Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Bolsonaro intensifica campanha em Minas em busca de virada sobre Lula
Com o apoio do governador Romeu Zema, o presidente foi a Belo Horizonte nesta quarta e volta sexta à cidade; nesta quinta, será a vez de Braga Netto em BH
JairBolsonaroestá determinado a conseguir a virada nosegundo turno sobre Lula em Minas Gerais,o estado que costuma refletir o resultado da eleição nacional. Com o apoio do governador reeleitoRomeu Zema, o presidente foi a Belo Horizontenesta quarta e já vai retornar à cidade nesta sexta, pouco mais de 48 horas depois. Detalhe: ele já esteve em BH na última quinta, para uma agenda na Federação das Indústrias de Minas.
A blitz da campanha no estado não para por aí. Na tarde desta quinta, o general Walter Braga Netto, candidato a vice de Bolsonaro, estará na capital mineira para um encontro com Zema e deputados do estado. Em Minas, o segundo maior colégio eleitoral do país, Lula teve no primeiro turno 48,29% dos votos válidos contra 43,60% de Bolsonaro, uma vantagem de pouco mais de 560.000 votos. Mas, em BH, o resultado foi o oposto: o presidente 46,60% contra 42,53% do petista.
No ato de campanha na manhã desta quarta, Bolsonaro discursou para apoiadores ao lado de Zema e do pastor Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus. Nesta sexta, também com o governador a tiracolo, ele irá se reunir com uma parcela dos 853 prefeitos mineiros e receberá uma carta de reivindicações das cidades do estado.
Zema, aliás, mergulhou de cabeça na campanha de Bolsonaro à reeleição. Ele inclusive participa de uma propaganda eleitoral do candidato do PL defendendo que os mineiros devem ser “PTfóbicos”, tese que vem difundindo no estado.
O foco em Minas não se limita à campanha do presidente. No último sábado, Lula foi a Belo Horizonte e comandou um grande ato, que teve até a participação do cantor Chico Buarque. No primeiro turno, o ex-presidente também passou pelo estado algumas vezes, mas não conseguiu eleger os seus candidatos ao governo, Alexandre Kalil, e ao Senado, Alexandre Silveira.[alguém lembra de algum sucesso desse cantor? só valem sucessos deste século.
É igual ao sucesso daquela outra cantora, a tal Mercúrio, cujo último sucesso foi na década de 90.]
Discreto, o general desempenha missões específicas e, se eleito vice-presidente, terá uma função curiosa no governo
A exceção dos filhos e da esposa, se existe uma pessoa em quem Jair Bolsonaro realmente confia é o general Braga Netto.
O presidente, como se sabe, é suscetível a teorias da conspiração. Acredita até hoje que o garçom que tentou matá-lo com uma facada na campanha de 2018 era parte de um plano arquitetado pela esquerda para evitar sua eleição. [fosse só o presidente, seria fácil esquecer; são milhões de pessoas e algumas perguntas sem respostas sobre o criminoso e sua defesa, aumentam as dúvidas.]
Como o atentado não deu certo, as engrenagens dessa poderosa mão invisível agora estariam agindo para burlar o processo eleitoral — daí a insistência do presidente em colocar sob suspeita o aparato eletrônico de votação.
Caso consiga a reeleição, Bolsonaro não tem dúvida de que incursões ainda mais pesadas podem ser postas em prática para sabotar o segundo mandato.[só que feliz\mente, não terão o apoio de uma pandemia e mais uma vez o capitão do povo vai vencer.] A escolha de Braga Netto para compor sua chapa como candidato a vice-presidente tem muito a ver com essas obsessões do ex-capitão.
Discreto, avesso a badalações, neófito na política, sem ambições de poder e, acima de tudo, disciplinado, Braga Netto reúne boa parte dos atributos que Bolsonaro considera como ideais para ter em sua retaguarda.
O general esteve por mais de quatro décadas nas Forças Armadas, onde ocupou os mais relevantes postos de comando, encerrando a carreira em 2020 como chefe do Estado-Maior do Exército.
Em fevereiro daquele ano, ainda na ativa, foi convidado e aceitou assumir a chefia da Casa Civil, uma das pastas mais importantes do governo.
A relação entre ele e o presidente teria sido construída a partir desse instante, ao contrário de uma versão que circula em Brasília desde o início do governo.
Em 2018, Bolsonaro liderava as pesquisas de intenção de voto. Na época, o Ministério Público investigava em segredo o esquema das rachadinhas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro que envolvia, entre outros personagens, o então deputado Flávio Bolsonaro.
Diz a lenda que a operação policial que traria à tona o escândalo estava programada para acontecer entre o primeiro e o segundo turno da eleição presidencial, mas acabou abortada depois que o então candidato a presidente foi informado do que estava prestes a ocorrer com o intuito de prejudicá-lo.
