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sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Senado quer superar insegurança fundiária criada pelo STF - Gazeta do Povo

 Alexandre Garcia - VOZES
 
Marco temporal
Continuará tramitando no Senado o projeto de lei já aprovado pelos deputados que procura superar essa insegurança fundiária nacional criada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), contra o artigo 231 da Constituição. 
É incrível que uma suprema corte, que não tem um voto sequer portanto, não tem poder constituinte, nem legislativo –, ao interpretar a Constituição, derrube algo importante, uma frase posta pelos constituintes para garantir a paz no campo e a segurança jurídica, dizendo que são indígenas as terras que as tribos “tradicionalmente ocupam” (não que “ocupavam”, nem que “vierem a ocupar”) no dia da promulgação da Constituição, 5 de outubro de 1988, o chamado “marco temporal”. Foi isso que o Supremo derrubou.
 
Os únicos votos a favor do marco temporal foram dos ministros Nunes Marques e André Mendonça. 
Votaram contra a maioria dos ministros, mas a favor da Constituição, a favor da paz no campo, como disse a ex-ministra da Agricultura e hoje senadora Tereza Cristina, lá na comissão do Senado que continua tocando esse projeto de lei. 
Proposta que vai à votação no Senado e vai estabelecer que é dono da terra aquele que comprovar que, no dia 5 de outubro de 1988, estava naquela terra. 
O indígena tem mil formas de comprovar. 
O não indígena comprova com documentos. 
Se tiver documento passado em cartório, com comprovante, vai fazer o quê? Já são indígenas 13% das terras brasileiras, para 466 mil índios.
Isso é mais que as terras destinadas para a agricultura, que são 8%; é mais que o território de muitos países por aí.

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Copom manda recado para o governo
O Conselho de Política Monetária do Banco Central reduziu em meio ponto porcentual, de 13,25% para 12,75%, a taxa básica de juros, a taxa Selic, que é uma espécie de piso sobre o qual se movimenta o mercado financeiro. Mas o Copom deu um recado para o Poder Executivo: Olha, vocês têm de fazer o trabalho de vocês, porque está sendo um fiasco. Olha só os números: 
A despesa nos primeiros sete meses do ano cresceu 8,7% em números reais. 
E a receita caiu 5,3%. Só aí já temos uma diferença, um abismo de 14%.
 
E a dívida pública está subindo. Nesse período, passou de 72,6% para 74,1% do PIB
 As pesquisas estão mostrando que os operadores de mercado consideram que o principal problema brasileiro hoje é o desequilíbrio fiscal. 
Ontem, por exemplo, eu mostrei que nos primeiros sete meses do ano passado, no governo anterior, houve superávit de R$ 73 bilhões e agora, no mesmo período, há déficit de R$ 78 bilhões.  
A diferença entre a arrecadação cadente e a despesa crescente é um problema econômico muito sério.
 
Biólogo é preso por guardar donativos
Queria registrar o trabalho de todos aqueles voluntários
que estão refazendo o que foi destruído pela maior catástrofe hídrica de toda a história no Vale do Taquari. 
Estudantes, agremiações, clubes de futebol, Exército, está todo mundo envolvido lá. E vejam só, prenderam um biólogo da Secretaria de Agricultura do município de Roca Salles (RS) que estava mandando guardar os donativos na casa dele.

Também registro meu agradecimento à Câmara de Vereadores da minha cidade natal, da minha Cachoeira do Sul (RS), que por 14 votos a 1 aprovou moção de solidariedade por causa da reação do governo federal ao que eu disse a respeito da necessidade de se investigar bem o que aconteceu rio acima, com as barragens que lá existem. 
Apenas uma vereadora do PT foi contrária.
 
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

domingo, 26 de fevereiro de 2023

O desafio da PF ao entrar no caso Marielle

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou abertura de inquérito sobre o assassinato da vereadora, ocorrido há quase cinco anos

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, mandou a PF investigar o caso Marielle para ajudar o Ministério Público do Rio de Janeiro. [o objetivo ao colocar a PF no caso é apenas o de desviar atenção para um fato bem mais importante: em 58 dias de (des)governo nada foi feito em prol do povo brasileiro, que mais dia menos dia  vai cobrar a conta.
O caminho é desviar atenção, para tanto o ministro se serve da Polícia Federal. 
Pena que há o risco da reputação da PF sair prejudicada, por entrar em uma investigação sem nenhum fato novo que justifique sua presença.]

O grande desafio da instituição comandada por Andrei Rodrigues, no entanto, é encontrar pistas: não há, segundo Dino, fato novo no caso.

Radar - Coluna em  VEJA

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Desembargadora que "ofendeu" Marielle vai julgar o caso que pode livrar o 'Rei Arthur'

O TJRJ sorteou a desembargadora Marília de Castro Neves, da 20ª Câmara Cível, para julgar o caso que pode ajudar o empresário Arthur de Menezes Soares a se livrar da ordem de prisão que ainda paira contra ele.

O "Rei Arthur" pede R$ 50 mil em danos morais ao delator Ricardo Rodrigues — o “bônus” é transformá-lo num mentiroso perante o Judiciário e, assim, ser inocentado da acusação de corrupção passiva.

Marília vai suceder a colega Conceição Mousnier, que se disse impedida de seguir à frente do processo na semana passada, um ano após assumi-lo.

E quem é Marília? Apenas uma das mais polêmicas juízas do TJRJ. É a desembargadora que publicou ofensas e acusações falsas contra Marielle Franco, após a morte da vereadora. Também foi ela quem sugeriu que Jean Wyllys deveria ser alvo de um “paredão profilático” (de fuzilamento) entre outros episódios nada memoráveis.[o fato da desembargadora Marília de Castro continuar exercendo suas funções normalmente, é a prova incontestável de que sua sugestão de paredão e as 'supostas' acusações contra a vereadora não constituíram crime.]

Lauro Jardim, Coluna em O Globo 

 

 

quinta-feira, 24 de março de 2022

UMA PROVA DO SEQUESTRO - Percival Puggina

Eu recém terminara de escrever o artigo “O maior sequestro da história” (pode ser lido aqui), quando a vereadora Fernanda Barth me envia mensagem para noticiar um fato que fazia prova do que eu havia afirmado.

A Promotoria de Justiça Regional da Educação de Porto Alegre  iniciou um procedimento administrativo para que o MPRS entre com uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra a lei que autoriza a educação domiciliar em Porto Alegre.

