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quinta-feira, 15 de março de 2018

Raquel Dodge estuda federalizar investigação de assassinato de vereadora; [ou politizar? a morte de vereadora foi mais uma das dezenas que ocorrem no Rio, a cada semana e mês.]


Procuradora-geral designou secretários do órgão e do CNMP para acompanhar caso

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, informou nesta quinta-feira que determinou a instauração de um procedimento para estudar a federalização da investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Pedro Gomes, mortos na noite de quarta-feira no Rio de Janeiro. Em nota, a PGR levantou a possibilidade de realizar um Incidente de Deslocamento de Competência, ou seja, a investigação seria realizada por autoridades federais, e não estaduais.


Raquel Dodge, que também preside o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), designou os secretários de Relações Institucionais, Nedens Ulisses, e de Direitos Humanos do órgão, Ivana Farina, assim como o secretário de Direitos Humanos da PGR, André de Carvalho Ramos, para se reunirem com o procurador-geral de Justiça do Rio, Eduardo Gussen, e acompanhar o caso.  A procuradora-geral destacou seu "integral apoio ao trabalho dos membros do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro" e disse que o "Ministério Público está unido e mobilizado em torno do assunto".

'DEMOCRACIA ATINGIDA'
O vice-procurador-geral da República, Luciano Maia, afirmou nesta quinta-feira que o assassinato de Marielle Franco fere a democracia brasileira. Isto porque, segundo ele, a vereadora se destacou na luta contra as injustiças sociais.  — Hoje amanhecemos atingidos pelas balas que mataram a vereadora Marielle. (As balas que mataram Marielle) atingem em cheio a democracia brasileira — disse o vice-procurador-geral na abertura da sessão do plenário do Supremo Tribunal Federal.

Maia disse ainda que nada pode deter o rumo da História.  — E a História significa a força da mulher para obter igualdade — acrescentou.  O vice-procurador fez as declarações no início das discussões sobre a ação direta de inconstitucionalidade sobre trecho da lei 13.165 que estabelece limites de recursos do Fundo Partidários para campanhas eleitorais de mulheres.

Torquato Jardim: morte de vereadora foi 'mais uma tragédia diária do Rio'


Ministro lamentou o assassinato, mas disse que não vai afetar a intervenção


O ministro da Justiça, Torquato Jardim, lamentou o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), mas disse que a morte dela não terá impacto na intervenção federal na segurança do Rio. As declarações foram dadas na manhã desta quinta-feira, após sua participação em um painel sob corrupção no Fórum Econômico Mundial, em São Paulo. — Foi uma tragédia. Mais uma tragédia diária do Rio de Janeiro. Lamentável. É preciso conhecer bem as razões e ir atrás dos responsáveis —, afirmou o ministro, que continuou:

— Isso não põe em xeque a eficácia da intervenção federal.


Jardim afirmou que a Polícia Federal vai auxiliar nas investigações, embora a corporação não faça mais parte do seu ministério. Segundo ele, é preciso ter cautela na apuração do caso, que classificou como "inominável tragédia". — Vamos por partes, vamos atuar com cuidado, investigar o caso a caso.


Policiais que acompanham as investigações dizem que a principal hipótese é de que a vereadora tenha sido executada, pois a análise dos disparo sugere que os assassinos sabiam o assento que ela ocupava no carro. Eleita pelo PSOL, Marielle tinha 38 anos e foi a quinta vereadora mais votada em 2016. Ela foi assassinada a tiros por volta das 21h30m desta quarta-feira na Rua João Paulo I, no Estácio, próximo à prefeitura do Rio. O motorista que estava com ela, Anderson Pedro Gomes, também foi morto na ação. Eles estavam acompanhados de uma assessora da vereadora, que foi atingida por estilhaços e levada para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro.

O Globo



terça-feira, 21 de novembro de 2017

Bope retira de circulação 5 bandidos bons



Cinco suspeitos são mortos em operação do Bope no Morro São Carlos

Policiais apreenderam armas, três granadas e drogas na ação

[bandido bom é bandido morto.] 



