A vaidade de Lula jogou
o Brasil no inferno em que hoje ardemos sob o governo de Dilma.
No ano de 2007, o sucesso subira
à cabeça de Lula. O hoje rejeitado
filho de Garanhuns era aclamado nacional e internacionalmente como "o cara". Era o cara que teria
acabado com a miséria no Brasil, o cara que projetara o país como o primeiro da
fila de espera para ingressar no Primeiro Mundo, o cara que ansiava por uma
cadeira no Conselho de Segurança da ONU, o cara que se julgava capaz de
resolver qualquer encrenca internacional, o cara que tornava o Brasil
autossuficiente em petróleo, o cara de quem Obama disse, textualmente: "I love this guy! The most popular politician
on earth". Te mete! Lula podia tudo. Embora muitos ao seu redor
tivessem tombado, saíra incólume do mensalão. Frustrando as expectativas dos
que esperavam enfrentá-lo exangue em 2006, colocara no peito a segunda faixa
presidencial.
Nesse jogo, porém, Lula tinha muito a
agradecer e pouco a oferecer. A prosperidade da economia brasileira,
que permitiu saltos na arrecadação, no mercado de trabalho, nas exportações tinha tudo a ver com o espetacular
crescimento do mercado chinês, que elevou o preço das nossas commodities. E nada a ver com competência administrativa. O governo, sabe-se
agora, era uma versão institucional do Gran Bazaar, lugar de muitos e rentáveis
negócios, cuja alma, como sempre em tais arranjos, era a publicidade.
O
presidente não tinha
qualquer das virtudes necessárias a um bom gestor. Sempre foi, isto sim, um
político conversador, populista e oportunista. Deveria agradecer aos que, antes
dele, assumiram o sacrifício político de colocar o país nos trilhos da
responsabilidade fiscal. Mas não.
Ah, se Lula tivesse sido um bom
gestor! Com os recursos de que dispôs, com o apoio popular que soube
conquistar, com o carisma que Deus lhe deu, teria preparado as bases necessárias a um desenvolvimento sustentável.
Nenhum outro presidente, em mais de um século de república, navegou em águas
tão favoráveis. Contudo, do
alto de sua vaidade, embora fosse apenas
um mero e pouco esclarecido barqueiro, ele acreditou ser o senhor dos mares e das marolas. "Vaidade! Definitivamente meu pecado
favorito",
confessa o personagem representado por
Al Pacino em O Advogado do Diabo. E a vaidade de Lula jogou o Brasil no
inferno em que hoje ardemos sob o governo de Dilma.
É bom lembrar. Em 2007, tamanha
era a euforia de Lula que ele importou, assim como Collor faz com carros
esportivos, esse luxo extravagante que
foi a Copa de 2014.
Consumidor insaciável
de manchetes, nesse mesmo ano começou a
negociar a aquisição, para o Rio de Janeiro, da sede dos Jogos Olímpicos de 2016. A Copa, na hora da bola rolar, se tornara
algo tão fora do contexto, despesa tão despropositada, que ele sequer teve coragem de comparecer a qualquer dos jogos! E sua
herdeira foi hostilizada de modo constrangedor na solenidade inaugural.
O jornal O Estado de São Paulo, divulgou um relatório de custos dos Jogos
Olímpicos. O mais recente levantamento disponibilizado pela prefeitura do
Rio informa que, faltando contabilizar algumas despesas de menor monta, os Jogos (que beneficiarão quase exclusivamente a capital carioca) custarão ao povo brasileiro R$ 38,67 bilhões. Se somarmos essas
duas extravagâncias lulopetistas, chegaremos a R$ 66 bilhões e a um conjunto de
elefantes brancos.
Quantas aplicações
mais úteis ao país seriam possíveis com tais recursos! Num ano em que o governo corta quase R$ 12 bilhões
da área de Saúde
e se
agrava o caos do setor, corta R$ 9,42 bilhões da Educação e universidades fecham as portas por
não disporem de recursos para dar continuidade ao ano letivo, a gestão temerária do lulopetismo continua jogando dinheiro
fora para apresentar outro show ao mundo.
Gestão temerária se caracteriza por conduta impetuosa,
imponderada, irresponsável ou afoita. Não é
uma descrição perfeita dos acontecimentos aqui mencionados? O prefeito de um
pequeno município já foi condenado por isso.
Fonte: http://puggina.org