A referida lei foi aprovada pela Câmara de Vereadores e, como o prefeito se absteve de sancionar, o próprio legislativo municipal a promulgou, na forma da Lei Orgânica da capital gaúcha.       

Ora, caros leitores. Nossas crianças recebem uma educação escolar cujos péssimos resultados são espelhados de modo alarmante em sucessivos indicadores
A iniciativa contra a lei municipal, não é a favor de uma educação de maior qualidade. 
Mostra que nem mesmo os pais com condições de suprir a educação escolar dos filhos por meios próprios conseguem se livrar do sequestro a que está submetido o ensino brasileiro em sua integralidade. E não o conseguem mesmo que a lei do ensino domiciliar respeite o currículo base da educação municipal, os parâmetros da legislação federal, as provas e avaliações formais e oficiais.       

Parece que o sistema não pode perder uma única vítima!  Lembremos que o manuseio da educação para fins políticos e ideológicos ocupa, hoje, o centro da reflexão acadêmica. Alunos dos cursos de formação para o magistério contam-me que é difícil encontrar, para seus estudos, literatura não marxista.

Escrevo sobre inevitáveis relações de causa e efeito. Escrevia quando era previsível e agora escrevo sobre o constatado. A Educação no Brasil, com a malícia de alguns e a dócil ingenuidade de quase todos, deu uma banana para as expectativas sociais, para as necessidades nacionais, para o direito dos jovens e das famílias, para o futuro da pátria.

Educação, caros leitores, ou tem qualidade ou não é educação. A escola domiciliar, ou o homeschooling, é um grito por qualidade e liberdade!

 Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
 

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Cotas raciais: prefeitura de Curitiba vai selecionar servidores pela cor da pele - Gazeta do Povo

Vozes - Cristina Graeml

Cotas raciais são sempre assunto polêmico, porque quem ousa questionar essa política de cessão de espaço a pessoas com base em cor de pele, etnia ou raça é logo acusado de preconceituoso ou racista, antes mesmo que consiga expor seus argumentos.

Quando se permite o debate de ideias, porém, vê-se quase sempre a preocupação dos questionadores justamente com o respeito à dignidade humana e uma tentativa genuína de evitar segregação de pessoas por critérios raciais.

Foi o que aconteceu na Câmara de Vereadores de Curitiba nesta terça (30), quando os vereadores aprovaram o projeto de lei que estabelece cotas raciais para servidores municipais, obrigando a prefeitura a reservar 20% das vagas em concursos públicos para negros e índios.

A proposta da vereadora Carol Dartora (PT) foi aprovada, mas só depois de 8 horas de muito debate. E não passou por unanimidade, apesar de ninguém ter negado o problema de maior dificuldade de acesso de negros ou índios ao mercado de trabalho.

Cotas sociais em vez de cotas raciais
O longo debate foi provocado pela proposta de outra vereadora, Amália Tortato (NOVO), que apresentou um substitutivo ao projeto de lei original, sugerindo critérios objetivos para dar acesso aos cargos públicos a pessoas carentes, que tenham estudado em escola pública ou tenham sido bolsistas em escola particular, por exemplo.

A vereadora acredita que a proposta de cotas sociais
, em substituição às cotas raciais, poderia inserir negros ou índios pobres no mercado de trabalho de forma mais justa e igualitária, sem discriminar pobres de outras etnias ou cor de pele.

Convicção Gazeta do Povo: A dignidade da pessoa humana

Outro importante argumento,
comprovado em pesquisas, é que há menos questionamento quanto à capacidade dos servidores contratados por cotas, quando os critérios utilizados não são a mera aparência, ou seja, cotas sociais não geram um efeito bumerangue de discriminação.

Isto é empatia legítima, algo tão propalado pelos supostos defensores de minorias, mas normalmente conquistado por aqueles que se opõem ao sequestro de causas e ao monopólio das virtudes e que se sujeitam a ser saco de pancadas, mas furam a bolha da falta de diálogo e obrigam todos a pensar e discutir ideias.

Entrevista: Perigo das cotas raciais no serviço público

 
Cristina Graeml, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sexta-feira, 16 de julho de 2021

Eles perderam de vez a noção - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Jair Messias Bolsonaro levou uma facada em 2018 e quase morreu. O autor, Adélio Bispo, era um ex-filiado do PSOL, esteve na Câmara pelo que indica o registro, e contou com suporte jurídico após a prisão. Quem mandou matar Bolsonaro? Essa pergunta nunca saiu da boca de quem insiste diariamente na questão de quem matou Marielle Franco, a vereadora do PSOL. Em vez disso, petistas como o próprio Lula chegaram a chamar a facada de "fake", de farsa. Bolsonaro já passou por várias cirurgias por conta dela.

O grau de psicopatia é assustador. Em vez de deixar diferenças políticas de lado, muitos esquerdistas torcem abertamente pela morte do presidente. Alguns desejam isso com ar de filosofia pragmática, como fez Helio Schwartsman na Folha. Mas eles não conseguem esconder o ódio em seus corações, a falta de empatia pelo próximo, e o veneno que intoxica suas almas ocas. [um jornalista recentemente sugeriu que o presidente se suicidasse; quarta-feira um ilustre e desconhecido youtuber comunicou que havia comprado fogos de artifício para  comemorar eventual morte do presidente. Mario Frias, secretário de Cultura, postou respondendo a pergunta de um amigo sobre se conhecia o famoso youtuber: "Realmente eu não sei. Mas se eu soubesse diria que ele precisa de um bom banho".
Com a súbita fama, decorrente de uma postagem de péssimo gosto - agourando o presidente da Republica - o youtuber se tornou conhecido ser o ofensor um historiador negro e defensor do comunismo. Imediatamente um ex-ator de novelas, em final de carreira,acusou Frias de racismo.]

LEIA TAMBÉM: ONU condena prisões arbitrárias em Cuba e exige liberação de manifestantes
Em imagens: chuvas causam destruição na Europa

Agora que o presidente foi internado novamente, com risco de nova cirurgia, a turma podre saiu do bueiro uma vez mais, para expor sua falta de limites, de ética, de compaixão. São várias mensagens no mesmo teor, e esse claro discurso de ódio não é censurado nas redes sociais, que por sua vez impedem questionar sobre a real eficácia das vacinas - minha conta principal do Twitter foi suspensa uma semana por isso, e o vídeo da estreia do programa 4por4 foi retirado do YouTube com mais de 700 mil visualizações, só porque falamos que as vacinas experimentais são... experimentais!