Braga Netto ocupava, nessa mesma época, a função de interventor federal na segurança pública do Rio. A narrativa atribui ao general a responsabilidade pelo desmonte da “armação política” que estava sendo gestada — e esse seria o verdadeiro ponto de partida da relação entre ele e o presidente.
O agora candidato a vice garante que essa história não passa de lenda, uma invencionice que nada tem a ver com a decisão de Bolsonaro escolhê-lo para compor a chapa — decisão, aliás, tomada à revelia da ala política do governo, que preferia a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina para o posto.
Ligada ao agronegócio e ao meio empresarial, Tereza certamente seria importante para conquistar votos em nichos onde o presidente encontra resistências, como no eleitorado feminino.
Já o general não tem carisma, não tem nenhum apelo eleitoral e nem agrega novos apoiadores.
Mas, na lógica de Bolsonaro, o papel dele é considerado imprescindível num eventual segundo mandato. Braga Netto, diz o presidente, vai funcionar como o “seguro contra impeachment” — a garantia de que o ex-capitão, caso seja reeleito, estará protegido dos inimigos ocultos que farão de tudo para impedi-lo de governar até o fim de 2026.[como fizeram até agora, sem êxito; acusam o presidente Bolsonaro de tudo e mais alguma coisa, só que faltam as provas. O caso das 'rachadinhas' é investigado desde antes do presidente ser eleito e até agora NADA conseguiram provar - provas da ocorrência de algo que que não aconteceu, costumam ser de dificil, ou impossível, obtenção.]
No imaginário de Bolsonaro, ele não teria concluído o mandato caso o general Hamilton Mourão não fosse o seu vice-presidente.
Apesar das divergências provocadas pelas posições antagônicas entre os dois, o presidente reconhece que seus adversários nunca avançaram em direção ao impeachment graças, em parte, à lealdade do próprio Mourão. Braga Netto seria a renovação desse “seguro”, com direito a bônus. O candidato a vice tem ascendência sobre os militares e já deu demonstrações de força quando estava no governo.
Durante a CPI da Pandemia, os senadores tentaram convocar o general, então ministro da Casa Civil, a prestar depoimento sobre o atraso da compra de vacinas. Braga Netto fez chegar aos parlamentares a informação de que poderia ignorar a convocação.
O recado foi acompanhado de uma pergunta em tom de desafio:em caso de descumprimento da intimação, alguém ousaria tentar buscá-lo dentro do Palácio do Planalto? Os senadores, na dúvida, preferiram não responder, desistiram da ideia de ouvir o general e nunca mais tocaram no assunto.[o ministro Moraes insistiu em obrigar o presidente Bolsonaro a comparecer a uma delegacia da PF para depor - foi ignorado, reiterou a ordem, novamente foi ignorado e optou por deixar tudo como estava - não tinha um Plano "B".]
(...)
Em busca de uma repaginada na imagem sisuda, o general também se rendeu recentemente às redes sociais. A conta dele no Twitter, por meio da qual divulga alguns compromissos de campanha, tem pouco mais de 130 000 seguidores — a de Geraldo Alckmin, o candidato a vice do ex-presidente Lula, já acumula mais de 1 milhão. A pouca exposição nas redes faz sentido. Braga Netto não gosta de expor a vida privada. Fica irritado quando isso acontece e pede sempre aos amigos que apaguem ou não postem fotos captadas em ambientes particulares. Seus hábitos também são simples. Antes da campanha, ele se reunia todas as semanas com um grupo de oficiais num restaurante em Brasília. Fora isso, costumava passear sozinho com dois buldogues franceses — Jack e Daniels. Daniels morreu. Sem nenhuma cerimônia, também frequentava a padaria da quadra e, católico, sempre que podia participava da missa dominical numa paróquia próxima ao seu apartamento.
Publicado em VEJA, edição nº 2807, de 21 de setembro de 2022,
Jair Bolsonaro afirmou que há "90% de chances" de o general Braga Netto ser vice dele na chapa da reeleição à Presidência
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que já escolheu
seu vice na candidatura à reeleição e, apesar de ter afirmado que não
adiantaria o nome, deu pistas que apontam para o general de Exército
Walter Souza Braga Netto, seu atual ministro da Defesa.
Bolsonaro disse que a reforma ministerial prevista para
31 de março deixará claro seu vice. Para formar uma chapa com
Bolsonaro, Braga Netto, que é apontado como um dos ministros mais
próximos do presidente, teria que sair do governo.
Jair Bolsonaro afirmou em entrevista à rádio O Liberal,
do Pará, nesta segunda-feira (11/04) que há "90% de chances" de o
general Braga Netto ser vice dele na chapa da reeleição à Presidência. Caso se confirme, a troca será de um general por outro:
o atual vice é Hamilton Mourão, também general de Exército, que deixou a
ativa em 2018, filiou-se ao PRTB para concorrer na chapa de Bolsonaro e
atualmente é filiado ao Republicanos.
A lei eleitoral exige que ministros de Estado que
disputarão a eleição para a Presidência ou Vice-presidência deixassem o
cargo seis meses antes do primeiro turno, ou seja, até 2 de abril. Netto
não só deixou o cargo antes da data como também se filiou ao PL, o
mesmo partido de Bolsonaro.
O presidente afirmou ainda que quer um vice "que não
tenha ambições de assumir" seu lugar em um eventual próximo mandato. "Eu
posso adiantar para vocês, hoje em dia o vice é de Minas Gerais",
declarou. "Obviamente, vocês vão tomar conhecimento de quem vai
ser meu vice, apesar de (a definição) só ser em agosto, pelas possíveis
saídas de ministro agora dia 31 de março. Não quero adiantar agora o
nome dele, o Salles talvez saiba, pode sugerir ou tentar adivinhar",
afirmou o presidente.
O presidente se referia ao ex-ministro do Meio Ambiente
Ricardo Salles, presente à entrevista. Salles saiu em defesa de Braga
Netto. "Dou meu palpite, aliás, não é só o meu palpite, é o
meu desejo, que o nosso colega Braga Netto, um grande general, um homem
leal ao senhor, competente, sério, e acima de tudo muito discreto e
eficiente. Espero que seja ele o mineiro a que o senhor está se
referindo".
Ao ser questionado diretamente se o general é seu
escolhido, Bolsonaro respondeu: "Vou dar mais uma dica: é nascido em
Belo Horizonte. Mais uma dica: fez colégio militar". Braga Netto é de
Belo Horizonte.
Denúncias No início deste mês, o jornal "O Globo" publicou reportagens que apontavam uma série de denúncias durante a gestão de Braga Netto no Ministério da Defesa, em 2021. O periódico afirmou que, na época, a pasta aprovou um pacote secreto no valor de R$ 588 milhões. Dessa quantia, segundo a reportagem, R$ 401 milhões
foram destinados a 11 senadores, a maior parte ligada ao governo, e cada
um definiu onde o dinheiro seria gasto. Na maior parte das vezes, em
seus redutos eleitorais, e sem relação com a área militar.
Procurado pelo jornal, o Ministério da Defesa informou
que o programa Calha Nortenão leva em consideração a forma como os
parlamentares indicam recursos, se as emendas que chegam são impositivas
ou de relatoria, "mas, sim, se estão em conformidade com as diretrizes
técnicas". O órgão afirmou ainda que "o ministro não interfere na
destinação de recursos do Programa Calha Norte". O ministério, porém,
não explicou por que apenas 11 senadores tiveram a prerrogativa de
enviar recursos via emendas de relator.
Trajetória no Exército Braga Netto entrou para o Exército em 1975 e atuou no Rio durante grande parte da sua carreira. Foi promovido a general em 2009 e nomeado chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Oeste no mesmo ano.
Colegas de Braga Netto definem o novo ministro como
respeitado pela tropa, "durão" e experiente. O general é visto entre
seus pares como um nome de "forte liderança" e "bem articulado". Parte
da articulação pode ser atribuída aos "estágios" na área diplomática
feitos pelo militar.
Quando ainda era coronel, Braga Netto ocupou o cargo de
adido militar do Brasil na Polônia, entre os anos de 2005 e 2006.
Depois, foi promovido a general de divisão ainda no governo de Luiz
Inácio Lula da Silva, em novembro de 2009.
Em 2012, passou a ocupar a aditância militar nos
Estados Unidos e Canadá — enquanto exercia o cargo em Washington, foi
promovido a general de Exército. Pouco depois da promoção, em 2013, foi
exonerado para, em maio, assumir a função de diretor de Educação
Superior Militar, no Rio de Janeiro.
No mesmo ano, por decreto assinado pela então
presidente Dilma Rousseff, o general recebeu o grau de Grande-Oficial da
Ordem do Mérito Militar. Ainda no Rio, Braga Netto foi o responsável
pela segurança dos Jogos Olímpicos de 2016, antes de ser nomeado para
assumir o Comando Militar do Leste.
Em 2018, Braga Netto comandou a intervenção federal do
governo Michel Temer na segurança pública do Rio de Janeiro e passou a
controlar a Polícia Civil, a Polícia Militar, os bombeiros e
administração penitenciária do Estado.
Nos pouco mais de dez meses em que o general comandou a
segurança pública fluminense, o Estado registrou queda de roubos e
aumento das mortes provocadas pela polícia. [quando a polícia tem apoio e espaço para trabalhar a criminalidade cai e mais bandidos são abatidos. É o normal e esperado.]A intervenção acabou em 31
de dezembro de 2018.
"Fizemos uma choque de gestão muito baseado na
meritrocracia. Eu praticamente não aceitei pedidos políticos. Se a
pessoa tinha mérito, eu colocava no cargo. Se não tinha mérito, eu não
colocava no cargo", disse o general em janeiro de 2019, em entrevista à
TV Aparecida, sobre seu período no comando da intervenção.
Na ocasião, o general argumentou que houve aumento do
"número de pessoas mortas em confronto com a polícia" porque criminosos
reagiam às operações policiais, em vez de se entregar.
"Não é que nós demos autorização para matar, nada
disso, simplesmente foi a metodologia empregada. Nós passamos a realizar
os patrulhamentos em cima das manchas criminais. Um exemplo: eu sabia
muito bem que quarta-feira, (às) tantas horas, aumentava o número de
roubo de carro, ou roubo de carga, em determinado lugar, havia essa
mancha (de crimes recorrentes). Aí você fazia uma operação conjunta (das
polícias estaduais e Forças Armadas)", disse ao canal católico.
"O que ocorre é que o bandido no Rio tinha uma política
de enfrentamento irracional. Ele estava às vezes cercado, com armamento
pesado, e buscava o confronto. Mas a tropa estava adestrada e tinha
muita tropa no local, Polícia Militar, Polícia Civil, o que fosse. Nessa
postura irracional do bandido, se ele não se entregava, ele acabava
morrendo. Essa (categoria de morte) aí realmente aumentou", completou.
Na avaliação do Observatório da Intervenção, iniciativa
do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido
Mendes (CESeC/Ucam), a atuação das Forças Armadas não trouxe melhorias
estruturais para a segurança pública do Rio. [esses observatórios estão sempre a serviço dos bandidos e por razões escusas sempre defendem os marginais e minimizam as operações exitosas das polícias. Para eles o ideal é que os policias morram e os bandidos escapem ilesos.]
"Durante esses dez meses de 2018, não foram feitos
investimentos significativos no combate aos grupos de milícias e à
corrupção policial. A modernização da gestão das polícias também não foi
priorizada — a renovação se restringiu à compra de equipamentos",
destaca relatório do Observatório ao final da intervenção.
"Ao mesmo tempo, práticas violentas da polícia
fluminense continuaram e se agravaram. Em vez de modernizar, reformar ou
mudar, a intervenção levou ao extremo políticas que o Rio de Janeiro já
conhecia: a abordagem dos problemas de violência e criminalidade a
partir de uma lógica de guerra, baseada no uso de tropas de combate,
ocupações de favelas e grandes operações", diz ainda o documento.
Governo Bolsonaro Braga Netto entrou para o governo em fevereiro de 2020, quando foi anunciado como novo ministro chefe da Casa Civil, no lugar de Onyx Lorenzoni. A troca deu mais poder à ala militar do governo, grupo que havia perdido espaço para a ala mais ideológica ao longo de
2019.
Um oficial que serve no Rio descreveu Braga Netto à BBC
News Brasil como um militar rígido, mas que não compartilha o
pensamento "linha dura" de outros generais como Sérgio Etchegoyen, que
chefiou o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência durante o
governo Temer, ou Carlos Alberto dos Santos Cruz, que foi ministro de
Bolsonaro até junho e hoje é rompido com o presidente.
Lorenzoni, que está afastado do seu mandato deputado
federal (DEM-RS), continuou na Esplanada dos Ministérios, assumindo o
comando da pasta da Cidadania, no lugar de Osmar Terra, também deputado
gaúcho, mas pelo MDB. Tradicionalmente, a Casa Civil é um dos ministérios
mais importantes, atuando na coordenação das demais pastas e na
articulação com o Congresso Nacional. No entanto, o órgão vinha sendo
esvaziado no governo Bolsonaro desde junho, quando a responsabilidade
pela negociação política foi transferida para a Secretaria de Governo,
comanda então ministro general Luiz Eduardo Ramos, e a coordenação do
PPI (Programa de Parcerias e Investimentos), responsável por impulsionar
obras de infraestrutura por meio de concessões à iniciativa privada,
ficou nas mãos do ministro da Economia, Paulo Guedes.
O esvaziamento da pasta deixou evidente o
enfraquecimento de Lorenzoni, que no início era homem forte do governo,
tendo inclusive chefiado a equipe que coordenou a transição entre a
administração Temer e a gestão Bolsonaro, devido ao desempenho
considerado ruim na articulação política com o Congresso.
Bolsonaro, um
subversivo; Braga Netto, um golpista; Silveira, um abobalhado ... - Veja
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Daniel Silveira, pontuei aqui na tarde de ontem, não está sozinho. É um peão no tabuleiro de Jair Bolsonaro, que voltou a engrolar discurso golpista.
No embate com Alexandre de Moraes, eles todos sabem que vão perder a parada
judicial. [É uma tática de um dos mais competentes jornalistas para cumprir com eficiência sua pauta: malhar, debochar, tentar diminuir o presidente Bolsonaro e seus apoiadores. Conhecemos de longa data, e muito respeitamos, mas desta vez ele fracassará. Será uma de suas raras derrotas.
Reinaldo Azevedo sabe perfeitamente que Daniel Silveira será absolvido - a prática da maior parte dos atos que lhe imputam não é crime no Brasil, pela inexistência no Brasil de leis que tipifiquem os supostos atos como crime.
Outras que tinham abrigo na Lei de Segurança Nacional, também acabam - a LSN foi revogada.
Sobrar algum resíduo de acusação cairá em calúnia, difamação e injúria, crimes com penas mínimas e que não implicam em prisão.] Apostam que, assim, acabarão ganhando a guerra à medida
que eventos como o estrelado pelo pateta fortão excitam os ânimos dos
bolsonaristas, convocando-os para a luta, com o gado fiel na ponta do casco. A ver.
O fato de que buscam, de caso
pensado, o embate não pode levar Moraes ou qualquer outro ministro ao recuo na
defesa da ordem legal. Enquanto Silveira usava a Câmara como covil, Jair
Bolsonaro pregava luta armada no Rio Grande do Norte. É o primeiro presidente
da República a fazê-lo. À noite, o ministro da Defesa, Braga Netto, possível
candidato a vice-presidente na chapa do "capitão", divulgou a
"Ordem do Dia" alusiva ao golpe militar de 1964. Trata-se de um
daqueles textões típicos de tiozão golpista de Facebook.
LUTA ARMADA
Já volto a Silveira. Convém adensar o contexto. A nota de
Braga Netto concentra uma soma notável de delinquências intelectuais e mentiras
estúpidas. A maior delas, nem poderia ser diferente, está na justificativa da
quartelada, a saber: "Em março de 1964, as famílias, as igrejas, os
empresários, os políticos, a imprensa, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
as Forças Armadas e a sociedade em geral aliaram-se, reagiram e mobilizaram-se
nas ruas, para restabelecer a ordem e para impedir que um regime totalitário
fosse implantado no Brasil, por grupos que propagavam promessas falaciosas,
que, depois, fracassou em várias partes do mundo. Tudo isso pode ser comprovado
pelos registros dos principais veículos de comunicação do período."
Faltassem outras evidências, o fato de que o golpe triunfou praticamente
sem resistência expõe a mentira da história contada pelo general. Nem João Goulart nem ninguém no seu governo
defenderam que as dissensões políticas fossem dirimidas por intermédio do
levante. O Brasil teve uma presidente, Dilma Rousseff, que militou em grupos de
esquerda que aderiram à luta armada, embora inexista registro de que ela
própria tenha pegado em armas. [pegou sim e o ilustre colunista sabe; é bem informado e sabe perfeitamente da participação da 'engarrafadora de vento' no atentado contra o QG do IIº Exército e que teve entre suas vítimas o soldado Mario Kozel Filho.] Na Presidência, jamais apelou a qualquer
discurso ambíguo que estimulasse qualquer resposta que não fosse pela via
política. De resto, como se viu, vítima de um processo de impeachment, deixou o
poder sem resistência. No dia em que votou por seu afastamento na Câmara,
Bolsonaro exaltou Carlos Alberto Brilhante Ustra, um torturador. Nesta quarta,
em Parnamirim, a fala do presidente foi explícita: "O povo armado jamais será escravizado. E
podem ter certeza que, por ocasião das eleições de 2022, os votos serão
contados no Brasil. Não serão dois ou três que decidirão como serão contados
esses votos. Defendemos a democracia, a
liberdade, e tudo faremos, até com sacrifício da nossa vida, para que esses
direitos sejam relevantes e cumpridos pelo nosso país". É
evidente que ele está dizendo que, se derrotado, não aceitará o resultado. A
fala vale por uma conclamação. Os que, então, estiverem armados que tentem a
reação, que ele, por óbvio, se oferece para liderar, lembrando ser bem provável
que tenha como vice aquele que escreveu a"Ordem do Dia" exaltando um
golpe de Estado— em nome, é claro!, da democracia.
DE VOLTA AO PEÃO
E agora voltamos a Silveira, o peão irrelevante em
busca de seus minutos de fama. Observem que a pantomima se segue ao desastre
reputacional que resultou da descoberta da ação dos pastores no Ministério da
Educação. O escândalo pegou. Ficou evidente como o governo Bolsonaro é gerido
na miudeza. O desastre em curso na educação brasileira tem seus protagonistas.
O episódio provocou um racha até entre os "urubus de Deus" que lutam
pela carniça. Pastores de fora do "establishment do achaque" estavam
atuando, sem pedir licença a alguns
donos de Deus mais poderosos do que eles próprios. Pronto!
O noticiário da
crise na educação esfriou para dar lugar ao "Caso Silveira".
