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quinta-feira, 17 de março de 2022

Gripen para o Brasil

Uma colaboração real. Uma parceria de longo prazo.

O Programa Gripen Brasileiro fortalece os laços entre a Suécia e o Brasil. Juntamente com a indústria brasileira, a Saab está construindo uma parceria estratégica de longo prazo com o Brasil e com a Força Aérea Brasileira.

Quando o Brasil decidiu adquirir o sistema Gripen, a Saab firmou uma relação de cooperação estreita com o país. O Gripen não só aumentará a capacidade operacional da Força Aérea Brasileira (FAB), capacitando-a com a mais alta tecnologia para o cumprimento de suas missões, mas também possibilitará a capacitação da indústria brasileira de defesa aérea, através de um extenso Programa de Transferência de Tecnologia (ToT).

Junto com a Embraer, Akaer, AEL Sistemas e outras empresas beneficiárias do programa, a Saab desenvolverá capacidades e gerará conhecimento para o desenvolvimento e manutenção do mais avançado caça multimissão do mundo, aqui no Brasil.

Na Saab, acreditamos que o conhecimento cresce quando é compartilhado entre pessoas, empresas e nações.

Gripen Brasileiro

A história do Programa Gripen brasileiro começou em 2013, quando a Saab venceu a concorrência do Programa F-X2, destinada à substituição da frota de aeronaves de caça da Força Aérea Brasileira (FAB).
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Programa Gripen Brasileiro

DefesaNet - Acesse e saiba mais
 

terça-feira, 22 de junho de 2021

A gastança dos subdesenvolvidos com caças para... Nada!!! Sérgio Alves de Oliveira

Antes foi o Brasil com os gastos astronômicos inúteis na compra dos aviões Caça F-39 Gripen,da Suécia. Agora é a Argentina, com a encomenda que está fazendo dos caças chineses JF-17,considerados dos mais avançados do mundo. Entre os dois países existem algumas coincidências  “históricas”comuns. Ambos estão na “merda” econômica  (mais os argentinos), e  parecem estar “competindo” pela primazia das respectivas forças aéreas na “pobre” América do Sul, alimentando a ganância econômica irrefreada  dos países e fabricantes estrangeiros.

Mas ao mesmo  tempo em que fazem essa competição imbecil  “aeronáutica” ,com caças adquiridos do exterior para suas próprias defesas, outra equivalência entre eles,”coincidentemente”, é   que  a qualidade de vida dos seus respectivos povos deixa muito a desejar ,e não é nada condizente com essas astronômicas aquisições através de verbas públicas,suportadas,evidente e invariavelmente,pelos  contribuintes,sujeitos passivos dos “terrorismos tributários” dos seus respectivos países.

Não consigo precisar até que ponto essas absurdas políticas de desperdício dos recursos dos povos brasileiro e argentino, dentre outros, é lógico,  não seria apenas para  contentar os militares “subdesenvolvidos”, e suas  suas forças aéreas, os quais  provavelmente estariam “sonhando”,  ou talvez querendo “fazer de conta”,que essas meias dúzias de caças mais sofisticados estariam garantindo os seus países contra eventuais invasões por outros países mais ricos, ou militarmente mais potentes.

Somente  para se ter uma ideia, durante os conflitos bélicos envolvendo aeronaves na 2ª Guerra Mundial (01.09.1939 a 02.09.1945),a produção  SEMANAL de aeronaves de combate, caças e bombardeiros, pelas Forças Aliadas,ou pela Alemanha, ou  pelo Japão ,tão somente para recompor o número de aeronaves abatidas , supera em muito o número de caças (somados) agora adquiridos pela Argentina e pelo Brasil. Estão sendo comprados 36 caças suecos  F-39 Gripen pela FAB,e 12 caças  chineses JF-17,pela FAA,que parece reforçar a política de total submissão argentina aos interesses da China.