Eis o tipo de coisa que circula livremente, e sem o repúdio dos nossos "humanistas" de plantão, inclusive aqueles que demonstram absoluta revolta quando o mesmo Bolsonaro dá uma resposta mais atravessada a algum jornalista:  Pausa aqui para mostrar como o MBL hoje em dia é indistinguível do Felipe Neto, que eles detonavam antes. Arthur do Val praticamente escreveu a mesma mensagem que o imitador de focas. Ninguém sério leva mais a sério os PsolKids, que se provaram oportunistas com claro viés de esquerda. Mas segue o show de horrores:

Esses são nossos "democratas" que se vendem como a resistência ao fascismo, que existe somente em suas imaginações toscas. Os que acusam Bolsonaro de insensível ou mesmo genocida destilam insensibilidade e torcem pela morte do presidente. A tática consiste em desumanizar o oponente, trata-lo como bicho, como um rato, um verme, e aí justificar essa postura abjeta.

Quem quer criticar o governo Bolsonaro ou a postura do presidente é livre para fazê-lo, e é legítimo que o façam numa democracia. O que estamos vendo, porém, é algo bem diferente disso. Estão tratando Bolsonaro como se fosse o próprio vírus chinês. Estão o colocando no rol dos piores tiranos genocidas do planeta, como se ele fosse Hitler, Stalin, Mao ou Fidel Castro. E isso enquanto normalmente defendem esses tiranos, ao menos os comunistas!

Tudo que podemos fazer numa hora dessas, além de expor a hipocrisia de seus discursos "humanitários", é rezar por suas almas. Essas pessoas devem ser muito infelizes, com vidas bem medíocres e vazias, para destilar tanto veneno e ódio assim...

Rodrigo Constantino, colunista -  Gazeta do Povo -VOZES 

 

segunda-feira, 31 de maio de 2021

A Ordem Pública tem que ser mantida, custe o que custar; a Polícia tem o DEVER de agir com energia e usar a força necessária

Malu Gaspar - O Globo

GOVERNO EM XEQUE 

A violência [(sic) - agora, a ação enérgica da autoridade policial contra desordeiros tem o nome de violência.] da PM em Recife e o perigo de conflitos em 2022 

A comparação entre a postura da Polícia Militar nos protestos do último sábado, contra Bolsonaro, e na manifestação do final de semana anterior, a favor do presidente, traz um alerta preocupante para as eleições de 2022: o de que o bolsonarismo enraizado nas polícias e a insubordinação contra governadores de oposição ao presidente possa  provocar ainda mais conflitos num ambiente político já polarizado e conflagrado. 

[se ocorrerão conflitos em 2022 só DEUS sabe - talvez o desespero por ter que suportar a presença do capitão por mais 4 anos, leve seus adversários a um comportamento belicoso, o que provocará reação à altura; 
se o presidente Bolsonaro terá algum adversário, merecedor de tal classificação, é notório que não.
Os eventos bolsonaristas de 1º de maio e os do final da semana 23/maio, transcorreram em perfeita ordem, a polícia estava presente mas não precisou atuar = não houve bagunça, desordem = coisas desagradáveis e que só ocorrem em manifestações da esquerda (rotina que se repete desde 68, nas ocasiões em que  os inimigos do Brasil se manifestam; desde aquele ano estão sempre a procura de cadáveres para suprir a falta de argumentos e programa de governo, que lhes falta.)

Na motociata a favor de Bolsonaro, no Rio de Janeiro, havia mais de mil policiais militares, mas a única pessoa agredida foi um jornalista – e pelos próprios manifestantes, hostis à presença da imprensa. [não há hostilidade à presença da imprensa; o que irrita profundamente é a manipulação nas narrativas, criando situações que não correspondem à verdade - felizmente, apenas parte da imprensa, a que se alinhou aos que são contra o Brasil, manipula notícias. A imprensa legítima, que narra fatos e não versões, esta sempre será bem-vinda, necessária e querida.
Se saber como os fatos ocorreram - muitas vezes por buscar duas ou três fontes de notícia, da imprensa verdadeira - e ver outros órgãos da imprensa mentindo deslavadamente, deturpando fatos, tornando o governo do capitão o causador de todos os males (incluindo pandemia,desemprego, falta de chuvas, etc) é algo que irrita ao extremo.]
No ato em Recife, a escaramuça começou sem motivo aparente, e foi desencadeada pela própria PM - contra a orientação do chefe da polícia, o governador Paulo Câmara (PSB), que recomendava apenas acompanhar a manifestação e evitar excessos. [por óbvio, a recomendação acompanhar a manifestação inclui seguir o roteiro autorizado e a de evitar excessos inclui conter bagunça, vandalismo, etc.]
Imagens registradas pelos manifestantes mostram que o ato transcorreu pacificamente até o final do trajeto, quando os policiais passaram a disparar balas de borracha e spray de pimenta sobre as pessoas. Nas apurações preliminares, os PMs disseram ter disparado balas de borracha porque os manifestantes não se dispersaram no local combinado e seguiram caminhando por mais um trecho. [desobedeceram o trajeto autorizado e a PM cumprindo o DEVER de acompanhar a manifestação, sendo pacífico que a desobediência dos manifestantes ao combinado, buscava apenas provocar a polícia e balas de borracha e spray de pimenta são métodos eficazes, não letais, de conter desordeiros. Quanto aos feridos - estranhamente não participavam do protesto, mas estavam no meio. Quanto a vereadora do PT, dispensa comentários, pois o simples fato de pertencer ao perda total = pt,  já a credencia como capaz de provocar qualquer situação, desde que contrária à Ordem Pública.]
Nos dias anteriores à manifestação, o Ministério Público estadual notificou o governo para que o ato não fosse permitido, mas a decisão final foi de autorizá-lo. 