Os
bolsonaristas, incluindo Flávio Bolsonaro, correram em socorro ao deputado,
tentando construir a figura de um mártir da democracia, que estaria resistindo
à ordens de um ministro supostamente autoritário: ora, era a luta de sempre do
bolsonarismo contra a democracia, as leis e o Estado de direito. Não por acaso, no Rio Grande do Norte,
Bolsonaro se encarregava de atacar, entre outros, o ministro Moraes, ainda que
que sem nominá-lo. Até o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o chefão da
bancada evangélica — que ajudou a chutar os dois pastores menores que
resolveram se meter com os pastores maiores sem pedir licença, mudou logo de
assunto para, também ele, atacar Moraes, como se fosse o ministro a
desrespeitar a lei. Era preciso mudar de assunto. Chega de falar de ladroagem
no Ministério da Educação. Nota à
margem: Milton Ribeiro disse que não vai à Comissão de Educação do Senado coisa
nenhuma. Era uma convocação que virou convite. Bem, espero que o convite
recusado vire, então, uma CPI.
AS REGRAS DO JOGO Silveira tem bons advogados. Sabe que sua prisão em flagrante, endossada por unanimidade pelo Supremo e mantida pela própria Câmara, se deu segundo as regras do jogo. A jurisprudência do STF, em matéria de imunidade parlamentar, é pacífica sobre o seu espírito e propósito. Lembra Moraes: "Desde a Constituição do Império até a presente Constituição de 5 de outubro de 1988, as imunidades não dizem respeito à figura do parlamentar, mas às funções por ele exercidas". Vale dizer: a proteção não serve para acobertar crimes Seus advogados sabem igualmente que julgado do Supremo consagra a imposição, se necessário, de medidas cautelares aos parlamentares, que, por vedação Constitucional, não podem ser presos a não ser em flagrante de crime inafiançável. Já as medidas cautelares, julgou o tribunal muito antes de Silveira ser notícia, podem ser impostas sem a autorização do plenário da Câmara e do Senado se não impedirem o exercício regular do mandato. Assim, por óbvio, não há abuso nenhum nas decisões de Moraes. [não haveria abuso desde que fosse juridicamente correto expedir um MANDADO DE PRISÃO em FLAGRANTE e o FLAGRANTE PERENEMENTE PERPÉTUO.]
Nesta quarta, em face da resistência do deputado em usar a tornozeleira, o ministro determinou, além de se negar a rever as medidas cautelares:
- abertura de novo inquérito para apurar resistência a cumprimento de decisão judicial; - multa de R$ 15 mil/dia por descumprimento da decisão;
- bloqueio das contas bancárias de Silveira;
- desconto do valor da multa no sistema da própria Câmara;
- oficiar Arthur Lira, presidente da Casa, para marcar data e hora para o cumprimento da ordem judicial.
O
ministro pediu ainda que sua decisão seja julgada pelo plenário virtual do
Supremo no dia 1º de abril.Pois bem, dado o novo despacho de Moraes, Silveira
houve por bem deixar a Câmara e seguir para casa. O bloqueio de suas contas o
levou a mudar de ideia. Tudo indica tratar-se da véspera de um novo ataque às
instituições. Ao menos até a condenação, que pode render cana.
ENCERRO
Quem é Silveira nessa história toda? É o agente provocador. Ele
serve para excitar e incitar as milícias digitais. Moraes, diga-se, liberou
para a revisão a Ação Penal 1.044, em que o deputado é réu, no dia 8 de
novembro do ano passado. O revisor, Nunes Marques, concluiu o seu trabalho no
dia 21 de janeiro. Desde essa data, aguarda-se que Fux marque a data do
julgamento. E nada. Silveira é acusado de coação no curso do processo (artigo
344 do Código Penal), incitação à animosidade entre as Forças Armadas e o STF e
incitação à tentativa de impedir o livre
exercício dos Poderes -- artigos, respectivamente, 18 e 23 da Lei de Segurança
Nacional, que não existe mais. Então os crimes sumiram pelo ralo? Não. Essas
imputações foram parar no Não. Essas imputações foram parar no Código Penal. De
resto, depois daquele vídeo de 16 de fevereiro do ano passado, que está na raiz
de tudo, o deputado voltou a praticar as mesmas delinquências.
O presidente do Supremo pretendia levar a questão ao pleno em maio, mas
antecipou para 20 de abril. Vejam o custo que tem a demora, Se condenado,
Silveira perde o mandato e se torna inelegível. Posará, claro!, de mártir. Mas que seja, ao menos, sem o mandato que
envergonha a democracia brasileira, entre muitas outras vergonhas. Jamais se
esqueçam: ele é apenas um peão meio abobado no tabuleiro golpista de Bolsonaro.
A questão já não é saber quem será o vice
escolhido por Bolsonaro na campanha à reeleição, mas ressaltar por que
ele foi escolhido. O general Braga Netto, atual ministro da Defesa, não
dará um voto a mais para a chapa, enquanto o general Hamilton Mourão,
atual vice, a esta altura já poderia ampliar o eleitorado de Bolsonaro
pelas razões inversas às que levaram o presidente a substituí-lo por
Braga Netto. [Finalmente... já passa, e muito, da hora de um Governo firme, que se imponha e que não seja alvo do autoritarismo de alguns. O caminho, via Braga Netto, não nos parece ser o único, mas também não podemos esperar a bênção de surgir um novo Ernesto Geisel, um Médici ou um Costa e Silva.