Não faz muitos anos que os arrogantes militares argentinos e sua “força aérea” foram completamente humilhados, desmoralizados e mesmo “despedaçados” pela Marinha, e por  “meia dúzia” de  caças do Reino Unido,  a partir dos seus porta-aviões, na Guerra pela disputa das Ilhas Malvinas,apesar dos argentinos estarem  “em casa”, e os britânicos separados por milhares de quilômetros de mar da sua “sede”. E se esse conflito tivesse sido com o Brasil, certamente o resultado teria sido o mesmo.[a traição dos franceses , fornecendo aos ingleses os códigos dos misseis Exocet, contribuiu em muito para a derrota argentina - sem a traição, os 'hermanos' terminariam derrotados pelos ingleses, mas o custo da vitória seria bem mais caro ao Reino Unido.]

Isso significa que querer se “exibir” , se defender,ou atacar,com  equipamentos e aviões cujas tecnologias não domina,sempre vai dar em desastre. Quando vejo os números “relativos” das despesas com  instrumentos de defesa ou de guerra brasileiros, comparados às grandes potências econômicas,ou militares do mundo,só posso concluir da inutilidade absoluta desses gastos. Para fins exclusivamente de defesa,nenhuma ou muito  pouca diferença haveria entre o Brasil contar com  os caças suecos, ou com os seus “Super Tucano”,que têm certidão de nascimento e batismo brasileiros.

Resumidamente,na cabeça dos  militares e dos políticos,o Brasil não passa de “um pobre metido a rico”,com imenso sacrifício do seu povo.                                                                                   

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo


terça-feira, 12 de novembro de 2019

A Vitória da Impunidade - Maria Lucia Victor Barbosa

A decisão do STF, em 8 do 11, transcorreu com pose, pompa e longos discursos como é habitual.  O resultado foi o de seis ministros contra a prisão em segunda instância e cinco a favor.  Uma vitória frágil por apenas um voto. Durante um bom tempo o STF aceitou a prisão em segunda instância defendida, inclusive, pelos ministros Gilmar Mendes, Rosa Weber e Dias Toffoli, os quais voltaram atrás. Tal reviravolta aumentou a sensação de insegurança jurídica, pois não se sabe o que vale e o que não vale nas decisões do STF, que em um momento pende para um lado e em outro modifica o que foi acordado.

O resultado beneficiou de imediato o presidiário, que se encontrava recolhido por seus crimes na cobertura da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.  Ele foi o primeiro a ser rapidamente solto, como antecipadamente havia anunciado a cúpula de seus correligionários. Segundo o tão citado art. 283 do Código de Processo Penal (CPP), “ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva”.

Em que situações se estabelece a prisão preventiva? “Como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal” (art. 312 da CPP). Isso significa que a prisão transitada em julgado pode ser aplicada ou não, dependendo de quantos advogados famosos e caros o criminoso possui.  Nesse caso ele pode matar, estripar, estuprar, roubar, enfim, cometer os crimes que lhe aprouver e não será preso, porque a Justiça brasileira tarda e falta, e até o processo chegar ao Supremo ou o bandido estará morto ou seu crime ou crimes prescritos.  Para as “pessoas comuns”, sem recursos financeiros, vale a prisão preventiva

De todo modo, vai ser difícil ser preso no Brasil graças a Lei de Abuso de Autoridade, com a qual o Congresso presenteou os facínoras e puniu os honestos, os corretos, os que cumprem com seus deveres. Segundo essa anomalia, uma simples condução coercitiva sem intimação prévia do investigado ou de uma testemunha, pode enquadrar um juiz  e as penas vão de 3 meses a 4 anos de prisão. Na verdade, criminosos terão carta branca e a autoridade que ousar prendê-los ou mesmo algemá-los é que será presa.  A lei já fez efeito e autoridades já deixaram de prender por medo de serem punidas.

