"Novo pedido de impeachment é
inconsistente", diz Luís Inácio Adams
Pedido
deve ser entregue nesta terça-feira (20) a Eduardo Cunha
O novo
pedido de impeachment da oposição à presidente Dilma Rousseff deverá ser entregue
nesta terça-feira (20) ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ). O ministro da Advocacia Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams,
afirmou ao jornal Folha de S.Paulo, que o novo pedido é "muito inconsistente" e que pode ser "questionado e barrado no Supremo". [Adams estará fazendo um favor aos que defendem o impeachment
da mandatária se patrocinar ação no STF contra o pedido de impeachment;
É notório
que Adams possui grande experiência na defesa de ações judiciais que sempre são
derrotadas.
O seu
‘brilhante’ e recente desempenho na defesa das contas da Dilma no TCU comprova
o quanto o advogado-geral da União é eficiente na arte de perder.
Só
consegue se superar quando atua em dupla com o Cardozo – os dois conseguem
piorar o impiorável.]
A justificativa
para a nova requisição de abertura de impeachment
é baseada nas pedaladas fiscais de 2015, já que a comprovação da
irresponsabilidade fiscal do ano passado não se refere ao mandato atual. Adams,
no entanto, observa que a representação do Ministério Público de Conta não foi
analisada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). "O
tribunal, ao analisar o que classificam de pedaladas do ano passado, não
responsabilizou diretamente a presidente. Quanto menos agora, em 2015, quando
não há decisão do TCU", disse Adams à Folha.
A
oposição buscava acrescentar os argumentos nos pedidos que já tramitam na
Câmara, mas o
STF foi contrário ao "rito de
impeachment" de Cunha, o que gerou o novo pedido de abertura, assinado
pelos advogados Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína
Pascoal.
Na manhã
desta terça-feira, Dilma declarou que
"a ação do governo não vai ser inviabilizada pela oposição faça ela
quantos pedidos de impeachment fizer". Cunha, que tem o poder de
decidir pela abertura do processo, é alvo de investigação da Operação Lavo
Jato, que identificou R$ 5 milhões não
declarados à Justiça em contas do brasileiro na Suíça.
Fonte: Revista
Época