Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
– Em abril de 2020, o Consórcio Nordeste comprou 300 respiradores para os hospitais da região por 48 milhões de reais. Na nota de empenho, assinada pelo ex-ministro Carlos Gabas, está registrado que os equipamentos “foram entregues em perfeitas condições”.
Só que os respiradores nunca foram entregues. O contrato, redigido pelos próprios vendedores, o que é inusitado, foi avalizado pelo governador Rui Costa (PT), então presidente do consórcio – Michel Jesus/Câmara dos Deputados; Jonne Roriz/.
Já no primeiro ano da pandemia, enquanto os estados do Nordeste acumulavam mais de 20% das mortes por Covid-19 no país, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU)investigaram de forma sigilosa uma rede de compra de equipamentos e materiais hospitalares formada por empresários, atravessadores, estelionatários, amigos de políticos e autoridades públicas.
As ramificações detectadas em transações comerciais do chamado Consórcio Nordeste foram reunidas em inquéritos sigilosos em poder do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O assunto parecia fadado ao esquecimento até o debate entre os presidenciáveis na TV Bandeirantes, no último domingo, 16. Logo no primeiro bloco, Lula criticou a postura negacionista de Bolsonaro, responsabilizou-o diretamente por pelo menos 400 000 das quase 700 000 mortes registradas no Brasil e repetiu acusações genéricas de corrupção na compra de vacinas.
Acuado por uma pauta negativa, Bolsonaro partiu para o contra-ataque, afirmando que, se houve roubalheira, foi nas compras realizadas pelos governadores do Nordeste, que são ou petistas ou aliados de Lula. “A CPI não quis investigar 50 milhões (de reais) torrados em uma casa de maconha. Não chegou nenhum respirador, e daí, sim, irmãos nordestinos morreram por falta de ar, por corrupção”,rebateu o presidente. Depois disso, o assunto foi deixado de lado no debate, mas tem potencial para ganhar tração nesta reta final de campanha.
Motivo: o enredo que permitiu à empresa Hempcare, a tal “casa da maconha” citada por Bolsonaro, fechar um contrato milionário de venda de respiradores para o Consórcio Nordeste está sob investigação da Procuradoria-Geral da República porque, entre outras coisas, o material nem sequer foi entregue. VEJA teve acesso a trocas de mensagens, notas fiscais fraudadas, revelações de colaboradores da Justiça e até recibos de propina que detalham como os recursos públicos foram repassados para os bolsos privados de aproveitadores da tragédia alheia contando com a cumplicidade de quem deveria evitar que isso acontecesse.
(...)
Sem qualquer experiência no ramo, ela fechou um contrato de 48 milhões de reais com o Consórcio Nordeste para importar 300 respiradores da China. Essa proeza só foi possível porque aceitou pagar 25% do valor total para intermediadores e lobistas que se anunciavam como pessoas com amplo trânsito junto ao governador da Bahia, Rui Costa (PT), na época presidente do Consórcio Nordeste.
Liberado o dinheiro, Cristiana transferiu 3 milhões de reais para um intermediário que se jactava de ser amigo de Costa. À polícia, a empresária afirmou que sabia que o pagamento não era devido a uma suposta consultoria, e disse que “consultor” Cleber Isaac, o destinatário da bolada, tinha “influência política”.“TENHO MEDO DE MORRER” – Uma das personagens principais do caso, a empresária Cristiana Taddeo afirma que agiu de boa-fé e foi enganada pela dupla de lobistas da Bahia. Depois de presa, passou a colaborar com a Justiça, devolveu a parte do dinheiro que havia ficado com ela — 10 milhões de reais — e diz que gostaria de revelar publicamente tudo o que sabe, mas, além de impedida de conceder entrevista, teme por sua vida – Rogerio Albuquerque/.
(...)
Procurados, Carlos Gabas e Rui Costa não se manifestaram. Em depoimentos à polícia, ambos negaram irregularidades. Depois que a Hempcare foi desmascarada, o grupo de supostos vendedores acionou o empresário Paulo de Tarso Carlos, de Araraquara, que nunca tinha produzido comercialmente nenhum respirador na vida, para tentar resolver o problema.
Dono da Biogeoenergy, Paulo de Tarso recebeu 24 milhões de reais da Hempcare para providenciar os equipamentos a toque de caixa, mas, de novo, nada foi feito ou entregue.
A PF bateu às portas do galpão onde funcionaria a fábrica de Araraquara, mas ela estava completamente vazia e sem sinal de produção de uma válvula sequer. Hoje os investigadores suspeitam até que notas fiscais apresentadas por Paulo de Tarso com a suposta compra de peças para montar os respiradores foram fraudadas para tentar justificar o sumiço do dinheiro.
Procurado por VEJA, o empresário disse que, além do núcleo baiano de negociadores, o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), um dos coordenadores da campanha de Lula,tinha pleno conhecimento de que a aquisição de ventiladores pulmonares na pandemia era, na verdade, um esquema de corrupção.“Depois de tudo que ouvi, tenho certeza de que Edinho sabia, sim, que era corrupção esse contrato”, disse.
