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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Planalto dá o tom da reação à era Bolsonaro

[no trato com as 'centrais' o governo Bolsonaro acerta todas (área na qual os filhos não dão palpites). CUT,  demais centrais, movimentos sociais e partidos de esquerda, devem ser ignorados,  desconsiderados de forma ostensiva e, na sequência, 'neutralizados' por auto desmoralização.]

No dia 14 de novembro de 2018 o presidente da CUT, Vagner Freitas, participou de ato de apoio a Luiz Inácio Lula da Silva, em Curitiba, em frente à carceragem da Polícia Federal onde o ex-presidente está preso há dez meses. De camisa de manga comprida rosa claro com um jacaré bordado no bolso, o dirigente sindical iniciou um jogral, recurso comum em manifestações de improviso, em que as frases são amplificadas ao serem repetidas pelo grupo mais próximo de pessoas.
No jogral, com a presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffman, ao seu lado, Freitas declarou: "O Brasil inteiro sabe que houve uma fraude eleitoral. Bolsonaro foi eleito com 30% do povo brasileiro. Mancomunado com Moro e com a mídia, mudaram o resultado da eleição. Todo mundo sabe que Lula seria eleito no primeiro turno. Por isso está preso. Logo, fique claro que não reconhecemos Bolsonaro como presidente da República". Funcionário do Bradesco, Vagner foi, aos 46 anos, o primeiro bancário a ser escolhido para comandar, em 2012, a central que nasceu metalúrgica junto com o PT e hoje depende cada vez mais de suas bases no funcionalismo público.


No dia da posse do novo governo, o nome do presidente da CUT encabeçaria a lista de signatários da carta dirigida pelas seis centrais sindicais ao presidente Jair Bolsonaro. Na carta, os dirigentes apresentavam suas credenciais: "Faz parte do jogo democrático investir num amplo processo de negociação política, que envolva o governo federal, o parlamento, a sociedade civil e os segmentos organizados, como a via civilizada para construção de consensos políticos, econômicos e sociais fundamentais ao êxito de qualquer administração e do desenvolvimento do Brasil". O texto dirigia-se, ao final, com um protocolo cortês ao presidente empossado: "Receba nossas saudações classistas e sindicais".

Um mês depois, o presidente da CUT, o secretário-geral da entidade, Sérgio Nobre, e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, Wagner Santana, seriam recebidos por Hamilton Mourão. A audiência estava marcada para 11h40 e, no horário rigorosamente marcado, o presidente em exercício abriu as portas do seu gabinete, no anexo do Palácio do Planalto, para receber a comitiva. Os demais signatários da carta foram surpreendidos, especialmente porque a CUT havia participado, três dias antes, de reunião com todas as centrais para o lançamento de iniciativa conjunta de seus sindicatos de metalúrgicos para enfrentar a pauta das empresas do setor de adesão às novas regras trabalhistas. "Fomos tratados de maneira agressiva na campanha e declarei, sim, que não o reconhecia, mas não é mais o que penso. Cinquenta e sete milhões decidiram que Bolsonaro é o presidente e temos que buscar interlocução. Até com a ditadura a CUT conversava".

A aproximação entre os dirigentes da CUT e o vice-presidente da República foi feita por assessores parlamentares das Forças Armadas no Congresso antes mesmo da interinidade de Mourão. O presidente da CUT diz ter encontrado um "chefe de Estado" no exercício da Presidência. A pauta dos sindicalistas foi da ameaça de Ford e General Motors deixarem o país à reforma da Previdência. Mourão reconheceu o imbróglio das montadoras, mas aconselhou os sindicalistas a se aclimatarem aos rumos da capitalização na Previdência. Não manifestou concordância com nenhum ponto da pauta, mas valeu-se do encontro para exibir sua diferença com o titular do cargo no respeito à interlocução com os sindicatos. Na semana seguinte, ao reconhecer a memória do seringalista Chico Mendes, ignorado pelo ministro do Meio-Ambiente, Ricardo Salles, o vice-presidente prosseguiria na toada.

O encontro com os sindicalistas da CUT havia sido marcado para o segundo dia da interinidade de Mourão como presidente em exercício, mas a morte de Genival Inácio da Silva, o irmão do ex-presidente, conhecido por Vavá, adiou em uma semana a agenda. Representantes da central não eram vistos no Palácio do Planalto desde o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. A exemplo do que viria a fazer com Bolsonaro, a CUT tampouco reconhecera o ex-presidente Michel Temer, o que não evitou que seu governo aprovasse a reforma trabalhista, que estraçalhou o financiamento sindical e gerou 15% (298 mil) dos empregos formais prometidos. A presença da entidade no gabinete de Mourão tampouco evitou que a GM fosse bem-sucedida no intuito de reduzir benefícios trabalhistas em troca da promessa de voltar a investir na fábrica.

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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

A guerra aos fuzis do tráfico



Os bandidos voltaram a tocar o terror. Prisões espetaculares não podem ser conquista passageira 

A cidade olímpica, o Rio de Janeiro, não conseguirá despoluir a Baía de Guanabara tão cedo (vexame!), mas tem condições de reduzir os tiroteios de fuzis, os roubos espetaculares de carga, as explosões de caixas de banco e as invasões de conjuntos do Minha Casa Minha Vida por quadrilhas de traficantes de drogas. Esses bandidos voltaram a tocar o terror numa ousadia sem limites, expondo-se em redes sociais, em praças, piscinas e em vídeos de seus crimes.

O Rio só conseguirá um ambiente de relativa paz urbana se garantir, primeiro a curto prazo, algumas condições. Uma delas é a integração real e eficiente das três polícias, Federal, Civil e Militar. Também precisa ser punida duramente – e não só com a expulsão da corporação ou o afastamento para funções administrativas – a promiscuidade entre policiais e bandidos, acabando com o “arrego”, a propina paga por traficantes a policiais corruptos. E as leis e a Justiça precisam ser muito mais rigorosas com o crime organizado. Nossas leis hoje protegem bandidos – sem e com farda. Nossa Justiça os solta, muito antes de eles prestarem contas à sociedade por seus crimes.

Dois dos seis chefões do tráfico presos pelo Bope na semana passada, o Claudinho e o Fu da Mineira, numa operação exemplar sem um tiro disparado, já tinham sido presos antes. Estavam em Porto Velho, Rondônia, pela alta periculosidade. Fu tinha sido condenado a 90 anos de prisão, mas, após cinco meses atrás das grades, ganhou sete dias de liberdade para “visitar a família”. Nunca voltou. Por bom comportamento, os traficantes desfrutam de regime semiaberto e aproveitam para se tornar foragidos. Voltam a ser caçados. A polícia volta a oferecer recompensas de até R$ 50 mil, como era o caso de Playboy, morto em ação coordenada pela Polícia Federal no sábado. Isso não dá, não faz sentido! Em todo o país, vemos quadrilhas de assaltantes presos na televisão, vários deles usando tornozeleiras eletrônicas! É uma desmoralização total.

Outra medida urgente é endurecer o Estatuto do Desarmamento, que muitos querem “flexibilizar”, como se distribuir armas fosse garantia de menos homicídios. Uma inversão total de valores. O Estatuto tem de ser muito mais rígido quando alguém portar arma de uso restrito das Forças Armadas. Fuzis que podem derrubar helicópteros e causar estrago a uma distância de 4 ou 5 quilômetros estão espalhados e escondidos em arsenais nas favelas do Rio. Pela primeira vez, [segundo reportagem do Fantástico, TV Globo, de ontem, 16 de agosto,  só neste século, ocorreram várias apreensões em território brasileiro de FUZIS e METRALHADORAS .50;

modificar o Estatuto do Desarmamento, não vai influir em nada a posse por bandidos de armas do tipo em questão - fuzis e metralhadores .50, assim como .7,62 nunca foram, não são e jamais serão vendidas em lojas de armas.

Elas entram pelas fronteiras e mesmo que os defensores da regra = PESSOAS de BEM desarmadas e BANDIDOS armados = consigam êxito total e impeçam os  brasileiros até de portar uma agulha, tais armas vão continuar passando por nossas fronteiras até que o governo dê condições às Forças Armadas de guarnecerem nossas fronteiras secas e as costeiras.] além dos carregadores e das 800 munições, foi apreendido em território brasileiro um fuzil calibre .50, do Exército americano.

Não estamos nem falando aqui de tráfico de drogas – mas de assaltos à mão armada, homicídios, balas perdidas, explosões e incêndios. Numa palavra, terror. Como não víamos no Rio havia muito tempo prisões e mortes de bandidos com essa reputação e poder de comando, perguntei ao secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, se algo mudou na orientação de combate ao tráfico. A semana terminou com a morte de Jean Piloto, um dos prováveis sucessores de Playboy, com um tiro de fuzil disparado pela polícia.

“Poderíamos ter pegado todos antes”, diz Beltrame. “Mas não se pode prender uma quadrilha fortemente armada numa rua movimentada, sexta-feira à noite. O que determinou a caçada a esses bandidos foi saber que estavam criando um novo Complexo do Alemão em outra área, o Chapadão. Iam invadir a Maré. Tinham trazido de Minas Gerais dinamite para estourar caixas eletrônicos. Não me importam os nomes dos bandidos. Pode ser Bem-Te-Vi ou Periquito, Beira-Mar ou Beira-Rio, Playboy ou sei lá o quê. Tem mais uma penca deles para prender e surgirão outros. O que me importa é diminuir índices de criminalidade, de roubo, de homicídios,  melhorar a sensação de segurança da população”, diz Beltrame ao telefone a ÉPOCA.

Sobre o assédio dos traficantes a moradores do Minha Casa Minha Vida, Beltrame afirma: “Os projetos são feitos, mas não somos consultados. Se os empreendimentos fossem combinados com a Secretaria de Segurança, eu mudaria os planos de ocupação policial. Há mais de 100 empreendimentos em discussão, que eu saiba, mas precisamos de união para escolher os lugares certos”.
Segurança funciona assim, diz Beltrame e assino embaixo. Primeiro, a fronteira. Segundo, as políticas sociais para a juventude, a família, a mãe. Depois, o legislador e a polícia. O Ministério Público. A Justiça. O sistema penitenciário. O Estado. A falta de integração, de compromisso e de um pacto federal contra a violência é nosso inimigo público número um. E faz das prisões espetaculares uma conquista passageira e ilusória.

Fonte: Ruth de Aquino - Revista Época