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domingo, 10 de setembro de 2017

Joesley e Saud se entregam na sede da Polícia Federal

Executivos chegaram à Superintendência da PF por volta das 14h em carros separados

O empresário Joesley Batista e o diretor da JBS Ricardo Saud se entregaram à Polícia Federal (PF) por volta das 14h deste domingo. Eles chegaram em carros separados na Superintendência da PF na Lapa, Zona Oeste de São Paulo, sem dar declarações à imprensa. 
 A PF não informou ainda quando eles transferidos para Brasília. Antes, é esperado que os dois executivos façam o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
Joesley havia deixado o apartamento da família na Rua Haddock Lobo, nos Jardins, em São Paulo, por volta das 13h45 deste domingo. No banco de trás de um Toyota Hylux com os vidros escuros, Joesley passou pelos jornalistas.

Atendendo a um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Fachin determinou a prisão temporária de Joesley e Saud, sob a suspeita de terem descumprido acordo de delação premiada ao omitir informações dos procuradores. Eles teriam conseguido informações privilegiadas com o ex-procurador Marcelo Miller, como sugerem gravações entregues à PGR.


Janot deve pedir a rescisão do acordo de delação, que previa imunidade penal aos executivos da JBS. Na sexta-feira à noite, a defesa de Joesley e Saud já havia entregue os passaportes dos dois delatores à Justiça, numa tentativa de mostrar que eles não teriam interesse de fugir.

Na decisão que pediu a prisão dos executivos, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que há “múltiplos os indícios, por eles mesmos confessados, de que integram organização voltada à prática sistemática de delitos contra a administração pública e lavagem de dinheiro”.

O prazo inicial é de cinco dias de detenção para Joesley e Saud e, depois desse período, a medida pode ser convertida em prisão preventiva, sem prazo para terminar. Ou resultar na soltura dos dois, a depender de decisão de Fachin.

Fonte: O Globo
 

Joesley e Saud se entregam na sede da Polícia Federal... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/09/10/joesley-e-saud-se-entregam-na-sede-da-policia-federal.htm?cmpid=copiaecola

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Joesley e Saud pedem para não ser levados a sério em gravação. E por que o seriam em delação?

Eles sabem que o sistema jurídico e que a própria política não permitirão que os benefícios da delação sejam mantidos. Esse acordo já é letra morta.

 Deus do céu!

Joesley Batista e Ricardo Saud tornaram pública aquela é que, sem dúvida, a nota mais insólita da história das notas. No texto, eles asseguram ser falso tudo aquilo que dizem num bate-papo. Mais: aproveitam também para pedir desculpas. Leiam o que afirmaram. Volto em seguida: “A todos que tomaram conhecimento da nossa conversa, por meio de áudio por nós entregue à PGR, em cumprimento ao nosso acordo de colaboração, esclarecemos que as referências feitas por nós ao Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral da República e aos Excelentíssimos Senhores e Senhoras Ministros do Supremo Tribunal Federal não guardam nenhuma conexão com a verdade. Não temos conhecimento de nenhum ato ilícito cometido por nenhuma dessas autoridades. O que nós falamos não é verdade, pedimos as mais sinceras desculpas por este ato desrespeitoso e vergonhoso e reiteramos o nosso mais profundo respeito aos Ministros e Ministras do Supremo Tribunal Federal, ao Procurador-Geral da República e a todos os membros do Ministério Público.
Joesley Batista e Ricardo Saud”

Entenderam? Os autores da delação premiada mais ruidosa da história do país; aqueles que, com seus respectivos testemunhos, aos quais boa parte da imprensa conferiu seriedade, levaram a tensão política ao grau máximo; os homens que criaram severos obstáculos a reformas estruturantes; aqueles que diziam que o presidente da República dava anuência à compra de silêncio de pessoas presas e que armou com um ex-auxiliar uma operação para supostamente arrecadar R$ 500 mil por semana… Bem, meus caros, os dois tornam pública uma nota em que asseguram que nada do que se diz na tal gravação, que eles são sabiam estar sendo feita, é verdade.

Bem, cabe a pergunta óbvia: se isso que dizem, sem que tenham conhecimento da gravação, não deve ser levado a sério, por que se deveria acreditar, então, nas suas respectivas delações — e, nesse caso, eles sabem, sim, que estão sendo monitorados? Ora, se o que se fala espontaneamente, sem a ciência prévia do registro, é mentira, o que dizer de uma fala que, sabe-se, será usada em juízo e foi previamente organizada para incriminar o presidente e livrar a pele dos próprios criminosos?

É claro que Joesley e Saud estão com medo. Eles sabem que o sistema jurídico e que a própria política não permitirão que os benefícios da delação sejam mantidos. Esse acordo já é letra morta. E, como resta evidente, o conjunto da obra está comprometido com ilicitudes.  Há crimes a investigar? O Ministério Público tem a prerrogativa de instaurar processos de investigação. Uma coisa é certa: o que se produziu até agora contra quem quer que seja envolvendo a JBS e seus diretores é da mais flagrante, clamorosa e gritante ilegalidade. E vai cair.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

 

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Rodrigo Janot abre investigação e ameaça cancelar a delação da JBS

Na gravação, Saud diz que já estaria "ajeitando" a situação do grupo J&F, controlador da JBS, com Miller, e que o então procurador estaria "afinado" com eles. 

