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quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Ambientalistas que não se importam com o meio ambiente - Revista Oeste

  Theodore Dalrymple

Eles supõem que aqueles que não compartilham suas doutrinas ou seus dogmas não se importam com o bem-estar daquilo que eles afirmam promover 

Se tem uma coisa com que os ambientalistas parecem não se importar é com o meio ambiente. Pelo menos se o meio ambiente incluir seu aspecto visual, como certamente deve ser o caso. Eles se importam tão pouco com essa questão que seria possível supor que essas pessoas acreditam que o sentido da visão é tão desimportante para o ser humano quanto é para as toupeiras. Os olhos dos ambientalistas foram substituídos por sensores de gás carbônico: eles sabem quanto dióxido de carbono existe na atmosfera, mas não notam a absoluta feiura do que instalaram para salvar o planeta.

Em Paris, a prefeita socialista Anne Hidalgo, que faz parte de uma coalisão com aqueles que se autointitulam os Verdes, está tão empenhada em encorajar os ciclistas e desencorajar os motoristas que solicitou que as ciclovias fossem isoladas por muitos quilômetros das ruas parisienses por horrendos blocos de concreto e postes de plástico sujos. De um só golpe, ruas que costumavam ser elegantes ou charmosas foram transformadas em favelas visuais.

Nem é preciso dizer que os blocos de concreto atraíram pichações como ímãs atraem limalhas de ferro. E é extremamente improvável que as emissões dos veículos motorizados tenham sido reduzidas. Na verdade, é uma punição aos motoristas, uma vez que as ciclovias congestionaram tanto as ruas que os veículos agora passam o dobro de tempo em engarrafamentos. Mas, claro, o que conta para os ideólogos é a pureza de suas intenções. Eles querem que o mundo se torne menos poluído, então suas ações precisam produzir isso.

Londres não está melhor. Recentemente, fiquei preso duas vezes, por um total de 50 minutos, em congestionamentos em uma movimentada via pública, porque uma pista larga tinha sido fechada e reservada para o uso dos ciclistas. Durante 50 minutos, vi um motociclista usar a via, o que incidentalmente atraiu palavrões da mesma forma que os blocos de concreto atraíram a pichação. É dessa forma que os ambientalistas querem salvar o planeta. Percorri os últimos metros do meu trajeto a pé, porque era mais rápido andar do que continuar no táxi.

O desenho criminalmente incompetente de Brasília
Cada vez mais o campo, até mesmo nas regiões mais bonitas da Inglaterra e da França, está sendo tomado por turbinas de vento terrivelmente feias. Elas estão se tornando não só mais numerosas, mas ainda maiores: o plano é que algumas cheguem a 240 metros de altura. É difícil não ver nisso uma aliança entre os ideólogos da ecologia e os lobistas corruptos e corrompíveis da indústria.

Pessoas comuns, que vivem no entorno, abominam as turbinas eólicas que pairam sobre elas como monstros malignos, impossíveis de ignorar ou retirar do campo de visão, que fazem um barulho horrível e matam o que resta da avifauna. Além do mais, está longe de ser uma certeza que elas reduzam as emissões de carbono. Foi estimado que as turbinas de vento na França não funcionam a mais do que um quarto de sua capacidade porque o vento não sopra o tempo todo. 

Consequentemente, o fornecimento de eletricidade precisa ser garantido por outras formas de geração de energia, cuja substituição era o propósito das turbinas. Sem contar o custo ambiental de fabricar essas coisas horríveis. Mas, mais uma vez, seu aspecto visual e sua profanação da beleza não contam para os ambientalistas. Para eles, a beleza não significa nada. A pretensa redução de monóxido de carbono significa tudo.

Vivemos em uma era de ideias. E, infelizmente, elas costumam ser ruins

Como todos os ideólogos, os ambientalistas supõem que aqueles que não compartilham suas doutrinas ou seus dogmas não se importam com o bem-estar daquilo ou daqueles que eles afirmam promover. Assim, se você fizer objeções às turbinas de vento ou aos blocos de concreto que protegem as ciclovias, eles supõem que você seja a favor da poluição industrial. Mas, na verdade, as únicas pessoas que já foram a favor dessa poluição eram os comunistas de antigamente. Em sua iconografia, eles viam fábricas expelindo fumaça preta no horizonte (do que, de outra forma, seria uma paisagem rural) como um sinal de progresso. Talvez não seja uma surpresa que, em pouco tempo, eles tenham conseguido erigir fábricas cujo principal produto parecia ser a poluição, uma vez que os bens que elas manufaturavam não eram desejados por qualquer pessoa que tivesse uma alternativa.

Sou a favor do transporte público e tento fazer uso dele sempre que possível. Não só porque ele é menos poluente, mas porque ele melhora a qualidade de vida das pessoas, especialmente as pobres. Uma das coisas que me escandalizam sobre o desenho criminalmente incompetente de Brasília é a necessidade que ele impõe às pessoas de usar transporte motorizado para ir a quase qualquer lugar ou fazer quase qualquer coisa. Isso destrói os prazeres da vida urbana, transforma a cidade em um subúrbio sem centro e acaba com a espontaneidade. [prezado articulista: moro em Brasília, gosto de Brasília, sou quase um pioneiro, mas não posso esquecer que muito de Brasília é obra de um arquiteto comunista e, por acaso, alguém já falou que os comunistas sejam  capazes de fazer alguma coisa aproveitável?
Os russos  estão de PARABÉNS por acabar com a farra daquela ONG 'MEMORIAL', sustentada com recursos estrangeiros, cuja finalidade era desfavorecer o passado da União Soviética. Sou ferrenhamente anticomunista, mas, entendo que a Pátria está acima de todos os ideais e seu passado tem que ser usado a seu favor, jamais contra.]
PARABÉNS !!! Presidente Putin.]

As grossas lentes da ideologia
Vivemos em uma era de ideias. E, infelizmente, elas costumam ser ruins. Um intelectual moderno pode ser definido como alguém que segue as próprias ideias até sua reductio ad absurdum, até sua desastrosa conclusão. Mas, em vez de se dar conta de que deve haver algo errado com suas premissas ou sua lógica, ele continua acreditando nessas ideias. Isso permite que supervalorize suas intenções em comparação com as consequências — e quase todo mundo acredita que suas próprias intenções são boas.

Pensei, equivocadamente, que o colapso da União Soviética (o que não significou a queda da KGB, mas o oposto, uma vez que seus membros foram bem posicionados para tomar o poder) colocaria um fim à ideologia como tal, já que, como Solzhenitsyn salientou, foi a ideologia que produziu a grande catástrofe. O que não antecipei com o fim da Guerra Fria é que não apenas os monopólios estatais no antigo mundo comunista seriam desmontados (e em grande parte vendidos para membros da antiga nomenklatura), mas que a ideologia no mundo ocidental também seria desmontada e, por assim dizer, balcanizada, quando não privatizada. Em vez de uma grande ideologia — o marxismo (ainda que ele tivesse variações) —, que atraiu os jovens de boa formação em busca de um sentido para suas vidas, agora temos muitas: da ecologia à transexualidade, passando pelo antirracismo, pelo feminismo e pelo islamismo.

No caso dos ecologistas, desconfio que eles não vejam as turbinas de vento e os blocos de concreto. Ou talvez, para adaptar o grande insight de Sherlock Holmes, eles vejam, mas não enxerguem. Ou talvez tenham lentes ideológicas tão grossas que a realidade mais evidente não consiga chegar a seus olhos.

Leia também O Ocidente escolheu a autodestruição

Theodore Dalrymple, coluniusta - Revista Oeste


quarta-feira, 13 de outubro de 2021

"A CPI atual foi com muita sede ao pote e errou o timing"

Alexandre Garcia

A CPI usou seu carro de som antes do ano eleitoral e logo vai ficar obsoleta porque seus dogmas vão ser confrontados com a realidade do Brasil e do mundo

Um pesquisador potiguar convenceu-me, há mais de 20 anos, que o descobrimento do Brasil aconteceu no Rio Grande do Norte. Pois, agora, se descobre, em CPI na Assembleia Legislativa, em Natal, o que a CPI no Senado preferiu não investigar. Segundo o presidente da CPI da Covid de lá, o deputado Kelps Lima, há “documentos sigilosos, confissões, delação, extrato de banco; é estarrecedor e vai além do Consórcio Nordeste, porque chega à Prefeitura de Araraquara, de Edinho do PT”. O autor de requerimento para instituir a CPI do Senado, senador Eduardo Girão, foi a Natal para levar o tema ao plano federal, uma vez que envolve nove estados e um município paulista.
 
No Senado, o requerimento do senador Girão, com 45 assinaturas, pretendia investigar o destino do dinheiro federal para estados e municípios, mas prevaleceu o objetivo do requerimento com 31 assinaturas, do senador Randolfe, que se propunha investigar a falta de oxigênio em Manaus e a atuação do governo federal.  
A CPI, peça eleitoral contra o presidente da República, desrespeitou a relação médico-paciente, fez barulho com vacina não comprada e agora vai anunciar o sumário das teses que tem prontas desde o início. Compra de respirador em loja de vinho ou de empresa chamada Hempcare (hemp é maconha…), respiradores que não funcionam, superfaturamentos e uso de dinheiro dos pagadores de impostos, e o “vá para casa até sentir falta de ar”, nunca foi objetivo da maioria da CPI do Senado.

A CPI potiguar chamou como investigado o ex-ministro de Dilma, executivo do Consórcio do Nordeste, Carlos Gabas, mas ele usou o direito de ficar calado. A CPI do Senado negou-se a chamá-lo. O Consórcio Nordeste, feito para a pandemia, gastou 2,5 milhões em mídia, apurou o senador Girão. E pagou 48 milhões por 300 respiradores que não foram entregues. A vendedora emitiu a nota fiscal nº 002, após oito meses de existência da empresa. Concordou, à revelia, em cobrar o triplo do preço, pressionada pelo comprador, segundo a CPI do RN.

Para investigar o que foi omitido na atual CPI, o senador Girão já tem, no Senado, 37 assinaturas — suficientes —, e outro Girão, deputado pelo RN, o ajuda a colher assinaturas na Câmara para fazer uma CPI Mista, de deputados e senadores, para desvendar o que faltou. Imagina-se que será mais ampla, certamente não deixando de lado o que a CPI atual causou com seus dogmas e pressões sobre médicos.

De novo o RN terá contribuição a dar. Pode mostrar por que, até agora, no Presídio de Alcaçuz, entre 1.624 internos, 224 tiveram covid e nenhum precisou ser hospitalizado, com zero mortes. Entre esses, idosos, doentes crônicos, diabéticos. A CPI atual foi com muita sede ao pote e errou o timing; usou seu carro de som antes do ano eleitoral e logo vai ficar obsoleta porque seus dogmas vão ser confrontados com a realidade do Brasil e do mundo. Preparou o caminho para outra, mais próxima das eleições, para apurar responsabilidades com as luzes do tempo e sabermos o que ficou escondido.[impõe-se que na futura CPI mista, seja proibido o acesso do Aziz, Calheiros, 'drácula', Rodrigues, Barbalho  - no mínimo, quando um deles estiver depondo deverá fazer sob sigilo e sem o acesso dos outros quatro.]