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terça-feira, 10 de agosto de 2021

Militares farão desfile de tanques em Brasília no mesmo dia da votação da PEC do impresso - O Estado de S. Paulo

Um comboio de veículos militares blindados irá passear pelos arredores do Congresso Nacional nesta terça-feira, 10, pela manhã. O desfile de tanques e armamentos é um evento promovido pela Marinha do Brasil.

O evento está programado para o mesmo dia em que está prevista a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso no plenário da Câmara. A PEC tem sido motivo para declarações antidemocráticas e ameaças do presidente da República Jair Bolsonaro. A proposta já foi derrotada na comissão especial que avaliava o tema, mas, mesmo assim e diante da insistência de Bolsonaro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu levar a questão para o plenário, em que será votada pelos 513 deputados.


 Marinha, Exército e Força Aérea  - Foto Estevam - Exército Brasileiro

O Estadão solicitou informações e esclarecimentos [solicitar informações até que é aceitável; mas, esclarecimentos???] ao Ministério da Defesa e à Marinha, a respeito de quando foi agendada a Operação Formosa e a passagem do comboio militar pelo Palácio do Planalto, bem como o motivo dessa peculiaridade da edição de 2021 do treinamento. O jornal quis saber também se houve pedido da Presidência para o desfile e o custo da operação. As perguntas ainda não foram respondidas. As informações serão incluídas caso haja manifestação da Defesa ou da Marinha.

Desde que esta edição da Operação Formosa começou a ser preparada, já foram divulgados vários vídeos e informações a respeito do assunto. Somente nesta segunda-feira, 9, no entanto, a Marinha informou que a operação passaria por Brasília. De acordo com nota divulgada pela Marinha, a iniciativa faz parte da Operação Formosa, um treinamento militar realizado desde 1988 e que este ano, pela primeira vez, contará também com a participação do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira.

“Nesta terça-feira (10/8), pela manhã, comboio com veículos blindados, armamentos e outros meios da Força de Fuzileiros da Esquadra, que partiu do Rio do Rio de Janeiro, passará por Brasília, a caminho do Campo de Instrução de Formosa (CIF). Na oportunidade, às 8h30, no Palácio do Planalto, serão entregues ao Presidente da República, Jair Bolsonaro, e ao Ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, os convites para comparecerem à Demonstração Operativa, que ocorrerá no dia 16 de agosto, no CIF”, diz a nota.

A coincidência dos eventos provocou preocupação no Parlamento. “Sobre essa história de tanques nas ruas. Não quero crer que isso seja uma tentativa de intimidação da Câmara dos Deputados, mas, se for, aprenderão a lição de que um Parlamento independente e ciente das suas responsabilidades constitucionais é mais forte que tanques nas ruas”, escreveu no Twitter o vice-presidente do Congresso, deputado Marcelo Ramos (PL-AM).

“Mais uma do protótipo de ditador: mandou o Exército desfilar com tanques em Brasília amanhã, dia da votação do voto impresso. Quer intimidar, mas para isso precisa do ‘intimidado’. É hora de mostrarmos pra ele que o poder emana do povo, não das armas!”, publicou o deputado Rogério Correia (PT-MG). O deputado Raul Henry (MDB-PE), responsável pelo parecer pelo arquivamento da PEC do voto impresso, diz que a votação deve ocorrer de fato nesta terça-feira. Ele afirmou que não pretende mudar o teor do seu relatório.

O próprio presidente Jair Bolsonaro, no entanto, reconhece que o acordo é difícil de ser feito. “Se não tivermos uma negociação antes, um acordo, vai ser derrotada a proposta porque o ministro Barroso apavorou alguns parlamentares", disse nesta segunda-feira, 9, em entrevista à rádio Brado, da Bahia.

Em uma ação coordenada com ministros do Supremo, o TSE decidiu, por unanimidade, determinar [?] duas medidas contra o presidente Jair Bolsonaro. Além do inquérito sobre as denúncias falsas feitas por Bolsonaro contra o sistema eleitoral, o TSE pediu ao Supremo que o investigue no caso das fake news. Trata-se de um inquérito conduzido pelo ministro do STF Alexandre de Moraes que já tem provas de participação de aliados de Bolsonaro em ataques orquestrados às instituições. Moraes acatou a solicitação para incluir o presidente.

O desfecho dessas investigações pode tornar Bolsonaro inelegível, caso ele seja responsabilizado criminalmente, além de levar à impugnação de eventual registro de sua candidatura a um segundo mandato. O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, também disse que só haverá eleições em 2022 com voto impresso. Como revelou o Estadão, o presidente da Câmara, Arthur Lira, recebeu esse recado de Braga Netto, por meio de um interlocutor político, no último dia 8. Naquele mesmo dia, Bolsonaro afirmou: “Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições”.

Veja a repercussão do assunto:

[senador, por favor, tome tento; tenha noção do que o senhor está tentando fazer: 'primeiro, tenta intimar um ministro de Estado, um general quatro estrelas,  a comparecer a Covidão; agora, o senhor quer impedir as Forças Armadas de desfilar em solo brasileiro? assim, não há corda que aguente.]

Política - O Estado de S. Paulo


quinta-feira, 22 de julho de 2021

Braga Netto nega ter ameaçado eleições de 2022 se não houver voto impresso - Valor Econômico

Fabio Murakawa
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O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, negou nesta quinta-feira ter feito uma ameaça ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), condicionando a realização das eleições de 2022 à aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) do voto impresso. Essa informação consta de reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", segundo a qual Braga Netto teria feito chegar o recado a Lira "por meio de um importante interlocutor político". O ministro afirmou, por outro lado, que a discussão sobre o voto impresso "é legítima, defendida pelo governo federal e está sendo analisada pelo Parlamento brasileiro, a quem compete decidir sobre o tema."

O ministro referiu-se ao tema durante uma cerimônia na sede da pasta, ao lado do presidente Jair Bolsonaro. Ele leu uma nota que seria posteriormente publicada no site do Ministério e afirmou que não se comunica com chefes de outros Poderes por meio de interlocutores. Classificou ainda a notícia como uma "desinformação que gera instabilidade". "O ministro da Defesa não se comunica com os presidentes dos Poderes por meio de interlocutores. Trata-se de mais uma desinformação que gera instabilidade entre os Poderes da República em um momento que exige a união nacional. O Ministério da Defesa reitera que as Forças Armadas atuam e sempre atuarão dentro dos limites da Constituição", disse Braga Netto.

A reportagem do "Estadão" ainda afirmava que, ao dar o aviso, o que teria ocorrido no último dia 8 de julho, Braga Netto estava acompanhado dos chefes das três Forças Militares.

"A Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira são instituições nacionais regulares e permanentes comprometidas com a sociedade, com a estabilidade institucional do país e com a manutenção da democracia e da liberdade do povo brasileiro", disse o ministro.

Bolsonaro vinha repetindo em declarações públicas que não haverá eleição em 2022 caso o voto impresso não seja aprovado na Câmara.

No dia 9 de julho, um dia depois da suposta ameaça de Braga Netto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou em pronunciamento à imprensa que quem pretender um retrocesso democrático é "inimigo” da nação. Três dias depois, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, chamou Bolsonaro à sede da Corte para pedir respeito à Constituição.

Na cerimônia de hoje, Braga Netto defendeu como "legítima" a discussão. Mas ressaltou que a última palavra sobre o assunto cabe ao Congresso.

"Acredito que todo cidadão deseja maior transparência e legitimidade do processo de escolha de seus representantes no Executivo e no Legislativo de todas as instâncias", disse. "A discussão sobre o voto eletrônico ou auditável por meio de comprovante impresso é legítima, defendida pelo governo federal e está sendo analisada pelo Parlamento brasileiro, a quem compete decidir sobre o tema."

Fabio Murakawa, jornalista - Valor Econômico