Em pronunciamento à imprensa convocado de última hora, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que determinou abertura de investigação de indícios de omissão de informações sobre práticas de crimes no acordo de executivos da JBS.  Janot assinou portaria que instaura um procedimento de revisão dos acordos com três dos sete executivos do grupo: Joesley Batista, um dos donos do frigorífico, Ricardo Saud e Francisco de Assis.

O problema surgiu, segundo ele, após os delatores da JBS entregarem à PGR (Procuradoria-Geral da República), na semana passada, novas gravações de áudio. Em uma delas, uma conversa de cerca de quatro horas entre Joesley e Saud que não sabiam que estavam se gravando–, há indícios de crimes cometidos por agentes da PGR e do STF (Supremo Tribunal Federal). A gravação foi feita em 17 de março, dez dias depois de Joesley ter gravado o presidente Michel Temer no Palácio do Jaburu e dias antes de assinarem o acordo com a PGR.

O áudio não é um dos que foram recuperados do gravador de Joesley pela Polícia Federal, segundo a PGR, mas foi entregue espontaneamente pelos delatores na semana passada junto com outros materiais. A delação firmada em maio dava 180 dias para a JBS entregar o material complementar –prazo que terminou na última quinta (31). “Áudios com conteúdo gravíssimo foram obtidos na quinta-feira [31]. A análise de tal gravação revelou diálogo entre dois colaboradores com referências indevidas à PGR e ao Supremo Tribunal Federal”, disse Janot.
 “Tais áudios também contêm indícios, segundo esses dois colaboradores, de conduta em tese criminosa atribuída ao ex-procurador Marcelo Miller, que ao longo de três anos foi auxiliar do gabinete do procurador-geral. Se descumpriu a lei no exercício de suas funções, deverá pagar por isso”, afirmou.
“Não há ninguém que republicanamente esteja a salvo da aplicação da lei. O Ministério Público tem uma mãe que é a Constituição e a lei, e sob esse manto atuamos, independentemente de quem tenha agido.”

Pelo diálogo entre Joesley e Saud, Janot suspeita que Miller tenha ajudado a JBS a confeccionar uma proposta de acordo de delação. “Tal conduta configuraria, em tese, crime e ato de improbidade administrativa [praticados pelo então procurador]”, segundo a PGR.

CARNE FRACA
Na gravação, Saud diz que já estaria “ajeitando” a situação do grupo J&F, controlador da JBS, com Miller, e que o então procurador estaria “afinado” com eles. Quando comentam sobre a Operação Carne Fraca, deflagrada no início deste ano, um dos delatores diz que Miller enviou “extensa mensagem” para Francisco de Assis, diretor jurídico da J&F, tentando justificar a situação.

Em um dado momento, os delatores falam que esperavam que Miller facilitasse o caminho junto à PGR “inclusive sugerindo futura sociedade em escritórios de advocacia em troca no processo de celebração dos acordos de colaboração premiada”, informou a Procuradoria.
Miller pediu sua exoneração da PGR em fevereiro e saiu em 5 de abril. Logo depois, foi trabalhar como sócio no escritório Trench, Rossi e Watanabe, em São Paulo, que foi contratado para fazer o acordo de leniência (de pessoa jurídica) da J&F.

No pronunciamento desta segunda (4), Janot disse que “o MPF atuou na mais absoluta boa-fé nesse acordo”. “Se ficar provada qualquer ilicitude, o acordo poderá ser rescindido, poderá chegar até a rescisão. A eventual rescisão não invalida as provas até então oferecidas”, disse.

De acordo com Janot, mesmo que os benefícios dados aos executivos da JBS venham a ser revistos, as informações apresentadas não inviabilizam a apresentação de novas denúncias –inclusive a que se espera contra o presidente Michel Temer, que não foi citado nominalmente. Conforme a lei, segundo o procurador-geral, se a culpa do colaborador ensejar a rescisão do acordo, ele perde todos ou alguns dos benefícios, mas o Estado pode utilizar as provas em processos.
Além dos novos áudios, Janot destacou que Saud apresentou agora uma conta não declarada em um banco no Paraguai.

PRÓXIMOS PASSOS
Janot disse que os delatores da JBS terão de depor até sexta-feira (8) para esclarecer o áudio. Questionado se eles podem ser presos, o procurador-geral disse que “tudo é possível”.
“Eles têm imunidade uma vez que o acordo esteja hígido. Se o acordo ruir, essa imunidade não existirá mais. É bom que esse caso seja exemplar para que todo o mundo entenda que o colaborador tem o compromisso de acompanhar todo o processo penal contribuindo na obtenção da prova”, disse Janot.

Os novos áudios da JBS foram remetidos pela PGR ao STF para que os ministros da corte decidam sobre a manutenção do sigilo. O procurador-geral disse que só não divulgou os áudios até o momento –uma vez que o acordo da JBS não está sob sigilo– porque eles têm trechos que envolvem “direito à personalidade e à intimidade” de agentes da PGR e do STF. Se [o áudio] não tiver que ser [entregue à imprensa] inteiro, que seja por decisão do Supremo”, afirmou.

Questionado sobre quem é o agente do STF citado nas conversas, Janot respondeu apenas que ele “tem foro”, sem especificar se se trata de um ministro. Janot enviou o procedimento de revisão da delação ao ministro do STF Edson Fachin, relator do caso, que também avaliará o sigilo. A PGR convocou Miller e o escritório de advocacia em que ele trabalhou para prestar esclarecimentos.