Insegurança e abandono
Com a mudança do
horário do funcionamento do posto policial instalado na Rodoviária do
Plano Piloto, quem mora ou trabalha no local se sente desprotegido. Se
antes os plantões eram divididos em três equipes de até 10 policiais,
com escalas de 12h de trabalho por 60h de descanso, agora foram
substituídos por uma nova estratégia de atuação. Os PMs foram realocados
em dois grupos de 15, que trabalham 8h por dia e repousam 40h. A
estrutura ficava aberta 24 horas. Agora, fecha à 1h. Após isso, o
policiamento é feito com veículos, até as 7h, quando outra equipe começa
o próximo expediente do posto.
[os usuários da Rodoviária que são forçados a passar/permanecer no local da 1h até as 7h reclamam que foi feito um acordo entre a Polícia e os bandidos para não assaltarem naquele horário, só que os bandidos não estão cumprindo.
Só que o período sem policiamento é maior que as seis horas demonstradas acima já que o dia tem 24 horas, os policiais trabalham em dois turnos de 8h = 16h, mais as seis horas, reconhecidamente, sem policiamento soma 22 horas.
Tem mais duas horas que a Rodoviária fica sem policiamento.
Nos tempos que Brasília era administrada pela Comissão do DF no Distrito Federal, antes do DF possuir Câmara Legislativa, o policiamento era 24 horas, tendo um posto da PM e um da Polícia Civil.]
De acordo com informações dos próprios policiais, essa alteração
visa aumentar o número de militares das 17h às 19h, período de maior
circulação de pessoas no terminal. Mas a medida é contestada. “Achei
absurda a decisão. Ficamos praticamente desprotegidos quando o posto
fecha”, reclama um balconista que pede anonimato. “Ficam dois policiais
aqui no posto. Quando tem ocorrência, eles saem. E quem garante a
segurança de quem fica aqui”, queixa-se outro trabalhador.
Segundo
a Polícia Militar, o policiamento no local continua 24h. Em nota, a
corporação afirma que “o policial fixo no posto engessa o patrulhamento.
Por isso, insiste no policiamento móvel, que é a melhor forma de
garantir a segurança na localidade”.
No
entanto, durante o tempo em que o Correio passou na Rodoviária, Marcos
Antônio de Oliveira, 30 anos, foi assaltado na altura do Conic, quando
caminhava para o local. “Três homens me cercaram e levaram minha
mochila, celular e cartões”, lamenta. Como a área é de responsabilidade
do 6º Batalhão da Polícia Militar (Área Central), cabe aos policiais que
estiverem no terminal rodoviário atender à ocorrência. Ao procurar a
unidade, a vítima não conseguiu socorro imediato. Passava da 1h de
quarta-feira, e os dois PMs do plantão patrulhavam a região. A essa
altura, Marcos havia registrado uma ocorrência na 5º Delegacia de
Polícia (Área Central). “Tenho medo de andar aqui à noite. Sinto-me
desprotegido na Rodoviária. Agora, é correr atrás do prejuízo”, diz.
A
transexual Brenda (nome fictício), 23, faz programas há cerca de um ano
na região. Os pontos mais frequentes são o Setor Comercial Sul e o
Conic. Para chegar até esses dois locais, ela passa pela Rodoviária do
Plano Piloto. Ali, sofreu ameaças e perseguições. “Eles (sem-teto)
correram atrás de mim, mas eu consegui chegar a um lugar movimentado e
desistiram”, detalha. Questionada sobre os riscos na região central de
Brasília, ela demonstra preocupação: “À noite, é muito perigoso, mas
preciso ganhar a vida”.
Sem emprego formal e
fazendo programas escondido da família, Brenda encara os riscos e espera
conseguir outro trabalho para mudar de vida. “O meu pai morreu não me
aceitando. Parte da família não me aceita. Se souberem como ganho a
vida, não sei qual será a reação deles.” [situações como a da transexual é que leva a crimes que não tem nada a ver com homofobia ser classificado como homofóbicos;
Brenda se prostitui em uma área de risco, a própria prostituição oferece riscos independente do sexo.
Se ela for vitima de um assalto, tentar reagir e morrer, logo tem a turma das ONG que vão classificar o crime como resultado do que chamam de homofobia.
Até um assaltante, que seja homossexual, e durante um assalto seja abatido por sua vítima a turma que defende o homossexualismo vai dizer que o assaltante foi vítima da homofobia.]