Na confusão, ao final do protesto, a vereadora do PT Liana Cirne foi derrubada com um jato de spray de pimenta. E  duas outras pessoas que nem sequer participavam do protesto [(sic) = tem muitos que acreditam em Papai Noel, Saci-Pererê] Daniel Campelo da Silva, 51 anos, e o arrumador Jonas Correia de França, de 29 –, foram atingidos no rosto por balas de borracha disparadas por policiais militares. Daniel perdeu a visão no olho esquerdo e Jonas, no olho direito. O governador afastou os comandantes da operação, abriu um procedimento disciplinar e já determinou que as vítimas da PM sejam assistidas e indenizadas. [estranho é a celeridade do governador Paulo Câmara em decidir quem são as vítimas e que merecem indenização. Tudo isso em  procedimento de minutos - já um cidadão de bem que sofra um acidente de responsabilidade do Estado,  tem que ingressar com ação, esperar anos e anos e quando a decisão o favorece, tem que esperar mais alguns anos, já que  o Estado recorre com o único objetivo de retardar.
Provavelmente, a celeridade cairá na conta da grana que as autoridades locais receberam do Governo Federal e cujo uso não está sujeito  à prestação de contas - a grana é para combater a pandemia, mas quem no Brasil vai contrariar uma autoridade local?] O governador também gravou vídeos em que repudia a ação violenta da PM. Mas não dá entrevistas, por exemplo, para não melindrar a polícia mais do que o que considera que seria razoável. 

Câmara tem diante de si um desafio pelo qual já passaram seus colegas de São Paulo, João Doria (PSDB), do Ceará, Camilo Santana (PT), e da Bahia, Rui Costa (PT)  – todos de oposição ao presidente da República. Em maio de 2020, atos pró e contra Bolsonaro convocados para o mesmo dia em São Paulo terminaram com conflito entre a PM e manifestantes contra o governo federal. Antes dos protestos deste final de semana, porém, Doria reuniu o Conselho de Segurança Pública de São Paulo e deu ordem expressa aos comandantes das polícias para que não houvesse agressão aos manifestantes. [a polícia não agride manifestantes, porém quando agredida reage com a energia necessária - é um procedimento padrão, um protocolo,  que Doria, o governador das vacinas que estão sempre em falta, não tem autoridade para modificar. Os manifestantes se comportaram e foram tratados da forma que pessoas de bem, ordeiras, pacíficas são tratadas.] 

A preocupação de especialistas [quando os 'especialistas' entram em cena, a credibilidade desaparece, já que poucos sabem do que estão falando.  E quando se trata de  'especialistas em segurança', surge aquele que é ex-ministro de dois ou três ministérios e cuja credibilidade é inferior a ZERO.]  e de governadores é que o caldo de insatisfação e de politização das tropas Brasil afora provoque ainda mais conflitos à medida que as eleições se aproximarem, com mais manifestações contra e a favor do governo. [se a turma dos inimigos do Brasil, da oposição sem noção e sem programa de governo, mantiver uma postura só encontrada em opositores dignos e que sabem perder, a PAZ ESTARÁ GARANTIDA.
Aos PATRIOTAS, aos AMIGOS DO BRASIL, aos que respeitam e querem o melhor para a PÁTRIA AMADA, não interessam conflitos, badernas, desordens.
Queremos o ORDEM e PROGRESSO, que são essenciais para economia sólida, pleno emprego,  paz, saúde e prosperidade.

"As polícias militares são hoje um barril de pólvora", diz  Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e professor do Departamento de Gestão Pública da FGV-EAESP.  "Os policiais estão à flor da pele. Eles gostariam de estar reivindicando melhores salários, mas para fazer isso teriam que bater no Bolsonaro, porque os salários estão congelados por ação do governo federal", explica Lima.

Uma pesquisa publicada pelo Fórum no ano passado mostrou que 35% dos oficiais e 41% dos praças de todo o Brasil interagem em redes sociais bolsonaristas. Em geral, se posicionam de forma favorável ao presidente, que desde a pandemia alimenta conflitos com os governadores em torno da necessidade de isolamento social. [o presidente Bolsonaro tentou, nos tempos do autonomeado primeiro-ministro Maia, transferir as polícias militares para o Governo Federal e, naturalmente, a proposta de projeto de lei  foi recusada = a velha história das autoridades locais que sempre desprezam o ônus e querem o bônus.]

"Essa contradição só aumenta a tensão na tropa", explica Lima. 

No Ceará, em fevereiro de 2020, PMs fizeram um motim e pararam durante 13 dias por melhores salários.  Situação semelhante aconteceu na Bahia, em março deste ano, quando um policial militar foi abatido depois de passar cerca de quatro horas dando tiros para o alto e gritando palavras de ordem no Farol da Barra, um dos principais pontos turísticos de Salvador. Na ocasião, houve ameaça de greve, mas a paralisação acabou não acontecendo. Nos dois casos, os governadores ameaçaram punir os policiais, mas até hoje não foi divulgada nenhuma punição. [No caso do Ceará, ao que se sabe motim é crime, se houve motim o julgamento passa a ser da Justiça Militar, governador não tem competência para julgar crimes = se ocorreu denúncia e não seguiu com certeza foi denúncia  vazia = aquelas que o denunciante narra como fatos seus desejos não realizados; quanto aos baianos houve um surto de um policial e seu abate, lamentável,  se tornou necessário para evitar mais mortes. O padrão neste caso consiste em uma investigação, mediante IPM,  que comprova a necessidade da providência, sendo o resultado  encaminhado ao MPM, por este a Justiça e é arquivado.]

Malu Gaspar, colunista - O Globo


domingo, 14 de março de 2021

Sobrevivente do atentado contra Marielle desabafa: 'Sinto como se estivessem me apagando da história' - O Globo

Três anos após assassinato da vereadora, jornalista que estava na hora da emboscada vive escondida

Em 16 de março de 2018, a jornalista Fernanda Chaves, de 46 anos, deixou o Rio de vez. Com cerca de 1,65m de altura, precisou se encolher no vão do banco traseiro de um carro blindado, escoltada por dois veículos da Polícia Civil, rumo ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador. Por ser verão, vestia jeans e uma blusa de malha fina. Nos pés, uma sandália de plástico. Usava boné e óculos escuros. Saiu às pressas para uma viagem não planejada e, sequer, desejada. Destino: Madri, onde o inverno ainda castigava. Única sobrevivente do atentado contra a vereadora Marielle Franco (PSOL), no qual a parlamentar e o motorista Anderson Gomes foram executados, Fernanda teve que deixar tudo, sem olhar para trás, dois dias após o crime.

[Senhora, com todo o respeito: de qual história lhe interessa participar? 
Se cada pessoa que presenciasse, ou apenas estivesse presente (parece ser o seu caso) em cada assassinato ocorrido no Brasil, nos últimos três anos, passasse para a história, seria necessário para seu registro   algumas dezenas de pen drive - que raramente seriam acessados, por falta de interesse histórico. 
Do dia em que a vereadora e seu motorista foram assassinados, morreram em torno de 200.000 pessoas - assassinadas, por óbvio,  não inclui as mortes atribuídas à covid - 19.]