Cinco suspeitos foram mortos durante uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope), no Morro São Carlos, no Estácio, região Central do Rio. A incursão teria começado na noite de segunda-feira, após um bando de criminosos invadir a comunidade para tentar tomar o controle do tráfico local. Testemunhas relataram barulhos de disparos no interior da favela desde a noite de segunda-feira. Os suspeitos foram levados pela polícia para Hospital municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, mas já chegaram mortos.

Bope apreendeu três granadas no Morro de São Carlos - Divulgação/PM



Policiais Militares do #BOPE prendem 5 criminosos na posse de 1 #Fuzil, 4 pistolas, carregadores, 3 granadas e farta quantidade de drogas no complexo do São Carlos. Na ação, houve confronto, os criminosos foram feridos e, após, foram encaminhados ao Hospital Souza Aguiar. #PMERJ pic.twitter.com/XDenr6m0gs
— PMERJ (@PMERJ) November 21, 2017

Durante o confronto entre traficantes de facções rivais, tiros foram ouvidos por moradores de comunidades vizinhas, como nos morros Fallet e Fogueteiro e também na Mineira. Foram apreendidos um fuzil, quatro pistolas, três granadas e uma quantidade não informada de drogas.  Segundo relatos nas redes sociais, a situação era aparentemente mais calma no início da madrugada desta terça-feira, quadro diferente do narrado pelas testemunhas sobre o que acontecia na comunidade horas antes: "Muitos tiros, pedimos paz!", escreveu uma mulher em uma rede social.

"No São Carlos, Mineira e todo entorno. Estou assustada com tantos tiros", postou outra internauta. "Muitos tiros. Estou ouvindo uma forte troca de tiros. Está com cara de invasão".

MEGAOPERAÇÃO NO FIM DE OUTUBRO
No dia 27 do mês passado, 20 traficantes foram presos durante uma megaperação que contou com as Forças Armadas no Complexo de São Carlos. Entre os presos, estava Gabriel Teixeira Mendes, segurança de Ramon Aleluia da Silva, o Manga, que, segundo as investigações, assumiria a chefia do tráfico da Rocinha, no lugar de Nem. Gabriel participou do ataque a traficantes rivais na Cruzada São Sebastião, no dia 11 deste mês.

Além de Gabriel, foram presos em flagrante Paulo Ricardo Mendes Nonato, Kelvin de Freitas Costa e Dener da Silva Freitas. Todos admitiram aos agentes que faziam parte do Bonde do Mestre, ou seja, do traficante Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem. Todos foram autuados pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa.

Eles foram localizados em uma casa pertencente a uma das lideranças da Rocinha, na divisa do São Carlos com o Morro da Mineira, após trabalho de inteligência realizado pela Especializada. No interior da casa, foi encontrada grande quantidade de drogas. Foram apreendidos cerca de 500 sacolés de maconha e cinco quilos de cocaína, além de rádios comunicadores e aparelhos de telefone celular.

O Globo
 

domingo, 5 de novembro de 2017

Centro do Rio é marcado por rotina onde desordem dita as regras



Às 7h13m, camelôs irregulares tomam a calçada junto ao portão 1 da Central do Brasil: eles contam que têm de pagar R$ 20 por dia para não serem importunados. Local fica próximo a uma Unidade de Ordem Pública da prefeitura 

Às 7h13m, camelôs irregulares tomam a calçada junto ao portão 1 da Central do Brasil: eles contam que têm de pagar R$ 20 por dia para não serem importunados. Local fica próximo a uma Unidade de Ordem Pública da prefeitura - Márcia Foletto / Agência O Globo


O sol ainda não raiou, mas o início de um novo dia frenético é anunciado por um barulho que ecoa por toda a gare da Central do Brasil. Fechaduras são destrancadas e grades começam a deslizar às 4h30m, quando funcionários abrem os acessos à estação. Em seguida, ambulantes correm para o portão 1, que fica em frente ao Terminal Rodoviário Procópio Ferreira, e se posicionam estrategicamente para abordar os primeiros passageiros que desembarcarão dos trens ainda de madrugada. Por volta das 7h, mais de cem já ocupam as calçadas do entorno. Apesar disso, nenhum guarda municipal é visto, mesmo funcionando uma Unidade de Ordem Pública (UOP) ali. 

