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sábado, 8 de agosto de 2015

Carrasco diz: "não sinto nada, é uma profissão de tradição familiar"

O carrasco Sabir Masih, Paquistanês de 32 anos está na profissão desde 2007, diz que de lá até hoje já executou mais de 200 pessoas e que apenas ficou preocupado a primeira vez, pois teve medo de não fazer o nó na corda como deveria, e o enforcamento não sair a contento.

É uma profissão de tradição familiar, diz ele. Para não errar no trabalho, quando se aproximava a data de substituir o pai, ele fez um treinamento (aprendeu a fazer nó), mas foi o futuro chefe que autorizou a treinar dentro do estabelecimento onde executa os condenados.

No Paquistão, há 8 mil pessoas no corredor da morte - mais do que em qualquer outro país do mundo. Desde dezembro (2014), cerca de 200 foram executados, alguns por atos terroristas, outros por assassinato. Desde que a pena de morte foi restabelecida, Masih diz que já executou cerca de 60 pessoas em diversas prisões na Província de Punjab.

No total, como dito anteriormente, ele calcula que tenha executado mais de 200 desde 2007 - e conta isso sem o menor sinal de arrependimento ou incômodo, seja em sua expressão facial ou nos seus gestos.

O motivo disso talvez seja o fato de ele pertencer a uma família de carrascos. Como a maioria dos carrascos desde os tempos da dominação britânica, Masih é cristão. Seus olhos são fundos, seus dentes são amarelados de tanto mascar tabaco e ele gagueja um pouco ao falar. Mas é uma pessoa esbelta e de traços faciais marcantes. "Executar é a profissão da minha família. Meu pai era carrasco. Seu pai também era carrasco, assim como o pai dele e o avô, desde os tempos da Companhia Britânica das Índias Orientais (antiga empresa britânica de comércio com a Índia)."
Talvez seu antepassado mais famoso seja o irmão de seu avô, Tara Masih, que executou o premiê Zulfikar Ali Bhutto, em 1979.

"Não sinto nada"

Com esse histórico familiar, Sabir Masih é sempre questionado sobre como consegue dormir na noite anterior a uma execução ou se tem pesadelos depois. Também responde a perguntas sobre como se sentiu quando executou sua primeira vítima ou sobre como seu trabalho é visto por amigos e familiares. "Eu não sinto nada. É uma tradição familiar. Meu pai me ensinou como fazer o nó do enforcado e me levou com ele para presenciar algumas execuções quando eu estava para ser contratado."
Sua primeira execução foi em 2007. "Só fiquei nervoso para fazer um bom nó. Mas o vice-diretor da prisão me deixou treinar antes. E quando o carcereiro me deu um sinal com a mão, me concentrei e não vi o condenado cair."

E isso é o que ainda acontece hoje em dia, tantos anos depois.  São lidas as acusações que pesam contra o prisioneiro condenado, o autorizam a se lavar e a rezar se quiser. Logo ele é levado ao pátio. "Minha única preocupação é prepará-lo ao menos três minutos antes do momento da execução. Eu tiro os sapatos dele, coloco um capuz sobre sua cabeça, prendo seus pés e suas mãos, coloco a corda ao redor de seu pescoço, me certifico de que o nó está debaixo de sua orelha esquerda e logo espero o sinal do carcereiro para puxar a alavanca."

No Paquistão, os carrascos não têm acompanhamento psicológico nem antes nem depois das execuções. Também não há um limite máximo de execuções até que eles possam descansar.

E Masih diz que ele não precisa de nada disso. - O que faz alguém, desejar e seguir na profissão de seus antepassados?

Quando partem para a música, teatro, dança, magistério, medicina, direito ou quaisquer outra profissão digna é algo louvável, que todos deveríamos aplaudir pois, quase sempre, é uma questão de herança genética ou respeito e admiração pelo que os pais faziam para viver. 
Mas e em se tratando dessa "profissão" em específico? O que tem de bom e admirável em ser carrasco para seguirem por gerações fazendo o mesmo? Seria falta de opção ou dom?

Acredito que dom, uma vez opções sempre haverão para quem é pela vida,
A Anistia Internacional luta para que, algum dia, possamos estar livres da morte como forma de punição. [depender da Anistia Internacional os bandidos ficam livres e as pessoas de bem presas - aliás, está se tornando comum as pessoas viverem em casas com grades e os bandidos soltos.]