O presidente do STF, ao chegar ao término da votação sobre a prisão em segunda instância, jogou a batata quente para o Congresso, em que pese a Suprema Corte ultimamente ter também legislado. Mas, se a Constituição é abstrata, qual é a definição exata de trânsito em julgado?  
Se mudar a Constituição é complicado ou não pode ser feito no caso das Leis Pétreas, não poderiam os legisladores fazer uma lei complementar alterando o Código Penal, definindo o que é trânsito em julgado para que a partir de uma sentença penal condenatória possa a prisão ser efetuada na primeira ou na segunda instância?

A dificuldade dessa possível solução reside no fato de que muitos integrantes do Congresso, notadamente do PT e do chamado Centrão, têm problemas com a Justiça, incluindo a Lava Jato e não vão votar contra si mesmos. No momento eles têm foro privilegiado, mas posteriormente podem não ser reeleitos e até presos.

Lula já devia estar em prisão domiciliar, mas avisou que não aceita isso e nem usaria tornozeleira. Agora solto pela decisão do STF, saiu dizendo que vai ser mais de esquerda e reiterou seus ataques raivosos, pesados, cheios de ódio aos que considera seus inimigos: a Polícia Federal, o Ministério público, a Receita Federal, o arqui-inimigo Sérgio Moro e o mega adversário, presidente Jair Bolsonaro.

O chefão petista não recuperou seus direitos políticos como disse Haddad. Continua condenado na primeira instância, no TRF-4, no STF, no caso, do Tríplex de Guarujá. [atualizando: condenação confirmada pelo TRF - 4, que por ser órgão colegiado já inclui o condenado na Lei da Ficha Limpa.] Foi condenado em primeira instância com relação ao sítio de Atibaia, o Instituto Lula e o apartamento de São Bernardo. Pesa ainda sobre ele os processos de tráfico de influência na compra dos Gripen da FAB, do “quadrilhão” do PT na Petrobrás, das propinas da Odebrecht. Por isso ele se diz o homem mais inocente do mundo, um injustiçado preso político.

Só falta agora se realizar o desejo de Lula da Silva através do STF: Moro ser considerado um juiz parcial no caso do tríplex, com base na ação criminosa de Hackers comandados pelo jornalista do site 'intercePTação'. [essa ação não vai prosperar;
o STF não vai ter a ousadia de revogar o inciso do  artigo 5º da CF que não aceita a inclusão no processo de provas obtidas por meios ilícitos. 
 
O próprio decano do STF, que acumula as funções de porta-voz anti presidente Bolsonaro, Bolsonaro, deixo bem claro em seu voto pró soltura do condenado petista, a vedação constitucional às provas ilícitas.]  Então, ele recupera seus direitos políticos. Contudo, se isso ocorrer, desmoralizando ainda mais o Supremo perante a sociedade, não está garantida a eleição do ex-presidiário. Portanto, não será prudente ele sair por aí em caravana.
 
A última foi um desastre político e pode ser pior agora porque a repulsa ao PT permanece e pode até ter aumentado.

Maria Lucia Victor Barbosa,    socióloga 
 
 
 

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Lulinha faturou US$ 900 MILHÕES na compra dos caças para a FAB


Propina a jato

Superfaturamento de US$ 900 milhões na compra de 36 caças supersônicos pode ter favorecido Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, e o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho

O Ministério Público e a Polícia Federal estão convencidos de que Luís Cláudio Lula da Silva, filho caçula do ex-presidente Lula, e o prefeito petista de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, estão envolvidos com o recebimento de propinas na compra dos 36 aviões caças suecos Gripen feita pelo governo federal em outubro de 2014. O negócio no valor de US$ 5,4 bilhões é um dos mais nebulosos realizados pela gestão de Dilma Rousseff.


