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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Intervenção: Polícias Civil e Militar deverão ser comandadas por quadros próprios

Temer discutiu assunto com aliados e deve anunciar o titular do novo Ministério da Segurança Pública

A intervenção federal no Rio deverá ter os principais nomes da cúpula da segurança pública definidos esta semana. O coronel Wolney Dias, comandante da Polícia Militar, e delegado Carlos Leba, da Polícia Civil, não deverão permanecer nos cargos. Para a sucessão dos dois, o novo secretário de Segurança, general Richard Fernandez Nunes, quer quadros internos. Inicialmente, chegou-se a cogitar a nomeação de um militar do Exército para a PM. Mas a ideia acabou descartada. Um dos motivos seria a necessidade de se ter pessoas com um histórico das corporações para que seja possível realizar mudanças em um curto espaço de tempo, já que a ação de tropas federais no estado deve ser concluída no fim do ano. 

 Blindados da Polícia Militar dentro do QG da corporação - Guilherme Pinto / Agência O Globo

Hoje, o presidente Michel Temer prometeu anunciar quem será titular do novo Ministério da Segurança Pública, cargo para o qual disse ter “uns dez nomes” cotados. Ontem, Temer discutiu o assunto, no Palácio do Jaburu, com os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral), Torquato Jardim (Justiça), Raul Jungmann (Defesa), Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional) e com o subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha.
O general Richard Fernandez Nunes busca “fichas limpas” para as principais funções no estado, já que um dos objetivos da intervenção é combater desvios de conduta de agentes públicos. Nos bastidores do Comando Militar do Leste (CML), um dos nomes mais citados para o comando da PM é o do coronel Mário Sérgio Duarte, que está na reserva e já foi comandante da corporação entre 2009 e 2011. Mário Sérgio já trabalhou com o interventor, general Walter Braga Netto, no plano de segurança dos Jogos Olímpicos de 2016 e é amigo pessoal do militar. Um fator, entretanto, pesa contra a nomeação de Mário Sérgio: o coronel pediu exoneração do cargo de comandante da PM após a prisão do tenente-coronel Cláudio Oliveira, suspeito de ter planejado o assassinato da juíza Patrícia Acioli, em 11 de agosto de 2011. Na época, Mário Sérgio assumiu ter errado ao tirar Cláudio da área administrativa e apostado nele para comandar o 7º BPM (São Gonçalo), onde a juíza atuava.

Outro nome com boa aceitação entre os militares é o do coronel Aristeu Leonardo Tavares, também da reserva. Ele foi porta-voz da Polícia Militar e tem a seu favor o fato de ser próximo de militares das Forças Armadas, por conta dos cargos que ocupou nos últimos anos, quando atuou no Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, como gerente regional em operações de segurança e, depois, como diretor da Força Nacional de Segurança Pública. Fora da polícia, ele já atuou como juiz de futebol.
Entre os candidatos a chefe de Polícia Civil, estão os delegados Rivaldo Barbosa e Rodrigo Oliveira. O primeiro é diretor da Divisão de Homicídios, enquanto Oliveira é chefe da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Os dois já passaram pelas fileiras das Forças Armadas. Rivaldo foi militar da Aeronáutica e Oliveira, tenente.

Os perfis são bem diferentes. Rivaldo foi subsecretário de Inteligência durante a gestão do ex-secretário de Segurança José Mariano Beltrame, mas se tornou conhecido da população investigando homicídios. Ele estava à frente da DH na época do desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, na Rocinha, em 2013. Já Rodrigo Oliveira se destaca por ser extremamente operacional. É considerado um estrategista em operações de campo. Em 2007, na Favela da Coreia, em Senador Camará, foi baleado no pescoço. Todos os cotados foram procurados pelo GLOBO, e negaram ter recebido convites.

O Globo

LEIA TAMBÉM: General diz que intervenção tem que ter 'enfrentamento igual ou maior' que o do crime organizado

Floriano Peixoto Neto compara missão do Exército no Haiti à proposta aplicada ao Rio

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A intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro sinaliza que a questão de deterioração da segurança regional extrapolou os limites da Segurança Pública, passando a se constituir um evidente e gravíssimo problema de Segurança Nacional. Essa decisão interventiva deveria trazer, em seu conteúdo, elementos mais claros que oferecessem às tropas segurança jurídica para as ações que terão de ser implementadas, como ocorria no Haiti. É preciso, também, conceder às tropas interventoras um amplo poder de polícia, para que possam atuar com mais liberdade de ação. Isso seria a pressuposto lógico para se alcançar aquilo que se pretende. Parece bastante razoável imaginar que o enfrentamento de gangues armadas com fuzis, que levam terror aos locais onde vivem e transitam pessoas do bem, deva ser executado com um poder de enfrentamento de igual ou maior letalidade, ou corremos o risco de as ações se tornarem inócuas.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Nem sempre é conveniente ao interesse da Segurança Pública e da própria sociedade a divulgação em detalhes de uma operação policial


Perguntas ainda não respondidas sobre as sete mortes no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo

Tanto Polícia Civil quanto militares negam autoria dos disparos. Maioria das vítimas não tinha passagem pela polícia [é pacífico que alguns dos mortos tinham passagens pela policia, especialmente com o tráfico de drogas; 
é comum, quando alguém morre em confronto com a polícia, logo dizem que não tinha passagem - era um santo e estava vindo/indo para uma igreja.]


Enterro de um dos sete homens que morreram durante operação no Salgueiro, São Gonçalo - Pablo Jacob / Agência O Globo

A morte de sete pessoas no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, no mesmo dia de uma operação que contou com a participação de agentes Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil, e soldados do Exército, levanta uma série de suspeitas, mas poucas respostas. Até o momento, os dois lados negam a autoria dos disparos Nem mesmo a Divisão de Homicídios, que investiga o caso, descobriu quem comandou a incursão ao complexo e por quê. Por isso, a ação deixou uma série de perguntas no ar, que até o momento, continuam um verdadeiro mistério. 


1 - Quem comandava a operação que reuniu a Core e o Exército no Complexo do Salgueiro?Não estava sob o chapéu do Plano de Ação Integrada de Segurança Nacional? 
2 - Qual era, afinal, o objetivo da operação? Por que a polícia e o Exército não informam claramente se foram ao local por conta de denúncias sobre a presença de traficantes?
3 - Que unidade do Exército participou da operação conjunta no Complexo do Salgueiro? E que oficial era responsável pela tropa federal que atuou com a equipe da Polícia Civil?
4 - Por que o conteúdo dos depoimentos dos militares que participaram da operação não foi divulgado? Por que as armas que eles utilizaram ainda não foram apreendidas?

[são oito perguntas e todas comportam uma única resposta:  são perguntas com respostas de interesse exclusivo para a Segurança Pública.
Não se encontra nas perguntas nada que motive uma resposta cuja divulgação interesse à sociedade ou a Segurança Pública;
pode interessar a curiosos, muitos ligados ao crime organizado e que usará sem vacilar as respostas para se livrar de novas ações policiais.
As duas perguntas sob o número 4 além da resposta padrão para as 3 anteriores, podem receber o seguinte complemento:
- por força de lei os militares que participaram da operação não prestaram depoimento, haja vista que estão desobrigados da prestação de esclarecimentos à Polícia Civil;  e, as armas não podem ser apreendidas, exceto pelo próprio Exército, por iniciativa do Comando ou determinação da Justiça Militar.]