Não há um dia sequer que ela não se lembre do “14 M”, referência à data dos assassinatos de Marielle e Anderson: 14 de março. Há três anos, Fernanda foi aconselhada por amigos especialistas na área de segurança, inclusive da Anistia Internacional, a deixar o Brasil, logo após o crime. Depois de quase quatro meses no exterior, e o restante do período vivendo às escondidas, ela sonha, um dia, retomar a vida que tinha no Rio. Para isso, tem que se livrar de algo que ainda a assombra: saber de quem ela precisa se proteger. Mais do que ninguém, a jornalista quer descobrir quem mandou matar Marielle.

Estou segurando a onda. Não pude fazer minha mudança. Fui obrigada a sair do país onde nasci por não ser seguro. Não posso morar no Rio só pelo fato de ter sobrevivido a um crime bárbaro, a um atentado à democracia. Eu me sinto aniquilada, como tivessem me apagado da história, da minha história de vida — conta a jornalista. Ao relembrar como foram os três anos após os homicídios de Marielle e Anderson, Fernanda fecha os olhos por alguns instantes e gesticula muito. Embora faça terapia e tente manter o foco no futuro da filha Rosa, de 10 anos, recordações do ataque ainda lhe causam agitação. Ela se ressente de não ter se despedido de Marielle, amiga e comadre (a jornalista coordenava o mandato da parlamentar, que era madrinha de batismo de Rosa).

Eu me senti impotente logo após o “14 M”. Não pude cumprir o rito da despedida. Não fui ao velório dela, nem ao enterro. Assisti a tudo pela TV. Não estive ao lado da Luyara (Santos, filha da vereadora). Foi tudo muito rápido — conta. — Eu estava no carro com ela vindo da Casa das Pretas, ouvi a rajada e pensei que estava passando no meio de um tiroteio. Mantive a lucidez, para puxar o freio de mão do carro até parar e sair agachada, por imaginar que ainda havia tiros.

Ressentimento
Um dos piores momentos, segundo Fernanda, foi ouvir, no local do crime, um policial militar descrevendo a cena pelo viva voz do celular para um superior. Falando no jargão da polícia, ele anunciou: “duas pessoas vieram a óbito e uma única sobrevivente” (sic). Ela descobriu, assim, de forma abrupta, que a comadre e o motoristas estavam mortos:— Eu era a sobrevivente e, ao mesmo tempo, uma testemunha. Na verdade, não vi nada, mas estava no carro, vivenciando o terror. [senhora: fica a impressão de que está havendo uma maximização excessiva da sua condição de testemunha - sua versão, acima destacada, deixa claro que a senhora não testemunhou nada. Seu receio de voltar ao Brasil é infundado - tempo não faltou para sua oitiva em Madri, caso não tenha sido ouvida é exatamente por não ter elementos a oferecer ao deslinde do caso.]

Confira: O caso Marielle Franco em imagens

O ressentimento com o Estado é grande. Começando pelos PMs que sequer lhe dirigiam a palavra ao chegarem à cena do crime. Outra agonia é quando lembra que os policiais ordenaram a saída de “todos” do local, o que representou também a perda de possíveis testemunhas. O giroscópio da viatura policial, em meio à escuridão, aumentava a sensação de medo, na esquina das ruas João Paulo I e Rua Joaquim Palhares, no Estácio, onde aconteceu a emboscada.

Sem punição: STJ absolve de calúnia desembargadora que publicou falsas acusações a Marielle Franco

Depois de passar por uma situação daquelas, não me senti confortável nem de aceitar a água que os policiais depois me ofereceram. Não confiava em ninguém. Estava numa tremedeira louca. Meu marido (Marcelo Salles) chegou em seguida e me levou para casa, onde tomei um banho, e fui para delegacia depor. Repeti o depoimento cinco vezes para diferentes policiais. Fiquei esgotada. Só queria sair dali. Foi quando um amigo me disse: “você tem que sair do país” — relembra.

Em casa, acabou dormindo cerca de uma hora, até o interfone tocar. Era o motorista da van para levar a filha dela, então com 7 anos, para o colégio.— Caiu a ficha de que teria que deixar tudo — diz.

Visita de Dilma
No dia seguinte ao atentado, numa quinta-feira, ela recebeu as visitas de representantes da Anistia Internacional, do Conselho Nacional de Direitos Humanos e do gabinete do então deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), com quem trabalhou antes de assessorar Marielle. Todos foram unânimes em orientá-la a sair do Brasil. O primeiro destino era Suíça, mas ela não tinha dinheiro para bancar a viagem. Lá, só teria um local para ficar. A melhor opção foi oferecida pela Anistia, que tem um programa de acolhimento de pessoas em situação de violência, com o apoio de voluntários. A ajuda tinha prazo para durar: três meses.

Foi quando, na sexta-feira, recebeu uma visita que, segundo a jornalista, lhe colocou no prumo. Segundo ela, a ex-presidente Dilma Rousseff foi à sua casa e fez uma “leitura rápida” da situação: — Ela disse que se tratava de um atentado político com uma dimensão tão grande quanto o que ocorreu com o líder seringueiro Chico Mendes (ambientalista e ativista político) executado em 1988, em Xapuri, no Acre.Fernanda passou quase quatro meses fora, em Madri e Roma, antes de voltar para o Brasil, sempre adotando os protocolos de segurança: — Nada de redes sociais, de celulares. Imagina isso para um jornalista?

Atualmente, Fernanda trabalha como assessora de imprensa parlamentar, remotamente, algo que a pandemia acabou lhe favorecendo.[assessora de imprensa parlamentar! remotamente? em nossa opinião o remotamente exclui assessorar um parlamentar espanhol; resta ser assessora da vereadora psolista, Rio,  Mônica Benício. Será? o que torna necessário que uma vereadora da cidade do Rio de Janeiro,  tenha como sua assessora de imprensa uma cidadã que reside na Europa? que certamente é paga com o dinheiro do contribuinte. Contribuinte brasileiro, que aceita tudo.] Na opinião de Fernanda, o Estado não a protegeu. Fala com mágoa que a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio, não a chamaram para acompanhar a investigação.

A promotora Simone Sibílio, coordenadora da Força-Tarefa que investiga o caso, explicou que tem reuniões periódicas com os familiares da vereadora e de Anderson. Já Fernanda, por ter ficado fora do país e, atualmente, se encontrar em local desconhecido, o contato foi evitado por segurança.