SIGILO BANCÁRIO Documentos da PF e do MP provam que Luis Cláudio Lula da Silva recebeu R$ 10 milhões de forma ilegal (Crédito: ERNESTO RODRIGUES/ESTADÃO CONTEÚDO/AE)

A hipótese de um superfaturamento estimado em US$ 900 milhões vem sendo apurada há algum tempo, mas, na semana passada, agentes da Operação Zelotes que tiveram acesso à quebra do sigilo bancário da empresa de Luís Cláudio se convenceram de que propinas foram efetivamente pagas. A LFT Marketing Esportivo, empresa do filho do presidente, era investigada por ter movimentado irregularmente R$ 4,6 milhões. Os documentos bancários, porém, provam que Luís Cláudio recebeu mais R$ 10 milhões dos lobistas Mauro Marcondes e Cristina Mautoni. Ambos atuaram, com o aval e apoio do prefeito Marinho, na venda dos caças.

O dinheiro encontrado nas contas da empresa de Luís Cláudio será rastreado e, nos próximos dias, toda a documentação será remetida para um outro grupo do Ministério Público do Distrito Federal que investiga especialmente o negócio feito com os suecos. O inquérito aberto para apurar a compra dos aviões chegou a ser arquivado em outubro do ano passado, mas foi reaberto em fevereiro após uma busca e apreensão feita no escritório dos lobistas, atualmente presos pela Zelotes. Agora, com a descoberta dos R$ 10 milhões do filho de Lula as investigações se afunilam. “A escolha dos caças da empresa sueca pode ter sido resultado não apenas de critérios técnicos, mas de possível influência indevida”, redigiu o procurador Anselmo Cordeiro Lopes no despacho que reabriu as investigações. “Essa influência envolve corrupção de agentes ou ex-agentes públicos federais”. O contrato assinado pelo governo tem um valor US$ 900 milhões acima da proposta efetuada pela própria empresa sueca. E-mails apreendidos pela Operação Zelotes mostram que um executivo da Saab (representante do Gripen) procurou a ajuda de Marcondes e do prefeito Marinho para agendar reuniões com o ex-presidente Lula meses antes de ser assinado o compromisso.

“Temos indícios de que os R$ 10 milhões localizados na conta da LFT tenham origem no esquema dos aviões”, disse à ISTOÉ na quarta-feira 1 um dos procuradores que acompanham a Operação Zelotes. “E temos provas concretas de que o prefeito Luiz Marinho participou desse negócio”. O procurador estranha o fato de o prefeito ter influenciado na compra dos caças, ainda que em São Bernardo esteja uma das unidades da Saab. “Por que um prefeito que não tem nenhuma relação com as Forças Armadas e nenhum conhecimento técnico sobre aviões de guerra exerceu tanta influência nessa negociação?”, questiona o procurador.
                                                                    O ESCOLHIDO
            O Gripen era o azarão e acabou favorito. Qual o segredo? (Crédito:Divulgação)

É verdade que o prefeito, ex-sindicalista, não tem conhecimento técnico para optar sobre a compra de caças supersônicos e participou ativamente do processo que escolheu os caças Gripen para equipar a FAB. Mas o que não lhe faltou durante os anos de governo do PT foi influência política. Marinho é íntimo da família do ex-presidente. Considerado por Lula o melhor candidato para disputar o governo de São Paulo em 2018, é um dos poucos petistas que visita o ex-presidente sem avisar com antecedência. Embora tenha se reunido com americanos e franceses que concorreram com os suecos, Marinho sempre se mostrou um parceiro da Saab

Em 2010, o prefeito, embora não tivesse nenhum cargo formal para tratar do caso, viajou a Suécia e chegou a voar em um caça Gripen. Naquele momento, Lula havia praticamente se comprometido a comprar aviões franceses e no início do governo de Dilma os caças norte-americanos foram apontados pelo Ministério da Defesa como os favoritos. A escolha do Gripen surpreendeu a todos os especialistas. “O peso político do prefeito, muito próximo da família Lula foi determinante para a decisão”, afirma um lobista que defendia a compra dos caças norte-americanos.