(...)
No auge do escândalo, o prefeito petista chegou a sugerir a contratação de um advogado para defender Cristiana Taddeo das acusações de estelionato, lavagem de dinheiro e fraude em licitação. Na época, o próprio Edinho estava sendo cobrado pelo Ministério Público por superfaturamento de máscaras e pela compra fracassada de respiradores para sua cidade. Oficialmente, o prefeito não é investigado no caso, mas entre as empresas envolvidas no caso de Araraquara aparece de novo a Biogeoenergy. Em nota, o Consórcio Nordeste afirma que partiu da entidade a denúncia que levou a polícia aos “empresários inescrupulosos”.
Nos últimos dias, depois de ter sua “casa da maconha” exposta por Jair Bolsonaro no debate presidencial, a dona da Hempcare resumiu assim sua participação no escândalo de desvio de dinheiro para a compra de respiradores: “Fui enganada por uma quadrilha”.
Procurada por VEJA, Cristiana disse que agiu de boa-fé, teme por sua vida, mas não poderia conceder entrevistas. Enfronhada nos negócios do Consórcio Nordeste, a empresária está colaborando com a Justiça e sabe que suas informações podem ser usadas como artilharia pesada na reta final da campanha presidencial.
Publicado em VEJA, edição nº 2812, de 26 de outubro de 2022,
A CPI usou seu carro de som antes do ano eleitoral e logo vai
ficar obsoleta porque seus dogmas vão ser confrontados com a realidade
do Brasil e do mundo
Um pesquisador potiguar convenceu-me, há mais de 20 anos, que o
descobrimento do Brasil aconteceu no Rio Grande do Norte. Pois, agora,
se descobre, em CPI na Assembleia Legislativa, em Natal, o que a CPI no
Senado preferiu não investigar.Segundo o presidente da CPI da Covid de lá, o deputado
Kelps Lima, há “documentos sigilosos, confissões, delação, extrato de
banco; é estarrecedor e vai além do Consórcio Nordeste, porque chega à
Prefeitura de Araraquara, de Edinho do PT”. O autor de requerimento para
instituir a CPI do Senado, senador Eduardo Girão, foi a Natal para
levar o tema ao plano federal, uma vez que envolve nove estados e um
município paulista.
No Senado, o requerimento do senador Girão, com 45
assinaturas, pretendia investigar o destino do dinheiro federal para
estados e municípios, mas prevaleceu o objetivo do requerimento com 31
assinaturas, do senador Randolfe, que se propunha investigar a falta de
oxigênio em Manaus e a atuação do governo federal.
A CPI, peça eleitoral
contra o presidente da República, desrespeitou a relação
médico-paciente, fez barulho com vacina não comprada e agora vai
anunciar o sumário das teses que tem prontas desde o início. Compra de
respiradorem loja de vinho ou de empresa chamada Hempcare (hemp é
maconha…), respiradores que não funcionam, superfaturamentos e uso de
dinheiro dos pagadores de impostos, e o “vá para casa até sentir falta
de ar”, nunca foi objetivo da maioria da CPI do Senado.
A CPI potiguar chamou como investigado o ex-ministro de
Dilma, executivo do Consórcio do Nordeste, Carlos Gabas, mas ele usou o
direito de ficar calado. A CPI do Senado negou-se a chamá-lo. O
Consórcio Nordeste, feito para a pandemia, gastou 2,5 milhões em mídia,
apurou o senador Girão. E pagou 48 milhões por 300 respiradores que não
foram entregues. A vendedora emitiu a nota fiscal nº 002, após oito
meses de existência da empresa. Concordou, à revelia, em cobrar o triplo
do preço, pressionada pelo comprador, segundo a CPI do RN.
Para investigar o que foi omitido na atual CPI, o
senador Girão já tem, no Senado, 37 assinaturas — suficientes —, e outro
Girão, deputado pelo RN, o ajuda a colher assinaturas na Câmara para
fazer uma CPI Mista, de deputados e senadores, para desvendar o que
faltou. Imagina-se que será mais ampla, certamente não deixando de lado o
que a CPI atual causou com seus dogmas e pressões sobre médicos.
De novo o RN terá contribuição a dar. Pode mostrar por
que, até agora, no Presídio de Alcaçuz, entre 1.624 internos,224
tiveram covid e nenhum precisou ser hospitalizado, com zero mortes.
Entre esses, idosos, doentes crônicos, diabéticos. A CPI atual foi com
muita sede ao pote e errou o timing; usou seu carro de som antes do ano
eleitoral e logo vai ficar obsoleta porque seus dogmas vão ser
confrontados com a realidade do Brasil e do mundo. Preparou o caminho
para outra, mais próxima das eleições, para apurar responsabilidades com
as luzes do tempo e sabermos o que ficou escondido.[impõe-se que na futura CPI mista, seja proibido o acesso do Aziz, Calheiros, 'drácula', Rodrigues, Barbalho - no mínimo, quando um deles estiver depondo deverá fazer sob sigilo e sem o acesso dos outros quatro.]