Rastros deixados na internet levaram aos suspeitos da execução
Os três anos de investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, completados nesta segunda-feira, foram marcados por uma reviravolta no caso e episódios de obstrução de Justiça. Antes de chegarem a Ronnie Lessa, sargento reformado da Polícia Militar, e ao ex-PM Élcio de Queiroz, como executores, os investigadores seguiram, por sete meses, uma equivocada linha de investigação que tumultuou o caso. [os suspeitos da execução ao que sabemos estão presos, preventivamente, por envolvimento em outros crimes; estranho é que não foram levados ainda a julgamento pela acusação de assassinato da vereadora - faltam provas que possam sustentar uma condenação? a busca do mandante, não impede que os suspeitos da execução sejam submetidos à julgamento.]

Depois de erros no início da apuração do crime, diante das dificuldades de elucidar a trama pelos métodos tradicionais, os investigadores passaram a adotar medidas mais ousadas para chegar aos autores. Como a quebra de sigilo telefônico não se mostrava suficiente, houve a necessidade de se buscar os dados telemáticos dos celulares e de computadores dos suspeitos, prática até então inédita na resolução de crimes. Foi assim que a polícia e o Ministério Público do Rio, recorrendo a medidas judiciais para obter informações do Google e do Facebook, conseguiram ter acesso às pesquisas feitas na internet pelos suspeitos. Foi descoberto, por exemplo, que Lessa levantou um endereço, no Rio Comprido, onde Marielle esteve na véspera da morte.

No entanto, a fase atual em que se tenta chegar aos mandantes do assassinato da vereadora se arrasta há dois anos. E algumas peças do quebra-cabeças ainda são fundamentais. Na última sexta-feira, por exemplo, o MP do Rio fez acordo judicial com o Facebook para acessar dados das redes sociais de Lessa e Élcio, que possam ajudar a identificar os mandantes. O 4º Tribunal do Júri, onde tramita o processo, havia determinado que o Facebook fornecesse os dados, sob pena de pagar uma multa de R$ 5 milhões. Daí, surgiu o acordo. — A relação com o Facebook é boa. Os representantes da empresa pretendem nos atender rapidamente. Queremos os dados dos alvos, de janeiro a março de 2018 (data de preparação e execução do crime) — diz Simone Sibílio, coordenadora da Força-Tarefa encarregada das investigações.

Opinião - O Globo

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

O recado de Marco Aurélio à Câmara - O Globo - [Destaque ao óbvio foi uma ameaça velada aos deputados?]

Lauro Jardim

Durante a sessão do STF que terminou agora há pouco e confirmou por unanimidade a prisão do deputado Daniel Silveira, o ministro Marco Aurélio Mello passou um recado à Câmara.
Disse, em referência a decisão que a Câmara terá que tomar se mantém o deputado preso:
Mantenho o ato de sua excelência (Alexandre de Moraes). E agora a Câmara do Deputados, e não vejo nisso qualquer pressão, terá que apreciar não só um ato individual, mas um ato do colegiado, que imagino, formalizando uma só voz. [insistimos em lembrar que a decisão da Câmara, seja qual for, será tomada por determinação da Constituição Federal.]
 
Na porta da PF, apoiadores de Daniel Silveira agridem homem que segurava placa de vereadora do Psol, morta em 2018
Apoiadores do deputado Daniel Silveira agrediram um homem em frente à sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro — onde o parlamentar está preso. A vítima segurava uma placa com o nome de Marielle Franco.

LEIA MAIS: Deputado preso que diz não temer 'vagabundo' banca segurança com dinheiro público

Como todos sabem, a primeira confusão pública protagonizada por Silveira deu-se em 2018, quando ele quebrou uma placa [placa ilegal, pirata, fake - é competência das prefeituras decidir sobre a nomenclatura das ruas e confecção de placas.] com o nome da vereadora assassinada.

Defronte à PF, enquanto os apoiadores gritavam o nome do deputado, um homem retirou a placa das mãos do dono, que estava com a perna imobilizada e andando de muletas, e a jogou para o alto. O dono da placa foi jogado ao chão após receber um golpe mata-leão.
 
O Globo 
 
 

segunda-feira, 20 de julho de 2020

O mistério da bala que matou Marielle Franco continua - VEJA - Brasil

Ministério Público Federal quer saber por que munição destinada à Polícia Federal foi parar nas mãos de executores da vereadora do Rio 

Quando a vereadora Marielle Franco e o seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados no Rio de Janeiro em março de 2018, investigadores encontraram no local do crime  munições vendidas exclusivamente para a Polícia Federal. Esse fato chamou a atenção do Ministério Público Federal, que pediu a instauração de um inquérito.

Dois anos depois, as apurações conduzidas pela PF não esclareceram como executores da vereadora do PSOL tiveram acesso a munições de uso restrito. Com isso, o delegado responsável pelo caso pediu o arquivamento do inquérito. Mas o Ministério Público Federal não aceitou. No dia 29 de junho, o procurador Eduardo Benones solicitou o aprofundamento da investigação para esclarecer o mistério. “A presente investigação não se destina exclusivamente à responsabilização de agentes públicos, mas, em especial, afeiçoa e representa uma resposta do Estado Brasileiro a uma das inúmeras questões que   deu origem à abertura desta investigação, cujo caráter é notoriamente transcendental”, escreveu Benones em sua manifestação. [Entendemos que o valor de uma vida humana é imensurável - qualquer vida humana;
exatamente, por tal entendimento, é que não conseguimos entender que tanto tempo e esforços sejam empregados, até agora de forma improdutiva, para esclarecer duas mortes em um país que tem mais de 60.000 assassinatos por ano.]

Dentre as novas apurações determinadas pelo MPF, estão: um exame pericial na munição (UZZ18) para saber se era uma carga original e um pedido de explicação para a fabricante dos projéteis que teria produzido um volume superior ao permitido pelo Exército. Os lotes  foram comprados pela PF em dezembro de 2006 e distribuídos para as superintendências do Distrito Federal, do Rio de Janeiro e de São Paulo. O inquérito deve ser encerrado até outubro. 

Veja - Brasil


quinta-feira, 2 de julho de 2020

Pandemia Sem licitação é tentação. E aí vem o Covidão

Vozes - Alexandre Garcia

Incrível esse país, incrível esse Rio de Janeiro.Na terça-feira (30), o delegado titular da Delegacia de Polícia, Daniel Rosa, declarou que o grupo miliciano “Escritório do crime” não tem relação com o assassinato da vereadora Marielle Franco.

Os dois irmãos dirigentes do grupo, que antes eram suspeitos de cometer o crime, deixaram de ser investigados. O motivo é que no mesmo dia do assassinato da vereadora, eles estariam matando o empresário Marcelo Diotto da Mata há alguns quilômetros de distância, na Barra da Tijuca, por causa de máquinas caça-níquéis.


  LEIA TAMBÉM: Todos têm direito de espernear, mas está tarde para tentar um tapetão 

Aí vem o Covidão
A Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão em imóveis ligados ao governador do Amazonas, Wilson lima (PSC). Essa ação faz parte da Operação Sangria que apura desvios de recursos destinados ao combate da pandemia do coronavírus. A PF investiga possível superfaturamento na compra de respiradores para o estado.O governo é suspeito de fechar negócio sem licitação com uma empresa especializada em vinhos. Sem licitação é tentação, e aí vem o Covidão.

Agora a gente entende porque mostravam aquelas covas abertas e aquelas pilhas de caixão. Era para justificar medidas de emergência que abrissem a fiscalização, o controle e os limites. Em vez de gastar com alguns comprimidos baratos para prevenção e tratamento de forma fácil nos primeiros dias, resolveram nos assustar e nos trancar em casa para poderem fazer contratos milionários e hospitais de campanhas malfeitos.

Eu estou fazendo o acompanhamento entre os registros em cartório, que são os registros oficiais de mortes no Brasil. Descobri que do dia 16 de março até o dia 30 de junho morreram de doenças respiratórias - exceto Covid-19 - 85,3 mil. Segundo os cartórios, morreram de coronavírus 55 mil pessoas. Há um desequilíbrio no noticiário do vírus e de todas as doenças respiratórias, parece que para nos assustar e enfraquecer nossas defesas.

Onde a quarentena não foi necessária
No Uruguai não houve quarentena obrigatória, mas fecharam as escolas, universidades e shoppings, e os resultados foram excelentes. Por isso, os uruguaios são os únicos latinos americanos que podem entrar na Europa.

O despertar dos médicos
Eu vi um apelo de a médica Raíssa Soares, de Porto Seguro (BA), pedindo ao presidente que mande cargas de hidroxicloroquina porque ela está precisando. O Ministério Público está investigando porque esse medicamento está em falta.  Descobriu-se a crueldade que está sendo feita nos hospitais. Os médicos estão mandando os pacientes com sintomas de coronavírus para casa, assim, a doença acaba se agravando. Quando o vírus chega ao pulmão, a pessoa vai para a UTI e é entubada.

Isso é um crime a saúde pública. Alguns  médicos brasileiros já estão recomendando um protocolo excelente em toda parte. É só olhar os resultados de Brusque (SC) e de Porto Feliz (SP). 

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quarta-feira, 6 de maio de 2020

Ex-mulher de Bolsonaro publica charge com presidente e militares encarando o STF: "Acabou a farra" - O Globo

Bela Megale

A imagem mostra Jair Bolsonaro acompanhado por dois integrantes de seu governo e dois militares. Eles encaram os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Acima do senhor, a frase: “Viemos aqui para lhes  informar: acabou a farra”. Abaixo, o recado: “Muitos brasileiros estão sonhando com este dia”.

Ilustração publicada pela ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro Rogeria Bolsonaro em redes sociais


O desenho foi publicado em uma rede social por Rogéria Bolsonaro, ex-mulher do presidente e mãe de seus filhos Flávio, Carlos e Eduardo.
Prestes a retornar para a vida pública como vice de Marcelo Crivella à prefeitura do Rio ou como candidata à vereadora, Rogéria foi questionada pela coluna se a postagem era um apoio a um golpe militar.

Ela respondeu que não e que sua família “sempre lutou e continuará lutando pela democracia”. O presidente Bolsonaro já participou de dois atos pró-intervenção no último mês. Um deles é alvo de investigação da Procuradoria-Geral da República.

Para continuar lendo, inclusive entrevista, acesse:

Bela Megale, jornalista - O Globo

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Adriano relatou a familiares ameaças de facção infiltrada no governo do Rio - VEJA

Por Daniel Pereira e Hugo Marques, de Esplanada (BA) -
EXECUÇÃO - Familiares afirmam que Adriano da Nóbrega já sabia que a polícia não pretendia prendê-lo Cristiano Mariz/VEJA


No último dia 1º, Júlia Mello Lotufo, mulher do ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, disse que ele seria morto numa operação de “queima de arquivo” organizada pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. Na ocasião, não quis explicar por que Witzel se empenharia na morte do marido dela, que aconteceria oito dias depois, durante operação realizada pela Polícia Militar da Bahia, com a ajuda da equipe de inteligência da polícia fluminense. Desde então, Júlia está escondida. Assustada, confidenciou a pessoas próximas o medo de sofrer represálias de uma organização criminosa infiltrada na administração do Rio caso revele o que sabe. 

E ela sabe muito. Seus segredos contemplam tudo o que viu, ouviu e fez durante dez anos de relacionamento amoroso com Adriano da Nóbrega, o ex-policial que enriqueceu ao mergulhar no submundo do crime e foi acusado pelo Ministério Público de chefiar uma das mais temidas milícias do Rio. A partir de conversas com parentes e pessoas do círculo íntimo de Adriano, VEJA descobriu a razão da manifestação pública de sua mulher. Enquanto estava foragido, ele confidenciou à esposa ter dado 2 milhões de reais em dinheiro vivo à campanha de Witzel ao governo do Rio. 

Também revelou a ela quem pediu e quem recebeu as mochilas de dinheiro — repassado, nas palavras dele, como uma espécie de investimento, um seguro que garantiria proteção para tocar seus negócios clandestinos sem ser importunado pelas autoridades, especialmente a polícia. A propina, na visão dele, seria a matéria-prima que selaria a paz entre as partes. Algo, porém, deu errado. Em janeiro de 2019, logo no primeiro mês de mandato de Witzel, o Ministério Público do Rio acusou Adriano de chefiar o Escritório do Crime e conseguiu uma ordem de prisão preventiva contra ele. Foragido, ativou sua rede de contatos e pediu socorro, invocando a ajuda financeira que prestara na campanha. Os amigos disseram a ele que Witzel queria usá­-lo como um troféu, como prova da eficácia de sua política de segurança. 

“Mas ele não acreditava”, contou uma pessoa próxima do ex-capitão.Adriano só passou a encarar Witzel de fato como um inimigo ao desconfiar que o governador queria mantê-lo na lista de suspeitos de participação no assas­sinato da vereadora Marielle Franco. 
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Aliás, quando lhe convém, Bolsonaro dá crédito à imprensa profissional. “Quem é o responsável pela morte do capitão Adriano? PM da Bahia, do PT”, disse o presidente num evento público no sábado 15. No mesmo dia, o Palácio do Planalto soltou a seguinte nota: “A atuação da PM-BA, sob a tutela do governador do estado, não procurou preservar a vida de um foragido, e sim sua provável execução sumária, como apontam peritos consultados pela revista VEJA. É um caso semelhante à queima de arquivo do ex-prefeito Celso Daniel, onde o seu partido, o PT, nunca se preocupou em elucidá-lo”. A nota oficial provocou reação imediata. Vinte governadores criticaram a manifestação do presidente, que teria se “antecipado a investigações policiais para atribuir graves fatos à conduta das polícias e seus governadores”. Entre os signatários estavam Rui Costa, da Bahia, e Witzel, que são pré-candidatos à próxima sucessão presidencial.

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Morto aos 43 anos, Adriano valorizava a lealdade e a palavra empenhada. No seu entorno, enquanto sobram críticas e acusações a Witzel, impera o silêncio sobre a família Bolsonaro. Na última terça-feira, o presidente declarou: “Poderia interessar a alguém a queima de arquivo. O que ele teria para falar? Contra mim, não teria nada. Se fosse contra mim, tenho certeza de que os cuidados seriam outros, para preservá-lo vivo”. O fato é que Adriano da Nóbrega, que já se sentia no meio de uma disputa política quando estava vivo, virou definitivamente motivo de um cabo de guerra depois de morto. “Talvez seja um problema tão grave que ele deve acordar, almoçar, jantar e pensar nisso 24 horas por dia”, disse o governador Rui Costa, comentando as manifestações diárias do presidente sobre o caso. “É como se ele tivesse receio de que alguma coisa fosse descoberta.” A provocação do petista pega carona numa preocupação externada pelo próprio Bolsonaro.

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Seus parentes contam outra história: “Ele foi torturado dentro da própria casa. Por isso contou para onde tinha levado o Adriano”. Na semana passada, repórteres de VEJA foram detidos pela polícia baiana quando tentavam entrevistar Leandro no município de Pojuca. “Como vocês acharam esse endereço?”, perguntou um dos agentes. Outro personagem fundamental para a compreensão do enredo é o motorista José Alves de Macedo Neto, o Zezinho. Depois da frustrada batida policial para prender Adriano da Nóbrega na Costa do Sauípe, Leandro indicou Zezinho para levar a mulher e a filha mais nova do ex-capitão da Bahia para o Rio de Janeiro. No trajeto, eles foram parados pela Polícia Rodoviária Federal. Os policiais perguntaram a Zezinho quem o indicara para prestar o serviço a Júlia Lotufo. Ele respondeu que tinha sido Leandro e, assim, deu aos policiais a pista definitiva para a descoberta do esconderijo de Adriano da Nóbrega.

MATÉRIA COMPLETA, leia em VEJA


Publicado em VEJAedição nº 2675 de 26 de fevereiro de 2020

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Há um déficit de investigação no caso do porteiro - Blog do Josias






 Há um déficit de investigação no caso do porteiro que enfiou indevidamente o nome de Jair Bolsonaro no inquérito sobre a morte de Marielle Franco. Juntando aos fatos já divulgados o resultado da perícia feita nos áudios da portaria, há sobre a mesa um lote de informações que já estavam disponíveis no final de outubro do ano passado. Está entendido que, ao contrário do que dissera o porteiro, a voz do "seu Jair" não pode ter soado no interfone da casa 58 do condomínio Vivendas da Barra, no Rio, no dia 14 de março de 2018. O proprietário do imóvel, Jair Bolsonaro, dava expediente na Câmara, em Brasília.







Bolsonaro não teria como autorizar a entrada de Élcio Queiroz, hoje preso sob a acusação de matar Marielle e seu motorista Anderson Gomes. [atualizando: Queiroz e Lesss estão presos, não pela suspeita de que participaram do homicidio da vereadora e sim acusados de tráfico de armas.] A voz que soa no sistema de áudio da portaria, como confirma a perícia, é a do morador da casa 65, Ronnie Lessa, outro suspeito preso pelo mesmo crime. Falta esclarecer duas coisas: Primeiro: Quem colocou na tuba do inquérito um porteiro capaz de inventar em dois depoimentos à polícia que falou com "seu Jair"? Segundo: por que a polícia civil do Rio demora tanto a responder a essa pergunta?







Afora os depoimentos, o áudio da portaria e os rastros de Bolsonaro em Brasília há também sobre a mesa a planilha com os lançamentos feitos pelo porteiro naquele fatídico 14 de março de 2018, dia da execução de Marielle. Nesse documento, está anotado o nome do visitante Élcio Queiroz e o número da casa 58 de Bolsonaro, não do imóvel 65 de Ronnie Lessa. Tudo isso já era conhecido há pelo menos quatro meses. A perícia adicionou um mistério novo à trama: a voz do porteiro que liberou a entrada do miliciano Élcio não é a daquele funcionário do condomínio que citou Bolsonaro em depoimentos prestados nos dias 7 e 9 de outubro. Na noite do dia 7 de outubro, data do primeiro depoimento do porteiro, soube-se que Bolsonaro disputaria o segundo turno da eleição com Fernando Haddad.




Cabe perguntar: por que o interesse em meter Bolsonaro nessa encrenca? Ou, de novo: quem colocou o porteiro na tuba? O déficit de respostas nesse caso é tão desmoralizante para a polícia quanto o excesso de interrogações que ainda ronda a apuração sobre o próprio assassinato de Marielle Franco.[apenas um registro: além de enfatizar a inutilidade de toda o procedimento de perícia para identificar as razões do porteiro ter mentido (buscando identificar a origem de - eventual, talvez - tenttiva envolver o presidente Bolsonaro - na ocasião, comprovadamente, a mais de 1.000km de distância do condomínio - insistimos em questionar: qual a razão do homicidio da vereadora Marielle Franco ter prioridade sobre a investação de milhares de assassinatos que ocorreram no mesmo ano? grande parte deles no Rio.]

Blog do Josias - Josias de Souza, jornalista - UOL