seu navio acompanhante de superfície, o Polar Prince. 
Um submersível, ao contrário de um submarino, depende de comunicação com sua nave-mãe. Sem o contato, o veículo ficou sem conhecimento de sua própria posição e não apareceu na superfície no horário combinado, 16h.

Quando o Polar Prince comunicou o desaparecimento às autoridades canadenses e americanas, 10 horas desde a submersão já haviam passado. A autonomia de oxigênio era de 96 horas no máximo a partir de segunda-feira. Na terça, a equipe canadense detectou sons de “batidas” a intervalos de 30 minutos próximo do local do sumiço. Desde o começo das buscas, contudo, especialistas alertaram que as chances de um resgate de sucesso eram mínimas. Se bem-sucedido, o resgate bateria recorde de profundidade. As mortes foram confirmadas horas depois que os destroços foram localizados.

Torcida de tragédia

Laura Sabino, uma youtuber comunista com 240 mil seguidores no Twitter, comemorou a tragédia na terça: “Dando risadinhas involuntárias toda vez que lembro que quatro multimilionários, que não sabiam mais como torrar o dinheiro, estão perdidos no meio do Oceano”. A publicação obteve 21 mil curtidas. Quando usuários responderam mostrando que ela própria relatou, em 2020, ter perdido uma tia para a Covid-19, que também mata por sufocamento, Sabino riu e questionou a inteligência da comparação.

Gustavo Pedro, dirigente nacional de organização de jovens do Partido Comunista Brasileiro (UJC, PCB), residente no Rio de Janeiro, publicou um meme de um tubarão prometendo comer “três burguês em lata”, comentando “eat the rich” (“coma os ricos”), expressão comum dos socialistas americanos.

Na mesma rede social, “menos 5” se tornou uma das expressões mais usadas pelos usuários nesta quinta-feira, com mais de 15 mil ocorrências. Entre os resultados há comentários como “menos 5 milionários no mundo”, “menos 5 potenciais Elon Musk no mundo”, “menos 5 bilionários no mundo... infelizmente, morre um, nasce um herdeiro”.

O músico e apresentador João Gordo republicou um desenho do submersível no Instagram com legenda “Quantos ‘mini submarinos’ são necessários para sumir com todos os bilionários do mundo?” e acrescentou um comentário: “Ótimo investimento”.

Não é verdade, contudo, que todos eram bilionários. Isso se aplica somente a Hamish Harding e a Shahzada Dawood. Stockton Rush, o piloto, tem patrimônio estimado em US$ 12 milhões, o menor do grupo.


Tradição de desumanização dos ricos, motivação comprovada de inveja
“Burguês” e “capitalista” foram os termos escolhidos por Karl Marx para descrever a suposta classe dominante das sociedades de economia baseada no livre mercado. Mas também se tornaram xingamentos desumanizantes entre os revolucionários. No mínimo, continha uma acusação, derivada de uma conclusão falsa de Marx: que os que tinham muito só poderiam ter roubado dos que tinham pouco.

A ideia foi desmistificada na própria época, por socialistas “revisionistas” como Eduard Bernstein, que apontou em um livro de 1899 que o “capitalismo”, ao contrário do que alegava Marx, estava melhorando a vida dos trabalhadores — um sinal de relação harmônica do trabalho, em vez de apenas de exploração. 
Bernstein preferia atingir o socialismo pela via das reformas, em vez de revolução violenta. Marx condenou os reformistas e optou explicitamente pela violência no Manifesto Comunista escrito com Friedrich Engels, herdeiro rico que o sustentava em Londres com uma mesada.

Como em outros casos históricos, a desumanização acontece na forma de demonização, estereótipo, uso de grupos como bodes expiatórios para erros dos próprios acusadores, e propaganda.

Em 1849, Engels publicou um artigo no jornal de Marx, Neue Rheinische Zeitung, estereotipando povos inteiros: “A próxima guerra mundial resultará no desaparecimento da face da Terra não apenas das classes e dinastias reacionárias, mas também de povos reacionários inteiros. E isso, também, é um passo à frente”, escreveu o comunista.

Na tomada de poder dos bolcheviques na Rússia em 1917, o líder Vladimir Lênin seguiu os passos de Marx e Engels. Como a sociedade vítima de sua revolução era pouco industrializada, os estereotipados foram os “kulaks”, camponeses marginalmente mais confortáveis que a maioria. Em uma carta aos camaradas do partido de agosto de 1918, Lênin manda enforcar em público “100 kulaks conhecidos, homens ricos, sanguessugas”. Antecipando ações de seu herdeiro político Josef Stálin nos anos 1930, já no primeiro ano da revolução, na mesma carta, Lênin dá uma ordem: “Tomem todos os grãos deles”.

Stálin, perseguindo os kulaks, perpetrou contra o povo ucraniano o Holodomor, um genocídio reconhecido pelo Senado brasileiro no ano passado, com estimadas 12 milhões de vítimas entre 1932 e 1933. O instrumento de morte foi uma fome artificial, para a consecução da qual o confisco de grãos foi um dos principais métodos.

O ditador comunista do Camboja, Pol Pot, foi além, perseguindo não só os ricos, mas quem tivesse marcas de intelectualidade, nem que fosse apenas o uso de óculos. Já o ditador comunista Mao Tsé-tung estigmatizou tudo o que fosse associado às tradições antigas chinesas — velhas ideias, velhos costumes, velhos hábitos e velha cultura — na Revolução Cultural de 1966, também deixando milhões de mortos pelo caminho. Em Cuba, quem era rotulado como “contra-revolucionário”, “reacionário” e membro da classe burguesa era executado, aprisionado ou posto em campos de trabalhos forçados, junto com homossexuais. Já na Coreia do Norte, o regime mais fechado do mundo até hoje, o regime comunista criou uma espécie de religião de Estado em que a linhagem Kim é cultuada e fez inúmeras vítimas entre os rotulados burgueses.

Os paralelos com nazistas não são acidente. Os nazistas inspiraram seus campos de concentração nos gulags soviéticos, como conta o nazista Rudolf Hoess, que teve o mandato mais longevo como diretor do campo de extermínio de Auschwitz, em sua autobiografia. Hoess relata que os nazistas sabiam do programa de extermínio em campos de trabalhos forçados dos inimigos da ditadura soviética desde 1939.

Como a Gazeta do Povo informou, a ideologia daqueles que querem usar o poder do Estado para fazer “redistribuição” foi mostrada, em estudos científicos, como motivada importantemente pela inveja maliciosa, que é o tipo de inveja que deseja punir os ricos em vez de elevar os pobres. Além disso, novos estudos em autoritarismo de esquerda mostram que a violência anti-hierárquica é uma das marcas mais distintivas dessa postura.

Atualização: pouco depois da publicação desta reportagem, surgiu como mais plausível a hipótese de que o submersível implodiu, por causa do material impróprio escolhido por Rush, que não aguentou a alta pressão da coluna d'água. 
A informação é da Guarda Costeira americana. 
Houve aviso de inadequação do veículo, mas a empresa ignorou. 
Militares americanos teriam detectado a implosão dias atrás. 
Os cinco, portanto, teriam morrido de forma mais rápida que a sugerida na reportagem.
 
Eli Vieira, colunista - Gazeta do Povo - Ideias
 
 

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Chamar Bolsonaro de “genocida” pode; mas vá chamar o STF de “casa da mãe Joana”…

Vozes - Alexandre Garcia

Liberdade de expressão

A ministra Carmen Lúcia, que agora está no Tribunal Superior Eleitoral, além de estar no Supremo, voltou a ser aquela Carmen Lúcia presidente do STF, que disse “cala a boca já morreu”, ao derrubar uma queixa da campanha de Bolsonaro.

Para Cármen Lúcia, chamar Bolsonaro de “genocida” é exercício do direito de crítica.| Foto: Rosinei Coutinho/STF

Em um discurso feito fora da campanha eleitoral, Lula chamou Bolsonaro de “genocida”. Ora, todos vocês sabem o que é genocida. Hitler é um genocida. Stalin é um genocida. Pol Pot, Mao são genocidas. Mataram milhões. Genocídio é a morte coletiva, assassinato coletivo. Ele se referia certamente à pandemia, que é o que tem sido usado contra Bolsonaro. E nós sabemos que, se for aplicada a palavra “genocida” a essa pandemia no Brasil, ela tem de ser aplicada aos que não deram tratamento a uma doença. Isso é gravíssimo. Muita gente acha que 500 mil teriam sido salvos se fossem tratados.

Mas essa é outra questão; voltemos ao “genocida”. Para a ministra Carmen Lúcia, trata-se apenas do direito de crítica, conforme o Supremo já decidiu e está na Constituição, no artigo 220. 
E isso mesmo que as opiniões sejam duvidosas, exageradas, condenáveis, satíricas, humorísticas ou mesmo errôneas; admite-se até a calúnia, nesse caso. 
Só que, ao mesmo tempo, a Justiça Eleitoral está mandando o candidato a deputado federal Deltan Dallagnol, que foi o coordenador da Lava Jato no Ministério Público, retirar um vídeo em que ele chama o Supremo de “casa da mãe Joana”. Aí não é direito de crítica, mesmo que a opinião seja duvidosa, exagerada, condenável, satírica, humorística...
 
E a juíza Ludmila Lins Grilo, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, está sendo investigada no Conselho Nacional de Justiça porque fez críticas ao Supremo.  
Ora, ministros do Supremo têm feito declarações críticas, políticas e ideológicas, inclusive no exterior, e têm servido de exemplo para juízes de primeira instância, que resolvem fazer o mesmo. 
Só que os ministros da suprema corte estão acima do Conselho Nacional de Justiça, não estão sob a jurisdição do CNJ, que não pode processar nenhum ministro do Supremo; só quem pode fazer isso é o Senado, presidido por Rodrigo Pacheco.
 
Então, eu pergunto a vocês: será que a Justiça, naquela imagem tradicional, que está com os olhos vendados, com a espada e a balança, está mesmo com os olhos vendados?  
Os dois pratos da balança estão equilibrados? Fica a pergunta no ar.
  
Alexandre de Moraes organiza reunião para pedir o que já estava previsto em decreto
O ministro Alexandre de Moraes convocou o Conselho Nacional de Polícia Civil e organizou uma reunião para pedir que sejam presos aqueles que aparecerem armados na seção eleitoral. 
Ele já tinha se reunido com representantes da PM. Eu não sei por quê. Isso já está proibido por um decreto do presidente Bolsonaro, de 2019.  
Aliás, é um dos decretos que o Supremo, por nove votos a dois, restringiu: no artigo 20, o decreto diz que quem tem porte de arma não poderá entrar e permanecer com a arma em lugar público como igrejas, escolas, estádios, clubes, agências bancárias e outros locais onde haja aglomeração de pessoas em decorrência de eventos de qualquer natureza, o que inclui a eleição.  
Cassa-se o porte, apreende-se a arma e ainda abre-se o processo. 
O mesmo acontece com alguém que estiver ostensivamente com a arma, ou andar embriagado, ou sob efeito de droga. 
Isso já existe, então, para que chamar a polícia para fazer reunião? 
Ou será que eles cancelaram esse artigo 20 também? 
Porque por 9 a 2 o Supremo restringiu os decretos do presidente sobre armas durante o período eleitoral...

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Geniais no fracasso - Revista Oeste

Theodore Dalrymple

Existem jornalistas que são excelentes guias para o mundo, contanto que você acredite exatamente no contrário do que escrevem
 
Existem pessoas que são geniais no fracasso. Conheço algumas cuja habilidade de perder dinheiro em um mercado em alta não se equilibra pela habilidade de ganhar dinheiro em um mercado em baixa: elas só perdiam dinheiro em todas as circunstâncias. Essas pessoas não tinham déficit de inteligência nem mesmo de informação; na verdade, pareciam ter uma vontade de fracassar, como se o sucesso fosse um tanto vulgar. Como seres humanos, não eram pessoas não atraentes.

Sugeri que um deles escrevesse uma newsletter financeira, colocando a ressalva de que os leitores deveriam fazer exatamente o oposto do que quer que fosse recomendado. Mas é provável que até mesmo isso tivesse um mau resultado, porque, assim que todo mundo fizesse o oposto dos conselhos dele, que seriam supostamente ruins, essas recomendações se mostrariam boas e, portanto (diante da ressalva), ruins.

Esse homem fazia os Quatro Cavaleiros do Apocalipse parecerem arautos de boas-novas

Existem jornalistas que são excelentes guias para o mundo, contanto que você acredite exatamente no contrário do que escrevem. Entre eles figura um certo tipo de correspondente estrangeiro britânico que está sempre em busca de algum lugar no qual projetar seus sonhos permanentemente utópicos e adolescentes. Com frequência, são figuras de classe alta, talvez envergonhados das próprias origens privilegiadas, pelas quais buscam se redimir apoiando revoluções em outras partes.

Entre eles, por exemplo, estava um homem chamado Basil Davidson, que tinha uma espécie de genialidade para elogiar ditadores que se deleitavam, ou estavam prestes a se deleitar, com o genocídio, a fome em larga escala ou com a fuga de boa parte da população. Ele elogiou Tito enquanto o ditador consolidava seu poder por meio de um massacre. Elogiou a China comunista pouco antes do Grande Salto para a Frente, que causou uma das piores crises de fome da história da humanidade. E, talvez o mais bizarro, viu na revolução da Guiné-Bissau a esperança de um mundo melhor. Esse homem fazia os Quatro Cavaleiros do Apocalipse parecerem arautos de boas-novas.

Outra figura como essa foi Richard Gott, um especialista em América Latina, editor literário do jornal de esquerda-liberal The Guardian, que nunca conheceu um movimento literário latino-americano que ele não aprovasse, incluindo o Sendero Luminoso, que era claramente marxista com tendência a Pol Pot. Ele escreveu que o Sendero Luminoso não ia tomar o poder, ia simplesmente assumir o poder quando o Estado peruano entrasse em colapso, e claramente achava que isso seria uma coisa boa. A essa altura, ele estudava os movimentos de guerrilha latino-americanos fazia 30 anos, provando que a esperança nunca deixa de brotar no peito de um ideólogo.

Um dos livros do senhor Gott me faz sorrir, não porque o autor fosse intencionalmente um humorista (apoiadores de revoluções raramente o são), mas por causa de seu título maravilhosamente absurdo. O livro se chama In the Shadow of the Liberator: Hugo Chávez and the Transformation of Venezuela (Na Sombra do Libertador: Hugo Chávez e a Transformação da Venezuela, em tradução livre). Foi publicado em 2000.

Não se pode negar que Hugo Chávez de fato transformou a Venezuela. Ele instituiu os tipos de política que, se tivessem sido adotadas no Oceano Pacífico, mais cedo ou mais teriam causado uma escassez de água salgada. Não é exatamente um segredo que a antiga elite política da Venezuela era ruim, mas não é preciso ser Nostradamus para prever que Chávez seria muito pior. Na verdade, era preciso ser um especialista como Richard Gott para não prever isso.

O que me traz ao Afeganistão. Minha breve jornada por lá tem mais de 50 anos. Naquela época, eu não passava de um jovem imaturo que sabia pouco ou nada de história. Mas até mesmo eu podia ver que o Afeganistão — um país de paisagens magníficas e selvagens, e homens magníficos e selvagens — não era exatamente um bom candidato para a democracia parlamentar ocidental. Os obstáculos para isso eram óbvios e numerosos; e quando certos representantes americanos demonstraram surpresa que o regime e seu Exército, fartamente munido de tecnologia militar, tivesse entrado em colapso tão rápido diante de um pequeno exército de fanáticos barbudos, só consegui ficar impressionado com sua falta de realismo.

Os Jogos Olímpicos de 1980 foram realizados em Moscou antes que tivesse havido qualquer melhora real nas relações entre Oriente e Ocidente. Na época, a ortodoxia entre os especialistas era que a União Soviética duraria para sempre, o que significa um século ou dois. Apenas um pequeno número de observadores — entre os quais estavam Andrei Amalrik e Olivier Todd — não acreditava nisso. A maior parte dos especialistas achava que a União Soviética estava no auge de seu poder, com muitos Estados-satélite pelo mundo, em vez de estar em vias do declínio.

Um jornalista esportivo britânico que não era conhecido por suas sofisticadas análises dos eventos mundiais, que não sabia nada sobre a União Soviética e nunca soube nada, deu uma olhada no Aeroporto de Moscou e afirmou: “Isso não pode continuar”. Olhar para o Aeroporto de Moscou foi o suficiente para que ele constatasse que toda a estrutura da União Soviética devia estar economicamente podre. O país estava tentando se exibir, mas não conseguia nem erigir um vilarejo de Potemkin. O jornalista esportivo enxergou algo em poucos segundos que departamentos universitários inteiros não entenderam depois de décadas de estudo.

Não estou sugerindo que o conhecimento detalhado de outro país (ou, na verdade, de qualquer outra coisa) não valha nada, que tudo o que alguém precisa fazer para entender o mundo é olhar em volta por alguns minutos e tirar conclusões sobre problemas complexos. O que estou dizendo na verdade é que é possível alguém, ou um grupo de pessoas, estudar algo por muitos anos e continuar sendo totalmente irrealista sobre isso, enxergar os detalhes sem o mais óbvio padrão para os detalhes. Na verdade, grupos de especialistas podem estar tão grosseiramente errados quanto indivíduos mal informados. Eles se confirmam em seus erros e têm medo de fugir à regra em relação aos colegas.

O ingrediente que falta é o bom senso. Descartes nos diz, ironicamente, claro, que o bom senso é tão amplamente distribuído que ninguém acha que precisa ter mais. 
Como aumentar o bom senso no mundo? 
Existem especialistas no assunto? [por favor,     SEM especialistas; 
os tempos da Covid-19, mostraram que indivíduos, que  nada sabiam, e continuam sem saber, sobre determinado assunto, se apresentavam como especialistas,  prontos a dizer exatamente o que um órgão integrante da mídia militante desejava divulgar; pronto, estava expelido mais um ESPECIALISTA EM NADA.]

Leia também “A verdade no abstrato”

Theodore Dalrymple - Revista Oeste 

 

quarta-feira, 17 de julho de 2019

O racista e as mentirosas: todos só estão pensando naquilo - Veja

Blog Mundialista - Veja

Trump solta as feras, mas fazer carinha de santas ofendidas como Ilhan Omar e colegas de 'Esquadrão' não elimina o fato de que têm culpa no cartório


Não interrompa o inimigo quando ele estiver cometendo um erro. Donald Trump não é de ouvir conselhos sábios, nem que sejam de Napoleão. Aliás, todo mundo sabe que não é nenhum Napoleão.  Mas certamente segue a estratégia da audácia, mesmo que pareça autodestrutiva. As duas correntes do Partido Democrata, a velha guarda e a nova, estavam se canibalizando em praça pública. Alexandria Ocasio-Cortez, a rainha das redes sociais, atrás apenas do próprio Trump no uso sagaz do Twitter, reagiu com mordidas virtuais às críticas da veterana Nancy Pelosi, a poderosa presidente da Câmara dos Representantes.

Cinquenta anos as separam: Nancy tem 79 anos e Alexandria, 29. Nancy sabe tudo dos bastidores do poder. Contra um bocado de resistências internas,, conseguiu voltar ao terceiro cargo mais importante do país articulando como profissional requintada e implacável, depois que o Partido Democrata recuperou a maioria na Câmara. Com tanta bagagem, perdeu a posição de representante da “esquerda de São Francisco” para a jovem guarda. Em termos americanos, Alexandria e sua turma, as quatro deputadas que formam o “Esquadrão” estão à esquerda de Pol Pot.

Duas delas, Ilham Omar, emigrante da Somália, e Rachida Tllaibi, de uma família de palestinos de Gaza, reúnem uma combinação sinistra: esquerdismo e islamismo.
A quarta é Ayanna Presley, da ala militância negra, esquerdista mais tradicional.
Qualquer crítica, por mais indireta que seja, como fez Nancy Pelosi ao comentar que quem ganha voto na Câmara não é o Twitter, e todas se fazem de ofendidas. Mulheres fortes e modernas, treinadas para fazer política, ótimas de comunicação, revertem para a posição de vítimas. Tudo, tudo, choramigam, é porque são “mulheres de cor”.
Esta expressão antiga (usada como em “person of colour”, não “coloured”, pelo amor dos céus) foi ressuscitada como um guarda-chuva sob o qual se abrigam indianos espetacularmente bem sucedidos, sul-coreanos que enfrentam discriminação reversa nas universidades para não ganharem todas as vagas e assim vai.

‘Corruptos, ineptos’
Tão rápidas em ocupar o papel de vítima quando é conveniente, imaginem o escândalo que as deputadas do “Esquadrão” fizeram quando Trump teve um surto de tuítes perigosos e discriminatórios.  Como tudo, hoje, é racismo, eles foram enquadrados nessa categoria. O mais correto seria discriminação por origem nacional, mas ninguém vai ter sutileza numa hora dessas. O primeiro: “É tão interessante ver as deputadas democratas ‘progressistas’ que originalmente vieram de países cujos governos são um desastre total e completo, os piores, mais corruptos e ineptos de qualquer lugar do mundo (isso se tiverem um governo com alguma funcionalidade), agora estrondosamente…
“… e perversamente dizer ao povo dos Estados Unidos, a maior e mais poderosa nação da terra, como nosso governo deve ser tocado. Por que não voltam e ajudam a consertar os lugares completamente falidos e infestados pelo crime dos quais elas vieram. Depois, voltam para cá e nos mostram…”
“… como fazer. Estes lugares precisam muito da ajuda de vocês, não dá para ser suficientemente rápido para ir embora. Tenho certeza que Nancy Pelosi ficaria muito feliz em arranjar rapidamente a viagem grátis.”

Um resumo dos significados problemáticos: Trump insinua que elas não são americanas de verdade e , em seus termos, prega o slogan “Estados Unidos, amem-nos ou deixem-os”.  Tudo errado, claro. Como o Brasil, os Estados Unidos são um país de imigração, com a nacionalidade definida pelo nascimento em solo pátrio, via paternal ou naturalização (outros países são diferentes).  A ideia de que a bandeira estrelada unifica a formidável variedade étnica é um princípio fundamental, muito importante inclusive nas Forças Armadas, a porta de entrada para a cidadania e melhores oportunidades para muitos não nacionais.

Trump foi chicoteado e condenado numa moção da Câmara. Nancy Pelosi surtou e fez a amiguinha para as quatro inimiguinhas do “Esquadrão”. Pela milionésima vez, pediram o impeachment dele.  Quem continua a achar que Trump é bobo, maluco, supremacista branco etc etc, não vai mudar de opinião. Só para dar uma ideia de oposição que ele encontra: em dez dias, desde o primeiro tuíte, no domingo retrasado, dia 7, a palavra “racista” foi usada 1 100 vezes nos dois canais a cabo onde o antitrumpismo virou militância oficial, a CNN e o MSNBC.

Trump é tão imprevisível e anárquico que algumas cabeças frias viram por trás da saraivada de tuítes uma estratégia calculada: obrigar o Partido Democrata a cerrar fileiras com as deputadas do “Esquadrão”, apoiando indiretamente plataformas que a maioria dos americanos detesta.  Desse ponto de vista, não falta o que detestar nas quatro deputadas. AOC, a mais popular delas, com seu nome de DJ, defende o socialismo, recusa-se a criticar o pavoroso regime venezuelano e tem um “plano” para arruinar a economia americana em questão de décadas, com maluquices pseudoecológicas.  Com a beleza delicada dos povos nilóticos, Ilham Omar é um espanto. Fugiu com a família quando a Somália vivia situações surreais: um golpe marxista-leninista seguido do assassinato de dois autoproclamados presidentes, a instauração de um Supremo Conselho Revolucionário, uma guerra de agressão contra a Etiópia, guerra civil e fragmentação entre facções armadas.

Foi para tentar conter o desastre humanitário e o alto risco político que os Estados Unidos na época do governo de Bush pai, com mandato da ONU, mandaram tropas para o país. Uma ideia infeliz. Proteger a distribuição equânime de comida significava enfrentar os “senhores da guerra”, os chefes de milícias locais. Acabou no episódio retratado no espetacular filme Black Hawk Down, a parte mais conhecida da Batalha de Mogadishu (dois helicópteros derrubados, 18 mortos, 73 feridos do lado dos americanos; um número vagamente calculados em mil somalianos mortos, dos quais uns 200 civis).

Muitos americanos que ainda se lembram do episódio ficam loucos quando Ilham Omar diz que os problemas de terrorismo são causados pelas intervenções no Oriente Médio e adjacências.
Al Qaeda e ISIS? Ah, não vai “dignificar” esses assuntos. Caindo na risada, ela lembrou uma “aula de terrorismo” que tinha na faculdade e o professor “levantava os ombros cada vez que falava Al Qaeda”. Mais risadas.
Onze de setembro? “Umas pessoas fizeram umas coisas e todos nós começamos a perder acesso às nossas liberdades públicas.”

‘Jeito estranho’
Uma mentira escandalosa: ninguém perdeu nada e episódios isolados de agressão a muçulmanos foram punidos como determina a lei; Bush filho visitou uma mesquita logo depois dos atentados que mataram 3 000 pessoas.
Além disso, Ilham Omar disse que o CAIR, o Conselho de Relações Americano-Islâmicas, existente desde 1994, foi fundado depois dos atentados de 2001 por causa dessa “perseguição”.
Outras provas da discriminação? Tem gente que olha “de jeito estranho” para ela. Ilham usa roupas modernas, mas cobrindo o corpo, e turbantes muito chiques.
Também usa as técnicas do CAIR – derivadas da Irmandade Muçulmana – de manipular habilmente os preceitos da democracia para promover a ideologia islâmica.
E o antissemitismo. Nem usa os disfarces habituais de alegar críticas legítimas a Israel ou ao sionismo. Ao entrar numa discussão justamente sobre as teorias persecutórias que embalam o antissemitismo, tuitou: Its, all about the Benjamins, baby”.

É o trecho de uma música de Puff Daddy, usando uma designação popular para dinheiro, através da nota de cem dólares, ilustrada por Benjamin Franklin.  Estaria insinuando que instituições criadas por judeus americanos compram influência no Congresso? “Aipac!”, respondeu. Uma referência a um dos lobbies mais conhecidos.
Mentir ou nem sequer entender os fundamentos do país que acolheu sua família (incluindo um irmão sobre o qual existe a desconfiança de que virou seu “marido” para facilitar o asilo), é o que Ilham Omar faz o tempo todo.

“Deixamos a Somália e viemos para e os Estados Unidos acreditando que aqui encontraríamos igualdade econômica”, já disse ela.
Além de mentiroso, errado. O contrato social americano oferece meritocracia e livre competição, pelo menos mais livre do que em qualquer outro país do mundo, como as formas mais eficazes de espalhar prosperidade pelo maior número possível de pessoas. It’s all about Thomas Jefferson, baby..  E tem uma dele também, sobre a qual Trump poderia meditar: “Discriminação é a doença da ignorância, das mentes mórbidas. A educação e a livre discussão são os antídotos.”
Se foi uma manobra para comprometer o Partido Democrata, com todas as partes já envolvidas na eleição presidencial de novembro do ano que vem, Trump pode ter sido esperto. Mas esperteza não é tudo.
Amanhã, na falta de mais tuítes, o assunto acaba.


Blog Mundialista - Vilma Gryzinski - Veja

terça-feira, 30 de agosto de 2016

O que falta a madama é o menor senso de loção



Ela concluiu o discurso apelando para uma metáfora grandiloquente, mas totalmente irrealista, ao dizer que a democracia brasileira estava sentada a seu lado no banco dos réus

A presidente afastada, Dilma Rousseff, tentou safar-se da condenação anunciada ao discursar no Senado Federal na própria defesa recorrendo, não a suas eventuais virtudes, mas a suas mais óbvias deficiências: falta de eloquência e confusão mental. Ela concluiu o discurso apelando para uma metáfora grandiloquente, mas totalmente irrealista, ao dizer que a democracia brasileira estava sentada a seu lado no banco dos réus: se terminasse condenada, o tal governo do povo, pelo povo e para o povo, de acordo com os antigos atenienses, sofreria o mesmo a que ela teria sido condenada: a decretação da morte política em nossos tristes trópicos.

Parece até uma imagem bonita, mas é horrenda. Pois ela implica a negação da verdade, que é a única garantia da legalidade e da legitimidade de qualquer pacto (para usar uma palavra da predileção especial dela) pessoal, familiar, social, econômico ou político. Faltar com a verdade implica quebrar qualquer acordo de qualquer natureza. E a sra. Rousseff mentiu da primeira à última palavra de um discurso montado no método cômodo, mas desonesto, do “copia e cola” aplicado pelos espertalhões para esconder seus malfeitos e exagerar eventuais conquistas.

A presidente afastada recorre ao facilitário do “copia e cola” dos redatores preguiçosos desde priscas eras. Joãozinho, um ídolo do Grêmio de Futebol Porto-Alegrense, foi uma vez vítima dessa sua prática ainda nos tempos em que ela trabalhava na assessoria da bancada parlamentar do PDT brizolista na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul

Encarregada de preparar um discurso para ele ler na tribuna, ela entregou ao deputado um texto que já havia sido lido antes por outro membro da bancada. Um atento e rabugento setorista percebeu e denunciou o plágio em seu jornal. Chamada pelo chefe a se explicar, ela saiu-se a seu estilo: “Você quer que eu queime meu bestunto para escrever um texto original para esse idiota?” Na defesa perante os 81 senadores na segunda-feira de manhã, copiou e colou vários textos preparados para ela com a mesma sem-cerimônia aplicada com Joãozinho. Não foi propriamente um autoplágio, pois, na verdade, os autores devem ser ignotos serviçais.

Afinal, ela foi militante de um grupo armado que tinha o objetivo precípuo de substituir com o uso de armas, sequestros, assaltos e mortes uma violência por outra, esta inspirada em tiranos brutais como Stalin, Mao, Pol Pot e, last but not least, seus ídolos de carteirinha, Fidel e Raúl Castro. “Não mudei de lado, continuei lutando pela democracia”, completou.

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