Fonte: BBC News, em Islamabad (Paquistão) por M Ilyadanielcelestino3370@hotmail.com s Khan em 06/08/2015

Comentários: Elane F. De Souza OAB-CE 27.340-B

Foto/Créditos: BBC News idem fonte


segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Cristãos se unem a muçulmanos em atos contra ‘Charlie Hebdo’

No Paquistão, o alvo das manifestações era o presidente francês e seu apoio às novas charges publicadas pelo semanário 

Governo belga pede extradição de preso na Grécia - Homem é suspeito de particiapação em célula desbaratada na semana passada

Autoridades europeias e israelenses continuavam neste domingo a ofensiva antiterrorista desencadeada pelo ataque ao jornal “Charlie Hebdo" há 12 dias, enquanto milhares de manifestantes mantêm protestos diários em países diversos como Níger, na África, e Paquistão, no sudoeste asiático. Na Bélgica, o Ministério Público pediu a extradição de um dos dois suspeitos presos em Atenas, na Grécia, por supostas ligações com uma célula terrorista belga. Segundo a imprensa belga, um terceiro homem ainda é procurado, e poderia estar na Grécia ou na Turquia. As autoridades belgas, porém, afirmaram que a célula não possuía ligações com o ataque de Paris.

Na Alemanha, uma manifestação islamofóbica marcada para hoje foi cancelada após suspeitas de um ataque terrorista. Segundo a polícia alemã, “todas as manifestações públicas ao ar livre estão proibidas na segunda-feira, 19 de janeiro, no território da cidade de Dresden” devido a “um risco terrorista concreto". A cidade seria palco de mais um protesto semanal do movimento Pegida (Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente). Uma manifestação anti-Islã também foi proibida pelas autoridades em Paris por receios de que causasse desordem pública.

No Paquistão, o alvo das manifestações era o presidente francês François Hollande e seu apoio às novas charges publicadas pela Charlie Hebdo retratando o profeta Maomé de forma considerada ofensiva para muitos muçulmanos. Cerca de 5 mil pessoas se reuniram na cidade de Lahore, no leste do Paquistão e outras milhares em outras cidades do país. Bandeiras francesas e fotos de Hollande foram queimadas. Os protestos reuniram seguidores de partidos religiosos e seculares também nas cidades de Karachi, Islamabad, Quetta, Peshawar, Multan e em várias outras. Em Karachi, duas mil pessoas se reuniram no mausoléu do fundador da nação, Mohamed Ali Jinah. Um grupo de pastores cristãos também se uniu à comitiva em solidariedade aos fiéis muçulmanos. Uma delegação do partido Tehreek-e-Insaf visitou a residência do cônsul francês para entregar a ele uma resolução pedindo que Paris proibisse a publicação “Charles Hebdo” por "transmitir ao mundo uma mensagem de ódio religioso". Hafiz Mohammad Saeed, líder do partido Jamaat-ud-Dawa, pediu que a ONU declare toda forma de blasfêmia um crime internacional.  — Se as Nações Unidas não dá atenção, então os Estados muçulmanos devem formar sua própria ONU — disse.

Em 2012, 21 pessoas morreram e 229 ficaram feridas em distúrbios com a polícia após a publicação de outras charges da mesma revista francesa e a divulgação de um filme americano de baixo orçamento que zombava de Maomé. No Níger, manifestações contra a difamação do profeta foram proibidas pelas autoridades e ocorreram sob forte repressão policial.

Deportações e prisões na Europa e em Israel
Na Europa, dezenas de suspeitos de envolvimento com atividades terroristas foram presos em ao menos quatro países nos últimos dias, e em Israel autoridades afirmaram terem desmantelado uma célula do grupo Estado Islâmico após prenderem sete árabes-israelenses.
 Paquistaneses pedem o banimento da revista satírica “Charlie Hebdo”: milhares protestaram em todas as maiores cidades do país e tiveram apoio de grupos cristãos - Arif Ali / AFP

A informação, divulgada neste domingo, diz respeito a detenções realizadas em novembro e dezembro. Um tribunal de Haifa os acusou de pertencer ao Estado Islâmico, grupo considerado ilegal em Israel desde setembro. Segundo a polícia israelense, um dos membros, Karim Abu Sallah, foi detido no aeroporto Ben Gurion quando se preparava para se unir à jihad na Síria. Na Itália, o ministro do Interior, Angelino Alfano, afirmou que nove pessoas foram deportadas desde o início deste ano por supostas ligações com grupos terroristas.  Segundo Alfano, eram cinco tunisianos, um turco, um egípcio, um marroquino e um paquistanês, todos eles tinham autorizações de residência e foram expulsos do país.
Temos feito tudo o necessário, dentro dos limites, para nos proteger contra uma ameaça — afirmou Alfano, observando que as deportações começaram antes dos ataques de Paris. — Nove pessoas foram deportadas. Não vamos parar por aqui. E, no que diz respeito a expulsões, vamos continuar a ser extremamente duros.

Na França, nove das 12 pessoas presas na última sexta-feira continuam em detenção preventiva. Os suspeitos foram detidos nos arredores de Paris para serem questionados por um possível “apoio logístico” — especialmente no que diz respeito a armas e veículos — a Amedy Coulibaly, que matou um policial e quatro civis em em uma loja judaica no dia 9. Hollande afirmou que a França está “travando uma guerra” contra o terrorismo e que isso podia ser visto nas ruas de Paris e de outras cidades, onde 122 mil policiais e soldados estão de prontidão.


Fonte: AFP