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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Segurança Pública - Forças Armadas e Polícia Federal fazem operação no Rio de Janeiro

Militares e policiais federais fazem hoje (15) uma operação no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro. As forças federais fazem incursões dentro da comunidade e um cerco no entorno.

As ações, que envolvem 1.070 militares das Forças Armadas e 30 policiais federais, também incluem revistas de veículos e pessoas. Blindados e aeronaves estão sendo usados na operação.  Devido à ação, são esperadas interdições de vias e o controle do espaço aéreo, com restrição para aeronaves civis.

Desde julho do ano passado, militares fazem operações em favelas e rodovias no Rio de Janeiro. A segurança pública do estado está sob intervenção federal desde fevereiro deste ano.

Agência Brasil

 

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Qual o prejuízo que a morte de alguns invasores trouxe para a sociedade? NENHUM. Existe crimes mais graves a serem investigados - é recorrente invasores se autodenominarem trabalhadores rurais e mortos em ação policial legítima serem chamados de inocentes



Investigações sobre chacinas no país não avançam

Policiais são suspeitos de assassinatos no Rio e no Pará, mas autoria de crimes ainda é desconhecida

Algumas das maiores chacinas que aconteceram no país continuam cercadas de mistério sobre as causas e, principalmente, em relação aos responsáveis pelos crimes. Complexas pela quantidade de mortos, silêncio das testemunhas e insuficiência de provas, os crimes tornaram-se ainda mais nebulosos em função da suspeita de participação policial.

No interior do Pará, 29 policiais civis e militares entraram na fazenda Santa Lúcia para cumprir mandados de prisão decorrentes da investigação do assassinato de um segurança do local. No entanto, 17 deles deixaram a propriedade na condição de suspeitos pela morte de dez trabalhadores rurais. No Rio de Janeiro, uma operação no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, terminou com a morte de sete pessoas. Em Belém, 29 pessoas foram assassinadas no que foi considerada a maior chacina da história da cidade. Em comum, os três casos ocorridos em 2017 reúnem acusações contra policiais, suspeitos de envolvimento nos assassinatos.

No caso de São Gonçalo, que ocorreu em outubro passado, há incerteza a respeito da autoria do crime: não se sabe se foi a polícia, o tráfico ou o Exército. [fica mais fácil destacar apenas a suspeita de ação policial. É sabido que o tráfico usa o recurso de mandar matar algumas pessoas, jogam a culpa no polícia e ganham duplamente : se livram de alguns desafetos e ao mesmo tempo inibe à ação da polícia que passa à condição de vilã.]  Um dia após a morte de um policial militar na comunidade do Brejal, no município, foi executada uma operação com 15 agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), a tropa de elite da Polícia Civil, em conjunto com militares do Exército no Complexo do Salgueiro. Sem a finalidade divulgada, a ação terminou com sete mortos. Ocorria um baile funk no local naquela noite, embora os corpos tenham sido encontrados a três quilômetros do evento. [dois pontos que estão esquecendo para responsabilizar a PM: - bailes funk sempre são ocorrências que estimulam conflitos com elevado número de mortos e fica fácil, sendo do interesse do tráfico, adaptar a situação para parecer uma chacina realizada por policiais;
- dificilmente agentes da CORE, Policia Civil, iriam realizar qualquer matança, especialmente para vingar a morte de um policial militar.]
— Não há dúvidas de que houve um homicídio, mas esse caso foge às características clássicas das chacinas pois houve apreensão de armas e drogas no local, o que não é comum nessas ocorrências — explica Paulo Roberto Mello Cunha, promotor do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp).

Moradores da região acusaram os policiais de execução, enquanto a Polícia Civil afirma que a tragédia é fruto do confronto entre traficantes. Três policiais civis, no entanto, alegaram que os disparos foram efetuados pelos militares. O Ministério Público do Rio (MP-RJ) abriu um inquérito para apurar o caso, mas a indefinição da autoria atrasa ainda mais o processo, pois divide a investigação em duas: integrantes das Forças Armadas que cometeram crimes durante missões de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), como é o caso dos militares que atuam no Rio, só podem ser investigados pela Justiça Militar. — Estamos em contato com os militares, mas o ideal seria que pudéssemos reunir as investigações e tudo fosse feito pelo mesmo órgão e no mesmo contexto — disse o promotor. [até por uma questão de um mínimo de respeito ao Ministério Pùblico Militar, o ilustre promotor do Gaesp deveria evitar comentários infundados.]
 
PERÍCIA DESMENTE POLICIAIS
Apontada a princípio como uma onda de assassinatos, a chacina que matou 29 pessoas entre os dias 20 e 21 de janeiro em Belém permaneceu em aberto por quase nove meses. Criminosos de rosto encoberto e atuação em áreas que não foram patrulhadas pela polícia na ocasião, somados ao fato de as mortes se sucederem ao assassinato de um policial militar, foram alguns dos indícios que sugeriram a participação de policiais na tragédia. No entanto, foram necessários quase nove meses até que as investigações chegassem aos acusados.

Por meio de telefonemas interceptados pela Promotoria Militar, um grupo de agentes foi flagrado comentando sobre a execução de diversos crimes na capital paraense. Eles teriam acobertado a ação de outros criminosos mediante extorsão e participado de furtos a residências. Seis policiais foram denunciados pelo Ministério Público do Pará (MP-PA) e estão presos preventivamente. Por se tratar de um caso que corre em sigilo na Justiça estadual, o MP-PA não quis se pronunciar.

No outro caso que aconteceu no Pará, apesar de os investigadores terem denunciado 17 dos 29 policiais acusados de envolvimento na chacina de Pau D’Arco, cidade a 50 quilômetros de Redenção, o mandante da ação que matou dez trabalhadores rurais em 24 de maio ainda não foi localizado pela polícia. — A gente sabia desde o início que os policiais tinham matado todo mundo. Mas até hoje a polícia não encontrou quem deu a ordem a eles. Queremos que a justiça seja feita e os responsáveis, encontrados — diz Ana Célia Pereira Oliveira de Souza, viúva de Ronaldo Pereira de Souza, uma das vítimas da chacina.

A morte de dez pessoas na região, conhecida por conflitos de terras, teve a versão policial desmentida pela perícia e pela delação de dois policiais. A princípio, os agentes que atuaram no local relataram terem sido recebidos com tiros pelos posseiros e efetuado disparos em resposta. Os laudos indicavam ausência de pólvora nas mãos das vítimas, que haviam sido baleadas a curta distância.

Em delação ao Ministério Público, dois agentes relataram que a cena do crime foi alterada para que parecesse que um confronto tivesse ocorrido ali. Dos 17 denunciados, 15 ficaram presos preventivamente entre setembro e dezembro, mas foram liberados para responderem ao processo em liberdade. Leonardo Jorge Lima Caldas, da 1º Promotoria de Justiça de Redenção, reconhece que a notoriedade do caso acelerou o processo, mas teme que as investigações esfriem por falta de estrutura na região.  — Por mais que o Ministério Público tenha requisitado e hoje esse inquérito esteja com a Polícia Federal de Redenção, a estrutura é muito precária, e ele tramita como se fosse mais um. A demora em analisá-lo pode travar as investigações — observou.

Para as famílias das vítimas, o drama é ainda maior pela ausência de indenizações por parte do governo estadual:  — Nunca nos procuraram para nada. Apenas o promotor nos procurou para saber como era a nossa rotina — conta Ana Célia, que alega enfrentar dificuldades para criar os três filhos desde a morte do marido. [se percebe que os familiares das vítimas estão mais preocupados com grana, do que com as investigações.]
O estado do Pará, por meio de nota, afirmou que as indenizações devem ser requeridas formalmente para que os valores sejam fixados e que não recebeu, até o momento, “nenhum processo ou demanda neste sentido."

O Globo


quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Nem sempre é conveniente ao interesse da Segurança Pública e da própria sociedade a divulgação em detalhes de uma operação policial


Perguntas ainda não respondidas sobre as sete mortes no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo

Tanto Polícia Civil quanto militares negam autoria dos disparos. Maioria das vítimas não tinha passagem pela polícia [é pacífico que alguns dos mortos tinham passagens pela policia, especialmente com o tráfico de drogas; 
é comum, quando alguém morre em confronto com a polícia, logo dizem que não tinha passagem - era um santo e estava vindo/indo para uma igreja.]


Enterro de um dos sete homens que morreram durante operação no Salgueiro, São Gonçalo - Pablo Jacob / Agência O Globo

A morte de sete pessoas no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, no mesmo dia de uma operação que contou com a participação de agentes Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil, e soldados do Exército, levanta uma série de suspeitas, mas poucas respostas. Até o momento, os dois lados negam a autoria dos disparos Nem mesmo a Divisão de Homicídios, que investiga o caso, descobriu quem comandou a incursão ao complexo e por quê. Por isso, a ação deixou uma série de perguntas no ar, que até o momento, continuam um verdadeiro mistério. 


1 - Quem comandava a operação que reuniu a Core e o Exército no Complexo do Salgueiro?Não estava sob o chapéu do Plano de Ação Integrada de Segurança Nacional? 
2 - Qual era, afinal, o objetivo da operação? Por que a polícia e o Exército não informam claramente se foram ao local por conta de denúncias sobre a presença de traficantes?
3 - Que unidade do Exército participou da operação conjunta no Complexo do Salgueiro? E que oficial era responsável pela tropa federal que atuou com a equipe da Polícia Civil?
4 - Por que o conteúdo dos depoimentos dos militares que participaram da operação não foi divulgado? Por que as armas que eles utilizaram ainda não foram apreendidas?

[são oito perguntas e todas comportam uma única resposta:  são perguntas com respostas de interesse exclusivo para a Segurança Pública.
Não se encontra nas perguntas nada que motive uma resposta cuja divulgação interesse à sociedade ou a Segurança Pública;
pode interessar a curiosos, muitos ligados ao crime organizado e que usará sem vacilar as respostas para se livrar de novas ações policiais.
As duas perguntas sob o número 4 além da resposta padrão para as 3 anteriores, podem receber o seguinte complemento:
- por força de lei os militares que participaram da operação não prestaram depoimento, haja vista que estão desobrigados da prestação de esclarecimentos à Polícia Civil;  e, as armas não podem ser apreendidas, exceto pelo próprio Exército, por iniciativa do Comando ou determinação da Justiça Militar.]