De acordo com os delegados e procuradores que atuam na operação Zelotes, o rastreamento dos R$ 10 milhões encontrados na conta da empresa do filho de Lula certamente indicará a origem dos recursos. Num confronto preliminar feito com os documentos apreendidos no escritório dos lobistas, os investigadores encontraram indícios de que a empresa possa ter sido usada para receber as propinas e que parte do dinheiro possa ter sido repassada a Luiz Marinho. O prefeito nega qualquer irregularidade, mas admite ter defendido a compra dos aviões suecos junto a autoridades do governo federal. 

 Segundo ele, o objetivo não era obter vantagens indevidas, mas criar um polo de desenvolvimento tecnológico em São Bernardo. Dois oficiais da FAB ouvidos na semana passada por ISTOÉ, no entanto, asseguram que houve pagamentos de propinas e lamentam o fato de a própria Aeronáutica não ter tido uma participação mais efetiva na elaboração do contrato.

O ex-presidente Lula já depôs nesse processo e disse achar “um absurdo” a possibilidade de seu filho e de Marinho terem se beneficiado. Nas próximas semanas, tanto o prefeito como o caçula de Lula deverão ser convocados para dar explicações.

O jogo duplo de Lula
O novo e último livro da série do jornalista Elio Gaspari sobre a ditadura militar brasileira, “A Ditadura Acabada”, é a parte mais conhecida da narrativa sobre os anos de chumbo. Vai do desmantelamento de regime autoritário, a partir de 1977, até a abertura, marcada pela eleição de Tancredo Neves, em 1985. Passa assim pelo nascimento de Luiz Inácio da Silva, o Lula, como liderança. Gaspari mostra como nas grandes greves metalúrgicas do Grande ABC, em São Paulo, Lula cresceu e se tornou uma figura de destaque nacional.  

Mas o ganho de popularidade pessoal do então líder do Sindicato dos Metalúrgicos não foi, como se sabe, acompanhada pela vitória dos trabalhadores representados por ele. O livro relaciona fatos, entrevistas e documentos que legitimam a desconfiança da composição do líder com os “patrões” na derrota da paralisação de 1979. Ilustram declarações (de “companheiros”, inclusive) e a reprodução de um bilhete afetuoso a Cláudio Bardella, com quem Lula negociou a capitulação de 1979, uma derrota para a categoria que representava. (Ana Weiss)

Fonte: Isto É

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Lula, o homem chamado “Brahma”. Ou: A coisa tá feia para o seu lado, falastrão!



Prestem atenção ao trecho de um texto:
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nunca escondeu sua inclinação por um copo de cerveja, uma dose de uísque ou, melhor ainda, um copinho de cachaça, o potente destilado brasileiro feito de cana-de-açúcar. Mas alguns de seus conterrâneos começam a se perguntar se sua preferência por bebidas fortes não está afetando sua performance no cargo. Nos últimos meses, o governo esquerdista de Da Silva tem sido assaltado por uma crise depois da outra, de escândalos de corrupção ao fracasso de programas sociais cruciais.”

Esse é começo de um texto escrito em maio de 2004 por Larry Rother, então correspondente do jornal americano The New York Times no Brasil. A reação de Lula foi violenta. Tentou, acreditem, expulsar Rother do país, ao arrepio da Constituição, sob o pretexto ridículo de que a pátria havia sido ofendida e de que o jornalista havia se imiscuído em assuntos nacionais. Qual assunto nacional? A, digamos, intimidade entre Lula e o álcool?

Pois é… Reportagem da revista VEJA desta semana informa que a Polícia Federal dispõe de mensagens trocadas entre empreiteiros em que Lula, na condição de presidente ou de ex-presidente, era chamado por um apelido: “Brahma”, numa alusão, certamente, a seus hábitos. A metonímia-metáfora nem chega a ser a melhor. Lula não dispensa uma cerveja, mas é conhecida a sua inclinação por uísque desde o tempo em que presidia o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo.