Além do mais a matéria cogita de um novo vice-presidente, já que de um presidente nos moldes do atual - com alguns ajustes - o Brasil ainda precisa muito e por no mínimo mais dois mandatos.
Quanto ao general Mourão, em que pese seu estilo, se adaptou mais às manobras políticas do que às práticas que atualmente o Brasil precisa.]
Quando compôs a chapa para concorrer em 2018, Bolsonaro cogitou nomes
de políticos, mas acabou se convencendo de que colocar um general de
quatro estrelas seria uma maneira de desencorajar aventureiros que
porventura ambicionassem seu lugar. Mourão era um general linha-dura,
que já havia sido punido pelo Exército por ter, mais de uma vez,
insinuado que os militares poderiam entrar em ação caso a esquerda
“saísse da linha”.Tratou um “autogolpe” como parte do jogo e, assim
como Bolsonaro, tinha o coronel Ustra como seu herói, justificando certa
vez que“heróis também matam”.[tinha?não existe nenhuma razão para o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra deixar de merecer a qualificação de HERÓI;
O coronel Ustra cumpriu seu dever, agindo com a eficiência, energia e presteza necessárias para combater os inimigos do Brasil naquele momento.
Cabe enfatizar que NÃO EXISTE NENHUMA SENTENÇA JUDICIAL, TRANSITADA EM JULGADO, condenado o coronel por qualquer tipo de crime.
Não podemos, nem devemos, esquecer que o maior ladrão do Brasil, o 'luladrão', condenado em vários processos, sentenças condenatórias ratificadas em todas as instâncias, foi 'descondenado' em uma decisão monocrática, sob o fundamento de ter sido julgado em vara errada = no popular, algo do tipo ter 'sentado na vara errada'.
Adotasse o Brasil a pena de morte, no caso para ladrões dos cofres públicos - marginais cujos roubos, certamente, reduzem os recursos disponíveis para o 'leite das crianças do Brasil' - poderíamos dizer que Lula não deveria sentar em nenhuma vara - afinal, várias instâncias confirmaram seus crimes - bastaria ser condenado por crime de lesa-pátria = assaltar os cofres públicos = para, merecidamente, sentar na cadeira elétrica.]
Nesses pouco mais de três anos de
mandato, Mourão não mudou de pensamento, mas portou-se como alguém que
tem noção da posição que ocupa. Soube adaptar-se à liturgia do cargo.
Assumiu posições mais moderadas que o chefe em diversas ocasiões, a
ponto de ter sido visto como uma solução para substituir Bolsonaro em
caso de impeachment, exatamente o contrário do que Bolsonaro e seus
filhos queriam quando o convidaram para o cargo.[não há, nem nunca houve, motivo para general Mourão ser visto como uma solução para substituir Bolsonaro - caso o presidente tivesse cometido algum crime - o vice-presidente, general Mourão, é o substituto legal do presidente da República em seus afastamentos, temporários ou definitivos.]
Exatamente por
Mourão ser mais moderado que o desejado, Bolsonaro deu várias
demonstrações públicas de que não o queria mais, deixou de convocá-lo
para reuniões ministeriais e tirou-o antecipadamente da chapa pela
reeleição. Não quer dizer que Mourão tenha se tornado um liberal da
noite para o dia, mas, de que é mais civilizado do que Bolsonaro, não há
dúvidas. Braga Netto, ao contrário, foi endurecendo à medida que o
tempo passava, e o gosto pelo poder aumentava.
Sua última atuação
pública havia sido como interventor no Rio de Janeiro para combater a
violência das milícias, e o resultado foi bom. O general teve um bom
desempenho na função e demonstrava capacidade de diálogo com políticos e
jornalistas. Quando foi indicado para ministro-chefe da Casa Civil,
fazia parte daquela turma de militares identificados como os
“moderadores” de Bolsonaro, os que atuariam nos bastidores para contê-lo
nos arroubos autoritários.
Ao contrário, quem controlou Braga
Netto e outros militares de seu entorno foi o próprio Bolsonaro. Os que
não concordaram com os rumos que o governo ia tomando foram
paulatinamente sendo jogados para fora, transformaram-se em inimigos,
mais que adversários.
Braga Netto já demonstrou que é da linha
dura, saudosista dos tempos militares. É uma jogada de risco para
Bolsonaro. O Centrão queria um político como vice, e, com a escolha de
Braga Netto, o presidente demonstra que não confia muito no grupo. Com
um político do Centrão como vice, a chance de “armarem” contra ele
aumentaria muito. Com Braga Netto, fica quase impossível uma tentativa
de impeachment ou reação em alguma eventual dissidência com o governo,
caso Bolsonaro seja reeleito.
Bolsonaro está reforçando a imagem
de presidente linha-dura, extrema direita, militarista,,o que lhe
garante apoio de cerca de 30% do eleitoradomas não amplia sua votação [será?];
ao contrário, a restringe. Braga Netto não o ajuda a ganhar votos, mas
ajudará a governar, se vencer a eleição.
O Centrão já tenta
convencer Bolsonaro há bom tempo de que mais um general na chapa não é
bom para sua candidatura, mas ele agora quer é se defender do próprio
Centrão, a quem entregou o comando político do governo. Se reeleito,
até mesmo essa relação cordial e submissa com o Congresso voltará a ser
conflitante. O espírito autoritário de Bolsonaro e seu entorno será
reforçado pelo que entenderão ser o respaldo popular para avançar sobre a
democracia.[O chefe do Poder Executivo, autoridade máxima da Nação, tem a fama de autoritário; e na cúpula do Poder Judiciário, os dedos de uma mão não são suficientes para contar os que são autoritários ao extremo.]
Vice-presidente admite que deve concorrer a uma vaga no
Senado pelo Rio de Janeiro ou Rio Grande do Sul
O vice-presidenteHamilton Mourão elogiou nesta quarta-feira, 9, o atual ministro da Defesa,
general Walter Braga Netto, que vem sendo cotado para ser o candidato a
vice na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de outubro.
Mourão está praticamente descartado do posto e deve se candidatar a uma vaga no Senado Federal. “Julgo que o ministro Braga Netto tem
um excelente relacionamento com o presidente Bolsonaro e é uma pessoa
extremamente capacitada a ser o novo vice-presidente”, disse Mourão em
entrevista à CNN Brasil.
Indagado se a escolha já havia sido feita por Bolsonaro, o vice respondeu: “Acredito que não. Até agora, o presidente não anunciou. Existem indícios. Indícios são indícios”.
Outro nome citado como possível vice de Bolsonaro, a ministra da
Agricultura, Tereza Cristina, também teve qualidades ressaltadas por
Mourão.“O presidente Bolsonaro
sempre avoca para ele a questão do diálogo com as forças políticas
representadas no Legislativo. Se escolher um quadro político como a
ministra Tereza Cristina, poderá ter mais facilidade e até atribuir
certas tarefas para ela”, disse o general.
Mourão admitiu que deve mesmo se lançar ao Senado, restando definir apenas por qual Estado. “Estou
avaliando uma possível candidatura ao Senado. Há pressões para que eu
concorra pelo Rio de Janeiro ou pelo Rio Grande do Sul. Nos próximos
dias eu devo definir isso”, afirmou.
Questionado sobre suas relações pessoais com Bolsonaro, Hamilton Mourão disse que sempre procurou se manter fiel ao presidente.“Da minha parte, sempre procurei
atuar dentro dos limites que um vice-presidente tem, no sentido de
facilitar a vida do presidente”, afirmou. “Talvez algumas vezes eu não
tenha sido bem compreendido ou tenha faltado mostrar isso ao
presidente.”
Após aoperação da PF que mirou o cantor Sérgio Reis, além do caminhoneiro Zé Trovão e outros oito alvos,
autoridades de Brasília trocaram uma série de telefonemas preocupados
sobre como será o dia 7 de setembro. Na tarde de sexta-feira, horas
depois de a operação ser deflagrada, o ministro da Defesa, Braga Netto
telefonou duas vezes para membros da cúpula da Procuradoria-Geral da
República (PGR) para externar sua preocupação. O general também procurou
integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF). O tema das conversas era
o mesmo: garantir que o Dia da Independência do Brasil transcorra
dentro da normalidade. As convocações para a data aumentaram após a
deflagração da operação.
Ligações ainda foram feitas entre os ministros Dias Toffoli,
Alexandre de Moraes e a PGR, além de integrantes do governo. Foi Moraes
quem acatou o pedido da PGR para realizar buscas em endereços de pessoas
que articulavam manifestações antidemocráticas para o dia 7 de
setembro. As conversas sobre medidas para garantir alguma estabilidade sobre as
manifestações ainda aconteciam, quando Bolsonaro fez questão em jogar
mais lenha na fogueira. O presidente apresentou o pedido de impeachment
de Alexandre de Moraes. [a menção ao pedido de impeachment de um ministro do STF, apresentado pelo presidente Bolsonaro, impõem perguntas? segundo aFolha, 21/08, só este ano, foram apresentados17 pedidos de impeachment contra ministros do STF-sendo 10 contra Moraes e 5 contra Barroso - e só o apresentado pelo presidente Bolsonaro causou tanto alvoroço. A pergunta que se impõe é:
- os pedidos anteriores, não apresentados por Bolsonaro, procedem e, por consequência, não causaram alvoroço ou o de Bolsonaro é que procede?
O Poder 360, 22/08 apresenta números próximos, abrangendo mais ministros.