O trânsito lento da Avenida Presidente Vargas e o vaivém de pivetes no asfalto, procurando oportunidades em meio a veículos com janelas abertas, compõem o cenário naquele trecho do Centro.  De segunda a sexta-feira, a doméstica Rita de Cássia Oliveira, de 60 anos, chega religiosamente às 7h na Central. Numa rotina que já dura duas décadas, são três horas de viagem, dois trens e um metrô lotado no caminho entre Duque de Caxias e Ipanema. Do lado de fora da estação ferroviária, uma pausa obrigatória para um cigarro.
Tenho que dar um tempo antes de entrar no metrô. É guerra. Os vagões passam tão apinhados de gente que raramente consigo achar um pedaço de barra de ferro para colocar a mão. Os passageiros se seguram uns nos outros — diz Rita de Cássia.

Do lado de fora da gare, camelôs irregulares contam que o “pedágio” para não serem importunados é pago duas vezes por dia.  — Um homem passa por volta das 6h para recolher R$ 10 de cada um. À tarde vem outro, que cobra mais R$ 10 — explica um deles.
Entre os licenciados, como Joana Brito, que vende roupas, o descontentamento é grande.
— Pago licença à prefeitura e gasto R$ 500 por semana para guardarem meus produtos. Os clientes sumiram por causa da crise, e, para piorar, tenho a concorrência desleal — reclama Joana.

Na Rua Senador Pompeu, nos arredores da Central, o vaivém e a algazarra também começam cedo. Às 6h, as lojas que vendem produtos por atacado para ambulantes e bares abrem as portas. Duas horas depois, o lugar está lotado de Kombis, caminhões e mototáxis, estacionados sem cerimônia em vagas do Rio Rotativo. Talões do sistema? Não se vê. O que há em profusão é lixo nas calçadas com piso arrebentado.


No Largo de São Francisco, moradores de rua que montam acampamento junto ao gradil do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ — tombado pelo Iphan e pelo Inepac — ainda dormem. Às 9h, apenas Thiago Gomes, de 27 anos, está de pé. Criticando o grupo, que diz ser agressivo, ele passou as últimas três semanas no local. Deita-se sobre jornais e papelões desde que chegou de São Francisco de Pádua, cidade do Norte Fluminense, onde deixou a mulher e os três filhos. — Vim procurar emprego. Não consegui nada e roubaram minhas coisas — lamenta Thiago.

Ainda pela manhã, dezenas de mochilas e caixas enfileiradas chamam a atenção de quem cruza a praça dos Arcos da Lapa, fotografados pelos primeiros turistas do dia. São pertences de gente que passou a noite no único hotel da prefeitura em funcionamento na região. O estabelecimento tem 55 vagas rotativas para homens. A Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do município diz que um outro, com capacidade para 200 hóspedes, será inaugurado na Central. — A gente passa a noite, acorda, toma café e sai. Para voltar, colocamos nossas coisas na calçada, para marcar lugar na fila. É o jeito. Se não tiver vaga, o pessoal da prefeitura oferece um abrigo na Ilha — conta Jorge Marinho de Lima, um operador de elevadores de carga que está há dois anos procurando trabalho.

O dia segue, e a região de quase seis quilômetros quadrados em que grandes arranha-céus comerciais convivem com prédios históricos começa a encher de gente. O Centro recebe 525 mil empregados formais, de acordo com o Instituto Pereira Passos. A Secretaria municipal de Fazenda calcula que eles percorrem calçadas onde trabalham 850 ambulantes legalizados. Os irregulares, ninguém sabe ao certo quantos são.

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