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sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Justiça põe cabresto no capitão - Ricardo Noblat

Veja

E ele não se conforma...


Bons tempos aqueles, e nem tão distantes assim, em que autoridades da República, a começar pelo presidente, costumavam repetir ao se verem derrotadas em tribunais superiores:
– Decisões da Justiça não se discute, cumpre-se simplesmente.

O presidente Jair Bolsonaro aproveitou o encontro semanal com seus devotos por meio do Facebook para revelar seu inconformismo com decisões da Justiça que contrariam sua vontade.  Não teve peito para criticar o Supremo Tribunal Federal que ontem, por 10 votos a zero, confirmou que cabe à Fundação Nacional do Índio (FUNAI) demarcar as áreas indígenas. 

Preferiu ir para cima da juíza federal que liberou a compra de milhares de radares a ser instalados em rodovias. Bolsonaro é contra radares. Quer acabar com os que existem. Por isso reclamou:
“Está uma briga, porque a Justiça em cima da gente, que quer que a gente mantenha radares multando você. É a Justiça, lamentavelmente, se metendo em tudo”. Foi péssimo para ele o primeiro dia de decisões do Judiciário depois das férias de julho. 

Que tal ser obrigado a ouvir do ministro mais antigo do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, o seguinte:
“O regime de governo e as liberdades da sociedade civil muitas vezes expõem-se a um processo de quase imperceptível erosão, destruindo-se lenta e progressivamente pela ação ousada e atrevida, quando não usurpadora, dos poderes estatais, impulsionados muitas vezes pela busca autoritária de maior domínio e controle hegemônico sobre o aparelho de Estado e sobre os direitos e garantias básicos do cidadão”.

Celso de Mello malhou o capitão porque o Congresso derrubara a Medida Provisória que ele assinou transferindo para o Ministério da Agricultura a atribuição de demarcar terras indígenas. E apesar disso, Bolsonaro mandou ao Congresso uma nova Medida Provisória com o mesmo objetivo. Não poderia tê-lo feito porque a lei não permite, a não ser depois do intervalo de um ano. O garoto Eduardo, no final do ano passado, foi gravado dizendo que bastariam um cabo e dois soldados para fechar o Supremo. O pai desculpou-se por ele. Mas se pudesse é o que faria.

Em uma sessão de menos de seis horas, o Supremo só tomou decisões que aborreceram o capitão. Quer que ele explique o ataque à memória do pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil. Fernando Santa Cruz, militante político de esquerda em 1976, foi preso e morto pela ditadura. Para agredir o filho dele, Bolsonaro afirmou que Fernando fora morto por seus colegas da esquerda.  O ministro Sérgio Moro, da Justiça, chegou a acenar com a destruição das mensagens hackeadas pela República de Araraquara. Acabou desautorizado por Bolsonaro. Mesmo assim, os ministros Luiz Fux e Alexandre de Moraes acharam por bem requisitar todas as mensagens e uma cópia do inquérito aberto pela Polícia Federal. Nunca se sabe, não é?

Todo cuidado com Bolsonaro é pouco. Por via das dúvidas, Moraes suspendeu eventuais apurações da Receita Federal que envolvam ministros do Supremo, do Superior Tribunal da Justiça e familiares. E assim se passarão os próximos 3 anos e quase cinco meses de governo que ainda restam a Bolsonaro – a Justiça a lhe pôr freios, e ele a tentar enfraquecer o Estado de Direito.

 


segunda-feira, 6 de maio de 2019

Governo fecha questão e quer que Coaf fique no Ministério da Justiça com Moro


Líder do governo não deu garantias de que permanência do órgão na pasta comandada por Sergio Moro será aprovada na Câmara dos Deputados

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nessa segunda-feira que o governo fechou questão a favor da permanência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no Ministério da Justiça. Lorenzoni transmitiu a posição do governo numa reunião com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-RR) e com o senador Fernando Bezerra (PSB-PE), relator da reforma administrativa. 
"O ministro nos disse que o governo quer que o Coaf fique no Ministério da Justiça. 
Essa é a posição do governo", disse Bezerra ao jornal O Globo . Ele havia dito anteriormente que o Planalto já admitia rever a questão e concordar com a transferência do Coaf para a Economia. [votar a favor da retirada do Coaf do Ministério da Justiça significa votar a favor do PT, Psol, PCdoB - únicos partidos que são favoráveis a retirada - e de uma porção de parlamentares bandidos que terão mais chances de continuarem impunes.
O parlamentar que votar a favor da retirada estará votando a favor da IMPUNIDADE - talvez ele até não esteja envolvido, mas, com certeza tem colegas enrolados.]

Depois da reunião com Lorenzoni, o senador foi ao Ministério da Justiça para fazer um relato da situação ao ministro Sergio Moro . Bezerra disse ao ministro que, no parecer final sobre o assunto a ser concluído por ele ainda hoje, o Coaf permanecerá vinculado ao Ministério da Justiça, como quer Moro . O senador informou ainda que provavelmente o relatório será aprovado na comissão especial, mas não há garantia de vitória na Câmara.

"Na comissão o relatório deve ser aprovado com pelo menos dois votos de diferença. Na Câmara a situação é diferente. Não sabemos como vai ser", disse o parlamentar.
A reforma administrativa será votada na quarta-feira na comissão especial, formada por deputados e senadores, mas depois terá que passar ainda pelo Câmara e Senado. Pelos planos do relator, a proposta terá que ser aprovada até o próximo dia 20 na Câmara para que chegue ao Senado a tempo de ser apreciada até 3 de junho, prazo final da votação da medida provisória da reforma editada pelo presidente Jair Bolsonaro  no primeiro dia de governo. 

O senador afirmou ainda que são grandes as pressões por outras alterações na reforma. Os detalhes devem ser acertados numa reunião ainda nesta segunda-feira. Mas tudo indica que a Fundação Nacional do Índio (Funai) retornará ao Ministério da Justiça, contra a vontade de Moro.[até quando o Brasil vai desperdiçar dinheiro público, que anda escasso, para manter uma 'fundação' para cuidar de índios latifundiários.? ]O ministro prefere cuidar de outros assuntos da pasta. É provável também que a estrutura de registro sindical, remanejada para o Ministério da Justiça, seja mandada para o Ministério da Economia. A Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações) deve ficar no Ministério das Relações Exteriores.