Enquanto a companheirada enfrentava a polícia, perdia o emprego e corria alguns perigos, o máximo de risco a que se submetia o chefão era se embebedar na sede da Fiesp, em animadas conversas com os empresários do então “Grupo 14”. Um deles, remanescente daquele turma, já me disse que, por lá, o Babalorixá de Banânia nunca foi visto como líder esquerdista. A avaliação que os empresários tinham é a de que ele queria se dar bem e faria qualquer coisa para chegar ao poder.

Pois é… É claro que Lula ser chamado de “Brahma” pelos empreiteiros — e importaria pouco se fosse bebum, beberrão, bêbado, pau d’água, cachaceiro, ébrio, borracho — tem menos importância do que aquilo que revelam as mensagens que vêm a público. Fica evidente que, na Presidência da República ou não, sóbrio ou não, ele se comportava como um mero lobista.

Em outubro de 2012, Léo Pinheiro, presidente da empreiteira OAS, relata a um executivo seu: “Estive essa semana com o Brahma. Contou-me que quem esteve com ele aqui foi o presidente da Guiné Equatorial, pedindo-lhe apoio sobre o problema do filho. Falou também que estava indo com a Camargo para Moçambique X Hidrelétrica X África do Sul”.

Nota: a Guiné Equatorial, hoje uma importante produtora de petróleo, é uma das ditaduras mais sanguinárias no mundo. Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, o amigão de Lula, governa o país desde 1982 — há 33 anos, portanto. É considerado pela “Forbes” o oitavo governante mais rico do mundo, embora o país esteja entre os últimos no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). O tal filho, que vai herdar o trono, é um bandido chamado “Teodorin”. É aquele que financiou o desfile da Beija-Flor neste ano.

Aí é a vez de um executivo da OAS escrever a Léo Pinheiro: “Colocamos o avião à disposição do Lula para sair amanhã ao meio-dia. Seria bom checar com o Paulo Okamotto se é conveniente irmos no mesmo avião”. Como se nota, os empreiteiros tinham a noção da, digamos, “inconveniência”.

O “Brahmaalimentava também os sonhos sebastianistas dos companheiros empreiteiros. Em dezembro de 2012, escreve um executivo da OAS: “O clima não está bom para o governo. O modelo dá sinais de esgotamento, e o estilo da número um tem boa parte da culpa”. Em novembro de 2013, voltava à carga: “A agenda nem de longe produz os efeitos das anteriores do governo Brahma”. Referindo-se a Dilma, na comparação com Lula, analisa o executivo da OAS: “A senhora não leva jeito: discurso fraco, confuso, desarticulado, falta de carisma”. Bem, essa parte é mesmo verdade. Ocorre que o propósito não era bom. Eles queriam a volta de Lula.

Presidentes ou primeiros-ministros podem fazer lobby, digamos, político em favor das empresas do seu país? Podem e até devem. O governo americano pressionou para que o Brasil comprasse os caças da Boeing; o francês, para que fosse da  Dassault, e o sueco, da Gripen. Mas nenhuma dessas empresas foi flagrada em relações incestuosas com o partido do governo ou com o chefe do Executivo. Não reformaram o sítio do mandatário, não lhe pagaram milhões para dar palestras, não o transformaram em mascate de seus interesses, não lhe construíram um tríplex — para ficar nas miudezas.

A política brasileira nunca foi algo a ser copiado pelo resto do mundo. Mas parece claro, a esta altura, que Lula e o PT a conduziram a um novo patamar do vexame.

Há uma grande diferença entre promover os interesses nacionais dando suporte claro e legal a empresas nativas no exterior e se comportar como um lobista vulgar. Há uma diferença entre um empresário chamar o chefe do Executivo de “Excelência” e de “Brahma”. E a cerveja, coitada, nem tem nada com isso. Dizem-me os apreciadores que é de ótima qualidade. E, definitivamente, esse não é o caso de Lula. Se cerveja fosse, eu não a recomendaria para consumo humano.

A coisa tá para feia para o seu lado, falastrão!

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo