Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
O
quadro acima, que fiz questão de emoldurar, traduz bem o momento que
estamos vivendo no Brasil, embora os lacaios da extrema imprensa
insistam em olhar pro lado ou passar pano, como fizeram vergonhosamente
nos últimos dias. É seguramente um período de exceção, o chamado “estado
democrático de direito” foi pro brejo faz tempo.
Aos
lulopetistas de cuecas vermelhas, isentões etc., pergunto:
- Como vocês
acham que começam os regimes totalitários?
- Com o caminhão do ovo
gritando na rua?
- Com o pé na porta da igreja?
É não, diria eu mesmo ao
meu amigo bobinho. É assim, é solapando as instituições, dominando a
imprensa por todos os meios, silenciando e cassando opositores,
amaciando lentamente o cidadão como se fosse um bife sob o martelo, até
que ele não se importe em ver as sombras se abaterem sobre seu futuro e o
dos seus filhos ou, em muitos casos, decida fazer parte do esquema
macabro.
Num dia, um
ministro do STF, o mais progressista do grupo, aquele que quer mover a
história e acha normal a Corte se transfigurar em órgão político, se dá
ao desfrute de discursar em uma Assembleia Estudantil dominada há
décadas por partidos de extrema esquerda e se declarar antibolsonarista, em flagrante atrito com a Constituição Federal, pelo menos, é o que
pensam alguns PARLAMENTARES
que assinaram contra ele um pedido de impeachment(entre eles, por
enquanto, quatro corajosos acreanos – Alan Rick, Marcio Bittar, Coronel
Ulysses e Eduardo Veloso).
A CF veda a participação de ministros em
eventos políticos e partidários. Convenhamos, no caso em tela, apenas a
presença do Barroso, calado, sem soltar um sequer de seus barrosismos,
ensejaria quebra do decoro.
No outro dia,
um importante jornalista, Ricardo Kotscho, ex-Ministro do Lula da
Silva, esquerdista de carteirinha e bolsista da viúva na Comissão de
Anistia,foi mais além.
Segundo ele, a pacificação do país não é
possível porque tem muito bolsonarista solto, ou seja, se quiser paz
Lula da Silva deverá construir presídios para uns 58 milhões de adultos
que votaram em Bolsonaro, o que, para quem aplaude Stálin, Mao Tse Tung,
Pol Pot, Fidel Castro, Kim Il-Sung etc., não parece impossível.
Aguardemos.
Concomitantemente,
o próprio Lula da Silva, em momento inspirado, não se conteve.
Não é
possível saber se leu em algum lugar, o que seria duvidoso, ou se alguém
(quem sabe a janja?)lhe falou ao ouvido ou, ainda, se ele mesmo
pensou,[pensou??? ele consegue realizar tal ação? tem o órgão essencial para tanto?] o certo é que praticamente REPETIU as palavras NAZISTAS de um
homem que ele mesmo já disse admirar. Sabe quem? Adolf Hitler. (VEJA AQUI). Segundo Lula da Silva, os bolsonaristas são ANIMAIS SELVAGENSque precisam ser EXTIRPADOS.
Antes ele achava que deveriam ser
“purificados”, seja lá o que isso signifique. Quem sabe, uma nova
Inquisição política.
Se o leitor tem alguma dúvida do que se trata
EXTIRPAR, nem se dê ao trabalho.
No quadro abaixo tem uma listinha de
sinônimos, que peguei do Google:
[um comentário: na verdade, o cidadão pretendia expor o propósito de eStripar (vivos) os bolsonaristas e, após, extirpá-los.]
Pronto. Se o leitor, por acaso, é um dos
62,5% dos eleitores acreanos que votaram no Bolsonaro, pode escolher aí
no quadrinho o que pretende pedir ao carrasco vermelho. Tem pra todo
gosto. Hitler, o admirado pelo Lula, não deu muita escolha aos inimigos
que chamava de animais, com ele era tiro na nuca ou câmara de gás,
Stálin tinha um leque de opções que variava entre um tiro na nuca e o
frio da Sibéria (havia quem escolhesse o tiro), Mao Tse Tung preferia
matar de fome mesmo, Pol Pot era extremamente cruel, gostava de ver o
inimigo sofrer sob tortura, Fidel curtia um “paredón”, e por aí vão
eles.
Enfim, a
experiência de mais de 100 milhões de mortos por seu sistema poderá
inspirar os comunistas, entre os quais um que disso se orgulha,
ou seja, o próprio Lula. Sem nenhum remorso, eles executarão as ordens,
afinal, os seus inimigos, os eleitores de Bolsonaro, foram
desumanizados, não são gente, será um processo que visa o amor e a paz,
né, Kotscho? Além disso, como cochichou o ministro do TSE
ao ouvido do colega na diplomação do Lula, “missão dada é missão
cumprida”(lembrei Adolf Eichmann em seu próprio julgamento em
Nuremberg). Penso se não seria o caso de recorrer aos defensores dos
animais, talvez os ambientalistas de coração bom resolvam salvar esses
“animais selvagens” das garras dos extirpadores.
Feita a
explicação do quadro pavoroso que encima este texto, talvez seja hora de
chamar atenção para a necessidade que temos, todos os democratas, de
enfrentar a barbárie anunciada. Aqui? Sim, aqui no Acre e em todos os
lugares, em todos os municípios brasileiros.
Como disse o jovem Étienne
de La Bóetie no século XVI, em seu “Discurso da Servidão Voluntária”, a
melhor coisa que se pode fazer contra o tirano é não entregar o que ele
deseja.
O que Lula mais deseja é ganhar as eleições para, sob a capa da
incolumidade do processo eleitoral, levar adiante seu desiderato
perverso, então, que perca.
Já no próximo ano teremos uma oportunidade
de derrotar os extirpadores nas eleições para prefeito.
Milhares de
pequenas vitórias em milhares de pequenos e grandes municípios farão uma
grande vitória da verdadeira democracia, liberal, de respeito à vida,
ao indivíduo e suas opções, à família, às religiões, à propriedade, às
tradições e à nação.
Se não somos extirpadores de ninguém, nem queremos
ser extirpados, lutemos.
* O autor, Valterlucio Bessa Campelo, escreve às sextas-feiras no site as24horas e, eventualmente, no seu BLOG, no site Liberais e Conservadores do Percival Pugginae outros sites.
“Dando risadinhas involuntárias toda vez que lembro que quatro
multimilionários, que não sabiam mais como torrar o dinheiro, estão perdidos
no meio do Oceano”,Laura Sabino, influencer comunista,
cujo objetivo, segundo sua conta no Instagram, é “tirar o jovem do seio do
liberalismo e colocar na teta de Marx”.
A declaração acima, motivada por ódio, ressentimento e inveja, foi a tônica
da esquerda nas redes sociais: comemoração em êxtase da morte de cinco
pessoas, que cometeram o “crime” de serem ricas.
E a comunista Laura Sabino não foi a única. O editor Eli Vieira mostra como
a tragédia que tirou cinco vidas foi exaltada pelos esquerdistas.
Submersível Titan, da empresa Ocean Gate, vitimou cinco pessoas em expedição malfadada aos destroços do Titanic.| Foto: EFE/Ocean Gate
Resumo da reportagem
Tragédia
submersível Titan: 5 pessoas, incluindo executivos ricos, morreram
quando seu suprimento de oxigênio acabou a 3800 metros de profundidade
do Atlântico.
Reação na internet: vários usuários,
principalmente comunistas, ridicularizaram a tragédia, comemorando a
morte de indivíduos ricos, evidenciando um discurso de desumanização.
Contexto
histórico:a desumanização dos ricos é uma tradição em discursos de
extrema esquerda,usada para justificar violência e repressão, com base
em uma visão marxista da sociedade. [a maldita esquerda que inclui, sem limitar, o petismo, não tem competência para enriquecer - tem apenas para viver do empreguismo (grande parte deles) ou do desvio de recursos públicos {a quase totalidade - havendo uma ínfima minoria que consegue enriquecer por esforço honesto} - e sempre se regozijam com os desastres (desastres em sua maioria ensejam compras sem licitações, despesas urgentes = que são as maiores fontes dos que assaltam os cofres públicos), especialmente quando estes atingem pessoas que tiveram êxito com o trabalho.]
Em algum
lugar a 3800 metros de profundidade do Oceano Atlântico, nos arredores
do que resta do navio Titanic, cinco pessoas presas por dias em um
pequeno veículo submersível, o Titan, pensavam no que fazer nas últimas
horas que tinham de vida, enquanto seu suprimento de oxigênio lentamente
se esgotava. Estima-se que se esgotou na quarta (21). Nesta quinta,
pedaços do submersível foram encontrados, confirmando as mortes.
Para muitos, a julgar pelas redes sociais, a situação é
engraçada, pois as vítimas do desastre eram ricas.
O grupo que está fazendo
piadas e deboche a respeito se confunde, ao menos em parte, com o que aplaudiu
a censura
judicial ao humorista Léo Lins, no mês passado, por piadas supostamente
insensíveis.
As vítimas são o engenheiro Stockton Rush, 61 anos, piloto do
veículo e diretor executivo da empresa OceanGate, que oferecia as visitas aos
destroços do famoso navio que naufragou em 1912; Hamish Harding, 58 anos, aventureiro
britânico detentor de diversos recordes em voo e mergulho, que já foi ao polo
sul acompanhado de um dos astronautas que pisaram na Lua; Shahzada Dawood, 48
anos, empresário britânico-paquistanês das indústrias têxtil, de construção e
fertilizantes, e seu filho de 19 anos Suleman Dawood; e Paul-Henri Nargeolet,
77 anos, um ex-mergulhador da Marinha da França conhecido como “sr. Titanic”
pelo conhecimento que acumulou a respeito da embarcação — ele fez parte da
primeira expedição aos destroços em 1987.
A OceanGate estava cobrando US$ 250 mil (R$ 1,2 milhão) de
cada passageiro. O serviço comercial fora aberto em 2021. Mas o interesse de
Stockton Rush não era apenas financeiro: sua esposa, Wendy, é tataraneta de Isidor
e Ida Straus, casal vítima do naufrágio do Titanic.
O Titan partiu para a expedição no domingo (18) por volta
das 9h da manhã, no horário de Brasília.
Uma hora e 45 minutos depois, interromperam-se
as comunicações com seu navio acompanhante de superfície, o Polar Prince.
Um submersível,
ao contrário de um submarino, depende de comunicação com sua nave-mãe. Sem o
contato, o veículo ficou sem conhecimento de sua própria posição e não apareceu
na superfície no horário combinado, 16h.
Quando o Polar Prince comunicou o desaparecimento às
autoridades canadenses e americanas, 10 horas desde a submersão já haviam
passado. A autonomia de oxigênio era de 96 horas no máximo a partir de
segunda-feira. Na terça, a equipe canadense detectou sons de “batidas” a
intervalos de 30 minutos próximo do local do sumiço. Desde o começo das buscas,
contudo, especialistas alertaram que as chances de um resgate de sucesso eram
mínimas. Se bem-sucedido, o resgate bateria recorde de profundidade. As mortes
foram confirmadas horas depois que os destroços foram localizados. Torcida de tragédia Laura Sabino, uma youtuber comunista com 240 mil seguidores no Twitter, comemorou a tragédia na terça: “Dando risadinhas involuntárias toda vez que lembro que quatro multimilionários, que não sabiam mais como torrar o dinheiro, estão perdidos no meio do Oceano”. A publicação obteve 21 mil curtidas. Quando usuários responderam mostrando que ela própria relatou, em 2020, ter perdido uma tia para a Covid-19, que também mata por sufocamento, Sabino riu e questionou a inteligência da comparação.
Já Gustavo Pedro,dirigente nacional de organização de
jovens doPartido Comunista Brasileiro (UJC, PCB), residente no Rio de Janeiro,
publicou um meme de um tubarão
prometendo comer “três burguês em lata”, comentando “eat the rich” (“coma os
ricos”), expressão comum dos socialistas americanos.
Na mesma rede social, “menos 5” se tornou uma das expressões
mais usadas pelos usuários nesta quinta-feira, com mais de 15 mil ocorrências. Entre
os resultados há comentários como “menos 5 milionários no mundo”, “menos 5
potenciais Elon Musk no mundo”, “menos 5 bilionários no mundo... infelizmente,
morre um, nasce um herdeiro”.
O músico e apresentador João Gordo republicou um desenho do
submersível no Instagram com legenda “Quantos ‘mini submarinos’ são necessários
para sumir com todos os bilionários do mundo?” e acrescentou um comentário:
“Ótimo investimento”.
Não é verdade, contudo, que
todos eram bilionários. Isso se aplica somente a Hamish Harding e a
Shahzada Dawood. Stockton Rush, o piloto, tem patrimônio estimado em US$
12 milhões, o menor do grupo.
Tradição de desumanização dos ricos, motivação comprovada de inveja “Burguês” e “capitalista” foram os termos escolhidos por Karl Marx para descrever a suposta classe dominante das sociedades de economia baseada no livre mercado. Mas também se tornaram xingamentos desumanizantes entre os revolucionários. No mínimo, continha uma acusação, derivada de uma conclusão falsa de Marx: que os que tinham muito só poderiam ter roubado dos que tinham pouco.
A ideia foi desmistificada na própria época, por socialistas
“revisionistas” como Eduard Bernstein, que apontou em um livro de 1899 que o
“capitalismo”, ao contrário do que alegava Marx, estava melhorando a vida dos
trabalhadores — um sinal de relação harmônica do trabalho, em vez de apenas de
exploração.
Bernstein preferia atingir o socialismo pela via das reformas, em
vez de revolução violenta. Marx condenou os reformistas e optou explicitamente
pela violência no Manifesto Comunista escrito com Friedrich Engels, herdeiro
rico que o sustentava em Londres com uma mesada.
Como em outros casos históricos, a desumanização acontece na
forma de demonização, estereótipo, uso de grupos como bodes expiatórios para
erros dos próprios acusadores, e propaganda.
Em 1849, Engels publicou um artigo no jornal de Marx, Neue
Rheinische Zeitung, estereotipando povos inteiros: “A próxima guerra
mundial resultará no desaparecimento da face da Terra não apenas das classes e
dinastias reacionárias, mas também de povos reacionários inteiros. E isso,
também, é um passo à frente”, escreveu o comunista.
Na tomada de poder dos bolcheviques na Rússia em 1917, o
líder Vladimir Lênin seguiu os passos de Marx e Engels. Como a sociedade vítima
de sua revolução era pouco industrializada, os estereotipados foram os
“kulaks”, camponeses marginalmente mais confortáveis que a maioria. Em uma
carta aos camaradas do partido de agosto de 1918, Lênin manda enforcar em
público “100 kulaks conhecidos, homens ricos, sanguessugas”. Antecipando ações
de seu herdeiro político Josef Stálin nos anos 1930, já no primeiro ano da
revolução, na mesma carta, Lênin dá uma ordem: “Tomem todos os grãos deles”.
Stálin, perseguindo os kulaks, perpetrou contra o povo
ucraniano o Holodomor, um genocídio reconhecido
pelo Senado brasileiro no ano passado, com estimadas 12 milhões de vítimas
entre 1932 e 1933. O instrumento de morte foi uma fome artificial, para a consecução
da qual o confisco de grãos foi um dos principais métodos.
O ditador comunista do Camboja, Pol Pot, foi além,
perseguindo não só os ricos, mas quem tivesse marcas de intelectualidade, nem
que fosse apenas o uso de óculos. Já o ditador comunista Mao Tsé-tung estigmatizou
tudo o que fosse associado às tradições antigas chinesas — velhas ideias,
velhos costumes, velhos hábitos e velha cultura — na Revolução Cultural de
1966, também deixando milhões de mortos pelo caminho.Em Cuba, quem era
rotulado como “contra-revolucionário”, “reacionário” e membro da classe
burguesa era executado, aprisionado ou posto em campos de trabalhos forçados,
junto com homossexuais. Já na Coreia do Norte, o regime mais fechado do mundo
até hoje, o regime comunista criou uma espécie de religião de Estado em que a
linhagem Kim é cultuada e fez inúmeras vítimas entre os rotulados burgueses.
Os
paralelos com nazistas não são acidente. Os nazistas inspiraram seus
campos de concentração nos gulags soviéticos, como conta o nazista
Rudolf Hoess, que teve o mandato mais longevo como diretor do campo de
extermínio de Auschwitz, em sua autobiografia. Hoess relata que os
nazistas sabiam do programa de extermínio em campos de trabalhos
forçados dos inimigos da ditadura soviética desde 1939.
Como a Gazeta do Povo informou, a ideologia daqueles que querem usar o poder do Estado para fazer “redistribuição” foi mostrada, em estudos científicos,
como motivada importantemente pela inveja maliciosa, que é o tipo de
inveja que deseja punir os ricos em vez de elevar os pobres. Além disso,
novos estudos em autoritarismo de esquerda mostram que a violência anti-hierárquica é uma das marcas mais distintivas dessa postura.
Atualização:
pouco depois da publicação desta reportagem, surgiu como mais plausível
a hipótese de que o submersível implodiu, por causa do material
impróprio escolhido por Rush, que não aguentou a alta pressão da coluna
d'água.
A informação é da Guarda Costeira americana.
Houve aviso de
inadequação do veículo, mas a empresa ignorou.
Militares americanos
teriam detectado a implosão dias atrás.
Os cinco, portanto, teriam
morrido de forma mais rápida que a sugerida na reportagem.
A ministra Carmen Lúcia, que agora está no Tribunal Superior Eleitoral,
além de estar no Supremo, voltou a ser aquela Carmen Lúcia presidente do
STF, que disse “cala a boca já morreu”, ao derrubar uma queixa da
campanha de Bolsonaro.
Para Cármen Lúcia, chamar Bolsonaro de “genocida” é exercício do direito de crítica.| Foto: Rosinei Coutinho/STF
Em um discurso feito fora da campanha eleitoral,Lula chamou Bolsonaro de “genocida”. Ora, todos vocês sabem o que é genocida. Hitler é um genocida. Stalin é um genocida. Pol Pot, Mao são genocidas. Mataram milhões. Genocídio é a morte coletiva, assassinato coletivo. Ele se referia certamente à pandemia, que é o que tem sido usado contra Bolsonaro. E nós sabemos que, se for aplicada a palavra “genocida” a essa pandemia no Brasil, ela tem de ser aplicada aos que não deram tratamento a uma doença. Isso é gravíssimo. Muita gente acha que 500 mil teriam sido salvos se fossem tratados.
Mas essa é outra questão; voltemos ao “genocida”. Para a ministra Carmen Lúcia, trata-se apenas do direito de crítica, conforme o Supremo já decidiu e está na Constituição, no artigo 220.
E isso mesmo que as opiniões sejam duvidosas, exageradas, condenáveis, satíricas, humorísticas ou mesmo errôneas; admite-se até a calúnia, nesse caso.
Só que, ao mesmo tempo, a Justiça Eleitoral está mandando o candidato a deputado federal Deltan Dallagnol,que foi o coordenador da Lava Jato no Ministério Público,retirar um vídeo em que ele chama o Supremo de “casa da mãe Joana”. Aí não é direito de crítica, mesmo que a opinião seja duvidosa, exagerada, condenável, satírica, humorística...
Ora, ministros do Supremo têm feito declarações críticas, políticas e ideológicas, inclusive no exterior, e têm servido de exemplo para juízes de primeira instância, que resolvem fazer o mesmo.
Só que os ministros da suprema corte estão acima do Conselho Nacional de Justiça, não estão sob a jurisdição do CNJ, que não pode processar nenhum ministro do Supremo; só quem pode fazer isso é o Senado, presidido por Rodrigo Pacheco.
Então, eu pergunto a vocês: será que a Justiça, naquela imagem tradicional, que está com os olhos vendados, com a espada e a balança, está mesmo com os olhos vendados?
Os dois pratos da balança estão equilibrados? Fica a pergunta no ar.
Alexandre de Moraes organiza reunião para pedir o que já estava previsto em decreto
O ministro Alexandre de Moraes convocou o Conselho Nacional de Polícia Civil e organizou uma reunião para pedir que sejam presos aqueles que aparecerem armados na seção eleitoral.
Ele já tinha se reunido com representantes da PM. Eu não sei por quê. Isso já está proibido por um decreto do presidente Bolsonaro, de 2019.
Aliás, é um dos decretos que o Supremo, por nove votos a dois, restringiu: no artigo 20,o decreto diz que quem tem porte de arma não poderá entrar e permanecer com a arma em lugar público como igrejas, escolas, estádios, clubes, agências bancárias e outros locais onde haja aglomeração de pessoas em decorrência de eventos de qualquer natureza, o que inclui a eleição.
Cassa-se o porte, apreende-se a arma e ainda abre-se o processo.
O mesmo acontece com alguém que estiver ostensivamente com a arma, ou andar embriagado, ou sob efeito de droga.
Isso já existe, então, para que chamar a polícia para fazer reunião?
Ou será que eles cancelaram esse artigo 20 também?
Porque por 9 a 2 o Supremo restringiu os decretos do presidente sobre armas durante o período eleitoral...
Existem jornalistas que são excelentes guias para o mundo, contanto que você acredite exatamente no contrário do que escrevem
Existem pessoas que são geniais no fracasso. Conheço algumas cuja habilidade de perder dinheiro em um mercado em alta não se equilibra pela habilidade de ganhar dinheiro em um mercado em baixa: elas só perdiam dinheiro em todas as circunstâncias. Essas pessoas não tinham déficit de inteligência nem mesmo de informação; na verdade, pareciam ter uma vontade de fracassar, como se o sucesso fosse um tanto vulgar. Como seres humanos, não eram pessoas não atraentes.
Sugeri que um deles escrevesse uma newsletter financeira, colocando a ressalva de que os leitores deveriam fazer exatamente o oposto do que quer que fosse recomendado. Mas é provável que até mesmo isso tivesse um mau resultado, porque, assim que todo mundo fizesse o oposto dos conselhos dele, que seriam supostamente ruins, essas recomendações se mostrariam boas e, portanto (diante da ressalva), ruins.
Esse homem fazia os Quatro Cavaleiros do Apocalipse parecerem arautos de boas-novas
Existem jornalistas que são excelentes guias para o mundo, contanto que você acredite exatamente no contrário do que escrevem. Entre eles figura um certo tipo de correspondente estrangeiro britânico que está sempre em busca de algum lugar no qual projetar seus sonhos permanentemente utópicos e adolescentes. Com frequência, são figuras de classe alta, talvez envergonhados das próprias origens privilegiadas, pelas quais buscam se redimir apoiando revoluções em outras partes.
Entre eles, por exemplo, estava um homem chamado Basil Davidson, que tinha uma espécie de genialidade para elogiar ditadores que se deleitavam, ou estavam prestes a se deleitar, com o genocídio, a fome em larga escala ou com a fuga de boa parte da população. Ele elogiou Tito enquanto o ditador consolidava seu poder por meio de um massacre. Elogiou a China comunista pouco antes do Grande Salto para a Frente, que causou uma das piores crises de fome da história da humanidade. E, talvez o mais bizarro, viu na revolução da Guiné-Bissau a esperança de um mundo melhor. Esse homem fazia os Quatro Cavaleiros do Apocalipse parecerem arautos de boas-novas.
Outra figura como essa foi Richard Gott, um especialista em América Latina, editor literário do jornal de esquerda-liberal The Guardian, que nunca conheceu um movimento literário latino-americano que ele não aprovasse, incluindo o Sendero Luminoso, que era claramente marxista com tendência a Pol Pot. Ele escreveu que o Sendero Luminoso não ia tomar o poder, ia simplesmente assumir o poder quando o Estado peruano entrasse em colapso, e claramente achava que isso seria uma coisa boa. A essa altura, ele estudava os movimentos de guerrilha latino-americanos fazia 30 anos, provando que a esperança nunca deixa de brotar no peito de um ideólogo.
Um dos livros do senhor Gott me faz sorrir, não porque o autor fosse intencionalmente um humorista (apoiadores de revoluções raramente o são), mas por causa de seu título maravilhosamente absurdo. O livro se chama In the Shadow of the Liberator: Hugo Chávez and the Transformation of Venezuela(Na Sombra do Libertador: Hugo Chávez e a Transformação da Venezuela, em tradução livre). Foi publicado em 2000.
Não se pode negar que Hugo Chávez de fato transformou a Venezuela. Ele instituiu os tipos de política que, se tivessem sido adotadas no Oceano Pacífico, mais cedo ou mais teriam causado uma escassez de água salgada. Não é exatamente um segredo que a antiga elite política da Venezuela era ruim,mas não é preciso ser Nostradamus para prever que Chávez seria muito pior. Na verdade, era preciso ser um especialista como Richard Gott para não prever isso.
O que me traz ao Afeganistão. Minha breve jornada por lá tem mais de 50 anos. Naquela época, eu não passava de um jovem imaturo que sabia pouco ou nada de história. Mas até mesmo eu podia ver que o Afeganistão — um país de paisagens magníficas e selvagens, e homens magníficos e selvagens — não era exatamente um bom candidato para a democracia parlamentar ocidental. Os obstáculos para isso eram óbvios e numerosos; e quando certos representantes americanos demonstraram surpresa que o regime e seu Exército, fartamente munido de tecnologia militar, tivesse entrado em colapso tão rápido diante de um pequeno exército de fanáticos barbudos, só consegui ficar impressionado com sua falta de realismo.
Os Jogos Olímpicos de 1980 foram realizados em Moscou antes que tivesse havido qualquer melhora real nas relações entre Oriente e Ocidente. Na época, a ortodoxia entre os especialistas era que a União Soviética duraria para sempre, o que significa um século ou dois. Apenas um pequeno número de observadores — entre os quais estavam Andrei Amalrik e Olivier Todd — não acreditava nisso. A maior parte dos especialistas achava que a União Soviética estava no auge de seu poder, com muitos Estados-satélite pelo mundo, em vez de estar em vias do declínio.
Um jornalista esportivo britânico que não era conhecido por suas sofisticadas análises dos eventos mundiais, que não sabia nada sobre a União Soviética e nunca soube nada, deu uma olhada no Aeroporto de Moscou e afirmou: “Isso não pode continuar”. Olhar para o Aeroporto de Moscou foi o suficiente para que ele constatasse que toda a estrutura da União Soviética devia estar economicamente podre. O país estava tentando se exibir, mas não conseguia nem erigir um vilarejo de Potemkin. O jornalista esportivo enxergou algo em poucos segundos que departamentos universitários inteiros não entenderam depois de décadas de estudo.
Não estou sugerindo que o conhecimento detalhado de outro país (ou, na verdade, de qualquer outra coisa) não valha nada, que tudo o que alguém precisa fazer para entender o mundo é olhar em volta por alguns minutos e tirar conclusões sobre problemas complexos. O que estou dizendo na verdade é que é possível alguém, ou um grupo de pessoas, estudar algo por muitos anos e continuar sendo totalmente irrealista sobre isso, enxergar os detalhes sem o mais óbvio padrão para os detalhes. Na verdade, grupos de especialistas podem estar tão grosseiramente errados quanto indivíduos mal informados. Eles se confirmam em seus erros e têm medo de fugir à regra em relação aos colegas.
O ingrediente que falta é o bom senso. Descartes nos diz, ironicamente, claro, que o bom senso é tão amplamente distribuído que ninguém acha que precisa ter mais.
Como aumentar o bom senso no mundo?
Existem especialistas no assunto? [por favor, SEM especialistas;
os tempos da Covid-19, mostraram que indivíduos, que nada sabiam, e continuam sem saber, sobre determinado assunto, se apresentavam como especialistas, prontos a dizer exatamente o que um órgão integrante da mídia militante desejava divulgar; pronto, estava expelido mais um ESPECIALISTA EM NADA.]
Trump solta as feras, mas
fazer carinha de santas ofendidas como Ilhan Omar e colegas de
'Esquadrão' não elimina o fato de que têm culpa no cartório
Por Vilma Gryzinski
Ela acha a maior graça: a deputada que
nasceu na Somália morre de rir, sarcasticamente, sempre que terrorismo é
mencionado.
Não interrompa o inimigo quando ele estiver cometendo um erro. Donald Trump não é de ouvir conselhos sábios, nem que sejam de Napoleão. Aliás, todo mundo sabe que não é nenhum Napoleão. Mas certamente segue a estratégia da audácia, mesmo que pareça autodestrutiva. As duas correntes do Partido Democrata, a velha guarda e a nova,
estavam se canibalizando em praça pública. Alexandria Ocasio-Cortez, a
rainha das redes sociais, atrás apenas do próprio Trump no uso sagaz do
Twitter, reagiu com mordidas virtuais às críticas da veterana Nancy
Pelosi, a poderosa presidente da Câmara dos Representantes.
Cinquenta anos as separam: Nancy tem 79 anos e Alexandria, 29. Nancy
sabe tudo dos bastidores do poder. Contra um bocado de resistências
internas,, conseguiu voltar ao terceiro cargo mais importante do país
articulando como profissional requintada e implacável, depois que o
Partido Democrata recuperou a maioria na Câmara. Com tanta bagagem, perdeu a posição de representante da “esquerda de
São Francisco” para a jovem guarda. Em termos americanos, Alexandria e
sua turma, as quatro deputadas que formam o “Esquadrão” estão à esquerda
de Pol Pot.
Duas delas, Ilham Omar, emigrante da Somália, e Rachida Tllaibi, de
uma família de palestinos de Gaza, reúnem uma combinação sinistra:
esquerdismo e islamismo. A quarta é Ayanna Presley, da ala militância negra, esquerdista mais tradicional.
Qualquer crítica, por mais indireta que seja, como fez Nancy Pelosi
ao comentar que quem ganha voto na Câmara não é o Twitter, e todas se
fazem de ofendidas. Mulheres fortes e modernas, treinadas para fazer política, ótimas de
comunicação, revertem para a posição de vítimas. Tudo, tudo, choramigam,
é porque são “mulheres de cor”.
Esta expressão antiga (usada como em “person of colour”, não
“coloured”, pelo amor dos céus) foi ressuscitada como um guarda-chuva
sob o qual se abrigam indianos espetacularmente bem sucedidos,
sul-coreanos que enfrentam discriminação reversa nas universidades para
não ganharem todas as vagas e assim vai.
‘Corruptos, ineptos’
Tão rápidas em ocupar o papel de vítima quando é conveniente,
imaginem o escândalo que as deputadas do “Esquadrão” fizeram quando
Trump teve um surto de tuítes perigosos e discriminatórios. Como tudo, hoje, é racismo, eles foram enquadrados nessa categoria. O
mais correto seria discriminação por origem nacional, mas ninguém vai
ter sutileza numa hora dessas. O primeiro: “É tão interessante ver as deputadas democratas
‘progressistas’ que originalmente vieram de países cujos governos são um
desastre total e completo, os piores, mais corruptos e ineptos de
qualquer lugar do mundo (isso se tiverem um governo com alguma
funcionalidade), agora estrondosamente… “… e perversamente dizer ao povo dos Estados Unidos, a maior e mais
poderosa nação da terra, como nosso governo deve ser tocado. Por que não
voltam e ajudam a consertar os lugares completamente falidos e
infestados pelo crime dos quais elas vieram. Depois, voltam para cá e
nos mostram…” “… como fazer. Estes lugares precisam muito da ajuda de vocês, não dá
para ser suficientemente rápido para ir embora. Tenho certeza que Nancy
Pelosi ficaria muito feliz em arranjar rapidamente a viagem grátis.”
Um resumo dos significados problemáticos: Trump insinua que elas não
são americanas de verdade e , em seus termos, prega o slogan “Estados
Unidos, amem-nos ou deixem-os”. Tudo errado, claro. Como o Brasil, os Estados Unidos são um país de
imigração, com a nacionalidade definida pelo nascimento em solo pátrio,
via paternal ou naturalização (outros países são diferentes). A ideia de que a bandeira estrelada unifica a formidável variedade
étnica é um princípio fundamental, muito importante inclusive nas Forças
Armadas, a porta de entrada para a cidadania e melhores oportunidades
para muitos não nacionais.
Trump foi chicoteado e condenado numa moção da Câmara. Nancy Pelosi
surtou e fez a amiguinha para as quatro inimiguinhas do “Esquadrão”.
Pela milionésima vez, pediram o impeachment dele. Quem continua a achar que Trump é bobo, maluco, supremacista branco etc etc, não vai mudar de opinião. Só para dar uma ideia de oposição que ele encontra: em dez dias,
desde o primeiro tuíte, no domingo retrasado, dia 7, a palavra “racista”
foi usada 1 100 vezes nos dois canais a cabo onde o antitrumpismo virou
militância oficial, a CNN e o MSNBC.
Trump é tão imprevisível e anárquico que algumas cabeças frias viram
por trás da saraivada de tuítes uma estratégia calculada: obrigar o
Partido Democrata a cerrar fileiras com as deputadas do “Esquadrão”,
apoiando indiretamente plataformas que a maioria dos americanos detesta. Desse ponto de vista,não falta o que detestar nas quatro deputadas.
AOC, a mais popular delas, com seu nome de DJ, defende o socialismo,
recusa-se a criticar o pavoroso regime venezuelano e tem um “plano” para
arruinar a economia americana em questão de décadas, com maluquices
pseudoecológicas. Com a beleza delicada dos povos nilóticos, Ilham Omar é um espanto.
Fugiu com a família quando a Somália vivia situações surreais: um golpe
marxista-leninista seguido do assassinato de dois autoproclamados
presidentes, a instauração de um Supremo Conselho Revolucionário, uma
guerra de agressão contra a Etiópia, guerra civil e fragmentação entre
facções armadas.
Foi para tentar conter o desastre humanitário e o alto risco político
que os Estados Unidos na época do governo de Bush pai, com mandato da
ONU, mandaram tropas para o país. Uma ideia infeliz. Proteger a
distribuição equânime de comida significava enfrentar os “senhores da
guerra”, os chefes de milícias locais. Acabou no episódio retratado no espetacular filme Black Hawk Down, a
parte mais conhecida da Batalha de Mogadishu (dois helicópteros
derrubados, 18 mortos, 73 feridos do lado dos americanos; um número
vagamente calculados em mil somalianos mortos, dos quais uns 200 civis).
Muitos americanos que ainda se lembram do episódio ficam loucos
quando Ilham Omar diz que os problemas de terrorismo são causados pelas
intervenções no Oriente Médio e adjacências. Al Qaeda e ISIS? Ah, não vai “dignificar” esses assuntos. Caindo na
risada, ela lembrou uma “aula de terrorismo” que tinha na faculdade e o
professor “levantava os ombros cada vez que falava Al Qaeda”. Mais
risadas.
Onze de setembro? “Umas pessoas fizeram umas coisas e todos nós começamos a perder acesso às nossas liberdades públicas.”
‘Jeito estranho’
Uma mentira escandalosa: ninguém perdeu nada e episódios isolados de
agressão a muçulmanos foram punidos como determina a lei; Bush filho
visitou uma mesquita logo depois dos atentados que mataram 3 000
pessoas.
Além disso, Ilham Omar disse que o CAIR, o Conselho de Relações
Americano-Islâmicas, existente desde 1994, foi fundado depois dos
atentados de 2001 por causa dessa “perseguição”. Outras provas da discriminação? Tem gente que olha “de jeito
estranho” para ela. Ilham usa roupas modernas, mas cobrindo o corpo, e
turbantes muito chiques.
Também usa as técnicas do CAIR – derivadas da Irmandade Muçulmana –
de manipular habilmente os preceitos da democracia para promover a
ideologia islâmica. E o antissemitismo. Nem usa os disfarces habituais de alegar críticas
legítimas a Israel ou ao sionismo. Ao entrar numa discussão justamente
sobre as teorias persecutórias que embalam o antissemitismo, tuitou:
“Its, all about the Benjamins, baby”.
É o trecho de uma música de Puff Daddy, usando uma designação popular
para dinheiro, através da nota de cem dólares, ilustrada por Benjamin
Franklin. Estaria insinuando que instituições criadas por judeus americanos
compram influência no Congresso? “Aipac!”, respondeu. Uma referência a
um dos lobbies mais conhecidos.
Mentir ou nem sequer entender os fundamentos do país que acolheu sua
família (incluindo um irmão sobre o qual existe a desconfiança de que
virou seu “marido” para facilitar o asilo), é o que Ilham Omar faz o
tempo todo.
“Deixamos a Somália e viemos para e os Estados Unidos acreditando que aqui encontraríamos igualdade econômica”, já disse ela. Além de mentiroso, errado. O contrato social americano oferece
meritocracia e livre competição, pelo menos mais livre do que em
qualquer outro país do mundo, como as formas mais eficazes de espalhar
prosperidade pelo maior número possível de pessoas. It’s all about Thomas Jefferson, baby.. E tem uma dele também, sobre a qual Trump poderia meditar:
“Discriminação é a doença da ignorância, das mentes mórbidas. A educação
e a livre discussão são os antídotos.”
Se foi uma manobra para comprometer o Partido Democrata, com todas as
partes já envolvidas na eleição presidencial de novembro do ano que
vem, Trump pode ter sido esperto. Mas esperteza não é tudo.
Amanhã, na falta de mais tuítes, o assunto acaba.
Ela concluiu o discurso apelando para uma
metáfora grandiloquente, mas totalmente irrealista, ao dizer que a democracia
brasileira estava sentada a seu lado no banco dos réus
A presidente afastada,
Dilma Rousseff, tentou safar-se da condenação anunciada ao discursar no Senado
Federal na própria defesa recorrendo,
não a suas eventuais virtudes, mas a
suas mais óbvias deficiências: falta de eloquência e confusão mental. Ela
concluiu o discurso apelando para uma metáfora grandiloquente, mas totalmente
irrealista, ao dizer que a democracia brasileira estava sentada a seu lado no
banco dos réus: se terminasse condenada, o tal governo do povo, pelo povo e
para o povo, de acordo com os antigos atenienses, sofreria o mesmo a que ela
teria sido condenada: a decretação da morte política em
nossos tristes trópicos.
Parece até uma imagem bonita,
mas é horrenda. Pois ela implica a negação da verdade,
que é a única garantia da legalidade e da legitimidade de qualquer pacto(para usar uma palavra da predileção
especial dela)pessoal, familiar, social, econômico
ou político. Faltar com a verdade implica quebrar qualquer acordo de
qualquer natureza. E a sra. Rousseff mentiu da primeira
à última palavra de um discurso montado no método cômodo, mas desonesto,
do “copia e cola” aplicado pelos espertalhões para esconder seus malfeitos e
exagerar eventuais conquistas.
A presidente afastada recorre
ao facilitário do “copia e cola” dos
redatores preguiçosos desde priscas eras. Joãozinho, um ídolo do Grêmio de
Futebol Porto-Alegrense, foi uma vez vítima dessa sua prática ainda nos tempos
em que ela trabalhava na assessoria da bancada parlamentar do PDT brizolista na
Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Encarregada de preparar um discurso para ele ler na tribuna, ela entregou ao deputado
um texto que já havia sido lido antes por outro membro da bancada. Um
atento e rabugento setorista percebeu e denunciou o plágio em seu jornal. Chamada pelo chefe a se explicar, ela
saiu-se a seu estilo: “Você quer que
eu queime meu bestunto para escrever um texto original para esse idiota?”
Na defesa perante os 81 senadores na segunda-feira de manhã, copiou e colou
vários textos preparados para ela com a mesma sem-cerimônia aplicada com
Joãozinho. Não foi propriamente um autoplágio, pois, na verdade, os autores
devem ser ignotos serviçais.
Afinal, ela foi militante de um grupo armado que tinha
o objetivo precípuo de substituir com o uso de armas, sequestros, assaltos e
mortes uma violência por outra, esta inspirada em tiranos brutais como
Stalin, Mao, Pol Pot e, last but not least, seus ídolos de carteirinha,
Fidel e Raúl Castro.“Não mudei de lado, continuei lutando pela
democracia”, completou.