A
defesa do ex-presidente Lula tem todo direito de recorrer aos tribunais
superiores para tentar reverter a decisão do TRF-4 e conseguir
liberá-lo para disputar a eleição deste ano. Mas os tribunais superiores
têm também a obrigação de analisar os recursos em tempo próprio para
que a eleição não transcorra em insegurança jurídica, permitindo que um
candidato considerado inelegível, enquadrado na Lei da Ficha Limpa,
registre seu nome na urna eletrônica sem a garantia de que poderá mesmo
competir.
Os eleitores não podem ser burlados pela propaganda
enganosa do PT e muito menos levados ao erro ao votar em um candidato
que está subjudice, pois anularão seus votos se a decisão final e
retardatária da Justiça confirmar a inelegibilidade de Lula. Muito
pior será se a lentidão dos tribunais superiores permitir que o
candidato do PT, na eventualidade de sair-se vitorioso nas urnas,
eleja-se e tome posse sem que uma decisão final tenha sido proferida.
[a Lei da Ficha Limpa prevê a cassação do Diploma do candidato cuja inelegibilidade seja reconhecida na instância máxima, somente após a expedição do Diploma e a legislação eleitoral tem vários precedentes em que candidato eleito e empossado tem o mandato cassado por fato criminoso cujo reconhecimento ocorreu após sua posse - um exemplo recente é o do ex-governador do Maranhão, que foi cassado após estar governando, sendo substituído por Roseana Sarney, que mesmo não tendo sido eleita para o cargo (assumiu por ter ficado em segundo lugar) ganhou o direito de concorrer a 'reeleição' (reeleição só ocorre com quem foi eleito) sem precisar se desincompatibilizar.
Assim, ocorrendo o altamente improvável do Lula conseguir ser candidato, ser votado, ser eleito, ser diplomado e ser empossado - poderá até o última do seu governo ser expulso do cargo.] Ficará a sensação para a opinião pública de que a letargia já conhecida
dos tribunais superiores, especialmente no Supremo Tribunal Federal
(STF), mais uma vez ajudou a impunidade.
A decisão, que parece
tomada, de colocar na pauta do Supremo novamente a autorização para a
prisão de condenado em segunda instância, já é em si uma insinuação de
que quando uma figura política importante está ameaçada por uma decisão
severa, mas considerada fundamental para o combate da impunidade, os
ministros do STF se movimentam para modificá-la em seu favor.
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Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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sexta-feira, 26 de janeiro de 2018
A letra fria da lei
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Tribunais Superiores
quarta-feira, 6 de setembro de 2017
Joesley e Saud pedem para não ser levados a sério em gravação. E por que o seriam em delação?
Eles sabem que o sistema jurídico e que a própria política não permitirão que os benefícios da delação sejam mantidos. Esse acordo já é letra morta.
Deus do céu!
Joesley Batista e Ricardo Saud tornaram
pública aquela é que, sem dúvida, a nota mais insólita da história das
notas. No texto, eles asseguram ser falso tudo aquilo que dizem num
bate-papo. Mais: aproveitam também para pedir desculpas. Leiam o que
afirmaram. Volto em seguida:
“A todos que tomaram conhecimento da nossa conversa, por
meio de áudio por nós entregue à PGR, em cumprimento ao nosso acordo de
colaboração, esclarecemos que as referências feitas por nós ao
Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral da República e aos
Excelentíssimos Senhores e Senhoras Ministros do Supremo Tribunal
Federal não guardam nenhuma conexão com a verdade. Não temos
conhecimento de nenhum ato ilícito cometido por nenhuma dessas
autoridades. O que nós falamos não é verdade, pedimos as mais sinceras
desculpas por este ato desrespeitoso e vergonhoso e reiteramos o nosso
mais profundo respeito aos Ministros e Ministras do Supremo Tribunal
Federal, ao Procurador-Geral da República e a todos os membros do
Ministério Público.
Joesley Batista e Ricardo Saud”
Joesley Batista e Ricardo Saud”
Entenderam? Os autores da delação
premiada mais ruidosa da história do país; aqueles que, com seus
respectivos testemunhos, aos quais boa parte da imprensa conferiu
seriedade, levaram a tensão política ao grau máximo; os homens que
criaram severos obstáculos a reformas estruturantes; aqueles que diziam
que o presidente da República dava anuência à compra de silêncio de
pessoas presas e que armou com um ex-auxiliar uma operação para
supostamente arrecadar R$ 500 mil por semana… Bem, meus caros, os dois
tornam pública uma nota em que asseguram que nada do que se diz na tal
gravação, que eles são sabiam estar sendo feita, é verdade.
Bem, cabe a pergunta óbvia: se isso que
dizem, sem que tenham conhecimento da gravação, não deve ser levado a
sério, por que se deveria acreditar, então, nas suas respectivas
delações — e, nesse caso, eles sabem, sim, que estão sendo monitorados?
Ora, se o que se fala espontaneamente, sem a ciência prévia do registro,
é mentira, o que dizer de uma fala que, sabe-se, será usada em juízo e
foi previamente organizada para incriminar o presidente e livrar a pele
dos próprios criminosos?
É claro que Joesley e Saud estão com
medo. Eles sabem que o sistema jurídico e que a própria política não
permitirão que os benefícios da delação sejam mantidos. Esse acordo já é
letra morta. E, como resta evidente, o conjunto da obra está
comprometido com ilicitudes. Há crimes a investigar? O Ministério
Público tem a prerrogativa de instaurar processos de investigação. Uma
coisa é certa: o que se produziu até agora contra quem quer que seja
envolvendo a JBS e seus diretores é da mais flagrante, clamorosa e
gritante ilegalidade. E vai cair.
Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo
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